sábado, 2 de maio de 2009

Um totem à tentativa


Odeio semáforos. Não importa a intenção que os pariu. Odeio pela malícia que trazem em si, entede?
O problema não é o serviço que prestam mas o cinismo com o qual nos fitam, examinando se estamos ou não com pressa. Particularmente estou treinando para enganá-los.
O tempo dos semáforos... Ai que ódio!
Poderia ser a paradinha básica para retocar a maquiagem;
Poderia ser a paradinha básica para encontrar alguma coisa na bolsa;
Poderia ser a paradinha básica para fazer uma anotação importantíssima, para telefonar rapidinho para alguém, para ajeitar a calcinha que está entrando na bunda, para regular o retrovisor, coçar o pé, pra tirar o fiapo do dente. Poderia ser a paradinha básica para comprar jornal ou qualquer porcaria inútil, até mesmo pra encontrar uma moeda e dar para aquele infeliz que está me rondando. MAS NÃO!

Eles são uma espécie de deus nefasto, um totem maldito erigido para nos infernizar. Foram regulados com o tempo EXATO para você TENTAR fazer qualquer uma dessas coisas e NÃO CONSEGUIR nunca!
Um totem à tentativa. Até pra pronunciar é escroto. São tão das trevas que quem não xinga, pensa nun xingamento perto deles. Faz parte do culto ao totem. Afe!
Os sacerdotes chifrudos calcularam certinho o tempo. Pode reparar. Apenas TENTE fazer qualquer coisa que vem a sequência: buzinada e xingada. Por trás.

Detalhe importante: o sinal só demora a abrir se você virar estátua. É im-pres-si-o-nan-te. Fique parada como um manequim de vitrine e aquela praga ficará vermelha pelas próximas três horas. Agora experimente fazer qualquer coisa e verá se estou mentindo.
Há um movimento maligno no mundo. As nossas cidades estão se tornando cada dia mais semaforizadas. Alguém tem que fazer alguma coisa!

Morte aos semáforos!
Pronto: fiz a minha parte.

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sábado, 2 de maio de 2009

Um totem à tentativa


Odeio semáforos. Não importa a intenção que os pariu. Odeio pela malícia que trazem em si, entede?
O problema não é o serviço que prestam mas o cinismo com o qual nos fitam, examinando se estamos ou não com pressa. Particularmente estou treinando para enganá-los.
O tempo dos semáforos... Ai que ódio!
Poderia ser a paradinha básica para retocar a maquiagem;
Poderia ser a paradinha básica para encontrar alguma coisa na bolsa;
Poderia ser a paradinha básica para fazer uma anotação importantíssima, para telefonar rapidinho para alguém, para ajeitar a calcinha que está entrando na bunda, para regular o retrovisor, coçar o pé, pra tirar o fiapo do dente. Poderia ser a paradinha básica para comprar jornal ou qualquer porcaria inútil, até mesmo pra encontrar uma moeda e dar para aquele infeliz que está me rondando. MAS NÃO!

Eles são uma espécie de deus nefasto, um totem maldito erigido para nos infernizar. Foram regulados com o tempo EXATO para você TENTAR fazer qualquer uma dessas coisas e NÃO CONSEGUIR nunca!
Um totem à tentativa. Até pra pronunciar é escroto. São tão das trevas que quem não xinga, pensa nun xingamento perto deles. Faz parte do culto ao totem. Afe!
Os sacerdotes chifrudos calcularam certinho o tempo. Pode reparar. Apenas TENTE fazer qualquer coisa que vem a sequência: buzinada e xingada. Por trás.

Detalhe importante: o sinal só demora a abrir se você virar estátua. É im-pres-si-o-nan-te. Fique parada como um manequim de vitrine e aquela praga ficará vermelha pelas próximas três horas. Agora experimente fazer qualquer coisa e verá se estou mentindo.
Há um movimento maligno no mundo. As nossas cidades estão se tornando cada dia mais semaforizadas. Alguém tem que fazer alguma coisa!

Morte aos semáforos!
Pronto: fiz a minha parte.

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