segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Adeus, dia!

É noite e estou cansada. Tentei ver um filme e cochilei.

Sim, estou com sono mas ainda assim, não sei por quê, reluto em me despedir do meu dia.  Hoje eu não queria dizer "adeus" para esse conjunto de 24 horas e um monte de minutinhos enfeitados de segundos.

Esse dia está me parecendo tão ímpar, tão misterioso naquilo que me oculta! Alguma coisa eu não soube, alguém não veio, algum segredo aconteceu, uma cena eu perdi, uma boa sorte me sorriu pelas costas.

Há dias em que a gente nem percebe o seu fim e até torce por ele, mas há outros em que isso incomoda. Hoje é como um filme que a gente sabe que está acabando mas sente que está faltando aquele fecho, aquela última e decisiva cena, então fica esperando...

Hoje o meu dia está parecendo um filme francês, desses com final bobo onde todo mundo pergunta "e aí?"

Parece que faltou uma coisa... ou que ela ainda vai acontecer mas só se eu souber esperar. Se dormir perco a cereja do bolo. Estou com sono e com pena de abandonar assim todas as pérolas, todo o fecho dessa pequena história de 24 partes e ficar com um bolo sem cereja.

Vão-se as minhas pérolas. Vão-se as chances. Morro hoje, amanhã ressuscito.

Talvez, quem sabe, só o que faltava era eu escrever esse texto.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Auto estima

Desde que tive a infeliz idéia de "dar uma ajeitada" em meu cabelo e entrei em um maldito salão há uns três anos atrás, perdi de vez os meus cachinhos.  Hoje o meu cabelo está acabando com a minha auto estima. De lá pra cá nunca mais fui a mesma.  Agora, em um lance de desespero, peço a opinião do leitor. Aqui abaixo vão algumas opções para um novo penteado. Eu confio em vocês.







sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Cuidado com os ursinhos

Aqui vai mais um texto da série SUGESTÕES DO LEITOR. Você manda um assunto e eu dou minha opinião. Ou simplesmente escrevo algo a respeito. Vamos lá:

"Vc podia escrever também sobre parceiros que eram extremamente perfeitos, dedicados, apaixonados e trocam a mulher por outra??"


Depois dizem que mulher é que é traiçoeira. Geralmente é mesmo. O homem costuma ser grosseiramente infiel mas há também os sutis, aqueles graduados e pós-graduados na arte de iludir.

O problema é: o homem-ursinho, dedicado e perfeito, costuma ser confundido com homem apaixonado. Mas vou logo avisando: não tem muito a ver.

Alguns homens são uns brutamontes e só mostram dedicação e companheirismo enquanto estão muito apaixonados. Depois, despeça-se. Esses aí são fáceis de detectar. O problema são os outros.

"Os outros" estão naquela categoria de homens que são gentis, nunca aumentam o tom de voz, são atenciosos e educados. Encantadoramente educados. Traiçoeiramente educados. Claro que isso é uma virtude mas pode nos induzir a erro.

Educação hoje em dia é algo tão raro mas tão raro que a mulher começa a acreditar que toda aquela delicadeza é amor. Nem sempre é. Existe um tipo de homem que vai te tratar bem até mesmo quando estiver enfiando uma faca nas suas costas, pegando sua melhor amiga ou apenas ensaiando uma despedida estratégica. Ele é um mimo até se você estiver criando barba e bigode.


Por quê?  Resposta: ele é educado. Simples, né? Seu Romeu aprendeu a ser gentil, gostou dos dividendos que isso rende e vai levando, afinal é o "nome da firma" que está em jogo. Pensa que vaidade é só lipo, academia e loja cara? Pois saiba que há formas mais sutis de vaidade e essa é uma delas. A mãe dele fez o que poucas fazem hoje em dia: ensinou boas maneiras ao filho. Quando ele ficou marmanjo e descobriu que assim ele pega mais mulher, aí resolveu incorporar de vez a figura do gentleman. Educação abre portas e abre outras coisas mais. VOCÊ é uma prova disso.

Esse tipo de homem não consegue demonstrar com gestos grosseios ou com indiferença que não está mais na sua. Vai demonstrar quando você descobrir o enorme par de chifres com o qual ele lhe brindou. Você não notou porque a gente só gosta de olhar o lado doce das coisas mas se prestasse um pouquinho mais de atenção veria que ele era igualmente maravilhoso com a tia doente, com o jornaleiro, com o chefe, a sobrinha, a vizinha chata, o amigo inoportuno e por aí vai. Só que você, sonhadora, jurava que era alvo exclusivo. Não se odeie. Nós mulheres sempre caimos nessa mesma casca de banana.

Pois é.

"Vc podia escrever também sobre parceiros que eram extremamente perfeitos, dedicados, apaixonados e trocam a mulher por outra??" Resposta resumida: porque provavelmente eles eram perfeitos e dedicados mas não apaixonados. Talvez fossem no começo mas deixaram de ser em um momento fatídico que você não percebeu.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Aniversário do blog


Exatamente hoje, 24 de fevereiro, o BLOG DA CRISTINA está fazendo quatro anos de existência.  Posso não ter melhorado o mundo mas certamente não o piorei em nada.Sou adepta daquele ditado: "Muito faz quem não atrapalha."

Desejo a mim mesma um novo ano cheio de inspiração e participação dos leitores. E a você, nobre leitor, desejos que meus textos proporcionem momentos desconstraídos, gostosos e reflexões úteis.

Agora... bola pra frente!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Maysa, a ditadura do riso e a terapia do choro

Só agora estou assistindo a mini-série Maysa porque não aguento assistir TV. Comprei o box. E chorei.

Há, na vida, um chorar gostoso. É quando nos deixamos levar pela emoção, uma emoção qualquer, sem receio de sermos observados. Não é o chorar de tristeza nem de desespero ou solidão. É a comoção consciente, permitida e saudável. É abandonar a alma, como um barquinho, em uma correnteza conhecida e sem riscos.

Todo mundo tem que chorar vez por outra, se não a alma resseca. Porque no dia-a-dia costumamos colocar nossa sensibilidade de lado para não desesperar. Como por exemplo o médico, que não pode se deixar levar pela tristeza cada vez que  que vê uma desgraça.  Sim, médico, o policial, o advogado, o psicólogo, o assistente social, o professor, todos precisam chorar. Precisam de uma música, um livro, um box de filme, uma cena qualquer.

Nesses dias ralos que antecedem  o fim do mundo (é isso mesmo que eu disse)  estamos vivendo a ditadura do riso. No desespero do nosso presente, decidimos que rir é imperioso porque rir seria despistar a dor. Mas é mentira. Rir não despista, apenas muda a dor de compartimento. E por falta de "escoar" ela acumula e acaba doendo escondido.  Sabe aquele tédio, aquela inquietação, aquela angustiazinha sem motivo? Pois é.

Antigamente os filmes dramáticos eram mais bem aceitos. Hoje eles ainda existem, mas há uma pressão enorme para se enxertar na história cenas engraçadas. Por pior que seja o drama sempre vemos  um personagem bobo, tonto, maluquinho ou malucão. Pode reparar. Isso é para que a tristeza não nos sobrevenha em estado bruto.  Aí perdemos a glória do choro.

As pessoas dramáticas ou sensíveis sempre serão consideradas dramáticas demais e sensíveis demais. No meio da desgraça somos impelidos, pelos atuais costumes, a contar algo que desvie os nossos olhos das lágrimas. Estamos ficando todos muito gaiatos. Não refletimos mais. Quando qualquer pensamento mais profundo vem, logo aparece uma piadinha para despistá-lo e nos tornar mais e mais cínicos com a vida.

Não vi gaiatice na minissérie Maysa. A dor é dor, o drama é drama. Chorei no escuro e estou muito bem, obrigada.

Todos temos dentro do peito um acúmulo de lágrimas. Deus as colocou lá e elas têm muita utilidade. Assim como não se pode tomar cerveja sem urinar, não se pode viver nesse mundo sem chorar de vez em quando. Chorar é preciso. Sofrer não é preciso. Você pode escoar suas lágrimas acumuladas olhando um quadro, ouvindo uma poesia, assistindo uma peça teatral. Mas cara, liberte suas lágrimas se não você fica engasgado.  Se você anda inquieto, sufocado, com uma certa agonia ou necessidade incessante de "fazer alguma coisa legal", talvez você apenas precise entrar em si mesmo e... chorar.

Não, a minissérie Maysa não é a melhor que já assistir. Ela não foi uma heroína nem nada parecido.  Ela está mais para um exemplo do que não se deve fazer mas não há problema. Chorar faz bem, principalmente quando você consegue sentir a dor dos desajustados, dos errados, dos que não acertam. Quando consegue é sinal de que ainda resta humanidade e compaixão em você. Ainda há uma centelha de Deus - ufa!

No aconchego do meu quarto tendo as luzes apagadas, sentindo dela a música e a dor de não conseguir ser melhor do que é, a dor de procurar alguma coisa indefinida e fugidia, de pôr tudo a perder, de querer abraçar o mundo mas ver o mundo escorrendo entre os dedos... chorei com Maysa.  E a música...  os olhos intensos... as dores... o abandono...  a beleza se esvaindo... os vexames... o mal causado...  Aliviei meu reservatório de lágrimas e hidratei um pouco a minha humanidade.

Você precisa chorar. Vai te fazer bem. Depois me diga. Eu não conto pra ninguém.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Todo Sentimento - Chico Buarque

Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar e urgentemente.
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez.
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente...
Prefiro, então, partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente.
Depois de te perder
Te encontro com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada -
Nada aconteceu!
Apenas seguirei, como encantado,
Ao lado teu.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Homem come plástico

Não aguento mais homens dizerem que gostam da mulher ao natural, que não aguentam mais a beleza artificial, e tal e tal. Gente, que mentira deslavada! Olha essa que eu li no Twitter um dia desses escrita por uma macho:

"Sei lá, pra mim poucas coisas são mais imbecis que essa super valorização de uma beleza comprada e falsa, fabricada pras câmeras.".


Aposto que ele tem um monte de Play boy em casa.  Aposto também que ele namora com uma garota que lembre pelo menos um pouquinho a "beleza comprada e falsa, fabricada para as câmeras".  

Ah, me poupem! Quem acredita nisso?  Esses que "adoram o natural" são os primeiros a ficarem doidos quando dão de cara com uma mulher assim, do jeitinho que eles "odeiam". Eles odeiam tanto que querem logo levar para a cama aquela cintura lipada, aquela bunda siliconada, cabelo modificado e rostinho retocado.


E ainda tem mulher que acredita...  Entre a foto do "antes" e a do "depois", em 100% das vezes eles preferem o "depois" e se benzem cruz-credo olhando para o "antes".   

Homem é assim: se eles enxergam um sanduíche bonito, eles comem e nem querem saber se é de plástico. Homem come plástico e bebe tinta sem nem fazer cara feia. O paladar deles está nos olhos, não na boca!  O tato também está nos olhos. E o olfato e tudo o mais. Só a mentira está na língua mesmo.


Você ainda acredita nos protestos masculinos por naturalidade?  Ah bobinha!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Samba no pé

Vá logo ensaiando para dar show de samba nesse carnaval. A coisa é simples: basta seguir o esqueminha da imagem abaixo e você vai arrasar! Boa sorte.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Um tema delicado


"Ado! aado!
Cada um no seu quadrado!"

Nas novelas torcemos para que o rapaz rico finalmente case com a garota pobre. Como somos românticos na vida irreal!  Mas tenho uma perguntinha: por quê não conseguimos trazer esse mesmo romantismo para a vida real quando o dinheiro é nosso?

Você nunca se perguntou por quê, afinal de contas, as pessoas mais ricas hesitam tanto em se misturar com as menos abastadas? Pobreza não é doença, não pega, todos sabemos. Então qual o problema?

Preconceito? Talvez sim, talvez não. Tempos atrás já publiquei um texto brilhante sobre o assunto. Clique AQUI e confira. Não vou repetir tudo.

Não quero ser advogada do Diabo, então vou logo adiantando: eu amo o amor. Quero que todo mundo se ame. Quero que todo amor se plenifique e eternize e gere filhotes. Adoro noivas, alianças, lua-de-mel e acho que dinheiro não é tudo na vida. Eu sustentaria um homem pobre se o amasse e daria uma banana para quem tentasse me impedir.  Verdade verdadeira.

Pronto, agora vamos ao outro lado da moeda.

Pode haver muitos motivos para um "amor desigual" sofrer crítica e perseguição. Hoje vou falar apenas sobre um desses possíveis motivos.

Sejamos realistas: quando você casa, casa com a família também. Para isso não há rota de fuga.

Se por exemplo um homem rico casar com uma mulher pobre, ele vai acabar levando nas costas toda a família da moça. Isso é tão certo quanto a noite se seguir ao dia, alguns pensam. Enquanto ele está apaixonado não vai pensar nisso. Só que a família dele pensa, e muito.

Um dia o irmão dela aparece pedindo emprego na $ua empre$a, só que ele totalmente desqualificado. Prepare-se para o prejuízo.  Outro dia é a mãe dela que vive doente e não tem plano de $aúde. Tem também a irmã que apareceu grávida e não tem enxoval, o $obrinho  que pa$$ou no ve$tibular ma$ não pode pagar a faculdade, o tio com 6 me$e$ de aluguel atra$ado e que vai ser despejado, a outra irmã que e$tá com dor de dente e não tem dinheiro para ir ao denti$ta e por aí vai. É um rosário de infortúnio, toda semana uma facada. Isso é preconceito? Não sei, só sei que são os fatos da vida. Admiro quem passa por cima disso tudo em nome do amor. Nem todos conseguem.

A questão não é só dinheiro, é também educação. Outra futilidade que também pode atrapalhar bastante. Sim, eu também odeio reduzir o amor a essas mesquinharias mas...

"E o amor, onde fica?"   No coração, claro! Mas pense: o "pobre do homem rico" ama só a garota, mas não ama o irmão nem a irmã nem a mãe nem a tia nem o pai endividado nem o sobrinho sem colégio nem o primo sem dentes nem os outros duzentos figurantes. O amor pode ser enorme mas convenhamos: a idéia de adotar todo mundo dá uma broxada.

Esse pode ser o motivo número um. Existem outros, mas odeio especialmente esse número um.

Modo de falar, de vestir, preferências musicais, opiniões, reações, gestos, educação, modos... tudo isso difere muito em pessoas de classes sociais diferentes. Só que quem está em baixo não percebe - essa é a parte cruel. A pessoa não percebe  e ainda acha que os ricos é que são muito frescos.  Vai ver que são frescos mesmos, mas isso não muda nada. É como já dizia o velho sábio da montanha:


"Ado! aado!
Cada um no seu quadrado!"


Sei que posso ser crucificada por causa desse texto, mas olhe como as coisas são: eu, que com algum esforço posso ser considerada classe média, certa vez ouvi um colega de trabalho (que nunca foi nem nunca será rico)  criticando outra colega porque ela havia se separado do marido e estava agora se envolvendo "até com o segurança" do prédio. É essa a mentalidade. Na hora critiquei veementemente porque não acho que o segurança do prédio seja inferior a mim ou a ele. Mas mesmo tendo discordado eu sei que não posso mudar o mundo. Eu posso ter muita personalidade para entrar em um relacionamento desigual, mas nao posso achar que todo mundo vá acreditar no meu amor ou no amor do meu parceiro, caso ele seja a parte pobre.

Nem todo rico aguenta o tranco da diferença. E esse tranco muitas vezes dói no pobre também. Aturar frescura de socialite não é moleza não. Ir a festas consideradas chatas, receber gente que fala outra linguagem, ser criticada quando recebe convidados e as vezes até ridicularizada, pensa que é fácil?  Se a diferença é muito grande a coisa pesa para ambas as partes.

Sim, o amor supera tudo. As vezes. Às vezes não.

Com igualdade ou sem ela, sempre teremos problemas na vida. Só tem o seguinte: uns problemas aparecem sem a gente chamar, sem nem imaginar que poderiam aparecer. Outros problemas são anunciados. A escolha é de cada um. Particularmente acredito que é maldade matar um amor, seja qual for o motivo. Tudo vale a pena, nem que seja pra dar errado e aquele sonho finalmente sair da nossa cabeça.

O amor, a vida... Tudo deveria ser mais simples, não é?

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A medalinha que não quero



Juro que não sou do contra, mas li e discordo da frase abaixo:

"... A vida seria bem chata se não tivéssemos algo pelo qual chorar -- porque significa que também fomos felizes."

Geralmente quando uma pessoa diz isso, todas as outras concordam. Principalmente se estiverem bêbadas, mas já vi concordarem de cara limpa também.

Vou dizer uma coisa: a vida não seria chata se eu não tivesse algo pelo qual chorar. A vida seria MARAVILHOSA, isso sim!

Não entendo esse povo que doura problema e glorifica urucubaca. Sai pra lá!  Sou da seguinte opinião: se o mundo fosse o Céu, isso seria o céu! Tudo bem, não foi uma grande frase mas faz sentido.

Gosto da alegria, das coisas bonitas, do prazer, de concórdia, dos corações bem resolvidos, de comida todo dia na mesa, de passeios, de amigos sinceros, amores sinceros, comemorações sinceras, de saúde. E não acho que os contratempos melhorem nada disso. Não preciso de desgraça nenhuma para aprender a curtir o lado bom da vida. Quem precisa, deveria passar uns tempos em algum campo de concentração.

Claro que não existe perfeição nesse mundo. Sempre haverá problemas, infelizmente. Só que quando eu digo "infelizmente", é infelizmente mesmo. Já vi gente dizer que:

1- "Não gosto de namorado que faz tudo o que eu quero".  Quem é a doida que disse isso? Essa bem que merece umas patadas, pra acordar. Pois fiquem todos sabendo que adoro tratamento vip.

2- "Briga entre o casal é até bom porque fazer as pazes depois é uma delícia."  Outra frase infeliz.  Não conheço nenhuma briga boa. Todas são uma bela bosta e ferem a gente por dentro (e às vezes por fora também) e não tem nada de legalzinho nisso.  Bom mesmo é a harmonia, minha gente! Boa é a paz!  Transar não arranca mágoa do coração nem apaga os desaforos que foram ditos. Pode parecer gostoso transar depois de uma briga, mas as marcas ficam e elas se acumulam no decorrer do tempo azedando a relação.

3- "A vida seria muito chata sem problemas" . Como é que é?  A vida é chata sem problemas? Pois o que torna a vida chata são justamente os problemas!   Quem diz isso merecia perder o emprego, no mínimo.

Pois declaro oficialmente que me sinto plenamente capaz de ser feliz sem problemas, sendo bem tratada e não brigando com ninguém.

4- "É bom ter algo pelo que chorar".  Tá doido?  É bom ter algo para rir, isso sim.  Todos os meus esforços vão no sentido de não precisar chorar nunca. Quem quer ter por quê chorar deveria frequentar enterros pelo menos uma vez por semana e passar as férias no mais miserável país africano. Em minha vida, vez por outra eu choro, mas não me divirto nadinha com isso.

Para quê carregar no peito a medalinha de "UM DIA FUI FELIZ"? Sabe o que está escrito atrás da medalinha "Um dia fui feliz"? É:  "Hoje estou na merda".  Não, essa medalha eu não quero.

Que me venham os bons fluidos.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Cristina Mortágua & padrão Globo de produções

Deve ser cruel ser drogada e ex-bonita - as duas coisas juntas.

Assisti ontem a noite a notícia do papelão da ex-modelo, aparentemente chapada, muito doida mesmo, que entrou em uma delegacia embolachando todo mundo: o filho, a empregada e  a delegada.

Tempos atrás Cristina havia posado com seu filho adolescente. O resultado do "trabalho" eram fotos que, na minha opinião, ficam entre o grotesco e o patético. Uma mãe que se presta para posar com o filho da forma como ela o fez, é alguém muito sem noção de certo e errado, de bom, de mau, de moral ou imoral.

Sei que a palavra "moral" está completamente fora de moda, mas dane-se.

Geralmente esse tipo de noção (de bom, mau, certo e errado) vai para o saco quando a pessoa se joga de cabeça no mundo das drogas, da promiscuidade e do sexo pago. Claro que não posso afirmar que seja o caso dela! Quem sou eu?  E admito que isso seja um pré-conceito, pois não fiz nenhuma pesquisa científica para chegar a essa conclusão. Estou apoiada apenas em meu olhômetro sobre os fatos da vida.

E o que Cristina Mortágua tem a ver com a Globo?  Tem a ver no seguinte: o padrão é o mesmo.

O Big Brother é aquela conhecida pocilga: todo mundo come todo mundo, são incentivados a isso e a suruba ainda é considerada ato de heroísmo pelo Pedro Bial.

Acho que cada um tem o direito de faze o que quiser com a própria vida, mas não precisa fazer propaganda disso nem rotular de preconceituoso quem discorda.  A partir do momento em que um determinado tipo de vida é imposto à sociedade através dos meios de comunicação, como tem sido feito incessantemente, posso considerar isso como um tipo de lavagem cerebral.

E as novelas? Não assisto novela, a não ser que eu esteja parada em uma sala de espera de médico ou fazendo nada ao lado de alguém que nada está fazendo e esse alguém deixou a televisão ligada. Mas sempre ouço critícas a respeito do nível das novelas. Eu não assistia nada, então ficava sem ter o que acrescentar ao que falavam. Pois bem, de uns dias para cá atrevi-me a assistir a uns três capítulos da tal Insensato Coração.

Além das clássicas cenas de filhos ameaçando, roubando e humilhando os pais e de cônjuges traindo, de roubalheira, de aulas de sedução e de venda de serviços sexuais de toda espécie e todos os outros lixos que as novelas promovem, ontem imaginei que eles passaram dos limites. Mas não passaram, porque eles simplesmente não tem limites.

Pois é, ontem assisti uma personagem adolescente dizer para a mãe que um amigo seu fez o "favor" de lhe tirar a virgindade. Deixa eu explicar: a garota estava incomodada por ainda ser virgem (estranho...) então recorreu a um amigo que lhe fez o favor. Cara... pelo amor de Deus, estamos no fundo do poço mas parece que esse poço não tem fundo.

Sou do tempo em que um homem fazia de tudo para conhecer uma virgem. Ele queria ter o privilégio de ser o primeiro e quando era o "escolhido" se sentia contente, vaidoso e muito macho. Agora as mulheres estão tão prostituidas, tão rodadas, tão esculhambadas que tirar uma virgindade é um trabalho, um favor que se faz para uma amiga, não um prazer masculino. Claro, porque os homens querem "eficiência" da parte das mulheres. Estão acostumados com profissionais, com mulheres experientes. Não se encantam mais com aquele terreno selvagem a ser conquistado. São preguiçosos e imediatistas, então por quê "perder tempo" com uma virgem?

"Eu queria perder a virgindade e um amigo me fez esse favor".  Legal sua filha aprender isso, né? Não, o problema não é a virgindade em si. O problema é que ela está aprendendo que não vale muita coisa, que nenhum homem vai "investir' nela, que se ela não correr atrás, é o fim do mundo. Ela vai crescer entendendo que vale muito menos do que vale de verdade. Os desdobramentos que esse tipo de sentimento geram em uma menina são uma coisa triste.

Já houve novela de irmão apaixonado por irmã. Essa etapa a mídia já venceu mas ainda há um longo caminhoa percorrer até derrubar todos os limites que nos separam dos irracionais.

Podem escrever:  Depois que a Globo conseguir popularizar o incesto entre irmãos, será a vez das historinhas onde o pai adotivo se apaixona pela filha. Quando isso estiver sedimentado na cabeça de todo mundo, a outra etapa será deixar no ar a pergunta: "Qual a diferença entre uma filha adotiva e uma filha de sangue? Nenhuma. Então..."  Você já sabe o que vem depois desse "então".

Vão haver protestos, artigos, cartinhas de repúdio, tudo igual a quando começaram a aparecer cenas de homossexualismo. Depois sabe como é: o povo engole. Engole tudo. País de avestruzes.

Sim, isso é uma profecia. Podem me chamar de Nostradamas.

E o que isso tem a ver com a Cristina Mortágua em fotos sensuais com o filho, apertando contra o peito dele os seus seios nus? O que tem a ver? Tudo. Se você não notou, desisto.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Pirenópolis/GO

Vale a pena. É uma cidade muito graciosa. Parece cidadezinha de novela. Aqui estou eu, feliz da vida, fazendo uma caminhada para visitar algumas das centenas de cachoeiras existentes nas redondezas. Lindas e geladas.

Detalhe de Pirinópolis: acho que existem mais pousada do que residências. Nunca vi cidade pra ter tantas pousadas, restaurantes e tanta gente distribuindo folhetos de propaganda. 95% das placas da cidade são para indicar as pousadas. Rodamos feito perus para encontrar o caminho para as cachoeiras que queríamos visitar. É mole? ´Mas nada disso tirou a graça do passeio. Sem dúvida um ótimo domingo.

Você teve infância?

Se teve, então deve lembrar:

"Hoje é domingo
Pé de cachimbo
O cachimbo é de ouro
Bate no touro
O touro é valente
Bate na gente
A gente é fraco
Cai no buraco
O buraco é fundo
Acabou-se o mundo!"

Se não lembra é porque sua infância se passou entre vídeo-game, play ground e aulinhas de inglês.

Da série "A imprensa não ama ninguém"

Nada mais fútil e enganoso do que querer ser queridinho da imprensa. Não que esse seja o caso da Amy Winehouse, que parece não se importar com mais nada nessa vida, mas se se importasse, morreria do coração porque A IMPRENSA NÃO AMA NINGUÉM.  Isso é foto que se mostre?

Não vale retrucar que "A Cristina também não ama ninguém" só porque também coloquei a foto aqui. Eu tinha que ilustrar minha tese com alguma coisa, não é verdade?

Você pode sair 600 dias no ano (como?!) limpa e perfumada mas no dia em que relaxar, nesse dia você se será finalmente vista.

Você pode ser a melhor mãe do mundo mas no dia em que seu filho for perdido em um shopping, nesse dia você será avaliada com a pior nota possível e todo mundo vai saber.

Você pode ser a melhor amiga do mundo mas no dia em que disser NÃO! nesse dia seu nome correrá o bairro, a cidade, o país!

Mundo cruel. Pelo menos os peitinhos da Amy estão em forma.


BIG BROTHER BRASIL

Talvez você já conheça mas resolvi postar porque acho que vale a pena.

Autor: Antonio Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.


Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Todo amor

Trecho que uma carta minha a um amigo:


... Eu acho que TODO AMOR DEVE ACONTECER. Tipo: amor é como uma vela, que nasceu para ser queimada. Ele TEM QUE ACONTECER, nem que seja para acabar. Senão, o amor não nos dá sossego.  Negá-lo por medo ou por outro motivo qualquer é como fazer um aborto. Sério. É assim que vejo. Um amor que não se tornou pleno nem se gastou na vida, é um amor que acaba virando fantasma, nos perseguindo para sempre...  Há coisas na vida que simplesmente TEM que acontecer e pronto...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Inveja do Egito

Estive observando os últimos acontecimentos no Egito  e o que sinto é confuso. Por um lado lamento imensamente tantos problemas e tanta gente sofrendo. Lamento pelo clima tenso e tudo o mais. Mas por outro lado...

Por outro lado dá assim uma... tipo... quer dizer... inveja.  O povo se rebela, exige coisas dos governantes, não aceita ser enganado nem tratado como gado. O povo está insatisfeito e grita que está insatisfeito. Nossa, que coisa positiva! Não me apedreje.

O que gera em mim esse estranho sentimento é que aqui no Brasil parece que está todo mundo anestesiado.  Parece que nada é capaz de nos tirar do atual estado de letargia. Não há saúde, não há educação, os bandidos vão muito bem obrigado, os parlamentares se enchem de dinheiro, os médicos do sistema público de saúde trabalham quando querem, pelo tempo que querem, chegam a hora que querem,  tudo é fraudado, corruptos são inocentados...  e fica tudo por isso mesmo. Ainda por cima jogam lixo na nossa cara e na cara de nossos filhos através de programações televisivas que mais parece apologia da sacanagem.  E tudo bem!

Será que estão colocando algum calmante em nossa água?

No Brasil, quando o povo está insatisfeito alguém  cria um programa humorístico para "denunciar" a injustiça. É tipo "conscientização via humor". Sacou a malícia do lance?    Você nem imagina como isso abala o Governo.   Aí o povo assiste, ri, se "conscientiza pra caramba" e  vai dormir de touca.

Não vou dizer que nosso povo não seja engajado. Nossa valentia mais recente foi o movimento dos Caras Pintadas, nos idos de 1992, quando o povo pintava alegremente o rosto de verde e amarelo e ia para a rua se confraternizar. E gritar, quando aparecia uma câmera. Temos também os bandidos militantes do MST ,  mas prefiro não pensar muito a respeito para não morrer de raiva.

De fato merecemos a faixa de "Povo pacífico". Só não entendi ainda se isso é elogio ou zoação. Tô meio desconfiada.

Ah, mas para não ser injusta é bom registrar que existem sim os mais radicais, com fome e sede de justiça. Eles enchem a cara nos happy hour e corajosamente xingam os políticos. Uma outra corrente também muito escrota escreve samba engajado. Do tipo que abala a Marquês de Sapucaí.

Ah sim, ainda temos os corajosos revolucionários que mandam correntes pela internet. Muito engenhoso, né?

Esses dias a coisa esquentou. Inconformados com a posição do governo em relação a usina de Belo Monte, os "revoltosos" me  mandaram um e-mail dizendo, entre outras coisas, pra eu ligar pra Dilma. Dilma, a Presidente da república. Sério! Recebi até o número do telefone. Gente, que radical!  Já estou até imaginando a secretária da Presidente atendendo meu telefonema: 

- Excelência, telefone pra senhora.
- Ai meu Deus, esse povo não me deixa em paz. Não sabem que estou ocupada?
- O que eu digo? A pessoa está na linha.
-  Quem é? é o Chavez?
- Ué, mas ele não morreu?
- Tô falando do Hugo Chávez!
- Ah! Não, não é ele não. É voz de mulher.
- Pergunta o nome.
- ... Excelência, é a Cristina.
- Cristina Aguillera?
- Não, Faraon.
- Ai meu Deus! Deixa eu ajeitar meu cabelo!
- Vai atender ou não vai?
- Vou. Dá aqui.  "Oi Cristina!"
- Oi presidente!
- Quê que há?
- É que eu e mais uma galera estamos indignados com essa história de contruir Belo Monte. Achamos que está tudo errado.
- Hã... é...  mas como assim? É o progresso!
- Mas vão matar um monte de macacos e preguiças. Não pode!
- Mas eu não governo para macacos. Eu acho. Nem pra preguiç... Bem, algum funcionário público vai morrer?
- Nâo, só os bichinhos e um monte de plantas.  Além do mais "climatologistas, biólogos, hidrólogos, ecologistas e ambientalistas já mostraram ao governo federal que somente por quatro meses do ano haverá água para fazer funcionar as turbinas da hidroelétrica de Belo Monte. Esse erro é fruto da ganância das empreiteiras e fundos de pensão. Mas eles terão o maior prejuízo da história, porque a natureza não lhes dará água nem mesmo para a formação da barragem ser instalada antes do funcionamento das turbinas, que serão entupidas pelo barro do rio."
- Você leu isso em algum lugar, né? Confessa.
- He he he... Foi no http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=18,85791. Mas isso não vem ao caso. Tô com raiva desse negócio! Tô aborrecida mesmo! Estou ligando pra falar que sou contra.
- Calma, calma Cristina! Não fique aborrecida! Vamos ver o que podemos fazer.
- Não, chega de enrolação. Quero um compromisso AGORA!
- Ah..  er... quer dizer... (ai meu Deus o que é que eu faço?)  Tudo bem, Cristina, a gente vai suspender as obras. Esse seu telefonema me abalou mesmo.
- Olha lá! Se a senhora não cumprir...
- Não, calma, vou cumprir sim. Eu não tinha ainda sacado o lance dos bichinhos. Fiquei comovida. As empreiteiras que se lixem.
- É assim que se fala! Viva Dilma, mãe dos probres!
- Poxa, obrigada.
- Valeu, "prési"! Até a próxima.
- Até.

Aí a presinte vira para a secretária e exclama, aliviada: "Nossa, que sufoco! A Cristina estava super chateada mas já conversei com ela e está tudo bem."

Odeio revoltas, tiros e tacape na cabeça mas... que inveja do Egito!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Adeus, dia!

É noite e estou cansada. Tentei ver um filme e cochilei.

Sim, estou com sono mas ainda assim, não sei por quê, reluto em me despedir do meu dia.  Hoje eu não queria dizer "adeus" para esse conjunto de 24 horas e um monte de minutinhos enfeitados de segundos.

Esse dia está me parecendo tão ímpar, tão misterioso naquilo que me oculta! Alguma coisa eu não soube, alguém não veio, algum segredo aconteceu, uma cena eu perdi, uma boa sorte me sorriu pelas costas.

Há dias em que a gente nem percebe o seu fim e até torce por ele, mas há outros em que isso incomoda. Hoje é como um filme que a gente sabe que está acabando mas sente que está faltando aquele fecho, aquela última e decisiva cena, então fica esperando...

Hoje o meu dia está parecendo um filme francês, desses com final bobo onde todo mundo pergunta "e aí?"

Parece que faltou uma coisa... ou que ela ainda vai acontecer mas só se eu souber esperar. Se dormir perco a cereja do bolo. Estou com sono e com pena de abandonar assim todas as pérolas, todo o fecho dessa pequena história de 24 partes e ficar com um bolo sem cereja.

Vão-se as minhas pérolas. Vão-se as chances. Morro hoje, amanhã ressuscito.

Talvez, quem sabe, só o que faltava era eu escrever esse texto.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Auto estima

Desde que tive a infeliz idéia de "dar uma ajeitada" em meu cabelo e entrei em um maldito salão há uns três anos atrás, perdi de vez os meus cachinhos.  Hoje o meu cabelo está acabando com a minha auto estima. De lá pra cá nunca mais fui a mesma.  Agora, em um lance de desespero, peço a opinião do leitor. Aqui abaixo vão algumas opções para um novo penteado. Eu confio em vocês.







sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Cuidado com os ursinhos

Aqui vai mais um texto da série SUGESTÕES DO LEITOR. Você manda um assunto e eu dou minha opinião. Ou simplesmente escrevo algo a respeito. Vamos lá:

"Vc podia escrever também sobre parceiros que eram extremamente perfeitos, dedicados, apaixonados e trocam a mulher por outra??"


Depois dizem que mulher é que é traiçoeira. Geralmente é mesmo. O homem costuma ser grosseiramente infiel mas há também os sutis, aqueles graduados e pós-graduados na arte de iludir.

O problema é: o homem-ursinho, dedicado e perfeito, costuma ser confundido com homem apaixonado. Mas vou logo avisando: não tem muito a ver.

Alguns homens são uns brutamontes e só mostram dedicação e companheirismo enquanto estão muito apaixonados. Depois, despeça-se. Esses aí são fáceis de detectar. O problema são os outros.

"Os outros" estão naquela categoria de homens que são gentis, nunca aumentam o tom de voz, são atenciosos e educados. Encantadoramente educados. Traiçoeiramente educados. Claro que isso é uma virtude mas pode nos induzir a erro.

Educação hoje em dia é algo tão raro mas tão raro que a mulher começa a acreditar que toda aquela delicadeza é amor. Nem sempre é. Existe um tipo de homem que vai te tratar bem até mesmo quando estiver enfiando uma faca nas suas costas, pegando sua melhor amiga ou apenas ensaiando uma despedida estratégica. Ele é um mimo até se você estiver criando barba e bigode.


Por quê?  Resposta: ele é educado. Simples, né? Seu Romeu aprendeu a ser gentil, gostou dos dividendos que isso rende e vai levando, afinal é o "nome da firma" que está em jogo. Pensa que vaidade é só lipo, academia e loja cara? Pois saiba que há formas mais sutis de vaidade e essa é uma delas. A mãe dele fez o que poucas fazem hoje em dia: ensinou boas maneiras ao filho. Quando ele ficou marmanjo e descobriu que assim ele pega mais mulher, aí resolveu incorporar de vez a figura do gentleman. Educação abre portas e abre outras coisas mais. VOCÊ é uma prova disso.

Esse tipo de homem não consegue demonstrar com gestos grosseios ou com indiferença que não está mais na sua. Vai demonstrar quando você descobrir o enorme par de chifres com o qual ele lhe brindou. Você não notou porque a gente só gosta de olhar o lado doce das coisas mas se prestasse um pouquinho mais de atenção veria que ele era igualmente maravilhoso com a tia doente, com o jornaleiro, com o chefe, a sobrinha, a vizinha chata, o amigo inoportuno e por aí vai. Só que você, sonhadora, jurava que era alvo exclusivo. Não se odeie. Nós mulheres sempre caimos nessa mesma casca de banana.

Pois é.

"Vc podia escrever também sobre parceiros que eram extremamente perfeitos, dedicados, apaixonados e trocam a mulher por outra??" Resposta resumida: porque provavelmente eles eram perfeitos e dedicados mas não apaixonados. Talvez fossem no começo mas deixaram de ser em um momento fatídico que você não percebeu.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Aniversário do blog


Exatamente hoje, 24 de fevereiro, o BLOG DA CRISTINA está fazendo quatro anos de existência.  Posso não ter melhorado o mundo mas certamente não o piorei em nada.Sou adepta daquele ditado: "Muito faz quem não atrapalha."

Desejo a mim mesma um novo ano cheio de inspiração e participação dos leitores. E a você, nobre leitor, desejos que meus textos proporcionem momentos desconstraídos, gostosos e reflexões úteis.

Agora... bola pra frente!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Maysa, a ditadura do riso e a terapia do choro

Só agora estou assistindo a mini-série Maysa porque não aguento assistir TV. Comprei o box. E chorei.

Há, na vida, um chorar gostoso. É quando nos deixamos levar pela emoção, uma emoção qualquer, sem receio de sermos observados. Não é o chorar de tristeza nem de desespero ou solidão. É a comoção consciente, permitida e saudável. É abandonar a alma, como um barquinho, em uma correnteza conhecida e sem riscos.

Todo mundo tem que chorar vez por outra, se não a alma resseca. Porque no dia-a-dia costumamos colocar nossa sensibilidade de lado para não desesperar. Como por exemplo o médico, que não pode se deixar levar pela tristeza cada vez que  que vê uma desgraça.  Sim, médico, o policial, o advogado, o psicólogo, o assistente social, o professor, todos precisam chorar. Precisam de uma música, um livro, um box de filme, uma cena qualquer.

Nesses dias ralos que antecedem  o fim do mundo (é isso mesmo que eu disse)  estamos vivendo a ditadura do riso. No desespero do nosso presente, decidimos que rir é imperioso porque rir seria despistar a dor. Mas é mentira. Rir não despista, apenas muda a dor de compartimento. E por falta de "escoar" ela acumula e acaba doendo escondido.  Sabe aquele tédio, aquela inquietação, aquela angustiazinha sem motivo? Pois é.

Antigamente os filmes dramáticos eram mais bem aceitos. Hoje eles ainda existem, mas há uma pressão enorme para se enxertar na história cenas engraçadas. Por pior que seja o drama sempre vemos  um personagem bobo, tonto, maluquinho ou malucão. Pode reparar. Isso é para que a tristeza não nos sobrevenha em estado bruto.  Aí perdemos a glória do choro.

As pessoas dramáticas ou sensíveis sempre serão consideradas dramáticas demais e sensíveis demais. No meio da desgraça somos impelidos, pelos atuais costumes, a contar algo que desvie os nossos olhos das lágrimas. Estamos ficando todos muito gaiatos. Não refletimos mais. Quando qualquer pensamento mais profundo vem, logo aparece uma piadinha para despistá-lo e nos tornar mais e mais cínicos com a vida.

Não vi gaiatice na minissérie Maysa. A dor é dor, o drama é drama. Chorei no escuro e estou muito bem, obrigada.

Todos temos dentro do peito um acúmulo de lágrimas. Deus as colocou lá e elas têm muita utilidade. Assim como não se pode tomar cerveja sem urinar, não se pode viver nesse mundo sem chorar de vez em quando. Chorar é preciso. Sofrer não é preciso. Você pode escoar suas lágrimas acumuladas olhando um quadro, ouvindo uma poesia, assistindo uma peça teatral. Mas cara, liberte suas lágrimas se não você fica engasgado.  Se você anda inquieto, sufocado, com uma certa agonia ou necessidade incessante de "fazer alguma coisa legal", talvez você apenas precise entrar em si mesmo e... chorar.

Não, a minissérie Maysa não é a melhor que já assistir. Ela não foi uma heroína nem nada parecido.  Ela está mais para um exemplo do que não se deve fazer mas não há problema. Chorar faz bem, principalmente quando você consegue sentir a dor dos desajustados, dos errados, dos que não acertam. Quando consegue é sinal de que ainda resta humanidade e compaixão em você. Ainda há uma centelha de Deus - ufa!

No aconchego do meu quarto tendo as luzes apagadas, sentindo dela a música e a dor de não conseguir ser melhor do que é, a dor de procurar alguma coisa indefinida e fugidia, de pôr tudo a perder, de querer abraçar o mundo mas ver o mundo escorrendo entre os dedos... chorei com Maysa.  E a música...  os olhos intensos... as dores... o abandono...  a beleza se esvaindo... os vexames... o mal causado...  Aliviei meu reservatório de lágrimas e hidratei um pouco a minha humanidade.

Você precisa chorar. Vai te fazer bem. Depois me diga. Eu não conto pra ninguém.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Todo Sentimento - Chico Buarque

Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar e urgentemente.
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez.
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente...
Prefiro, então, partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente.
Depois de te perder
Te encontro com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada -
Nada aconteceu!
Apenas seguirei, como encantado,
Ao lado teu.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Homem come plástico

Não aguento mais homens dizerem que gostam da mulher ao natural, que não aguentam mais a beleza artificial, e tal e tal. Gente, que mentira deslavada! Olha essa que eu li no Twitter um dia desses escrita por uma macho:

"Sei lá, pra mim poucas coisas são mais imbecis que essa super valorização de uma beleza comprada e falsa, fabricada pras câmeras.".


Aposto que ele tem um monte de Play boy em casa.  Aposto também que ele namora com uma garota que lembre pelo menos um pouquinho a "beleza comprada e falsa, fabricada para as câmeras".  

Ah, me poupem! Quem acredita nisso?  Esses que "adoram o natural" são os primeiros a ficarem doidos quando dão de cara com uma mulher assim, do jeitinho que eles "odeiam". Eles odeiam tanto que querem logo levar para a cama aquela cintura lipada, aquela bunda siliconada, cabelo modificado e rostinho retocado.


E ainda tem mulher que acredita...  Entre a foto do "antes" e a do "depois", em 100% das vezes eles preferem o "depois" e se benzem cruz-credo olhando para o "antes".   

Homem é assim: se eles enxergam um sanduíche bonito, eles comem e nem querem saber se é de plástico. Homem come plástico e bebe tinta sem nem fazer cara feia. O paladar deles está nos olhos, não na boca!  O tato também está nos olhos. E o olfato e tudo o mais. Só a mentira está na língua mesmo.


Você ainda acredita nos protestos masculinos por naturalidade?  Ah bobinha!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Samba no pé

Vá logo ensaiando para dar show de samba nesse carnaval. A coisa é simples: basta seguir o esqueminha da imagem abaixo e você vai arrasar! Boa sorte.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Um tema delicado


"Ado! aado!
Cada um no seu quadrado!"

Nas novelas torcemos para que o rapaz rico finalmente case com a garota pobre. Como somos românticos na vida irreal!  Mas tenho uma perguntinha: por quê não conseguimos trazer esse mesmo romantismo para a vida real quando o dinheiro é nosso?

Você nunca se perguntou por quê, afinal de contas, as pessoas mais ricas hesitam tanto em se misturar com as menos abastadas? Pobreza não é doença, não pega, todos sabemos. Então qual o problema?

Preconceito? Talvez sim, talvez não. Tempos atrás já publiquei um texto brilhante sobre o assunto. Clique AQUI e confira. Não vou repetir tudo.

Não quero ser advogada do Diabo, então vou logo adiantando: eu amo o amor. Quero que todo mundo se ame. Quero que todo amor se plenifique e eternize e gere filhotes. Adoro noivas, alianças, lua-de-mel e acho que dinheiro não é tudo na vida. Eu sustentaria um homem pobre se o amasse e daria uma banana para quem tentasse me impedir.  Verdade verdadeira.

Pronto, agora vamos ao outro lado da moeda.

Pode haver muitos motivos para um "amor desigual" sofrer crítica e perseguição. Hoje vou falar apenas sobre um desses possíveis motivos.

Sejamos realistas: quando você casa, casa com a família também. Para isso não há rota de fuga.

Se por exemplo um homem rico casar com uma mulher pobre, ele vai acabar levando nas costas toda a família da moça. Isso é tão certo quanto a noite se seguir ao dia, alguns pensam. Enquanto ele está apaixonado não vai pensar nisso. Só que a família dele pensa, e muito.

Um dia o irmão dela aparece pedindo emprego na $ua empre$a, só que ele totalmente desqualificado. Prepare-se para o prejuízo.  Outro dia é a mãe dela que vive doente e não tem plano de $aúde. Tem também a irmã que apareceu grávida e não tem enxoval, o $obrinho  que pa$$ou no ve$tibular ma$ não pode pagar a faculdade, o tio com 6 me$e$ de aluguel atra$ado e que vai ser despejado, a outra irmã que e$tá com dor de dente e não tem dinheiro para ir ao denti$ta e por aí vai. É um rosário de infortúnio, toda semana uma facada. Isso é preconceito? Não sei, só sei que são os fatos da vida. Admiro quem passa por cima disso tudo em nome do amor. Nem todos conseguem.

A questão não é só dinheiro, é também educação. Outra futilidade que também pode atrapalhar bastante. Sim, eu também odeio reduzir o amor a essas mesquinharias mas...

"E o amor, onde fica?"   No coração, claro! Mas pense: o "pobre do homem rico" ama só a garota, mas não ama o irmão nem a irmã nem a mãe nem a tia nem o pai endividado nem o sobrinho sem colégio nem o primo sem dentes nem os outros duzentos figurantes. O amor pode ser enorme mas convenhamos: a idéia de adotar todo mundo dá uma broxada.

Esse pode ser o motivo número um. Existem outros, mas odeio especialmente esse número um.

Modo de falar, de vestir, preferências musicais, opiniões, reações, gestos, educação, modos... tudo isso difere muito em pessoas de classes sociais diferentes. Só que quem está em baixo não percebe - essa é a parte cruel. A pessoa não percebe  e ainda acha que os ricos é que são muito frescos.  Vai ver que são frescos mesmos, mas isso não muda nada. É como já dizia o velho sábio da montanha:


"Ado! aado!
Cada um no seu quadrado!"


Sei que posso ser crucificada por causa desse texto, mas olhe como as coisas são: eu, que com algum esforço posso ser considerada classe média, certa vez ouvi um colega de trabalho (que nunca foi nem nunca será rico)  criticando outra colega porque ela havia se separado do marido e estava agora se envolvendo "até com o segurança" do prédio. É essa a mentalidade. Na hora critiquei veementemente porque não acho que o segurança do prédio seja inferior a mim ou a ele. Mas mesmo tendo discordado eu sei que não posso mudar o mundo. Eu posso ter muita personalidade para entrar em um relacionamento desigual, mas nao posso achar que todo mundo vá acreditar no meu amor ou no amor do meu parceiro, caso ele seja a parte pobre.

Nem todo rico aguenta o tranco da diferença. E esse tranco muitas vezes dói no pobre também. Aturar frescura de socialite não é moleza não. Ir a festas consideradas chatas, receber gente que fala outra linguagem, ser criticada quando recebe convidados e as vezes até ridicularizada, pensa que é fácil?  Se a diferença é muito grande a coisa pesa para ambas as partes.

Sim, o amor supera tudo. As vezes. Às vezes não.

Com igualdade ou sem ela, sempre teremos problemas na vida. Só tem o seguinte: uns problemas aparecem sem a gente chamar, sem nem imaginar que poderiam aparecer. Outros problemas são anunciados. A escolha é de cada um. Particularmente acredito que é maldade matar um amor, seja qual for o motivo. Tudo vale a pena, nem que seja pra dar errado e aquele sonho finalmente sair da nossa cabeça.

O amor, a vida... Tudo deveria ser mais simples, não é?

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A medalinha que não quero



Juro que não sou do contra, mas li e discordo da frase abaixo:

"... A vida seria bem chata se não tivéssemos algo pelo qual chorar -- porque significa que também fomos felizes."

Geralmente quando uma pessoa diz isso, todas as outras concordam. Principalmente se estiverem bêbadas, mas já vi concordarem de cara limpa também.

Vou dizer uma coisa: a vida não seria chata se eu não tivesse algo pelo qual chorar. A vida seria MARAVILHOSA, isso sim!

Não entendo esse povo que doura problema e glorifica urucubaca. Sai pra lá!  Sou da seguinte opinião: se o mundo fosse o Céu, isso seria o céu! Tudo bem, não foi uma grande frase mas faz sentido.

Gosto da alegria, das coisas bonitas, do prazer, de concórdia, dos corações bem resolvidos, de comida todo dia na mesa, de passeios, de amigos sinceros, amores sinceros, comemorações sinceras, de saúde. E não acho que os contratempos melhorem nada disso. Não preciso de desgraça nenhuma para aprender a curtir o lado bom da vida. Quem precisa, deveria passar uns tempos em algum campo de concentração.

Claro que não existe perfeição nesse mundo. Sempre haverá problemas, infelizmente. Só que quando eu digo "infelizmente", é infelizmente mesmo. Já vi gente dizer que:

1- "Não gosto de namorado que faz tudo o que eu quero".  Quem é a doida que disse isso? Essa bem que merece umas patadas, pra acordar. Pois fiquem todos sabendo que adoro tratamento vip.

2- "Briga entre o casal é até bom porque fazer as pazes depois é uma delícia."  Outra frase infeliz.  Não conheço nenhuma briga boa. Todas são uma bela bosta e ferem a gente por dentro (e às vezes por fora também) e não tem nada de legalzinho nisso.  Bom mesmo é a harmonia, minha gente! Boa é a paz!  Transar não arranca mágoa do coração nem apaga os desaforos que foram ditos. Pode parecer gostoso transar depois de uma briga, mas as marcas ficam e elas se acumulam no decorrer do tempo azedando a relação.

3- "A vida seria muito chata sem problemas" . Como é que é?  A vida é chata sem problemas? Pois o que torna a vida chata são justamente os problemas!   Quem diz isso merecia perder o emprego, no mínimo.

Pois declaro oficialmente que me sinto plenamente capaz de ser feliz sem problemas, sendo bem tratada e não brigando com ninguém.

4- "É bom ter algo pelo que chorar".  Tá doido?  É bom ter algo para rir, isso sim.  Todos os meus esforços vão no sentido de não precisar chorar nunca. Quem quer ter por quê chorar deveria frequentar enterros pelo menos uma vez por semana e passar as férias no mais miserável país africano. Em minha vida, vez por outra eu choro, mas não me divirto nadinha com isso.

Para quê carregar no peito a medalinha de "UM DIA FUI FELIZ"? Sabe o que está escrito atrás da medalinha "Um dia fui feliz"? É:  "Hoje estou na merda".  Não, essa medalha eu não quero.

Que me venham os bons fluidos.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Cristina Mortágua & padrão Globo de produções

Deve ser cruel ser drogada e ex-bonita - as duas coisas juntas.

Assisti ontem a noite a notícia do papelão da ex-modelo, aparentemente chapada, muito doida mesmo, que entrou em uma delegacia embolachando todo mundo: o filho, a empregada e  a delegada.

Tempos atrás Cristina havia posado com seu filho adolescente. O resultado do "trabalho" eram fotos que, na minha opinião, ficam entre o grotesco e o patético. Uma mãe que se presta para posar com o filho da forma como ela o fez, é alguém muito sem noção de certo e errado, de bom, de mau, de moral ou imoral.

Sei que a palavra "moral" está completamente fora de moda, mas dane-se.

Geralmente esse tipo de noção (de bom, mau, certo e errado) vai para o saco quando a pessoa se joga de cabeça no mundo das drogas, da promiscuidade e do sexo pago. Claro que não posso afirmar que seja o caso dela! Quem sou eu?  E admito que isso seja um pré-conceito, pois não fiz nenhuma pesquisa científica para chegar a essa conclusão. Estou apoiada apenas em meu olhômetro sobre os fatos da vida.

E o que Cristina Mortágua tem a ver com a Globo?  Tem a ver no seguinte: o padrão é o mesmo.

O Big Brother é aquela conhecida pocilga: todo mundo come todo mundo, são incentivados a isso e a suruba ainda é considerada ato de heroísmo pelo Pedro Bial.

Acho que cada um tem o direito de faze o que quiser com a própria vida, mas não precisa fazer propaganda disso nem rotular de preconceituoso quem discorda.  A partir do momento em que um determinado tipo de vida é imposto à sociedade através dos meios de comunicação, como tem sido feito incessantemente, posso considerar isso como um tipo de lavagem cerebral.

E as novelas? Não assisto novela, a não ser que eu esteja parada em uma sala de espera de médico ou fazendo nada ao lado de alguém que nada está fazendo e esse alguém deixou a televisão ligada. Mas sempre ouço critícas a respeito do nível das novelas. Eu não assistia nada, então ficava sem ter o que acrescentar ao que falavam. Pois bem, de uns dias para cá atrevi-me a assistir a uns três capítulos da tal Insensato Coração.

Além das clássicas cenas de filhos ameaçando, roubando e humilhando os pais e de cônjuges traindo, de roubalheira, de aulas de sedução e de venda de serviços sexuais de toda espécie e todos os outros lixos que as novelas promovem, ontem imaginei que eles passaram dos limites. Mas não passaram, porque eles simplesmente não tem limites.

Pois é, ontem assisti uma personagem adolescente dizer para a mãe que um amigo seu fez o "favor" de lhe tirar a virgindade. Deixa eu explicar: a garota estava incomodada por ainda ser virgem (estranho...) então recorreu a um amigo que lhe fez o favor. Cara... pelo amor de Deus, estamos no fundo do poço mas parece que esse poço não tem fundo.

Sou do tempo em que um homem fazia de tudo para conhecer uma virgem. Ele queria ter o privilégio de ser o primeiro e quando era o "escolhido" se sentia contente, vaidoso e muito macho. Agora as mulheres estão tão prostituidas, tão rodadas, tão esculhambadas que tirar uma virgindade é um trabalho, um favor que se faz para uma amiga, não um prazer masculino. Claro, porque os homens querem "eficiência" da parte das mulheres. Estão acostumados com profissionais, com mulheres experientes. Não se encantam mais com aquele terreno selvagem a ser conquistado. São preguiçosos e imediatistas, então por quê "perder tempo" com uma virgem?

"Eu queria perder a virgindade e um amigo me fez esse favor".  Legal sua filha aprender isso, né? Não, o problema não é a virgindade em si. O problema é que ela está aprendendo que não vale muita coisa, que nenhum homem vai "investir' nela, que se ela não correr atrás, é o fim do mundo. Ela vai crescer entendendo que vale muito menos do que vale de verdade. Os desdobramentos que esse tipo de sentimento geram em uma menina são uma coisa triste.

Já houve novela de irmão apaixonado por irmã. Essa etapa a mídia já venceu mas ainda há um longo caminhoa percorrer até derrubar todos os limites que nos separam dos irracionais.

Podem escrever:  Depois que a Globo conseguir popularizar o incesto entre irmãos, será a vez das historinhas onde o pai adotivo se apaixona pela filha. Quando isso estiver sedimentado na cabeça de todo mundo, a outra etapa será deixar no ar a pergunta: "Qual a diferença entre uma filha adotiva e uma filha de sangue? Nenhuma. Então..."  Você já sabe o que vem depois desse "então".

Vão haver protestos, artigos, cartinhas de repúdio, tudo igual a quando começaram a aparecer cenas de homossexualismo. Depois sabe como é: o povo engole. Engole tudo. País de avestruzes.

Sim, isso é uma profecia. Podem me chamar de Nostradamas.

E o que isso tem a ver com a Cristina Mortágua em fotos sensuais com o filho, apertando contra o peito dele os seus seios nus? O que tem a ver? Tudo. Se você não notou, desisto.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Pirenópolis/GO

Vale a pena. É uma cidade muito graciosa. Parece cidadezinha de novela. Aqui estou eu, feliz da vida, fazendo uma caminhada para visitar algumas das centenas de cachoeiras existentes nas redondezas. Lindas e geladas.

Detalhe de Pirinópolis: acho que existem mais pousada do que residências. Nunca vi cidade pra ter tantas pousadas, restaurantes e tanta gente distribuindo folhetos de propaganda. 95% das placas da cidade são para indicar as pousadas. Rodamos feito perus para encontrar o caminho para as cachoeiras que queríamos visitar. É mole? ´Mas nada disso tirou a graça do passeio. Sem dúvida um ótimo domingo.

Você teve infância?

Se teve, então deve lembrar:

"Hoje é domingo
Pé de cachimbo
O cachimbo é de ouro
Bate no touro
O touro é valente
Bate na gente
A gente é fraco
Cai no buraco
O buraco é fundo
Acabou-se o mundo!"

Se não lembra é porque sua infância se passou entre vídeo-game, play ground e aulinhas de inglês.

Da série "A imprensa não ama ninguém"

Nada mais fútil e enganoso do que querer ser queridinho da imprensa. Não que esse seja o caso da Amy Winehouse, que parece não se importar com mais nada nessa vida, mas se se importasse, morreria do coração porque A IMPRENSA NÃO AMA NINGUÉM.  Isso é foto que se mostre?

Não vale retrucar que "A Cristina também não ama ninguém" só porque também coloquei a foto aqui. Eu tinha que ilustrar minha tese com alguma coisa, não é verdade?

Você pode sair 600 dias no ano (como?!) limpa e perfumada mas no dia em que relaxar, nesse dia você se será finalmente vista.

Você pode ser a melhor mãe do mundo mas no dia em que seu filho for perdido em um shopping, nesse dia você será avaliada com a pior nota possível e todo mundo vai saber.

Você pode ser a melhor amiga do mundo mas no dia em que disser NÃO! nesse dia seu nome correrá o bairro, a cidade, o país!

Mundo cruel. Pelo menos os peitinhos da Amy estão em forma.


BIG BROTHER BRASIL

Talvez você já conheça mas resolvi postar porque acho que vale a pena.

Autor: Antonio Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.


Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Todo amor

Trecho que uma carta minha a um amigo:


... Eu acho que TODO AMOR DEVE ACONTECER. Tipo: amor é como uma vela, que nasceu para ser queimada. Ele TEM QUE ACONTECER, nem que seja para acabar. Senão, o amor não nos dá sossego.  Negá-lo por medo ou por outro motivo qualquer é como fazer um aborto. Sério. É assim que vejo. Um amor que não se tornou pleno nem se gastou na vida, é um amor que acaba virando fantasma, nos perseguindo para sempre...  Há coisas na vida que simplesmente TEM que acontecer e pronto...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Inveja do Egito

Estive observando os últimos acontecimentos no Egito  e o que sinto é confuso. Por um lado lamento imensamente tantos problemas e tanta gente sofrendo. Lamento pelo clima tenso e tudo o mais. Mas por outro lado...

Por outro lado dá assim uma... tipo... quer dizer... inveja.  O povo se rebela, exige coisas dos governantes, não aceita ser enganado nem tratado como gado. O povo está insatisfeito e grita que está insatisfeito. Nossa, que coisa positiva! Não me apedreje.

O que gera em mim esse estranho sentimento é que aqui no Brasil parece que está todo mundo anestesiado.  Parece que nada é capaz de nos tirar do atual estado de letargia. Não há saúde, não há educação, os bandidos vão muito bem obrigado, os parlamentares se enchem de dinheiro, os médicos do sistema público de saúde trabalham quando querem, pelo tempo que querem, chegam a hora que querem,  tudo é fraudado, corruptos são inocentados...  e fica tudo por isso mesmo. Ainda por cima jogam lixo na nossa cara e na cara de nossos filhos através de programações televisivas que mais parece apologia da sacanagem.  E tudo bem!

Será que estão colocando algum calmante em nossa água?

No Brasil, quando o povo está insatisfeito alguém  cria um programa humorístico para "denunciar" a injustiça. É tipo "conscientização via humor". Sacou a malícia do lance?    Você nem imagina como isso abala o Governo.   Aí o povo assiste, ri, se "conscientiza pra caramba" e  vai dormir de touca.

Não vou dizer que nosso povo não seja engajado. Nossa valentia mais recente foi o movimento dos Caras Pintadas, nos idos de 1992, quando o povo pintava alegremente o rosto de verde e amarelo e ia para a rua se confraternizar. E gritar, quando aparecia uma câmera. Temos também os bandidos militantes do MST ,  mas prefiro não pensar muito a respeito para não morrer de raiva.

De fato merecemos a faixa de "Povo pacífico". Só não entendi ainda se isso é elogio ou zoação. Tô meio desconfiada.

Ah, mas para não ser injusta é bom registrar que existem sim os mais radicais, com fome e sede de justiça. Eles enchem a cara nos happy hour e corajosamente xingam os políticos. Uma outra corrente também muito escrota escreve samba engajado. Do tipo que abala a Marquês de Sapucaí.

Ah sim, ainda temos os corajosos revolucionários que mandam correntes pela internet. Muito engenhoso, né?

Esses dias a coisa esquentou. Inconformados com a posição do governo em relação a usina de Belo Monte, os "revoltosos" me  mandaram um e-mail dizendo, entre outras coisas, pra eu ligar pra Dilma. Dilma, a Presidente da república. Sério! Recebi até o número do telefone. Gente, que radical!  Já estou até imaginando a secretária da Presidente atendendo meu telefonema: 

- Excelência, telefone pra senhora.
- Ai meu Deus, esse povo não me deixa em paz. Não sabem que estou ocupada?
- O que eu digo? A pessoa está na linha.
-  Quem é? é o Chavez?
- Ué, mas ele não morreu?
- Tô falando do Hugo Chávez!
- Ah! Não, não é ele não. É voz de mulher.
- Pergunta o nome.
- ... Excelência, é a Cristina.
- Cristina Aguillera?
- Não, Faraon.
- Ai meu Deus! Deixa eu ajeitar meu cabelo!
- Vai atender ou não vai?
- Vou. Dá aqui.  "Oi Cristina!"
- Oi presidente!
- Quê que há?
- É que eu e mais uma galera estamos indignados com essa história de contruir Belo Monte. Achamos que está tudo errado.
- Hã... é...  mas como assim? É o progresso!
- Mas vão matar um monte de macacos e preguiças. Não pode!
- Mas eu não governo para macacos. Eu acho. Nem pra preguiç... Bem, algum funcionário público vai morrer?
- Nâo, só os bichinhos e um monte de plantas.  Além do mais "climatologistas, biólogos, hidrólogos, ecologistas e ambientalistas já mostraram ao governo federal que somente por quatro meses do ano haverá água para fazer funcionar as turbinas da hidroelétrica de Belo Monte. Esse erro é fruto da ganância das empreiteiras e fundos de pensão. Mas eles terão o maior prejuízo da história, porque a natureza não lhes dará água nem mesmo para a formação da barragem ser instalada antes do funcionamento das turbinas, que serão entupidas pelo barro do rio."
- Você leu isso em algum lugar, né? Confessa.
- He he he... Foi no http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=18,85791. Mas isso não vem ao caso. Tô com raiva desse negócio! Tô aborrecida mesmo! Estou ligando pra falar que sou contra.
- Calma, calma Cristina! Não fique aborrecida! Vamos ver o que podemos fazer.
- Não, chega de enrolação. Quero um compromisso AGORA!
- Ah..  er... quer dizer... (ai meu Deus o que é que eu faço?)  Tudo bem, Cristina, a gente vai suspender as obras. Esse seu telefonema me abalou mesmo.
- Olha lá! Se a senhora não cumprir...
- Não, calma, vou cumprir sim. Eu não tinha ainda sacado o lance dos bichinhos. Fiquei comovida. As empreiteiras que se lixem.
- É assim que se fala! Viva Dilma, mãe dos probres!
- Poxa, obrigada.
- Valeu, "prési"! Até a próxima.
- Até.

Aí a presinte vira para a secretária e exclama, aliviada: "Nossa, que sufoco! A Cristina estava super chateada mas já conversei com ela e está tudo bem."

Odeio revoltas, tiros e tacape na cabeça mas... que inveja do Egito!