domingo, 24 de julho de 2011

Maria Photoshop

Acabei de checar o texto do blog do Carpinejar - Nenhuma mulher se acha bonita. Gostei do texto e quando gosto, comento. Quando não gosto, comento. E quando "muito pelo contrário" também.

O bom de ler textos alheios é que nossos comentários, quando confeitados, viram postagem do nosso próprio blog - veja você que engenhoso!

Pois o amigo escritor dizia que nenhuma mulher se acha bonita e que quando não notam os mil defeitos que ela jura que tem, ela entende que isso é descaso do "olhador".  Tipo "seria eu tão insignificante a ponto de não terem notado que meu pé é grande, meus cílios são pequenos, minha cintura é alta e meu joelho é quadrado?"  

Nada disso. Pra mim, mulher bonita se acha bonita sim. Só que quando não enxergam os defeitos dela ela fica angustiada pensando que "Só me acham bonita porque não notaram nisso. E quando repararem, será que ainda serei bonita para essas pessoas????"    Essa dúvida é pior do que moratória americana.  A mulher então resolve se detonar de leve. Só para ver se os fãs aguentam o tranco.

Mas não é só para testar os fãs. Ela se põe debaixo da lupa também por outro tipo de medo.

A mulher bonita tem medo de que um dia descubram que ela não passava de uma fraude.  Ela, que nunca se impôs ao mundo como beldade, pode daqui-prali ser cruelmente "desmascarada" e pensa: "Melhor eu me denunciar aqui e agora do que quando estiver emocionalmente desprotegida. Melhor agora do que debaixo de algum maldito holofote. Melhor eu me adiantar do que ser apontada como Maria-Photoshop".

Ela tem razão. As pessoas sempre dizem das bonitas:  "Bonita? Imagine! Já notou que ela tem os ombros caídos?"  Eu sou uma. Sempre digo que a Angelina Jolie é composta apenas de beiços e peitos. Não tem cintura, não tem bunda, não tem coxas. Tô mentindo? Fecha parêntesis.

Essa coisa toda funciona mais ou menos como no mundo do crime: quando a pessoa se adianta à polícia e confessa, acaba sendo julgada com certa benignidade.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Você vai ter que se conformar

Um dia, passeando pelo centro da cidade, surge na sua frente aquela amiga, aquela irmã do coração que você não via há séculos. Em um flash você relembra de festas, de confissões, de passeios e sextas-feiras. Num lance você vê no rosto dela que o tempo passou, que o penteado mudou mas não há como confundir: é ela, ela sim, que vem do passado mútuo de vocês e do passado dela mesma com outras histórias. Que bom!

Você corre ao seu encontro, faz uma festa enorme, beija e se emociona.  Abre os braços como se quisesse abraçar, junto com ela, também o marido, os filhos, os amigos. Você a chama pelo apelido porque ela é a sua irmã que esteve longe, que nunca mais você viu, que perdeu contato mas Deus trouxe de volta. Ela há de exigir que você vá à sua casa e as duas hão de conversar horas. Há de te mostrar seu guarda-roupas, as fotos da gestação, o anel de aniversário de casamento. Há de falar da nova dieta, dos novos cremes, do destino dos ex.  Que longo, que sentido abraço!

Que longo, que solitário abraço!  Demora uns segundo para você notar que é correspondida com um abraço frio e frouxo.  Você se afasta um pouquinho, passa as mãos nos cabelos dela e procura seus olhos esperando que eles mostrem um lampejo de alento. Nada. Sua grande amiga, aquela que sabia todos os seus segredos, a menina linda que te contava das paixões e foras que levou, ela está quase muda. Será que não te reconheceu?  Reconheceu sim.

Tanto reconheceu que te cumprimenta pelo nome, pergunta como vai e diz "que prazer te rever!"  Como "que prazer te rever"?   Onde será que ela aprendeu a ser tão contida? Logo ela que era chorona, que tomava as dores de todo mundo, que pedia satisfações e falava pelos cotovelos? Mas ali estava ela, polida, levemente embaraçada, levemente apressada, te apresentando a família, balbuciando algumas coisas sem graça de um passado mútuo que te parecia tão vibrante.

Você vai ter que se conformar em ter vivido sozinha tanta amizade. Vai ter que se conformar com o fato de nunca ter sido para ela o que ela foi para você. Vai ter que se conformar em voltar pra casa com esse papelão de ter feito festa para alguém que talvez nunca tenha falado de você para ninguém.

Que dor! Que desapontamento! E seus filhos ouviram você falar tanto dela!

Dói. Você volta pra casa sozinha como nunca, tendo um vácuo enorme na memória do seu passado, um passado que deve agora ser revisto... ou esquecido. Queira Deus que nunca mais vocês se encontrem. Que palhaça que você foi!

Quem nunca passou por isso?

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O nudismo e suas contradições

Adicionar legenda

Obviamente este texto está arquivado na categoria "Discuções manjadas."

Vou direto ao assunto:  acho que a prática do nudismo que uma tentativa de fazer crer que é possível apagar de vez o significado das coisas em nossa mente.  É querer "voltar" a um estado que jamais experimentamos, a um lugar onde jamais estivemos.  É como ver um filme erótico e dizer que está só querendo curtir a trilha sonora.

A postura da garota que tira a roupa em público é mais sincera. Ela sabe como as coisas funcionam e não esconde suas motivações. Está lá para ser desejada, excitar e se excitar também. Não de graça, claro. 

Os nudistas, me parece, são o contrário. Ficam brincando de índio como se nossa reação à nudez fosse a mesma. Acho uma coisa boba quando algumas pessoas volta de uma "seção de nudismo" se gabando de que olhou, olhou e não sentiu nada. E desde quando isso é um bom sinal ?!  Aos que se gabam de não serem afetados pela nudez tenho a dizer: se for verdade, meus pêsames. Se for mentira, meus pêsames também. Confessemos: ficar pelados, para nós, remete inexoravelmente a sexo. E se para você não funciona mais assim, procure um médico.

Nós já perdemos muito ao optarmos por nosso modelo de sociedade. Não precisamos perder também isso: o significado na nudez e as suas implicações.   Querem ficar igual aos índios? Acabem com os impostos que é mais negócio.

A tesão na nudez é  uma vantagem que levamos sobre os selvagens, as crianças e os velhos. Selvagens e crianças tem a vantagem de não poderem ser condenados por crimes. E os velhos furam todas as filas. E nenhum deles trabalha. Pelo menos os enfeites e climas do sexo nós temos. Não vamos abrir mão de tudo, pessoal!

A nudez como a vemos é uma imposição cultural?  Sim. E daí? 

Uma coisa que não entendo: eles dizem que só querem entrar em maior contato com a natureza. Mas ir à praia ou às montanhas ou à selva não basta? Não entendo por quê arriscar  as reentrâncias na areia poderia  deixar alguém "mais natural".   A menos que a pessoa esteja presa dentro de uma garrafa, ela estará de fato em contato com a natureza, mesmo de biquíni.

Entendam: meu discurso não é moralista, pelo contrário. Quero apenas incentivar as pessoas a serem sinceras consigo mesmas.  Vamos parar com  o faz-de-conta?

Veja só: se tudo é "normal" e se a intenção é se sentir como os bichinhos, por que os nudistas se sentem insultados quando um nudista tem ereção? Não é tudo natural?   Se eles fossem tão sem malícia assim veriam com naturalidade um marmanjo excitado perto dos seus filhos. Se para você esse lance incomoda, então pare de se fazer de inocente. Se tudo é natural, então tudo é natural. Se não é, então tire a máscara e assuma a sua sacanagenzinha.

O resumo é que eu acho que nudismo não passa de um surubão mental camuflado de naturalismo.  Entre nós ninguém tira a roupa na frente dos outros sem um propósito, claro ou dissimulado.

Fora toda essa discussão, o que não me sai da cabeça é o fator higiene.  Sinceramente eu não comeria um churrasco em um local de nudismo feito por um cara pelado, com o pinto quase encostado na mesa. Ou uma mulher, com aquele negócio rondando a farofa e a carne.

Você pode me chamar de maldosa. Pode ser, mas me assumo. Sugiro que você faça o mesmo.





quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cooperando com a campanha

sábado, 2 de julho de 2011

Fronteiras

Há uma maneira segura de sabermos a diferença entre amor extremado e demência? Entre bondade tipo "Madre Teresa" e doença emocional? Entre entregar os bens aos pobres e a  auto desvalorização doentia?

Há uma linha segura que separe o desejo louvável de servir o próximo e o sentimento de culpa crônico? Há algo de real em nossos atos de bondade? Onde está a fronteira que separa o amor da fixação? O otimismo da idiotice?

Acho desconfortável ter uma cartela de etiquetas nas mãos mas não conseguir rotular nada com convicção.  A vida sem rótulos é mais difícil. Estou disposta a facilitar as coisas mas... não consigo.

O que é bondade mesmo? Ela não se confunde com o medo religioso de ser mau?  A negação cega dos nossos maus sentimentos não nos leva ao abrigo de falsos guarda-chuvas de virtude?

Pra piorar: qual seria a vantagem de descobrir a verdadeira face dos nossos sentimentos? Qual a utilidade de nos depararmos com uma necessidade patética de auto aceitação onde pensávamos que só existia caridade pura?

Se eu conhecesse a mente de um santo eu continuaria admirando-o ou passaria a ter pena dele? Ele é um ser elevado ou só uma pessoa doente e que sofre?

Acho que as coisas não precisavam ser tão complicadas...

domingo, 24 de julho de 2011

Maria Photoshop

Acabei de checar o texto do blog do Carpinejar - Nenhuma mulher se acha bonita. Gostei do texto e quando gosto, comento. Quando não gosto, comento. E quando "muito pelo contrário" também.

O bom de ler textos alheios é que nossos comentários, quando confeitados, viram postagem do nosso próprio blog - veja você que engenhoso!

Pois o amigo escritor dizia que nenhuma mulher se acha bonita e que quando não notam os mil defeitos que ela jura que tem, ela entende que isso é descaso do "olhador".  Tipo "seria eu tão insignificante a ponto de não terem notado que meu pé é grande, meus cílios são pequenos, minha cintura é alta e meu joelho é quadrado?"  

Nada disso. Pra mim, mulher bonita se acha bonita sim. Só que quando não enxergam os defeitos dela ela fica angustiada pensando que "Só me acham bonita porque não notaram nisso. E quando repararem, será que ainda serei bonita para essas pessoas????"    Essa dúvida é pior do que moratória americana.  A mulher então resolve se detonar de leve. Só para ver se os fãs aguentam o tranco.

Mas não é só para testar os fãs. Ela se põe debaixo da lupa também por outro tipo de medo.

A mulher bonita tem medo de que um dia descubram que ela não passava de uma fraude.  Ela, que nunca se impôs ao mundo como beldade, pode daqui-prali ser cruelmente "desmascarada" e pensa: "Melhor eu me denunciar aqui e agora do que quando estiver emocionalmente desprotegida. Melhor agora do que debaixo de algum maldito holofote. Melhor eu me adiantar do que ser apontada como Maria-Photoshop".

Ela tem razão. As pessoas sempre dizem das bonitas:  "Bonita? Imagine! Já notou que ela tem os ombros caídos?"  Eu sou uma. Sempre digo que a Angelina Jolie é composta apenas de beiços e peitos. Não tem cintura, não tem bunda, não tem coxas. Tô mentindo? Fecha parêntesis.

Essa coisa toda funciona mais ou menos como no mundo do crime: quando a pessoa se adianta à polícia e confessa, acaba sendo julgada com certa benignidade.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Você vai ter que se conformar

Um dia, passeando pelo centro da cidade, surge na sua frente aquela amiga, aquela irmã do coração que você não via há séculos. Em um flash você relembra de festas, de confissões, de passeios e sextas-feiras. Num lance você vê no rosto dela que o tempo passou, que o penteado mudou mas não há como confundir: é ela, ela sim, que vem do passado mútuo de vocês e do passado dela mesma com outras histórias. Que bom!

Você corre ao seu encontro, faz uma festa enorme, beija e se emociona.  Abre os braços como se quisesse abraçar, junto com ela, também o marido, os filhos, os amigos. Você a chama pelo apelido porque ela é a sua irmã que esteve longe, que nunca mais você viu, que perdeu contato mas Deus trouxe de volta. Ela há de exigir que você vá à sua casa e as duas hão de conversar horas. Há de te mostrar seu guarda-roupas, as fotos da gestação, o anel de aniversário de casamento. Há de falar da nova dieta, dos novos cremes, do destino dos ex.  Que longo, que sentido abraço!

Que longo, que solitário abraço!  Demora uns segundo para você notar que é correspondida com um abraço frio e frouxo.  Você se afasta um pouquinho, passa as mãos nos cabelos dela e procura seus olhos esperando que eles mostrem um lampejo de alento. Nada. Sua grande amiga, aquela que sabia todos os seus segredos, a menina linda que te contava das paixões e foras que levou, ela está quase muda. Será que não te reconheceu?  Reconheceu sim.

Tanto reconheceu que te cumprimenta pelo nome, pergunta como vai e diz "que prazer te rever!"  Como "que prazer te rever"?   Onde será que ela aprendeu a ser tão contida? Logo ela que era chorona, que tomava as dores de todo mundo, que pedia satisfações e falava pelos cotovelos? Mas ali estava ela, polida, levemente embaraçada, levemente apressada, te apresentando a família, balbuciando algumas coisas sem graça de um passado mútuo que te parecia tão vibrante.

Você vai ter que se conformar em ter vivido sozinha tanta amizade. Vai ter que se conformar com o fato de nunca ter sido para ela o que ela foi para você. Vai ter que se conformar em voltar pra casa com esse papelão de ter feito festa para alguém que talvez nunca tenha falado de você para ninguém.

Que dor! Que desapontamento! E seus filhos ouviram você falar tanto dela!

Dói. Você volta pra casa sozinha como nunca, tendo um vácuo enorme na memória do seu passado, um passado que deve agora ser revisto... ou esquecido. Queira Deus que nunca mais vocês se encontrem. Que palhaça que você foi!

Quem nunca passou por isso?

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O nudismo e suas contradições

Adicionar legenda

Obviamente este texto está arquivado na categoria "Discuções manjadas."

Vou direto ao assunto:  acho que a prática do nudismo que uma tentativa de fazer crer que é possível apagar de vez o significado das coisas em nossa mente.  É querer "voltar" a um estado que jamais experimentamos, a um lugar onde jamais estivemos.  É como ver um filme erótico e dizer que está só querendo curtir a trilha sonora.

A postura da garota que tira a roupa em público é mais sincera. Ela sabe como as coisas funcionam e não esconde suas motivações. Está lá para ser desejada, excitar e se excitar também. Não de graça, claro. 

Os nudistas, me parece, são o contrário. Ficam brincando de índio como se nossa reação à nudez fosse a mesma. Acho uma coisa boba quando algumas pessoas volta de uma "seção de nudismo" se gabando de que olhou, olhou e não sentiu nada. E desde quando isso é um bom sinal ?!  Aos que se gabam de não serem afetados pela nudez tenho a dizer: se for verdade, meus pêsames. Se for mentira, meus pêsames também. Confessemos: ficar pelados, para nós, remete inexoravelmente a sexo. E se para você não funciona mais assim, procure um médico.

Nós já perdemos muito ao optarmos por nosso modelo de sociedade. Não precisamos perder também isso: o significado na nudez e as suas implicações.   Querem ficar igual aos índios? Acabem com os impostos que é mais negócio.

A tesão na nudez é  uma vantagem que levamos sobre os selvagens, as crianças e os velhos. Selvagens e crianças tem a vantagem de não poderem ser condenados por crimes. E os velhos furam todas as filas. E nenhum deles trabalha. Pelo menos os enfeites e climas do sexo nós temos. Não vamos abrir mão de tudo, pessoal!

A nudez como a vemos é uma imposição cultural?  Sim. E daí? 

Uma coisa que não entendo: eles dizem que só querem entrar em maior contato com a natureza. Mas ir à praia ou às montanhas ou à selva não basta? Não entendo por quê arriscar  as reentrâncias na areia poderia  deixar alguém "mais natural".   A menos que a pessoa esteja presa dentro de uma garrafa, ela estará de fato em contato com a natureza, mesmo de biquíni.

Entendam: meu discurso não é moralista, pelo contrário. Quero apenas incentivar as pessoas a serem sinceras consigo mesmas.  Vamos parar com  o faz-de-conta?

Veja só: se tudo é "normal" e se a intenção é se sentir como os bichinhos, por que os nudistas se sentem insultados quando um nudista tem ereção? Não é tudo natural?   Se eles fossem tão sem malícia assim veriam com naturalidade um marmanjo excitado perto dos seus filhos. Se para você esse lance incomoda, então pare de se fazer de inocente. Se tudo é natural, então tudo é natural. Se não é, então tire a máscara e assuma a sua sacanagenzinha.

O resumo é que eu acho que nudismo não passa de um surubão mental camuflado de naturalismo.  Entre nós ninguém tira a roupa na frente dos outros sem um propósito, claro ou dissimulado.

Fora toda essa discussão, o que não me sai da cabeça é o fator higiene.  Sinceramente eu não comeria um churrasco em um local de nudismo feito por um cara pelado, com o pinto quase encostado na mesa. Ou uma mulher, com aquele negócio rondando a farofa e a carne.

Você pode me chamar de maldosa. Pode ser, mas me assumo. Sugiro que você faça o mesmo.





quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cooperando com a campanha

sábado, 2 de julho de 2011

Fronteiras

Há uma maneira segura de sabermos a diferença entre amor extremado e demência? Entre bondade tipo "Madre Teresa" e doença emocional? Entre entregar os bens aos pobres e a  auto desvalorização doentia?

Há uma linha segura que separe o desejo louvável de servir o próximo e o sentimento de culpa crônico? Há algo de real em nossos atos de bondade? Onde está a fronteira que separa o amor da fixação? O otimismo da idiotice?

Acho desconfortável ter uma cartela de etiquetas nas mãos mas não conseguir rotular nada com convicção.  A vida sem rótulos é mais difícil. Estou disposta a facilitar as coisas mas... não consigo.

O que é bondade mesmo? Ela não se confunde com o medo religioso de ser mau?  A negação cega dos nossos maus sentimentos não nos leva ao abrigo de falsos guarda-chuvas de virtude?

Pra piorar: qual seria a vantagem de descobrir a verdadeira face dos nossos sentimentos? Qual a utilidade de nos depararmos com uma necessidade patética de auto aceitação onde pensávamos que só existia caridade pura?

Se eu conhecesse a mente de um santo eu continuaria admirando-o ou passaria a ter pena dele? Ele é um ser elevado ou só uma pessoa doente e que sofre?

Acho que as coisas não precisavam ser tão complicadas...