quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Última postagem do ano

Todo blog que se preze tem uma mensagem de fim de ano. O meu se preza. O meu tem mensagem de fim de ano.

Minha mensagem baseia-se no fato de que assim como um monte de coisas deu certo para você - PARABÉNS! VALEU CARA! EU NÃO DISSE QUE IA DAR CERTO? -  outras foram por água abaixo. Não esquente, foi assim pra mim também. Não emagreci, por exemplo. Nem termino 2009 tocando violão. E daí? Terei outras chances.

Você que está lendo esse texto considere-se um sujeito de sorte: tem olhos, sabe ler e tem tempo para abobrinhas distrações edificantes, como por exemplo ler o meu blog.

Bem, minha mensagem é simples e vai embalada em música: o que não deu certo, tente outra vez - veja o vídeo. Só isso. É simples mas precioso se levado a sério. Quem desiste já é meio defunto.

Convide-me para algo divertido em 2010.

Feliz Ano Novo!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Abraços e promessas


Crianças tristinhas podem ser tranquilizadas. Geralmente basta um abraço cheio de promessas.

Um abraço traz consigo a garantia de que todas as palavras ditas durante o enlace são verdadeiras. E tanto poder tem o abraço que as vezes ele diz  "é verdade!" mesmo quando nenhuma palavra foi dita ainda. Ele torna verdadeiro até o silêncio porque mil verdades se escondem nas pausas.

As maiores verdades do mundo parecem sempre estar nas pausas. Embrulhados no silêncio elas trazem nossos sonhos mais resistentes. No apertar de corpos parece-nos que uma promessa foi feita - e tão sagrada ela é!

"Estarei sempre aqui"...  "Vai parar de doer..."  "Sim, vai acontecer! Vai sim!"...   São crenças que no abraço ganhar corpo.   Naquela hora tudo é sagrado e isso acalenta porque fica coração com coração e parece tão dificil os corações mentirem!

Gosto de confiar nos abraços assim como as crianças.  É quando elas param de chorar.

Sendo assim, quero uma linda promessa para 2010. Minha alma está pedindo uma promessa. Ela precisa ouvir coisas lindas nesse final de ano porque disso é que as almas se alimentam. Se não...  definham.

Uma promessa com um abraço...  O que direi a mim mesma quando o ano estiver fechando suas portas e todas as promessas de acontecer forem jogadas para o ano que vem? O que direi a mim mesma para ser tranquilizada e ir dormir sorrindo?

Quando eu olhar para o céu... Ah, os céus esperam também que lhes atiremos promessas como balões coloridos. Pois sim, o que direi para a minha alma? E o que ela dirá aos céus?

Direi que jamais a magoarei e não a deixarei morrer de saudade. Nunca. Saudade de nada. Correrei o mundo em busca daquela pessoa. Chorarei se precisar.  Buscarei a paz,  amores, amizades, lindos passeios e novos caminhos. Darme-ei músicas e longos momentos de contemplação.  Terei bons amigos e não deixarei que eles se vão. Sorrirei mais, elogiarei e farei favores de boa vontade. Cercarei assim minha vida de amor e beleza.

Meu corpo será sempre saudável em 2010. Cuidarei dele, que terá um condicionamento maravilhoso. Subirei montanhas, descerei correntezas e jamais me afastarei dos que amam. Deus me ajude! Pedirei perdão e corrigirei velhas faltas. Não deixarei minha alminha no incômodo do arrependimento irresolvido.

Isso tudo será verdade quando eu for abraçada porque o abraço sela todas as verdades que queremos que sejam pra valer.

Você me abraçaria em 2010?

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Nave Errante - Guilherme Arantes

Me amarro nessa música. Não consigo ouvir uma vez só.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Bar Vitrola


Uma dica aí pra vocês:

Seguramente o bar Vitrola é uma das melhores opções para quem gosta de curtir a noite paraense e quer algo mais do que sentar e encher a lata até dar sono.

Ambiente bem refrigerado e com decoração agradável: poltronas, cadeiras e pufes,  pista de dança, banheiro decente. Para comer, você pode optar pelo buffet de tira gostos. É de qualidade e tem a vantagem obvia de não precisar esperar a boa vontade do garçon ou da turma da cozinha. Deu fome? Você vai e se serve como se estivesse na festa da casa de um amigo, com a diferença de que lá tem ótima variedade de frios e queijos, além de camarão, patês, torradas, salgadinhos, farofa...  além da cerveja GELADA.

O Vitrola está localizado na Rua dos 48. Passando na porta você jura que lá em cima daquela pequena galeria no centro da cidade não pode haver nada de interessante. Mas há. Aposte. E mais: o local é frequentado por gente de TODAS as idades. Tradução: seja qual for a sua data de nascimento, você se sentirá a vontade por lá.  Nada mais chato do que ir a um lugar e encontrar só garotada ou só velhos. Viva a diversidade!

Quando for, convide-me.

Drible de Deus



Pós Natal... 

25 de dezembro é Natal mas inventaram de que a festa é no dia anterior. Acho que foi o próprio Cristo que armou essa jogada e todos caíram. Ele fez isso para que o Natal fosse realmente um dia de paz, sem apelo comercial, de união dos amigos, da família, todos em simplicidade, sem pressa, comendo sobras, falando da vida, confraternizado afinal.

Se não fosse a sacada de comemorar o Natal no dia anterior, toda a loucura  cairia justamente para o dia 25, que é quando comemoramos a não-loucura.  Sendo assim, no dia 25 a gente fica com aquele gosto de "pós-Natal" na boca. E é um gosto muito bom.

Sem barulho, sem engarrafamento, sem correria, cada um com a sua família... Mesmo os que "pulam a cerca" priorizam a família nesse dia. Sim, o pós-Natal parece estar mais dentro da proposta natalina do que o próprio.

Os bêbados não incomodam ninguém; estão todos dormindo o sonho dos justos.  Jogados, quietos, inofensivos e com cara de santos. Tocante notar o quanto são indefesos assim em profundo sono. Podemos roubar-lhes a carteira, falar mal "na lata", xingar, passar a mão na bunda..  Eles não reagem. Toda a valentia de ontem foi para o ralo. Agora não passam de bebezões  inofensivos. É mais fácil gostar deles assim.

Ninguém trabalha; todos sobrevivem com as sobras. Ninguém se enfeita: todos tomam banho e aparecem com a cara lavada. Conversam, riem...   Quem não ganhou presente, a essas horas já se conformou.


Não é mesmo desse jeito que tem que ser o verdadeiro Natal? Por isso que digo: a antecipação (a princípio incompreensível) da festa que deveria ser 25 para o dia 24 foi um brible de Deus. Por quê? Para não esculhambarem o aniversário da vinda de Cristo ao mundo.

25 de dezembro sim, vemos um pouco de paz na terra. E é boooommmm!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Mudança


Não sei se aguento mais tanta mudança.

Há tempos que não consigo mais passar um Natal igual ao outro mas há tantos Natais queridos que eu desejava repetir! Como um filme que reprisamos, reprisamos, reprisamos...

É curioso mas tive bis de muitos aniversários; eles costumam ser parecidos uns com os outros. São todos irmãos; só que eu não me importaria se alterassem o enredo. O Natal é o contrário: queremos o nosso presépio com os mesmo personagens; queremos nos alegrar com as mesmas velhas alegrias.

Há algo de errado porque não está sendo assim. Mudanças... 

Em um ano fulano nasceu. No outro, beltrano morreu. Às vezes há convidados; noutras, só família. Há os queridos que vão embora mas há os que chegam alegremente como se fosse pra ficar. Não ficam.  Há as várias versões de mim mesma: eu mais magra, eu mais gorda, mais alegre, melancólica, feliz ou cheia de saudades. Mais presentes, menos presentes.

Sinto saudade de vários Natais que eu não sabia que estava por perder. Eu não sabia que eram únicos!

Cada Natal é uma estrela com diferentes brilhos. Umas são cheias e ofuscantes mas outras são pequenas e opacas.

A previsibilidade, costumamos desprezar em nosso dia-a-dia.  No Natal é o contrário: ela é a coisa que mais queremos. Pelo menos comigo é assim. Não quero Natais novos! Quero sempre o mesmo, com as mesmas doces alegrias: a mesma estrela, as mesmas músicas, as mesmas pessoas queridas com seus velhos abraços, seus sorrisos conhecidos e meigas manias. E quero a sensação de que será assim pelos séculos dos séculos.  Desejo a mais absoluta repetição: as mesmas piadas, as rabanadas, presentes previsíveis e até aquele nó na garganta. É tão bom acreditar que não perdi nada e que Deus me deu tudo de novo!

Nada de novidades. Se quiserem podem até me dar o mesmo presente do ano passado.  E não quero olhar para nós  mesmos e imaginar o que não mais virá a ser.

Esse seria o meu pedido, só que é tarde demais. A coisa já está acontecendo. Há um ralo cósmico que engole tudo. Há um vento autoritário que muda as coisas de lugar. Há forças que fazem acontecer e desacontecer. Somos expectadores perplexos de nossa própria história. 

As vezes considero isso e desejo ir antes que tudo se vá. Quero entregar antes que me tomem.

Há um filme que eu queria ver de novo: a Vovó Alba cercada de netinhos e um mundo de papéis de presentes espalhados no chão.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal (se vire!)


Se você tem família, feliz Natal. Será maravilhoso reunir as pessoas queridas e abraçá-las, rir e comer com elas nem que seja um sanduiche de mortadela.  Paz na terra, tá? Esqueça a dívida do cunhado, o sapato que sua irmã não devolveu ou o que ela devolveu com o salto esfolado. Paz na terra! Deixe pra lá o peru que prometeram. Afinal quem precisa de peru? Bem.. Paz na terra aos homens, de boa vontade.

Preste atenção: não "aos homens de boa vontade" mas "aos homens, de boa vontade". Entre os humanos só se vê má vontade. Li esses dias tanta má notícia, tanta desgraceira que se o Natal fosse hoje não apareceria uma estrela pairando no céu: ela se precipitaria na terra para explodir tudo aqui. Tá feia a coisa. Natal foi um gesto de boa vontade de Deus para com os homens. E por aqui, nada. Vá falar em Deus? Já torcem o nariz e te jogam na cara o padre pedófilo, o pastor rico, o crente fanático... como se Deus tivesse instituido isso.

Paz na terra aê, gente! Vamos abraçar e beijar, se der. Ah se você tem família... taí uma fauna que vale a pena preservar. Se não der pra comprar presente e daí? Eles sobreviveram até agora sem nada disso; podem aguentar sem seu mau gosto esse ano. Escreva um bilhete dizendo apenas o quanto eles são importantes para você. Seja esse o presente. Ou diga isso baixinho no ouvido deles enquanto os abraça. Já vale.

Se você não tem parentes... paz na terra! Pense na grana que você vai economizar. Pense no que você não vai engordar, nos presentes errados que não vai ganhar...

Mas peraí: todo mundo tem família mesmo que não tenha. Faça as pazes com a humanidade e eleja uma família AGORA.  Sim, essa pessoa que você pensou seria uma ótima mãe, e esse cara quebraria o galho como pai... aqueles manés como irmãos... Tá vendo? Com tanta gente no mundo, pelo amor de Deus, falar que não tem família é um desaforo.  Vá a luta! Se vire!

Certo, agora que já está todo mundo arranjado,
Feliz Natal.

E não esqueça: aquilo tudo que a Bíblia diz sobre o Natal é verdade. O que a mídia diz  não tem nada a ver. Ah, você não leu a Bíblia? Hmmm... tá meio por fora né, meu fio? Assim...  uns 2.000 anos.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Suprema ironia


"É precido dizer que a cirurgia plástica surgiu como um procedimento reparador, para corrigir um problema decorrido de um acidente..."

Acabei de ouvir isso na tv. Acontece que a ação da gravidade É UM GRAVE ACIDENTE. Gravidade é grave. É pra mim é acidente pois gera uma modificação indesejável em minha aparência, coisa que CLAMA por reparação - reparação essa que se não for reparada, ninguém me repara.

Estranho... se não reparam, nós não deveríamos nos incomodar, não é mesmo?

Pense: quem vai gastar dinheiro consertando um defeito no sofá que ninguém repara? Ou uma imperfeição na pintura da parede se ninguém nota, nem você? Ou no confeito do bolo que ninguém percebe? Quem liga?

O grande problema deverim ser os acidentes que nos transformam quem monstros, que degradam, que atraem olhares curiosos ou assustados. 

Ah os seres humanos...  Se o defeito é em nosso corpo o problema é justamente inverso: quanto maior o defeito, mais invisível nos tornamos. Pelo menos é assim, exatamente assim conosco, as mulheres. E é precisamente isso o que nos incomoda. Não queremos ser invisíveis.

("Mas seremos...")

sábado, 19 de dezembro de 2009

Natal de novo...


Olho para trás e avisto, não muito ao longe, uma doce criança que gostava tanto dos cacarecos de Natal - eu.

Calma, não apostatei! Claro que amo o Natal - data máxima da cristandade. Mas ando meio enjoada dos acessórios natalinos. A gente liga a televisão e em TODAS as propagandas aparece um babaca de gorro vermelho com alguma musiquinha brega ao fundo.
Alguém tem que nos livrar daquelas músicas! Lojas, televisão, ruas, é em todo lugar! Tenho até medo de dormir e sonhar com aqueles sinos badalantes!

Um mês de enfeites na sala e 11 meses de tralhas ocupando espaço no armário. Não se pode abrir uma porta sem que salte uma perna de guirlanda para fora do guarda-roupas como se tivesse vida própria, como se quisesse me pegar pelo pescoço, me enforcar! "Miserável Me tira daqui! Me tira daqui!!!!"

E a árvore, cheia de tentáculos e poeira? São horas para convence-la a entrar de volta na embalagem na qual ela veio ao mundo. Ela simplesmente se recusa a hibernar até o próximo Natal e todo ano se repete, em janeiro, as mesmas cenas de violência: a gente xingando e empurrando-a de volta na caixa. Empurra uma perna, ela põe o braço pra fora. E já notaram que qualquer árvore natalina a cada ano que passa envelhece dez? Sério. Com direito a calvície e corcunda. A gente compra à prestação aquele espantalho verde para no ano seguinte nos deparamos com um troço troncho e descabelado.
Deveria haver salão de beleza para árvores natalinas. Elas precisam, ora bolas!
Sim, e as bolas que nunca temos em quantidade suficiente?
Ah, deixe as bolas para lá já que temos também a questãos dos "cabelos de anjo" espalhados por debaixo dos sofás e as luzinhas que NUNCA FUNCIONAM NO ANO SEGUINTE. Pode reparar. A gente guarda com o maior cuidado e carinho - diferentemente do que fazemos com os pinheirinhos - mas no ano seguinte temos que encarar o sorriso desdentado do nosso rosário de lâmpadas. Dão mais nó do que ... do que tudo! E quando acendem é tudo banguela.

Agora vai um teste. Quero ver se sou normal: você gosta de chegar em uma casa e ser saudado por aqueles joguinhos de luz que tocam musiquinhas irritantes ininterruptamente? Pi-pi-pi-pi-pi... Meus Deus que troço chato! Não me convidem para festas onde as luzes apitam. Nem onde os Papais Noéis rebolam.

Sobre as músicas, só existem dois tipos: as terrivelmente chatas e as terrivelmente tristes. As vezes tenho a impressão de que essas músicas todas foram compostas por órfãos famintos tremendo de frio na neve, com os sapatos furados, olhando através de alguma janela a festa das crianças ricas. Jesus Cristo! Tanta angústia passa até a fome da gente.

E sabe, uma dúvida me aflige: existe mesmo algum lugar do mundo no qual as pessoas usem aquela roupa ridícula do Papai Noel? Aquele vermelho brilhoso no melhor estido "drag" ? Se existir me diga onde é para que eu não passe nem por perto.

Meu pedido de Natal é: por favor me mostrem um bom motivo para eu gastar meu tempo e dinheiro com penduricalhos natalinos e não comprar (mais) uma roupa nova. Juro que quero entrar no clima!

Obs.: Quanto a gravura acima...bem... Depois eu troco, tá?




quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

AVATAR e os gays


Acabei de assistir o filme AVATAR. Uma viagem! Adorei. Principalmente porque foi em três dimensões (em SP).  Como eu disse, uma viagem muito louca por um mundo imaginário mas que, devido aos efeitos 3D, a gente jura que existe, jura que está lá vivendo tudo com os personagens, vendo aqueles delírios, aquele colorido lindíssimo. Foram 3 horas de puro deslumbramento.

Agora tinha que aparecer uns chatos pra botar defeito. Vocês acreditam que militantes gays americanos resolveram dar chilique porque estão achando o filme homofóbico? Sim, só porque o casal romântico é heterossexual e dá a entender (na cabeça deles!)  que o futuro da civilização será de heterossexuais. Ohhh!  Não podemmos pensar isso porque para eles, os profetas, o futuro da humanidade é o homossexualismo. Só não entendo como pode haver futuro pra humanidade se os humanos resolverem não reproduzir mais...

Esse militantes estão delirando mesmo. Que saco! Agora todo mundo tem que ficar glorificando o homossexualismo se não é acusado de homofobia? 

E que merda eles sabem do futuro pra vir dizer que no futuro todo mundo vai dar a bunda  e colar velcro? Eles tem bola de cristal por acaso?  Era só o que faltava!

Segundo eles, cada filme com um casal hetero TEM QUE MOSTRAR outro com casal gay. Propaganda obrigatória agora? Eles não se mancam?  Pelo jeito querem que os heterossexuais passem a se sentir anormais...

Porque não vão viver em paz, amar e curtir a vida sem encher o saco dos outros? Respeitem a opiniao alheia, o trabalho (filme) alheio e tudo o mais. Ninguem tem obrigação de fazer propaganda gay! Ninguém precisa disso!

Zoológico


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

São Paulo e eu

Pois é, vim passar uns dias em São Paulo mas antes que me cobrem fotos de passeios emocionantes vou logo adiantando que não dei sorte no quesito "passeio". Mas estou sendo muito bem sucedida nos quesitos "descanso", "descompromisso" e "compras".

1- Em primeiro lugar, antes de vir fui advertida a só trazer roupas leves pois o calor estava infernal.  Me lasquei, porque o tempo mudou. Fiquei na pior com minhas alcinhas e rasteirinhas.

2- Nosso roteiro incluía um passeio na cidade de Brotas para curtir rapel, canionismo etc. Eu estava animada, criando coragem, quando descobri que a rodovia para Brotas está interditada. Não dá pra chegar lá por enquanto. Que dizer: não dá pra chegar lá exatamente durante os dias que eu estarei aqui.

3- Tudo bem, que tal asa delta em Santos?  Maneiro!!!! Fiquei assanhadinha e até subi no morro de teleférico. Beleza. Só que haviam marcado para aquele dia um campeonato de asa delta... campeonato esse que nem aconteceu porque são havia nada, nada, nada de vento. Quem saltasse cairia na vertical.

4- Resignei-me em descer no teleférico e acreditar que esse era um grande momento. Não tirei fotos porque minhas baterias haviam descarregado. Muito tempo guardadas...  Só vi isso na hora, claro. Mas tenho como pedir as fotos que meu filho tirou. Depois posto aqui.

5 - Tudo bem, restava passear por Santos e conhecer os pontos turísticos. Gostei muito da cidade, em especial da belíssima vista a partir do mirante. Apesar da chuvinha, uma beleza. Só que quando fui circular pelo famoso Porto de Santos era noite e caiu um dilúvio assustador. Não dava pra ver muita coisa até porque, além da chuva, faltou luz no porto. Acredita?

6- Mas no dia seguinte poderíamos ir ao Hopi Hari. Sim!!!!  Só que no dia em que resolvemos ir, o parque  estava FECHADO para um evento particular.  Sério, não é piada! E para o dia seguinte estava previsto chuva. Fui às compras. Fazer o quê? Pelo menos consegui comprar uma bolsa Carmen Steffens pela metade do preço.

7- Claro que não deixei de ir na José Paulino mas, como vocês sabem, as melhores lojas não fazem questão de vender roupas. Eu já sabia mas fui de teimosa:  só vendem no atacado. As que não se limitam ao atacado, ainda assim proíbem que a gente experimente as peças. Devem estar milionários para esnobar clientes assim. O que mais eu via era mulher sair resmungando da lojas.

Ainda tenho uns dias aqui. Vejamos no que vai dar.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Conselheiro da corte


Agora entendi!
Não estamos perdidos, temos um guru!

Depois da postagem de Paulo Coelho datada de  28.11.2009  é que finalmente consegui compreender o que está acontecendo no Brasil.  Não é que falte moralidade ou correção. Tudo está sendo friamente planejado. Tá tudo sob controle gente! Calma calma, não criemos pânico.

A impunidade não é problema. Estamos apenas seguindo à risca a cartilha de um  dos sábios das parábolas "coelhistas".

No episódio em questão, um dos alunos da fábrica de  sábidos começa a furtar. Seus colegas descobrem e ficam revoltados (que feio!).  Falam com o mestre pensando que ele vai fazer alguma coisa. Nada. No outro dia o f.d.p.  apronta de novo e nada de providência de nenhuma forma.

Passam-se os dias e o cara metendo o pé na jaca na maior tranquilidade. O mestre nem se coça. Aí é confrontado pelos alunos revoltados, que querem a expulsão do elemento para que não fique o mau exemplo.

Antes que você também fique com raiva do sábio, vou adiantar a fita: ele quer deixar o cara roubar até cansar. Tipo assim, até ele se convencer por ele mesmo que aquilo é feio. Diz que funciona que é uma beleza - e aí reside a verdadeira sabedoria.

Sabe, eu também acho. A verdadeira sabedoria a gente consegue por deduçao íntima, lá do âmago da alma. O cara tem que chegar a isso - desde que não seja às custas da MINHA bolsa. Se o Paulo Coelho quiser custear o cara para provar sua teoria, fique à vontade.

Na história em questão o carinha cansou de roubar. Ou porque acabou o estoque ou porque foi iluminado, sei lá. Pra todos os efeitos "alcançou a sabedoria."

Lindo né? O problema é quando a gente pensa no Brasil... 

1- Será que vai demorar muito para o pessoal do poder encontrar a luz?  Tá doendo!!!!

2- A lição tinha que ser aprendida com o meu dinheiro?

3- O Lula não podia arranjar um guru com uma teoria mais barata?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Cristina X Papai Noel


Depois de muito custo e tu-tu-tu no ouvido, finalmente consegui falar com o Papai Noel. O problema é que empenhei-me tanto em conseguir o número telefônico, depois em conseguir a ligação em si, que deixei pra lá o principal: falar o quê? 

Claro que você deve estar se perguntando: se queria tanto falar com ele, deveria ter um motivo. E tive: tédio. Estava entediada, com as unhas feitas, cabelo pintado, tudo em dia mas queria fazer alguma coisa diferente. A noite me encontraria com amigas e queria ter algo a contar. Falar das injustiças do trabalho, de política ou das minhas últimas aventuras no shopping, nem pensar. Quem quer ser previsível?  Eu poderia chocá-las com uma conversa diferente, mais criativa, mostrar que meu círculo de amizades se amplia a cada semana - e com gente importante, viu! 

Não sei por quê não pensei em algum artista. Acho que porque estava passando um carro de som perto de casa, e tocava daquelas músicas natalinas. A associação foi imediata: por que não falar com o próprio Papai Noel? 

Não consegui no mesmo dia. E não vou dizer como consegui o número dele; tenho que resguardar minhas fontes de informação. Sinto muito. O importante é que uma semana depois lá estava eu em frente ao telefone desde cedo, tentando um contato. Se ele existia, iria me atender.

Finalmente atendem (uau!) e era o próprio. Eu jurava que ele tinha uma secretária ou pelo menos uma mulher. Acho que ele se separou daquela velhinha simpática que aparece nos cartões porque, como disse, ele mesmo atendeu:

Papai Noel - Alô?
Cristina  - É... er... é da casa do Papai Noel?
Papai Noel - Sim.
Cristina - Dá pra chamar ele pra mim?
Papai Noel - Não.
Cristina - (silêncio...) Não!? E por quê não?
Papai Noel - Porque é ele mesmo quem está falando - hehehe
Cristina -  Me faça o favor de chamar o Papai Noel? 
Papai Noel - Mas sou eu!
Cristina - O verdadeiro, quando ri faz  "ho ho ho"  e não "he he he".
Papai Noel - Minha filha, eu estou de folga; só faço "ho ho ho" no Natal. 
Cristina - Ah tá. Desculpa aí.
Papai Noel - Sim, mas diga: o que você deseja?
Cristina - (Ai! O que eu desejo mesmo?)  É... Desejo dizer que tenho um desejo.
Papai Noel - Todos temos. E daí?
Cristina - Éeee...  Bem...  Quero fazer meu pedido. 
Papai Noel - Você quer dizer que GOSTARIA de ser atendida em um pedido, não é? Já disse que estou de folga.
Cristina - Sim, é isso. Desculpa, é que estou nervosa.
Papai Noel - E eu tô ficando. Pois sim, diga logo minha filha.
Cristina - É... eu... (cara, o que eu quero mesmo?)
Papai Noel - Já sei: você deseja ligar outra hora.
Cristina - Calma! (velho ranzinza!)  O senhor não sabe o trabalho que tive para conseguir falar com o senhor!  Bem, meu pedido é: DESEJO PAZ PARA O MUNDO  (caramba, isso não é nada original!).
Papai Noel - Cumé?
Cristina- É, paz para o mundo.
Papai Noel - Você é miss por acaso? Só elas fazem esses pedidos idiotas.
Cristina - Poxa! O que há de errado com o meu pedido?
Papai Noel - Em primeiro lugar, nunca vi fazer pedido por telefone. Para o Papai Noel só se faz pedido por cartinha escrita à mão. É a norma.
Cristina-  Que "Norma"? Não conheço...
Papai Noel - Ai meu saco... Quando tocou o telefone pensei que fosse a faxineira.
Cristina - Da próxima vez vou atacar de faxineira; talvez o senhor me atenda melhor.
Papai Noel - Quer que eu desligue?
Cristina - Nãããooo!   Me diga, é só isso que está errado em meu pedido?
Papai Noel - Não. Em segundo lugar seu pedido está irregular também porque você só pode pedir uma coisa de cada vez.
Cristina- Mas é o que eu estou fazendo!
Papai Noel - Não. Está pedindo para o mundo todo, então são mais de 6 bilhões de "pazes".
Cristina- Caramba, não tinha pensado nisso.
Papai Noel - Além do mais você não pode pedir pelos outros. Já perguntou se cada pessoa no mundo prefere mesmo paz? Já perguntou?
Cristina - Não...
Papai Noel - Pois é. Depois vem uma multidão de cartas me esculhambando porque mandei o que não pediram.
Cristina - Mas todo mundo vai querer paz.
Papai Noel - Tolinha! Isso é o que você pensa. Conheço uma doida que só quer o marido da outra - e isso é guerra, não paz. Tem gente que prefere um carro, outros preferem o poder. Paz?  Tá em baixa.
Cristina - Quer dizer que tenho que fazer um pedido só para mim?
Papai Noel- Isso! Finalmente entendeu.
Cristina - E por escrito?
Papai Noel - Claro.
Cristina - (Burocracia...) Não quer que reconheça firma também?
Papai Noel - Até que você me deu uma boa idéia!
Cristina - Pô, o senhor não tá me levando a sério!
Papai Noel - he he he  -  ou ho ho ho, como preferir. Mas sim, vai querer paz mesmo?
Cristina - Claro, mas...
Papai Noel - Tem sólida, líquida e gasosa. Qual prefere?
Cristina - Quer dizer: o senhor vai me dar  mesmo qualquer coisa que eu pedir?
Papai Noel - Sim, ou não me chamo Papai Noel. Seu pacote de paz já está sendo providenciado.
Cristina -  Nãããoooo!  Peraí!
Papai Noel - O que foi?
Cristina - Pensando bem... não dá pra me arrumar uma viagenzinha para a Europa com o Taylor Lautner? É isso que eu quero.
Papai Noel - (Mais uma fútil...) Peraí, uma coisa ou outra! Ou Europa ou Taylor.
Cristina - Caramba!
Papai Noel - Vou quebrar o teu galho: vou realizar teus pedidos: Europa, com boa companhia mas...  e a tal paz?
Cristina - Quebra esse galho que já fica tudo em paz por aqui, velhinho!

Como Fica


Todo o fim de uma paixão
Tem um quê de constrangido
Um saltar não consentido
Do navio da ilusão

E uma nota derradeira
Repetida a noite inteira
Que traz, atrelada às lembranças,
Amargas desesperanças.

O amor ao se acabar
Assemelha a morte lenta
É fantasma que se assenta
Sem saber ir ou ficar

É espírito indeciso
Desditoso e impreciso
Quanto ao seu lugar no mundo

É semente abandonada
Em qualquer curva de estrada
Cujo solo é infecundo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

É isso!

Uma das piores coisas do mundo é aquela sensação de que a gente está procurando alguma coisa, mas não sabe o quê. Sabe que é importante, quer muito, sente a falta mas...  É como alguém que embarcou  mas esqueceu alguma coisa fundamental no passado. Muita gente vive assim. Acho que todos já sentimos isso.

Uma inquietação, uma saudade, uma "lembrança não lembrada" de um estado de ser que não foi, ou que deixou de ser em algum momento.

Sinto essa inquietação que se torna maior à medida que não tenho tempo para refletir sobre ela.

Hoje... senti de novo aquela coisa boa e rara.  Parece que a distância, e não outra coisa qualquer, é que é capaz de produzir em mim essa sensação inebriante de LEVEZA.  Nada mais me produz isso.

Não adianta permanecer no Estado, trancar-me em um quarto, um hotel, sumir em um balneário. É realmente preciso que não exista a menor possiblidade de surgir um compromisso, um encontro, um convite de nenhuma espécie, evento algum, telefonema, horário, cobrança, absolutamente nada.

Depois de tanto tempo, só agora, tão longe, pude sentir esse gostinho, essa coisa viciante de desligamento e desobrigação. Ser livre enfim.

Estou agora em um quarto, escrevendo (claro!). Fazia calor esses dias (disseram)  mas hoje o tempo está nublado. Não importa. Não vim atrás de sol; vim atrás de mim mesma e dessa coisa caríssima que não quero largar. Estou desligada de tudo, despluguei.

Deve haver - sim meu Deus! - deve haver uma maneira de eu segurar esse pássaro azul semprecisar viajar. Preciso me sentir assim sempre!  Deve haver uma maneira de capturar isso, não é possível que não exista! Vou me empenhar nesse objetivo.  Vou perseguir essa coisa que senti tão poucas vezes na vida mas me faz tão completa e feliz.

As vezes a gente pára pra se reavaliar e perguntar o quê realmente busca. Pois esse "descolamento"  é mesmo o meu clamor mais verdadeiro.  É isso o que eu estava procurando.

Estou longe, mas raramente me senti tão perto de mim.

Não escuto nada nesse momento. Silêncio...  Apenas um cão late distante.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Férias!



Tô tirando uns dez diazinhos de férias. Escrever blog cansa muito. Não se preocupe porque tenho textos já programados, então o blog não vai parar. Além do mais, possivelmente conseguirei, entre um passeio emocionante e outro, postar alguma coisa mais quente.
Beijos especialmente para você, escravo, que está lendo isso do trabalho.
rsrsr

domingo, 6 de dezembro de 2009

A água da lua



Procuram água na lua...

Mas há uma mulher triste

Que come tantas pipocas

Em frente da televisão!

E ninguém a encontra...


Estão procurando água na lua...

Mas há uma mãe desesperada

Pelo menininho que não voltou.

Quem sabe lá o encontrem quietinho

Talvez até meio azulado...



Procuram água na lua...

Mas não encontram quem abusou da menina calada

Que não consegue explicar

Nada do que aconteceu.

Por quê não encontram um jeito de achar

O caminho do seu coração?

Mas já foram à lua! Só falta encontrar água.



A água da lua talvez seja ácida

Talvez radioativa

Quem sabe cancerígena

Maleficamente prateada

Talvez magicamente produza

Daqueles enormes diamantes

Que serão nossa desgraça

Porque são da lua irada!



Tenho medo das coisas da lua

Mais do que das coisas da Terra


Talvez achem água na lua

Antes de encontrarem o empresário sequestrado

Ou o traficante rival, magro e assustado

Com sua manorada grávida.


Sinto já um certo frio!

Não quero começar a ter medo...

E se a lua se ferir

E jamais nos perdoar?

sábado, 5 de dezembro de 2009

Taberna São Jorge (Bar da Valda)



Cerveja quente.

É o resumo que interessa. Hoje estou com a macaca.

Posso escrever muito mais sobre o local, mas para a turma da noite acho que não adianta muito. Sim, é um lugar descolado, charmoso,  reune pessoas adultas, tem decoração criativa, a gente vai e se sente bem, sempre com boas programações musicais e tal. Tudo isso é ótimo mas morre diante da frase fatídica: lá, frequentemente a cerveja é servida quente.

"Maldade!" pode alguém me dizer. "Não se julga um local por uma noite".  É verdade mas amigos já tinham me falado disso e no final das contas eu mesma constatei em mais de uma ocasião. E tem mais: quando a cerveja está razoavelmente refrigerada, ainda assim acabará esquentando porque lá eles não tem "camisinha" (isopor) para as garrafas.

Vai dizer que não é um absurdo um bar não oferecer um isopor para proteger a bebida dos clientes? Caramba, um investimento mínimo! Não basta a cerveja nunca estar a contento e a gente ainda tem que tomar rapidinho para não esquentar de vez!

Sim, sim, a comidinha é bem gostosa, mas cara. Pra você ter idéia, um "mexidinho" (delicioso, é verdade)  para dois, que nada mais é do que feijão com arroz, carne desfiada, um ovo e temperos, custa R$ 30,00. Se quiser mais um ovo frito, paga-se R$ 3,00 por ele. Onde já se viu um ovo frito pelo preço da dúzia? Delírio total.

Então porque ainda vou lá? Fui ontem pela programação cultural e porque a esperança é a última que morre. A gente sempre acha que por estarem com uma boa programação eles vão carpichar mais, pra segurar a clientela. Mero devaneio da minha parte. Todo mundo bebendo cerveja quente. E a maioria dos pratos pedidos estavam em falta. Não sei como ainda tem gente que vai lá. Ah, sei sim: a esperança é a última que morre... e o lugar é charmoso.

Mas para alguns não há charme que compense uma cerveja quente.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Profundo. Sei lá, entende?

Há dias em que estamos mais fracos para frases fracas de filmes fracos e, francamente, somos tocados. O que importa? Os inabaláveis me irritam.

Sabe gente imune a melodrama? Todos temos nossas fases mas algumas pessoas são planas como uma lajota. Não oscilam. Nunca as pegamos desprevenidas. Não há frase, cena de filme ou novela, cachorrinho triste com criança pobre, amor impossível ou sapato furado que as faça chorar ou pelo menos tremer os lábios. Ah, não é legal. A fragilidade humana tem lá seus encantos.

Sim, isso é um preâmbulo.

Eu era assim. Não, não era: queria ser. Posava de, mas não convencia nem meu espelho. Desisti e hoje comemoro meus momentos piegas como pequenas delícias humanas. Tipo... Não é bom ser brega vez por outra pelo menos? Pois é.

(Eu sei que você concordou lá no fundo do coração, hehehe)

Como eu ia dizendo no começo, fui tocada dia desses por uma cena de filme. Sinta: Seção da Tarde. Eram três amigas que não queriam se separar mas teriam que fazê-lo etc. Quem dá o pequeno e sábio discurso? (Tenho até vergonha de dizer!) Uma espécie de guru indiano!!!! (eu acho. Era velho, estava sempre sentado, usava um turbante e tinha a pele escura). É mole? Como fui cair nessa?

Quem nunca caiu numa cantada fraca atire a primeira pedra.

O que ele disse de tão profundo? A moça estava assustada frente as mudanças da vida. Ela não queria que nada mudasse. Amava suas amigas, sua vidinha... mas tinha sonhos! Muitos sonhos! E realizá-los implicava necessariamente em uma mudança radical e isso a assustava. Ele então lhe falou algo assim: "Minha filha, olhe as árvores, aquelas mais antigas e frondosas. Seus ramos crescem em direção ao céu e se expandem! Mas o tronco continua sempre o mesmo. Assim é a nossa vida. As mudanças são como os ramos da árvore. É impossivel evitar seu avanço, impossível segurá-las, é necessário deixar que nossa vida se transforme e sigamos nosso rumo; mas não devemos temer porque o tronco, as coisas realmente importantes da nossa vida, elas permanecerão inalteradas."

Achei isso muito lindo e verdadeiro e tocou meu coração porque tem tudo a ver com o mometo que estou vivendo. Por mais que certos contextos mudem, o que é fundamental continua inalterado: os valores básicos, o amor, as verdadeiras amizades, os fortes vínculos familiares, nossos sentimentos mais preciosos e o que realmente somos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Hino do Pará


Sério: é um dos hinos mais belos - e desconhecidos! - do Brasil. Curta porque meu blog também é cultura.
Obs.: Essa aí sou eu propagando a cultura paraense. (Se colar, colou)




LETRA: ARTHUR PORTO
MÚSICA: NICOLINO MILANO
ADAPTAÇÃO E ARRANJO: GAMA MALCHER

Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador !
Teu destino é viver entre festas,
Do progresso, da paz e do amor!
Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador!

Estribilho

Ó Pará, quanto orgulha ser filho,
De um colosso, tão belo, e tão forte;
Juncaremos de flores teu trilho,
Do Brasil, sentinela do Norte.
E a deixar de manter esse brilho,
Preferimos, mil vezes, a morte!

Salve, ó terra de rios gigantes,
D'Amazônia, princesa louçã!
Tudo em ti são encantos vibrantes,
Desde a indústria à rudeza pagã,
Salve, ó terra de rios gigantes,
D'Amazônia, princesa louçã !

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

HOMOFOBIA - A Lei da mordaça


Achei brilhante este texto de Olavo de Carvalho - filósofo e escritor - publicado no Jornal do Brasil em 24 de maio de 2007   -   embora andem dizendo por aí que em 30 de maio de 2009 o jornal  O Estado de São Paulo tenha noticiado: “Sem alterações, Senado não aprova lei anti-homofobia”...  Só sei que no site do Senado ainda seja possível votar contra ou a favor (vá lá!) essa lei imbecil (que não cumprirei).

Mas leiamos o texto abaixo, que não perderá nunca o seu valor. Ah: os grifos são meus. Adoro grifar.

"Ilustres senhores parlamentares: 

Vossas Excelências podem votar, se quiserem, essa porcaria de lei que proíbe criticar o homossexualismo. Podem votá-la até por unanimidade. Podem votá-la sob os aplausos da Presidência da República, da ONU, do Foro de São Paulo, de George Soros, das fundações internacionais bilionárias, do Jô Soares, do beautiful inteiro.  Não vou cumpri-la. Não vou cumpri-la nem hoje, nem amanhã, nem nunca.  Por princípio, não cumpro leis que me proíbam de criticar ou elogiar o que quer que seja. Nem as que me ordenem fazê-lo.


Não creio que haja, entre os céus e a terra, nada que mereça imunidade a priori contra a possibilidade de críticas. Nem reis, nem papas, nem santos, nem sábios, nem profetas reivindicaram jamais um privilégio tão alto. Nem os faraós, nem Júlio César, nem Átila, o huno, nem Gengis Khan ambicionaram tão excelsa prerrogativa. O próprio Deus, quando Jó lhe atirou as recriminações mais medonhas, não tapou a boca do profeta. Ouviu tudo pacientemente e depois respondeu. As únicas criaturas que tentaram vetar de antemão toda crítica possível foram Adolf Hitler, Josef Stálin, Mao-Tse-Tung e Pol-Pot. Só o que conseguiram com isso foi descer abaixo da animalidade, igualar-se a vampiros e demônios, tornar-se alvos da repulsa universal.


Nada é incriticável. Quanto mais o simples gostinho que algumas pessoas têm de fazer certas coisas na cama.

Nunca na minha vida parei para pensar se havia algo de errado no homossexualismo. Agora estou começando a desconfiar que há. Nenhuma coisa certa, nenhuma coisa boa, nenhuma coisa limpa necessita se  esconder por trás de uma lei hedionda que criminaliza opiniões. Quem está de boa intenção recebe críticas sem medo, porque sabe que é capaz de respondê-las no campo da razão, talvez até de humilhar o adversário com a prova da sua ignorância e má-fé. Só quem sabe que está errado precisa se proteger dos críticos com uma armadura jurídica que aliás o desmascara mais do que nenhum deles jamais poderia fazê-lo. Só quem  não tem o que responder pode pedir socorro ao aparato repressivo do Estado para fugir da discussão. E quanto mais se esconde, mais põe sua fraqueza à mostra.


Sim, senhores.  Nunca, ao longo dos séculos, alguém rebaixou, humilhou, desmascarou e escarneceu da comunidade gay como Vossas Excelências estão em vias de fazer. As pessoas podem ter acusado os homossexuais de fingidos, de ridículos, de tarados, de pecadores. Ninguém jamais os qualificou de tiranos, de nazistas, de inimigos da liberdade, de opressores da espécie humana. Vossas Excelências vão dar a eles, numa só canetada, todas essas lindas qualidades. Depois não reclamem quando aqueles a quem essa lei estúpida jura  proteger se tornarem objeto de temor e ódio gerais, como acontece atodos os que tomam de seus desafetos o direito à palavra.


Quem, aprovada a PLC 122/06, se sentirá à vontade para conversar com pessoas que podem mandá-lo para a cadeia à primeira palavrinha desagradável? Os homossexuais nunca foram discriminados como dizem que o são. Graças a Vossas Excelências, serão evitados como a peste".

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Última postagem do ano

Todo blog que se preze tem uma mensagem de fim de ano. O meu se preza. O meu tem mensagem de fim de ano.

Minha mensagem baseia-se no fato de que assim como um monte de coisas deu certo para você - PARABÉNS! VALEU CARA! EU NÃO DISSE QUE IA DAR CERTO? -  outras foram por água abaixo. Não esquente, foi assim pra mim também. Não emagreci, por exemplo. Nem termino 2009 tocando violão. E daí? Terei outras chances.

Você que está lendo esse texto considere-se um sujeito de sorte: tem olhos, sabe ler e tem tempo para abobrinhas distrações edificantes, como por exemplo ler o meu blog.

Bem, minha mensagem é simples e vai embalada em música: o que não deu certo, tente outra vez - veja o vídeo. Só isso. É simples mas precioso se levado a sério. Quem desiste já é meio defunto.

Convide-me para algo divertido em 2010.

Feliz Ano Novo!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Abraços e promessas


Crianças tristinhas podem ser tranquilizadas. Geralmente basta um abraço cheio de promessas.

Um abraço traz consigo a garantia de que todas as palavras ditas durante o enlace são verdadeiras. E tanto poder tem o abraço que as vezes ele diz  "é verdade!" mesmo quando nenhuma palavra foi dita ainda. Ele torna verdadeiro até o silêncio porque mil verdades se escondem nas pausas.

As maiores verdades do mundo parecem sempre estar nas pausas. Embrulhados no silêncio elas trazem nossos sonhos mais resistentes. No apertar de corpos parece-nos que uma promessa foi feita - e tão sagrada ela é!

"Estarei sempre aqui"...  "Vai parar de doer..."  "Sim, vai acontecer! Vai sim!"...   São crenças que no abraço ganhar corpo.   Naquela hora tudo é sagrado e isso acalenta porque fica coração com coração e parece tão dificil os corações mentirem!

Gosto de confiar nos abraços assim como as crianças.  É quando elas param de chorar.

Sendo assim, quero uma linda promessa para 2010. Minha alma está pedindo uma promessa. Ela precisa ouvir coisas lindas nesse final de ano porque disso é que as almas se alimentam. Se não...  definham.

Uma promessa com um abraço...  O que direi a mim mesma quando o ano estiver fechando suas portas e todas as promessas de acontecer forem jogadas para o ano que vem? O que direi a mim mesma para ser tranquilizada e ir dormir sorrindo?

Quando eu olhar para o céu... Ah, os céus esperam também que lhes atiremos promessas como balões coloridos. Pois sim, o que direi para a minha alma? E o que ela dirá aos céus?

Direi que jamais a magoarei e não a deixarei morrer de saudade. Nunca. Saudade de nada. Correrei o mundo em busca daquela pessoa. Chorarei se precisar.  Buscarei a paz,  amores, amizades, lindos passeios e novos caminhos. Darme-ei músicas e longos momentos de contemplação.  Terei bons amigos e não deixarei que eles se vão. Sorrirei mais, elogiarei e farei favores de boa vontade. Cercarei assim minha vida de amor e beleza.

Meu corpo será sempre saudável em 2010. Cuidarei dele, que terá um condicionamento maravilhoso. Subirei montanhas, descerei correntezas e jamais me afastarei dos que amam. Deus me ajude! Pedirei perdão e corrigirei velhas faltas. Não deixarei minha alminha no incômodo do arrependimento irresolvido.

Isso tudo será verdade quando eu for abraçada porque o abraço sela todas as verdades que queremos que sejam pra valer.

Você me abraçaria em 2010?

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Nave Errante - Guilherme Arantes

Me amarro nessa música. Não consigo ouvir uma vez só.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Bar Vitrola


Uma dica aí pra vocês:

Seguramente o bar Vitrola é uma das melhores opções para quem gosta de curtir a noite paraense e quer algo mais do que sentar e encher a lata até dar sono.

Ambiente bem refrigerado e com decoração agradável: poltronas, cadeiras e pufes,  pista de dança, banheiro decente. Para comer, você pode optar pelo buffet de tira gostos. É de qualidade e tem a vantagem obvia de não precisar esperar a boa vontade do garçon ou da turma da cozinha. Deu fome? Você vai e se serve como se estivesse na festa da casa de um amigo, com a diferença de que lá tem ótima variedade de frios e queijos, além de camarão, patês, torradas, salgadinhos, farofa...  além da cerveja GELADA.

O Vitrola está localizado na Rua dos 48. Passando na porta você jura que lá em cima daquela pequena galeria no centro da cidade não pode haver nada de interessante. Mas há. Aposte. E mais: o local é frequentado por gente de TODAS as idades. Tradução: seja qual for a sua data de nascimento, você se sentirá a vontade por lá.  Nada mais chato do que ir a um lugar e encontrar só garotada ou só velhos. Viva a diversidade!

Quando for, convide-me.

Drible de Deus



Pós Natal... 

25 de dezembro é Natal mas inventaram de que a festa é no dia anterior. Acho que foi o próprio Cristo que armou essa jogada e todos caíram. Ele fez isso para que o Natal fosse realmente um dia de paz, sem apelo comercial, de união dos amigos, da família, todos em simplicidade, sem pressa, comendo sobras, falando da vida, confraternizado afinal.

Se não fosse a sacada de comemorar o Natal no dia anterior, toda a loucura  cairia justamente para o dia 25, que é quando comemoramos a não-loucura.  Sendo assim, no dia 25 a gente fica com aquele gosto de "pós-Natal" na boca. E é um gosto muito bom.

Sem barulho, sem engarrafamento, sem correria, cada um com a sua família... Mesmo os que "pulam a cerca" priorizam a família nesse dia. Sim, o pós-Natal parece estar mais dentro da proposta natalina do que o próprio.

Os bêbados não incomodam ninguém; estão todos dormindo o sonho dos justos.  Jogados, quietos, inofensivos e com cara de santos. Tocante notar o quanto são indefesos assim em profundo sono. Podemos roubar-lhes a carteira, falar mal "na lata", xingar, passar a mão na bunda..  Eles não reagem. Toda a valentia de ontem foi para o ralo. Agora não passam de bebezões  inofensivos. É mais fácil gostar deles assim.

Ninguém trabalha; todos sobrevivem com as sobras. Ninguém se enfeita: todos tomam banho e aparecem com a cara lavada. Conversam, riem...   Quem não ganhou presente, a essas horas já se conformou.


Não é mesmo desse jeito que tem que ser o verdadeiro Natal? Por isso que digo: a antecipação (a princípio incompreensível) da festa que deveria ser 25 para o dia 24 foi um brible de Deus. Por quê? Para não esculhambarem o aniversário da vinda de Cristo ao mundo.

25 de dezembro sim, vemos um pouco de paz na terra. E é boooommmm!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Mudança


Não sei se aguento mais tanta mudança.

Há tempos que não consigo mais passar um Natal igual ao outro mas há tantos Natais queridos que eu desejava repetir! Como um filme que reprisamos, reprisamos, reprisamos...

É curioso mas tive bis de muitos aniversários; eles costumam ser parecidos uns com os outros. São todos irmãos; só que eu não me importaria se alterassem o enredo. O Natal é o contrário: queremos o nosso presépio com os mesmo personagens; queremos nos alegrar com as mesmas velhas alegrias.

Há algo de errado porque não está sendo assim. Mudanças... 

Em um ano fulano nasceu. No outro, beltrano morreu. Às vezes há convidados; noutras, só família. Há os queridos que vão embora mas há os que chegam alegremente como se fosse pra ficar. Não ficam.  Há as várias versões de mim mesma: eu mais magra, eu mais gorda, mais alegre, melancólica, feliz ou cheia de saudades. Mais presentes, menos presentes.

Sinto saudade de vários Natais que eu não sabia que estava por perder. Eu não sabia que eram únicos!

Cada Natal é uma estrela com diferentes brilhos. Umas são cheias e ofuscantes mas outras são pequenas e opacas.

A previsibilidade, costumamos desprezar em nosso dia-a-dia.  No Natal é o contrário: ela é a coisa que mais queremos. Pelo menos comigo é assim. Não quero Natais novos! Quero sempre o mesmo, com as mesmas doces alegrias: a mesma estrela, as mesmas músicas, as mesmas pessoas queridas com seus velhos abraços, seus sorrisos conhecidos e meigas manias. E quero a sensação de que será assim pelos séculos dos séculos.  Desejo a mais absoluta repetição: as mesmas piadas, as rabanadas, presentes previsíveis e até aquele nó na garganta. É tão bom acreditar que não perdi nada e que Deus me deu tudo de novo!

Nada de novidades. Se quiserem podem até me dar o mesmo presente do ano passado.  E não quero olhar para nós  mesmos e imaginar o que não mais virá a ser.

Esse seria o meu pedido, só que é tarde demais. A coisa já está acontecendo. Há um ralo cósmico que engole tudo. Há um vento autoritário que muda as coisas de lugar. Há forças que fazem acontecer e desacontecer. Somos expectadores perplexos de nossa própria história. 

As vezes considero isso e desejo ir antes que tudo se vá. Quero entregar antes que me tomem.

Há um filme que eu queria ver de novo: a Vovó Alba cercada de netinhos e um mundo de papéis de presentes espalhados no chão.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal (se vire!)


Se você tem família, feliz Natal. Será maravilhoso reunir as pessoas queridas e abraçá-las, rir e comer com elas nem que seja um sanduiche de mortadela.  Paz na terra, tá? Esqueça a dívida do cunhado, o sapato que sua irmã não devolveu ou o que ela devolveu com o salto esfolado. Paz na terra! Deixe pra lá o peru que prometeram. Afinal quem precisa de peru? Bem.. Paz na terra aos homens, de boa vontade.

Preste atenção: não "aos homens de boa vontade" mas "aos homens, de boa vontade". Entre os humanos só se vê má vontade. Li esses dias tanta má notícia, tanta desgraceira que se o Natal fosse hoje não apareceria uma estrela pairando no céu: ela se precipitaria na terra para explodir tudo aqui. Tá feia a coisa. Natal foi um gesto de boa vontade de Deus para com os homens. E por aqui, nada. Vá falar em Deus? Já torcem o nariz e te jogam na cara o padre pedófilo, o pastor rico, o crente fanático... como se Deus tivesse instituido isso.

Paz na terra aê, gente! Vamos abraçar e beijar, se der. Ah se você tem família... taí uma fauna que vale a pena preservar. Se não der pra comprar presente e daí? Eles sobreviveram até agora sem nada disso; podem aguentar sem seu mau gosto esse ano. Escreva um bilhete dizendo apenas o quanto eles são importantes para você. Seja esse o presente. Ou diga isso baixinho no ouvido deles enquanto os abraça. Já vale.

Se você não tem parentes... paz na terra! Pense na grana que você vai economizar. Pense no que você não vai engordar, nos presentes errados que não vai ganhar...

Mas peraí: todo mundo tem família mesmo que não tenha. Faça as pazes com a humanidade e eleja uma família AGORA.  Sim, essa pessoa que você pensou seria uma ótima mãe, e esse cara quebraria o galho como pai... aqueles manés como irmãos... Tá vendo? Com tanta gente no mundo, pelo amor de Deus, falar que não tem família é um desaforo.  Vá a luta! Se vire!

Certo, agora que já está todo mundo arranjado,
Feliz Natal.

E não esqueça: aquilo tudo que a Bíblia diz sobre o Natal é verdade. O que a mídia diz  não tem nada a ver. Ah, você não leu a Bíblia? Hmmm... tá meio por fora né, meu fio? Assim...  uns 2.000 anos.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Suprema ironia


"É precido dizer que a cirurgia plástica surgiu como um procedimento reparador, para corrigir um problema decorrido de um acidente..."

Acabei de ouvir isso na tv. Acontece que a ação da gravidade É UM GRAVE ACIDENTE. Gravidade é grave. É pra mim é acidente pois gera uma modificação indesejável em minha aparência, coisa que CLAMA por reparação - reparação essa que se não for reparada, ninguém me repara.

Estranho... se não reparam, nós não deveríamos nos incomodar, não é mesmo?

Pense: quem vai gastar dinheiro consertando um defeito no sofá que ninguém repara? Ou uma imperfeição na pintura da parede se ninguém nota, nem você? Ou no confeito do bolo que ninguém percebe? Quem liga?

O grande problema deverim ser os acidentes que nos transformam quem monstros, que degradam, que atraem olhares curiosos ou assustados. 

Ah os seres humanos...  Se o defeito é em nosso corpo o problema é justamente inverso: quanto maior o defeito, mais invisível nos tornamos. Pelo menos é assim, exatamente assim conosco, as mulheres. E é precisamente isso o que nos incomoda. Não queremos ser invisíveis.

("Mas seremos...")

sábado, 19 de dezembro de 2009

Natal de novo...


Olho para trás e avisto, não muito ao longe, uma doce criança que gostava tanto dos cacarecos de Natal - eu.

Calma, não apostatei! Claro que amo o Natal - data máxima da cristandade. Mas ando meio enjoada dos acessórios natalinos. A gente liga a televisão e em TODAS as propagandas aparece um babaca de gorro vermelho com alguma musiquinha brega ao fundo.
Alguém tem que nos livrar daquelas músicas! Lojas, televisão, ruas, é em todo lugar! Tenho até medo de dormir e sonhar com aqueles sinos badalantes!

Um mês de enfeites na sala e 11 meses de tralhas ocupando espaço no armário. Não se pode abrir uma porta sem que salte uma perna de guirlanda para fora do guarda-roupas como se tivesse vida própria, como se quisesse me pegar pelo pescoço, me enforcar! "Miserável Me tira daqui! Me tira daqui!!!!"

E a árvore, cheia de tentáculos e poeira? São horas para convence-la a entrar de volta na embalagem na qual ela veio ao mundo. Ela simplesmente se recusa a hibernar até o próximo Natal e todo ano se repete, em janeiro, as mesmas cenas de violência: a gente xingando e empurrando-a de volta na caixa. Empurra uma perna, ela põe o braço pra fora. E já notaram que qualquer árvore natalina a cada ano que passa envelhece dez? Sério. Com direito a calvície e corcunda. A gente compra à prestação aquele espantalho verde para no ano seguinte nos deparamos com um troço troncho e descabelado.
Deveria haver salão de beleza para árvores natalinas. Elas precisam, ora bolas!
Sim, e as bolas que nunca temos em quantidade suficiente?
Ah, deixe as bolas para lá já que temos também a questãos dos "cabelos de anjo" espalhados por debaixo dos sofás e as luzinhas que NUNCA FUNCIONAM NO ANO SEGUINTE. Pode reparar. A gente guarda com o maior cuidado e carinho - diferentemente do que fazemos com os pinheirinhos - mas no ano seguinte temos que encarar o sorriso desdentado do nosso rosário de lâmpadas. Dão mais nó do que ... do que tudo! E quando acendem é tudo banguela.

Agora vai um teste. Quero ver se sou normal: você gosta de chegar em uma casa e ser saudado por aqueles joguinhos de luz que tocam musiquinhas irritantes ininterruptamente? Pi-pi-pi-pi-pi... Meus Deus que troço chato! Não me convidem para festas onde as luzes apitam. Nem onde os Papais Noéis rebolam.

Sobre as músicas, só existem dois tipos: as terrivelmente chatas e as terrivelmente tristes. As vezes tenho a impressão de que essas músicas todas foram compostas por órfãos famintos tremendo de frio na neve, com os sapatos furados, olhando através de alguma janela a festa das crianças ricas. Jesus Cristo! Tanta angústia passa até a fome da gente.

E sabe, uma dúvida me aflige: existe mesmo algum lugar do mundo no qual as pessoas usem aquela roupa ridícula do Papai Noel? Aquele vermelho brilhoso no melhor estido "drag" ? Se existir me diga onde é para que eu não passe nem por perto.

Meu pedido de Natal é: por favor me mostrem um bom motivo para eu gastar meu tempo e dinheiro com penduricalhos natalinos e não comprar (mais) uma roupa nova. Juro que quero entrar no clima!

Obs.: Quanto a gravura acima...bem... Depois eu troco, tá?




quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

AVATAR e os gays


Acabei de assistir o filme AVATAR. Uma viagem! Adorei. Principalmente porque foi em três dimensões (em SP).  Como eu disse, uma viagem muito louca por um mundo imaginário mas que, devido aos efeitos 3D, a gente jura que existe, jura que está lá vivendo tudo com os personagens, vendo aqueles delírios, aquele colorido lindíssimo. Foram 3 horas de puro deslumbramento.

Agora tinha que aparecer uns chatos pra botar defeito. Vocês acreditam que militantes gays americanos resolveram dar chilique porque estão achando o filme homofóbico? Sim, só porque o casal romântico é heterossexual e dá a entender (na cabeça deles!)  que o futuro da civilização será de heterossexuais. Ohhh!  Não podemmos pensar isso porque para eles, os profetas, o futuro da humanidade é o homossexualismo. Só não entendo como pode haver futuro pra humanidade se os humanos resolverem não reproduzir mais...

Esse militantes estão delirando mesmo. Que saco! Agora todo mundo tem que ficar glorificando o homossexualismo se não é acusado de homofobia? 

E que merda eles sabem do futuro pra vir dizer que no futuro todo mundo vai dar a bunda  e colar velcro? Eles tem bola de cristal por acaso?  Era só o que faltava!

Segundo eles, cada filme com um casal hetero TEM QUE MOSTRAR outro com casal gay. Propaganda obrigatória agora? Eles não se mancam?  Pelo jeito querem que os heterossexuais passem a se sentir anormais...

Porque não vão viver em paz, amar e curtir a vida sem encher o saco dos outros? Respeitem a opiniao alheia, o trabalho (filme) alheio e tudo o mais. Ninguem tem obrigação de fazer propaganda gay! Ninguém precisa disso!

Zoológico


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

São Paulo e eu

Pois é, vim passar uns dias em São Paulo mas antes que me cobrem fotos de passeios emocionantes vou logo adiantando que não dei sorte no quesito "passeio". Mas estou sendo muito bem sucedida nos quesitos "descanso", "descompromisso" e "compras".

1- Em primeiro lugar, antes de vir fui advertida a só trazer roupas leves pois o calor estava infernal.  Me lasquei, porque o tempo mudou. Fiquei na pior com minhas alcinhas e rasteirinhas.

2- Nosso roteiro incluía um passeio na cidade de Brotas para curtir rapel, canionismo etc. Eu estava animada, criando coragem, quando descobri que a rodovia para Brotas está interditada. Não dá pra chegar lá por enquanto. Que dizer: não dá pra chegar lá exatamente durante os dias que eu estarei aqui.

3- Tudo bem, que tal asa delta em Santos?  Maneiro!!!! Fiquei assanhadinha e até subi no morro de teleférico. Beleza. Só que haviam marcado para aquele dia um campeonato de asa delta... campeonato esse que nem aconteceu porque são havia nada, nada, nada de vento. Quem saltasse cairia na vertical.

4- Resignei-me em descer no teleférico e acreditar que esse era um grande momento. Não tirei fotos porque minhas baterias haviam descarregado. Muito tempo guardadas...  Só vi isso na hora, claro. Mas tenho como pedir as fotos que meu filho tirou. Depois posto aqui.

5 - Tudo bem, restava passear por Santos e conhecer os pontos turísticos. Gostei muito da cidade, em especial da belíssima vista a partir do mirante. Apesar da chuvinha, uma beleza. Só que quando fui circular pelo famoso Porto de Santos era noite e caiu um dilúvio assustador. Não dava pra ver muita coisa até porque, além da chuva, faltou luz no porto. Acredita?

6- Mas no dia seguinte poderíamos ir ao Hopi Hari. Sim!!!!  Só que no dia em que resolvemos ir, o parque  estava FECHADO para um evento particular.  Sério, não é piada! E para o dia seguinte estava previsto chuva. Fui às compras. Fazer o quê? Pelo menos consegui comprar uma bolsa Carmen Steffens pela metade do preço.

7- Claro que não deixei de ir na José Paulino mas, como vocês sabem, as melhores lojas não fazem questão de vender roupas. Eu já sabia mas fui de teimosa:  só vendem no atacado. As que não se limitam ao atacado, ainda assim proíbem que a gente experimente as peças. Devem estar milionários para esnobar clientes assim. O que mais eu via era mulher sair resmungando da lojas.

Ainda tenho uns dias aqui. Vejamos no que vai dar.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Conselheiro da corte


Agora entendi!
Não estamos perdidos, temos um guru!

Depois da postagem de Paulo Coelho datada de  28.11.2009  é que finalmente consegui compreender o que está acontecendo no Brasil.  Não é que falte moralidade ou correção. Tudo está sendo friamente planejado. Tá tudo sob controle gente! Calma calma, não criemos pânico.

A impunidade não é problema. Estamos apenas seguindo à risca a cartilha de um  dos sábios das parábolas "coelhistas".

No episódio em questão, um dos alunos da fábrica de  sábidos começa a furtar. Seus colegas descobrem e ficam revoltados (que feio!).  Falam com o mestre pensando que ele vai fazer alguma coisa. Nada. No outro dia o f.d.p.  apronta de novo e nada de providência de nenhuma forma.

Passam-se os dias e o cara metendo o pé na jaca na maior tranquilidade. O mestre nem se coça. Aí é confrontado pelos alunos revoltados, que querem a expulsão do elemento para que não fique o mau exemplo.

Antes que você também fique com raiva do sábio, vou adiantar a fita: ele quer deixar o cara roubar até cansar. Tipo assim, até ele se convencer por ele mesmo que aquilo é feio. Diz que funciona que é uma beleza - e aí reside a verdadeira sabedoria.

Sabe, eu também acho. A verdadeira sabedoria a gente consegue por deduçao íntima, lá do âmago da alma. O cara tem que chegar a isso - desde que não seja às custas da MINHA bolsa. Se o Paulo Coelho quiser custear o cara para provar sua teoria, fique à vontade.

Na história em questão o carinha cansou de roubar. Ou porque acabou o estoque ou porque foi iluminado, sei lá. Pra todos os efeitos "alcançou a sabedoria."

Lindo né? O problema é quando a gente pensa no Brasil... 

1- Será que vai demorar muito para o pessoal do poder encontrar a luz?  Tá doendo!!!!

2- A lição tinha que ser aprendida com o meu dinheiro?

3- O Lula não podia arranjar um guru com uma teoria mais barata?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Cristina X Papai Noel


Depois de muito custo e tu-tu-tu no ouvido, finalmente consegui falar com o Papai Noel. O problema é que empenhei-me tanto em conseguir o número telefônico, depois em conseguir a ligação em si, que deixei pra lá o principal: falar o quê? 

Claro que você deve estar se perguntando: se queria tanto falar com ele, deveria ter um motivo. E tive: tédio. Estava entediada, com as unhas feitas, cabelo pintado, tudo em dia mas queria fazer alguma coisa diferente. A noite me encontraria com amigas e queria ter algo a contar. Falar das injustiças do trabalho, de política ou das minhas últimas aventuras no shopping, nem pensar. Quem quer ser previsível?  Eu poderia chocá-las com uma conversa diferente, mais criativa, mostrar que meu círculo de amizades se amplia a cada semana - e com gente importante, viu! 

Não sei por quê não pensei em algum artista. Acho que porque estava passando um carro de som perto de casa, e tocava daquelas músicas natalinas. A associação foi imediata: por que não falar com o próprio Papai Noel? 

Não consegui no mesmo dia. E não vou dizer como consegui o número dele; tenho que resguardar minhas fontes de informação. Sinto muito. O importante é que uma semana depois lá estava eu em frente ao telefone desde cedo, tentando um contato. Se ele existia, iria me atender.

Finalmente atendem (uau!) e era o próprio. Eu jurava que ele tinha uma secretária ou pelo menos uma mulher. Acho que ele se separou daquela velhinha simpática que aparece nos cartões porque, como disse, ele mesmo atendeu:

Papai Noel - Alô?
Cristina  - É... er... é da casa do Papai Noel?
Papai Noel - Sim.
Cristina - Dá pra chamar ele pra mim?
Papai Noel - Não.
Cristina - (silêncio...) Não!? E por quê não?
Papai Noel - Porque é ele mesmo quem está falando - hehehe
Cristina -  Me faça o favor de chamar o Papai Noel? 
Papai Noel - Mas sou eu!
Cristina - O verdadeiro, quando ri faz  "ho ho ho"  e não "he he he".
Papai Noel - Minha filha, eu estou de folga; só faço "ho ho ho" no Natal. 
Cristina - Ah tá. Desculpa aí.
Papai Noel - Sim, mas diga: o que você deseja?
Cristina - (Ai! O que eu desejo mesmo?)  É... Desejo dizer que tenho um desejo.
Papai Noel - Todos temos. E daí?
Cristina - Éeee...  Bem...  Quero fazer meu pedido. 
Papai Noel - Você quer dizer que GOSTARIA de ser atendida em um pedido, não é? Já disse que estou de folga.
Cristina - Sim, é isso. Desculpa, é que estou nervosa.
Papai Noel - E eu tô ficando. Pois sim, diga logo minha filha.
Cristina - É... eu... (cara, o que eu quero mesmo?)
Papai Noel - Já sei: você deseja ligar outra hora.
Cristina - Calma! (velho ranzinza!)  O senhor não sabe o trabalho que tive para conseguir falar com o senhor!  Bem, meu pedido é: DESEJO PAZ PARA O MUNDO  (caramba, isso não é nada original!).
Papai Noel - Cumé?
Cristina- É, paz para o mundo.
Papai Noel - Você é miss por acaso? Só elas fazem esses pedidos idiotas.
Cristina - Poxa! O que há de errado com o meu pedido?
Papai Noel - Em primeiro lugar, nunca vi fazer pedido por telefone. Para o Papai Noel só se faz pedido por cartinha escrita à mão. É a norma.
Cristina-  Que "Norma"? Não conheço...
Papai Noel - Ai meu saco... Quando tocou o telefone pensei que fosse a faxineira.
Cristina - Da próxima vez vou atacar de faxineira; talvez o senhor me atenda melhor.
Papai Noel - Quer que eu desligue?
Cristina - Nãããooo!   Me diga, é só isso que está errado em meu pedido?
Papai Noel - Não. Em segundo lugar seu pedido está irregular também porque você só pode pedir uma coisa de cada vez.
Cristina- Mas é o que eu estou fazendo!
Papai Noel - Não. Está pedindo para o mundo todo, então são mais de 6 bilhões de "pazes".
Cristina- Caramba, não tinha pensado nisso.
Papai Noel - Além do mais você não pode pedir pelos outros. Já perguntou se cada pessoa no mundo prefere mesmo paz? Já perguntou?
Cristina - Não...
Papai Noel - Pois é. Depois vem uma multidão de cartas me esculhambando porque mandei o que não pediram.
Cristina - Mas todo mundo vai querer paz.
Papai Noel - Tolinha! Isso é o que você pensa. Conheço uma doida que só quer o marido da outra - e isso é guerra, não paz. Tem gente que prefere um carro, outros preferem o poder. Paz?  Tá em baixa.
Cristina - Quer dizer que tenho que fazer um pedido só para mim?
Papai Noel- Isso! Finalmente entendeu.
Cristina - E por escrito?
Papai Noel - Claro.
Cristina - (Burocracia...) Não quer que reconheça firma também?
Papai Noel - Até que você me deu uma boa idéia!
Cristina - Pô, o senhor não tá me levando a sério!
Papai Noel - he he he  -  ou ho ho ho, como preferir. Mas sim, vai querer paz mesmo?
Cristina - Claro, mas...
Papai Noel - Tem sólida, líquida e gasosa. Qual prefere?
Cristina - Quer dizer: o senhor vai me dar  mesmo qualquer coisa que eu pedir?
Papai Noel - Sim, ou não me chamo Papai Noel. Seu pacote de paz já está sendo providenciado.
Cristina -  Nãããoooo!  Peraí!
Papai Noel - O que foi?
Cristina - Pensando bem... não dá pra me arrumar uma viagenzinha para a Europa com o Taylor Lautner? É isso que eu quero.
Papai Noel - (Mais uma fútil...) Peraí, uma coisa ou outra! Ou Europa ou Taylor.
Cristina - Caramba!
Papai Noel - Vou quebrar o teu galho: vou realizar teus pedidos: Europa, com boa companhia mas...  e a tal paz?
Cristina - Quebra esse galho que já fica tudo em paz por aqui, velhinho!

Como Fica


Todo o fim de uma paixão
Tem um quê de constrangido
Um saltar não consentido
Do navio da ilusão

E uma nota derradeira
Repetida a noite inteira
Que traz, atrelada às lembranças,
Amargas desesperanças.

O amor ao se acabar
Assemelha a morte lenta
É fantasma que se assenta
Sem saber ir ou ficar

É espírito indeciso
Desditoso e impreciso
Quanto ao seu lugar no mundo

É semente abandonada
Em qualquer curva de estrada
Cujo solo é infecundo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

É isso!

Uma das piores coisas do mundo é aquela sensação de que a gente está procurando alguma coisa, mas não sabe o quê. Sabe que é importante, quer muito, sente a falta mas...  É como alguém que embarcou  mas esqueceu alguma coisa fundamental no passado. Muita gente vive assim. Acho que todos já sentimos isso.

Uma inquietação, uma saudade, uma "lembrança não lembrada" de um estado de ser que não foi, ou que deixou de ser em algum momento.

Sinto essa inquietação que se torna maior à medida que não tenho tempo para refletir sobre ela.

Hoje... senti de novo aquela coisa boa e rara.  Parece que a distância, e não outra coisa qualquer, é que é capaz de produzir em mim essa sensação inebriante de LEVEZA.  Nada mais me produz isso.

Não adianta permanecer no Estado, trancar-me em um quarto, um hotel, sumir em um balneário. É realmente preciso que não exista a menor possiblidade de surgir um compromisso, um encontro, um convite de nenhuma espécie, evento algum, telefonema, horário, cobrança, absolutamente nada.

Depois de tanto tempo, só agora, tão longe, pude sentir esse gostinho, essa coisa viciante de desligamento e desobrigação. Ser livre enfim.

Estou agora em um quarto, escrevendo (claro!). Fazia calor esses dias (disseram)  mas hoje o tempo está nublado. Não importa. Não vim atrás de sol; vim atrás de mim mesma e dessa coisa caríssima que não quero largar. Estou desligada de tudo, despluguei.

Deve haver - sim meu Deus! - deve haver uma maneira de eu segurar esse pássaro azul semprecisar viajar. Preciso me sentir assim sempre!  Deve haver uma maneira de capturar isso, não é possível que não exista! Vou me empenhar nesse objetivo.  Vou perseguir essa coisa que senti tão poucas vezes na vida mas me faz tão completa e feliz.

As vezes a gente pára pra se reavaliar e perguntar o quê realmente busca. Pois esse "descolamento"  é mesmo o meu clamor mais verdadeiro.  É isso o que eu estava procurando.

Estou longe, mas raramente me senti tão perto de mim.

Não escuto nada nesse momento. Silêncio...  Apenas um cão late distante.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Férias!



Tô tirando uns dez diazinhos de férias. Escrever blog cansa muito. Não se preocupe porque tenho textos já programados, então o blog não vai parar. Além do mais, possivelmente conseguirei, entre um passeio emocionante e outro, postar alguma coisa mais quente.
Beijos especialmente para você, escravo, que está lendo isso do trabalho.
rsrsr

domingo, 6 de dezembro de 2009

A água da lua



Procuram água na lua...

Mas há uma mulher triste

Que come tantas pipocas

Em frente da televisão!

E ninguém a encontra...


Estão procurando água na lua...

Mas há uma mãe desesperada

Pelo menininho que não voltou.

Quem sabe lá o encontrem quietinho

Talvez até meio azulado...



Procuram água na lua...

Mas não encontram quem abusou da menina calada

Que não consegue explicar

Nada do que aconteceu.

Por quê não encontram um jeito de achar

O caminho do seu coração?

Mas já foram à lua! Só falta encontrar água.



A água da lua talvez seja ácida

Talvez radioativa

Quem sabe cancerígena

Maleficamente prateada

Talvez magicamente produza

Daqueles enormes diamantes

Que serão nossa desgraça

Porque são da lua irada!



Tenho medo das coisas da lua

Mais do que das coisas da Terra


Talvez achem água na lua

Antes de encontrarem o empresário sequestrado

Ou o traficante rival, magro e assustado

Com sua manorada grávida.


Sinto já um certo frio!

Não quero começar a ter medo...

E se a lua se ferir

E jamais nos perdoar?

sábado, 5 de dezembro de 2009

Taberna São Jorge (Bar da Valda)



Cerveja quente.

É o resumo que interessa. Hoje estou com a macaca.

Posso escrever muito mais sobre o local, mas para a turma da noite acho que não adianta muito. Sim, é um lugar descolado, charmoso,  reune pessoas adultas, tem decoração criativa, a gente vai e se sente bem, sempre com boas programações musicais e tal. Tudo isso é ótimo mas morre diante da frase fatídica: lá, frequentemente a cerveja é servida quente.

"Maldade!" pode alguém me dizer. "Não se julga um local por uma noite".  É verdade mas amigos já tinham me falado disso e no final das contas eu mesma constatei em mais de uma ocasião. E tem mais: quando a cerveja está razoavelmente refrigerada, ainda assim acabará esquentando porque lá eles não tem "camisinha" (isopor) para as garrafas.

Vai dizer que não é um absurdo um bar não oferecer um isopor para proteger a bebida dos clientes? Caramba, um investimento mínimo! Não basta a cerveja nunca estar a contento e a gente ainda tem que tomar rapidinho para não esquentar de vez!

Sim, sim, a comidinha é bem gostosa, mas cara. Pra você ter idéia, um "mexidinho" (delicioso, é verdade)  para dois, que nada mais é do que feijão com arroz, carne desfiada, um ovo e temperos, custa R$ 30,00. Se quiser mais um ovo frito, paga-se R$ 3,00 por ele. Onde já se viu um ovo frito pelo preço da dúzia? Delírio total.

Então porque ainda vou lá? Fui ontem pela programação cultural e porque a esperança é a última que morre. A gente sempre acha que por estarem com uma boa programação eles vão carpichar mais, pra segurar a clientela. Mero devaneio da minha parte. Todo mundo bebendo cerveja quente. E a maioria dos pratos pedidos estavam em falta. Não sei como ainda tem gente que vai lá. Ah, sei sim: a esperança é a última que morre... e o lugar é charmoso.

Mas para alguns não há charme que compense uma cerveja quente.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Profundo. Sei lá, entende?

Há dias em que estamos mais fracos para frases fracas de filmes fracos e, francamente, somos tocados. O que importa? Os inabaláveis me irritam.

Sabe gente imune a melodrama? Todos temos nossas fases mas algumas pessoas são planas como uma lajota. Não oscilam. Nunca as pegamos desprevenidas. Não há frase, cena de filme ou novela, cachorrinho triste com criança pobre, amor impossível ou sapato furado que as faça chorar ou pelo menos tremer os lábios. Ah, não é legal. A fragilidade humana tem lá seus encantos.

Sim, isso é um preâmbulo.

Eu era assim. Não, não era: queria ser. Posava de, mas não convencia nem meu espelho. Desisti e hoje comemoro meus momentos piegas como pequenas delícias humanas. Tipo... Não é bom ser brega vez por outra pelo menos? Pois é.

(Eu sei que você concordou lá no fundo do coração, hehehe)

Como eu ia dizendo no começo, fui tocada dia desses por uma cena de filme. Sinta: Seção da Tarde. Eram três amigas que não queriam se separar mas teriam que fazê-lo etc. Quem dá o pequeno e sábio discurso? (Tenho até vergonha de dizer!) Uma espécie de guru indiano!!!! (eu acho. Era velho, estava sempre sentado, usava um turbante e tinha a pele escura). É mole? Como fui cair nessa?

Quem nunca caiu numa cantada fraca atire a primeira pedra.

O que ele disse de tão profundo? A moça estava assustada frente as mudanças da vida. Ela não queria que nada mudasse. Amava suas amigas, sua vidinha... mas tinha sonhos! Muitos sonhos! E realizá-los implicava necessariamente em uma mudança radical e isso a assustava. Ele então lhe falou algo assim: "Minha filha, olhe as árvores, aquelas mais antigas e frondosas. Seus ramos crescem em direção ao céu e se expandem! Mas o tronco continua sempre o mesmo. Assim é a nossa vida. As mudanças são como os ramos da árvore. É impossivel evitar seu avanço, impossível segurá-las, é necessário deixar que nossa vida se transforme e sigamos nosso rumo; mas não devemos temer porque o tronco, as coisas realmente importantes da nossa vida, elas permanecerão inalteradas."

Achei isso muito lindo e verdadeiro e tocou meu coração porque tem tudo a ver com o mometo que estou vivendo. Por mais que certos contextos mudem, o que é fundamental continua inalterado: os valores básicos, o amor, as verdadeiras amizades, os fortes vínculos familiares, nossos sentimentos mais preciosos e o que realmente somos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Hino do Pará


Sério: é um dos hinos mais belos - e desconhecidos! - do Brasil. Curta porque meu blog também é cultura.
Obs.: Essa aí sou eu propagando a cultura paraense. (Se colar, colou)




LETRA: ARTHUR PORTO
MÚSICA: NICOLINO MILANO
ADAPTAÇÃO E ARRANJO: GAMA MALCHER

Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador !
Teu destino é viver entre festas,
Do progresso, da paz e do amor!
Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador!

Estribilho

Ó Pará, quanto orgulha ser filho,
De um colosso, tão belo, e tão forte;
Juncaremos de flores teu trilho,
Do Brasil, sentinela do Norte.
E a deixar de manter esse brilho,
Preferimos, mil vezes, a morte!

Salve, ó terra de rios gigantes,
D'Amazônia, princesa louçã!
Tudo em ti são encantos vibrantes,
Desde a indústria à rudeza pagã,
Salve, ó terra de rios gigantes,
D'Amazônia, princesa louçã !

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

HOMOFOBIA - A Lei da mordaça


Achei brilhante este texto de Olavo de Carvalho - filósofo e escritor - publicado no Jornal do Brasil em 24 de maio de 2007   -   embora andem dizendo por aí que em 30 de maio de 2009 o jornal  O Estado de São Paulo tenha noticiado: “Sem alterações, Senado não aprova lei anti-homofobia”...  Só sei que no site do Senado ainda seja possível votar contra ou a favor (vá lá!) essa lei imbecil (que não cumprirei).

Mas leiamos o texto abaixo, que não perderá nunca o seu valor. Ah: os grifos são meus. Adoro grifar.

"Ilustres senhores parlamentares: 

Vossas Excelências podem votar, se quiserem, essa porcaria de lei que proíbe criticar o homossexualismo. Podem votá-la até por unanimidade. Podem votá-la sob os aplausos da Presidência da República, da ONU, do Foro de São Paulo, de George Soros, das fundações internacionais bilionárias, do Jô Soares, do beautiful inteiro.  Não vou cumpri-la. Não vou cumpri-la nem hoje, nem amanhã, nem nunca.  Por princípio, não cumpro leis que me proíbam de criticar ou elogiar o que quer que seja. Nem as que me ordenem fazê-lo.


Não creio que haja, entre os céus e a terra, nada que mereça imunidade a priori contra a possibilidade de críticas. Nem reis, nem papas, nem santos, nem sábios, nem profetas reivindicaram jamais um privilégio tão alto. Nem os faraós, nem Júlio César, nem Átila, o huno, nem Gengis Khan ambicionaram tão excelsa prerrogativa. O próprio Deus, quando Jó lhe atirou as recriminações mais medonhas, não tapou a boca do profeta. Ouviu tudo pacientemente e depois respondeu. As únicas criaturas que tentaram vetar de antemão toda crítica possível foram Adolf Hitler, Josef Stálin, Mao-Tse-Tung e Pol-Pot. Só o que conseguiram com isso foi descer abaixo da animalidade, igualar-se a vampiros e demônios, tornar-se alvos da repulsa universal.


Nada é incriticável. Quanto mais o simples gostinho que algumas pessoas têm de fazer certas coisas na cama.

Nunca na minha vida parei para pensar se havia algo de errado no homossexualismo. Agora estou começando a desconfiar que há. Nenhuma coisa certa, nenhuma coisa boa, nenhuma coisa limpa necessita se  esconder por trás de uma lei hedionda que criminaliza opiniões. Quem está de boa intenção recebe críticas sem medo, porque sabe que é capaz de respondê-las no campo da razão, talvez até de humilhar o adversário com a prova da sua ignorância e má-fé. Só quem sabe que está errado precisa se proteger dos críticos com uma armadura jurídica que aliás o desmascara mais do que nenhum deles jamais poderia fazê-lo. Só quem  não tem o que responder pode pedir socorro ao aparato repressivo do Estado para fugir da discussão. E quanto mais se esconde, mais põe sua fraqueza à mostra.


Sim, senhores.  Nunca, ao longo dos séculos, alguém rebaixou, humilhou, desmascarou e escarneceu da comunidade gay como Vossas Excelências estão em vias de fazer. As pessoas podem ter acusado os homossexuais de fingidos, de ridículos, de tarados, de pecadores. Ninguém jamais os qualificou de tiranos, de nazistas, de inimigos da liberdade, de opressores da espécie humana. Vossas Excelências vão dar a eles, numa só canetada, todas essas lindas qualidades. Depois não reclamem quando aqueles a quem essa lei estúpida jura  proteger se tornarem objeto de temor e ódio gerais, como acontece atodos os que tomam de seus desafetos o direito à palavra.


Quem, aprovada a PLC 122/06, se sentirá à vontade para conversar com pessoas que podem mandá-lo para a cadeia à primeira palavrinha desagradável? Os homossexuais nunca foram discriminados como dizem que o são. Graças a Vossas Excelências, serão evitados como a peste".