sábado, 31 de outubro de 2009

Dona de casa tira a roupa!!!

Novidade quente pra vocês: convenceram a Margem Simpson a tirar a roupa na Playboy! Isso mesmo: ficar peladinha. Gente, onde esse mundo vai parar? Uma mãe de família!


"Foram 20 anos de negociações, mas ela finalmente topou: Marge Simpson estampa a capa da revista Playboy norte-americana em novembro! Exatamente: a dona de casa mais famosa da TV é o primeiro personagem de desenho animado a fazer um “ensaio” para a revista. Além disso, ela concedeu uma pequena entrevista, em que fala sobre seus motivos para posar nua, a reação de sua família e como ela faz para manter o corpinho..."

Vocês podem ler uma "pré" da entrevista da Marge clicando AQUI.

Assunto "sério" (a última cagada do Governo) e desgraças em geral eu não garanto mas besteirol... estou sempre antenada.

Vou comprar só pra conferir a carga de Photoshop e depois jogar meu veneno. Claro que mulher adora revista masculina!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

HIPÓCRITAS me irritam - 02


Já descansei.

Continuando...

Estávamos falando de hipocrisia não é? Pois bem: temos que respeitar todas as raças... Ah tá. Somos todos iguais né? Todo mundo acha isso. Nossa, como crescemos como sociedade!

Está na moda os brancos dizerem que adoram os negros. Vão na televisão afirmar com a cara pálida que amam aquele cabelo armado e que cabelo liso é meio sem graça; que sabem que têm sangue negro correndo nas veias e isso é muito massa! Que adoram a cultura negra e é samba pra cá e foto com preto pra lá...

Pense bem: isso é mesmo uma barreira vencida? Não. Sabe por quê? Experimente fazer o contrário. Se meta. Vá uma atriz negrinha dizer que adooooora a cultura branca, vá ela inventar de só andar com peruca loira e lentes de contato azuis e dizer que se orgulha muito do sangue europeu que corre em suas veias e alardear que adoraria mesmo era ter nascido na Europa. Ela que experimente para ver se o mundo não cai na cabeça dela.

Os brancos podem dizer porque a mídia inventou isso como moda, então os robôs repetem sem pensar ou sentir mas aos negros não é permitido.

Esses dias li um texto escrito por um africano referindo-se ao seu povo. Ele falava dos brancos e falava dos pretos. Assim mesmo, não dos negros mas dos pretos, normalmente. Qual o problema? Não vejo nada de mais. Ele usava esse termo porque é o nome de uma cor assim como branco é também uma designação de cor. Assim chamavam-se uns aos outros sem problema algum: "nós, os pretos, eles, os brancos" com uma naturalidade para lá de saudável. Sem frescura. Mas ai de um branco que se refira aos "pretos"! Ui! Ofende! Magoei! Meu Deus!

Só acredito em igualdade racial no dia em que um negro (falei negro, não me prendam!) puder se orgulhar do sangue europeu que corre em suas veias com a mesma certeza da aceitação social que o branco tem quando diz que se orgulha do seu sangue negro. No dia em que ambas as afirmativas forem recebidas com a mesma naturalidade, aí eu acredito. Por enquanto é tudo palhaçada e falsidade tanto dos gays quanto dos brancos e dos negros.

"Ê ôô vida de gado! Povo marcado ê! Povo feliz..."

É muita frescura nesse mundo de meu Deus! Estou cansada desse joguinho de palavras, desse palavreado de pisa-ovos que não leva a nada! De cuidadinho, de fita métrica da Globo, de discursos ditados por outros, de militâncias vazias, de igualdades diferentes que só servem a um lado. Cansadérrima.

A palavra "militante" já me chega enviesada, geralmente. Por numerosas vezes "militantes" não costumam passar em testes de bom senso. Geralmente militam tanto, mas tanto que não ouvem mais ninguém. A causa toma o lugar dos seres humanos nos corações e por ela fazem tudo. E eles se apavoram com o passar do tempo ante a possibilidade de terem dedicado tanto a algo que talvez não seja absolutamente puro. Esse medo é tão grande mas tão grande que... Você sabe do que o medo é capaz.

Os ex-militantes anti-ditadura militar... causam-se ânsias de...

Odiavam a ditadura? Tá.

Eram os mais - digamos assim - "controvertidos". Eram contra a ditadura? Não, eram contra a ditadura MILITAR apenas. As outras ditaduras tudo bem! Só quem não podia matar, sequestrar e torturar e esfolar eram os militares. De resto, todo mundo podia. Se o troglodita tivesse qualquer peça de roupa vermelha, mesmo que fosse uma cueca velha, já tava valendo: ele poderia arrepiar, pois era em nome da "liberdade", de "uma grande causa". Eram os "ossos do ofício". Nessa onda que a nobre Dilma sequestrou e pintou o sete mas tudo bem, não era crime porque ela não era militar.

Até hoje os nobres ex-militantes beijam a mão de qualquer ditador de merda - desde que não seja militar, que fique claro! O "pobrema" é a farda, entendeu? Nem eu.

Eram contra os homicídios e torturas? Siiiiim, quando aconteciam contra os seus. Mas quando pegavam um traidor... Ah, não queira você estar na pele do cara!

Ora vão tomar no - Vão catar coquinho! Mas que se cuidem quando se baixarem...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

HIPÓCRITAS me irritam - 01


Você é a favor da liberdade de expressão? E acha que temos que respeitar a opção sexual dos outros e todos somos iguais e eticétera e tal? Ou você e mais um daqueles que defende a "liberdade" desde que seja liberdade para pensar segundo a ditadura do momento?

Há pessoas que me indignam.

Situação 01

Os homossexuais militantes, que exigem respeito pela sua opção. Todos são obrigados a achar o homossexualismo liiiindo de morrer. Se não eles caem matando, xingam, execram, não respeitam a opiniao contrária. O gosto deles é o certo e pronto. São o prumo do mundo. Não acham que todos tem que ser respeitados coisa nenhuma; acham é que ELES tem que ser respeitados e os que pensam diferente deles TEM MAIS É QUE SER DESRESPEITADOS MESMO. Eu já disse que odeio isso? Pois se disse digo de novo. Bis!

Experimente dizer com todo o respeito, utilizando seu direito de ter livre opinião, que acha que o homossexualismo é alguma coisa que não deu certo na sexualidade da pessoa. Que você respeita os homossexuais, não os discrimina assim como não discrimina os cegos, os aleijados, os gagos, os depressivos, os sadomasoquistas, os impotentes, os que tem síndrome de pânico, aqueles que tem "toc", os que comem demais etc. São cidadãos de bem, pagam imposto, merecem respeito e cada um sabe de si. Ninguém se meta na vida de ninguém. Se o cara se adaptou àquela maneira de ser, tudo bem, e daí? Mas você tem a sua opinião e na sua opinião aquilo é uma disfunção. Você tem o direito não apenas de pensar assim, mas de dizer o que pensa e se você é um idiota por pensar assim, que o mundo saiba de uma coisa: os idiotas também pagam imposto. Aliás, pagam mais que os outros, portanto os idiotas merecem ter sua condição respeitada tanto quanto os homossexuais, os heterossexuais, os cegos, coxos, magros, gordos, burros, loiros, pagodeiros e tudo o mais.

NÃO, os militantes gays não entendem isso e são capazes de linxarem você. Porque o conceito de respeito, liberdade e igualdade não entra na cabeça deles. Eles não conseguem aceitar os diferentes - contraditoriamente. E falar diferente do que diz a cartilha da mídia é crime hediondo.

Certa vez soube do caso de um travesti que não sei como (nem ele!) se apaixonou por uma amiga. A amizade evoluiu para a tesão e a tesão para os amassos. Dos amassos foram à mais avassaladora paixão. Ele não mudou seu visual travesti. A mulher não lhe exigiu isso e nem quis teorizar nada a respeito, só queria viver aquele momento. Lindo né? Para nós, que respeitamos a opção sexual dos outros mas não para a comunidade gay, que diz respeitar a opção sexual dos outros. O traveco quase apanha!!!! Foi maltratado, chamado de traidor e tudo o mais, acreditam? Teve que se explicar, acreditam?

Agora me digam: e aquele lance hipócrita das passeatas, do clamor pela liberdade, da celebração à diversidade? Tudo mentira deslavada! ELES SÃO HIPER PRECONCEITUOSOS! Ai do homo que resolve dar uma de hetero. Pior que religião.

(Continua. Agora tô cansada.)




segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pra descontrair

Clique na imagem para ampliá-la e poder ler as legendas


(rsrsrs)

sábado, 24 de outubro de 2009

Advogado pra quê?



Morra de "réiva":

Em Belém do Pará, recentemente, bandidos mataram um Policial Federal friamente. Foram presos. O caso foi parar (claro!) nas mãos de um certo Juiz. Os bandidos eram tão de merda mas tão de merda - ou tão de categoria mas tão de categoria (nem sei ao certo!) que confessaram tudo: "quando vi que era Polícia dei oito tiros..." Aí o Juiz deve ter raciocinado: "Já que é assim... podem ir embora né! Vão curtir o Círio! Não vão exagerar na maniçoba hein!"

Não havia elementos suficientes para mantê-lo preso. Faltou o quê? Arrancar a cabeça da vítima e fincá-la em um poste em praça pública com a inscrição "fui eu que matei - assinado..."?

Esse fato pode ser decomposto em algumas deduções interessantes:

1) Ninguém precisa mais de advogado nesse país.

As últimas safras de Magistrados em sua maioria são seres generosos por excelência e nem precisam de provocação de um defensor para "fazerem o bem". De si mesmos dão aquela "canetada Red Bull", a que dá asas ao bandido. Aí o monstrinho voltará sem susto aos seus afazeres de desfilhar e enviuvar - quem se importa? Esse negócio de papel pra cá, habeas corpus pra lá é uma chateação sem fim, um lero-lero desnecessário que só faz o bandido ter prejuízo. Daqui a pouco o Estado terá que indenizá-lo pelos dias parados.

2) Se um merdinha desse pode matar um trabalhador honesto, confessar e sair de cara limpa... eu também posso!

Acho que os direitos são iguais, não é? E a lição que recebi daqui da minha janelinha é a de que nem preciso fazer bem feito. Posso até confessar diante das câmeras que ainda assim "faltará elementos suficientes para me manter presa". Espero que minha família esteja segura porque se não estiver eu não tenho certeza de que assistirei impassível a "justiça" cagar assim na minha cabeça e no túmulo de um filho meu. (Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver, Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver, Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver, Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver, Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver.)

3) Se você fosse um policial e pegasse um bandido desse, levaria para a "justiça"?

Imagine-se na pele de um policial. Imagine que você tem a missão de encontrar os peçonhentos que mataram seu colega. Imagine que você e sua equipe trabalharam dias e dias para encontrar os assassinos. Imagine que vocês se arriscaram, que trabalharam sem muitos recursos, que perderam finais de semana, aniversário de filho, de amigos, que meteram a cara em invasão, foram ao inferno mas acharam os caras. Aí eles são presos. Eles confessam. Você sente aquele alívio do dever cumprido. Seus olhos se enchem de lágrimas quando lembra do colega, quando pensa em si mesmo e no mínimo de respeito que você acha que merece como cidadão e como profissional. Agora imagine o que sente quando sabe que os "anjinhos" foram soltos. Que vai cruzar na rua com eles, que eles até sorrirão para você e que você não pode olhar com a cara feia nem para ele nem para a elevadíssima autoridade que os devolveu sorridente ao seio da sociedade.

Repito a pergunta: se você fosse policial e viesse a prender o assassino de um amigo ou parente... aí você se lembrasse da pose do tal Juiz te olhando naquele julgamento como se o bandido fosse você.... Conta pra mim: vai dar vontade de colocar o assassinozinho em uma caixinha de presente e entregar para a justiça? Fala sério!

Mas é claaaaaaaaaro que você vai fazer isso! Todos confiamos na justiça! Estou só falando de hipóteses, vontades, situações imaginárias!

Vai que o tal Juiz leia isso! Homicídio de policial vá lá mas um texto desse... É bem capaz de ele acabar comigo! E me prender por uns trinta anos!

Obs.: Se esse texto sumir do blog ou se eu me retratar fiquem sabendo: o bicho pegou!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Saia justa


"Saia justa", jargão muito utilizado, designa uma situação socialmente desconfortável.

Às vezes os ventos da vida nos colocam em cenários assim, nos quais pensamos "como me saio dessa agora?" Tudo a ver com o termo porque é mesmo difícil despir-se de uma saia justa principalmente quando estamos com pressa. Como mulher sei muito bem disso.

Haja criatividade para escaparmos ilesos e com classe de certas situações delicadas...

As "saias justas" - no sentido social do termo" - costumam envolver outras pessoas, claro. E normalmente pessoas amigas. É assim: situações delicadas envolvendo pessoas amigas que não queremos melindrar. E nós no meio, tendo que gerir tudo. E uma platéia esperando que a gente diga uma frase infeliz, que faça um gesto de impaciência, um sorriso fora de hora, um olhar na direçaõ errada.

Existem manuais de boas maneiras excelentes dando dicas diversas para nos sairmos de situações difíceis com toda a classe. O problema é que esses manuais sempre partem do pré suposto de que tanto o lado de lá quanto o lado de cá é composto de pessoas finas ou um pelo menos com vontade de ser chiques. "Chiquinhas". Quem dera... Pode ser na "high society" mas não aqui no meu planeta.

Por que não fazem um manual de boas maneiras para pessoas mais ou menos educadas (tipo eu) se sairem razoavelmente bem das saias justas criadas por amigos também... digamos... você entende! É tudo o que peço a Deus!

Do quê estou falando? Vou dar um exemplo super hipotético só para você ter uma idéia: imagine que você esteja organizando um casamento. Todos sabem o tormento que é socar todos os que você ama em uma lista de 200 pessoas. Não dá. você, ingenuamente, presume que seus amigos conhecem esse tormento e não se sentirão apunhalados se não forem convidados, pois você NÃO assaltará um banco para dar festa para 500 pessoas. Se são amigos, compreenderão.

Sua tranquila certeza não dura dois dias. Você passa a ser cercado por um enxame de pessoas dia e noite, onde quer que vá, pedindo e implorando para ser convidado (pode?!!) para a sua festa. Você está sendo intimando a convidá-las.

Existe coisa mais desagradável e constrangedora na face da terra? Acho que não. Na minha opinião é uma das piores saias justas em que alguém pode ser metido.

Na verdade ninguém me mete numa situação assim. Minha facilidade para dizer não é quase patológica. Mas sofro com as pessoas que amo e que não sabem se sair dessa. Há os que ficam paralisados com o assédio daqueles que não sabem que isso é indelicado e de todos os modos, por todos os lados e de todos os jeitos inconveniente. Convidar-se para uma festa? Faça isso com um inimigo, para atormentá-lo. Jamais com um amigo. Aos amigos dê a paz - a paz de saber que com convite ou sem convite está tudo bem, que a amizade de vocês está acima de tudo, que você entende as dificuldades dele etc.

Agora a melhor parte deste texto: conselho para se sair dessa inconveniência. Minha teoria é: se uma pessoa passa a mão na sua bunda, ela te deu o direito de fazer o mesmo.

Traduzindo: se um amigo ou conhecido foi cara de pau o suficiente para pedir, ela te deu TODO o direito de ser cara de pau para negar. É ou não é?

Diga delicadamente "Poxa, eu receio que não vá ser possível! O número é limitado e já está completo. Sinto muuuuuito. Eu adoraria contar com a sua presença! Você não sabe o quanto lamento!" E você não estará mentindo porque certamente gostaria de ter consigo todos os seus amigos mas você não é descendente de Onassis. Há também outras possíveis respostas:

"Ah, você quer ir? Tá, vou verificar a disponibilidade dos convites e depois entro em contato com você." E vaze! Ou:

"Claro! Será um prazer! Mas preciso te esclarecer de um detalhe: por limitações financeiras nossas, a festa com jantar será apenas para a família. Aos demais amigos que desejarem participar será oferecido o convite sob a forma de ADESÃO, ao valor de 50,00 por pessoa (porque é esse o custo...) Você vai querer quantos mesmo?" (Para mim essa é a melhor saída depois do sonoro "não".)

Constanza Pascolatto ainda vai copiar isso.

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P.S.
Complementando...

Escrevi um texto posteriormente mas ele foi programado para ser lançado somente daqui a alguns dias. Como tem tudo a ver com este assunto não posso me furtar de adiantar alguns parágrafos que serão publicados brevemente. Veja:

"Claro que você leu meu texto Saia Justa, não é? Pois é o caso típico e faltou dizer que para se sair daquela saia justa hipotética mencionada, outra solução era justamente entregar o caso para um amigo (ou amiga) não muito "fofinho", ou seja: um antipático.

Você vai fazer uma festa e tem uma horda de gente se convidando, querendo um vácuo? Você não sabe mais o que fazer? "Me convida! Me convida! Me convida!"

E agora, quem poderá me ajudar?

Queridos e queridas, ninguém melhor para fazer o "trabalho sujo" (alguém tem que fazer o trabalho sujo!) do que o seu super amigo antipático! Aquele que não está nem aí para a opinião dos outros, aquele que corta caminho, que é prático, se dá, dá, se não dá, dane-se.
Você simplesmente diz para os pentelh - digo, amigos - que você está tão, mas tããaaao atarefado que incumbiu o Fulano de ficar com a lista de convidados:

"- Oh, ando tão estressado com os preparativos que tive que "terceirizar". Pedi então ajuda aos amigos. A lista de convidados por exemplo está a cargo do meu grande amigo Fulano. Fale com ele! Ele te consegue um convite coooom certeza!"

E saia de mansinho, rindo. Claro que o seu amigo troglodita, se estiver num dia bom, vai dizer no mínimo que "Não dá. Acabaram-se os convites." Se for pedida explicação: "Não vai dar para arrumar um convite para você porque a festa é só para as 200 pessoas mais chegadas. Desculpaê." Depois dessa, quem insiste?

Sempre tem quem insista mas seja lá quem for, vai se arrepender.

(Continua... Espere a publicação do texto completo)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

TDVL - Viva a segunda-feira!


Segunda-feira, eu vos saúdo!

O final de semana existe, teoricamente, para a gente descansar. Era pra ser. Só sei que estou cansada pra burro. Não parei um instante, fui emendando uma atividade na outra e no final das contas, mal via a hora de chegar a segunda feira.

Não acredito que estou dizendo isso!

Com mais uns dez finais de semana desses, seguidos, tenho uma estafa. E vem aí as festividades de final de ano com seu rosário de casamentos, formaturas, confraternizações, chás de panela, eventos com todo o tipo de cara e para todo o tipo de roupa. Dá um cansaço enorme só de pensar. Não dá pra pular dezembro? Peraí, estou falando de um simples finalzinho de semana de outubro.

Tive uma idéia: vou instituir (e registrar a idéia!) o TDVL - Trabalho Direto Voluntário Libertador . Pense comigo: vez por outra (segundo a SUA conveniência) você dá uma emendada, vai que vai direto a semana toda, entra no sábado, vara o domingo trabalhando. Tô falando sério. Não é ruim!

Escritório vazio, chefe a anos-luz de distância, o telefone não toca, a internet é rapidona, ninguém enchendo o saco nem cobrando nada, dá até pra tirar meleca! Pense! O serviço rende que é uma beleza. Você vai trabalhar de chinelinho, sem maquiagem e com rock pauleira como música ambiente. Que tal? Trabalhar em ritmo próprio, adiantar tudo e depois ter o resto da semana sem estress para resolver seus próprios assuntos, sair mais cedo, chegar mais tarde, almoçar até as três e meia, ir levando só na manha, sumir na quinta... Cara, o lance é esse!

Trec trec trec trec trec... tô pensando... Nossa, eu posso fazer isso de vez em quando só para variar, mudar o ritmo.

TDVL não é escravidão,
É a minha, é a sua
A nossa libertação!
Vamos lá! vamos lá!
Não sei quê não sei quê lá!
(Vou mandar confeccionar umas camisetas... Será que dá pra ganhar algum dinheiro com isso ou somente as futuras gerações reconhecerão o meu valor???)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Adianta?


Não sei o que é pior: se é não se enxergar ou enxergar-se muito bem mas não conseguir mudar nada.

Essa coisa de "se enxergar" é meio parecida com o lance de prever o futuro, já notou? Todos os filmes que já vi a respeito só mostram a aflição de quem prevê o futuro, se esfalfa tentando evitar a catástrofe para no final descobrir que foi tudo inútil. Se podia ser mudado, era um falso futuro e uma falsa percepção dele. Se não podia ser mudado (como nunca pode) então para quê prevê-lo? Só para ter agonias?

Pois é, meus defeitos não são futuros, mas presentes. Presentíssimos! Mas podem ser semelhantemente previstos. dolorosamente previstos. Olho impotente para cada um desses filhotes bastardos e disformes e não consigo fomatá-los. Prevejo situações, imagino a bosta que vai dar mas... acaba dando. Será que tudo o que me cabe é lamentar a situação depois de estabelecida e fincada na memória minha e dos outros?
Enxergo-me, logo sofro. Adianta?

Não seria melhor que o meu desconfiômetro não funcionasse? De que me serve essa vidência inútil? Quero meter o bedelho na catástrofe anunciada do meu temperamento indócil e não ficar eternamente enlutada, enlatada, entalada.

A culpa é desse furacão...

domingo, 18 de outubro de 2009

Dica da semana

O ponto "G" deles. Sério! Clique AQUI e descubra. depois "clique ali" e divirta-se.

sábado, 17 de outubro de 2009

Implicando com Paulo Coelho - Episódio "De bunda pra cima"


Sei lá, não achei profundo o ensinamento de 01.02.09 do Paulo Coelho. Esse rapaz... sei não.

Pense bem: ele começa falando o tempo todo em seguir em frente na vida. Avante! Seguir! Seguir na maravilhosa caravana da vida onde Deus nos colocou para buscarmos "o grande segredo da existência".

É pra ir indo, né? Ainda que não entenda nada? Certo, a vida é assim mesmo. Então tá. Deixa eu dar água pro meu camelo e ajeitar meus véus.

De repente soa uma trombeta!

Aê! Pára todo mundo! Páaaara! O grande mago ainda não terminou a explicação. Assentai-vos.

Eis que ele vos diz que "Mesmo no meio do deserto, é importante tentar descobrir as maravilhas enterradas na areia”.

Cumé? Mas não era pra seguir em frente buscando "o grande mistério"? Lembrei até daquela música do Olodum:

"Não sei se vou ou se fico
Não sei se vou ou se fico...

Hare,
hare, krishna ..."

Na dúvida prefiro seguir em frente. Já até calcei as Havaianas! Não consigo me imaginar no meio do deserto, a caravana seguindo e eu de bunda pra cima cavando a areia seca. Ah não.

Você já tentou cavar na areia? Cara, é trabalho ingrato. Tente. Areia fina, você não passa de dois palmos porque tudo o que você tirou do quase buraco volta teimosamente para lá.

Olha Grande Mago Paulo, vai cavando aí, adianta o serviço e se você encontrar alguma coisa me passa depois um e-amail avisando, certo?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tô fazendo a minha parte

Quem possui um espaço virtual como esse, que alcança milhões (!) tem também o dever moral de mostrar aos seus leitores o caminho da felicidade. Se não quiserem seguir todos os passos (e quem quer?) problema de cada um - já tirei o meu da reta.

Cheque aí. Se você fizer tudo certinho será a pessoa mais bem sucedida do ... quarteirão, pelo menos.

Dei uma conferida em meus atos. Estou... digamos assim... mais ou menos. Só não forneço números exatos porque pode ser que você esteja em condições piores que a minha eu e não quero desestimular ninguém. Afinal sou um espírito evoluído e pessoas de espírito evoluído não curtem a derrota alheia por mais que isso seja realmente divertido (hehehe).

Boa sorte. Sugiro que você comece a maratona de desenvolvimento interior na segunda feira, junto com a sua dieta e a academia, que você vai passar a frequentar.



terça-feira, 13 de outubro de 2009

Idéia micada


Acho que o conselho de aproveitar a vida ao máximo é, em si, uma idéia micada. Nasceu pra dar errado.

Estou pensando nisso hoje. Amanhã sabe Deus, mas hoje isso faz todo o sentido debaixo dos caracóis dos meus cabelos.

Pense bem: a ânsia traz em si todo o veneno que mata o prazer. Traz implícita a sensação incômoda e dispensável de que o tempo está passando, a vida está correndo e ai Jesus! Azeda tudo.

Sexta feira. As horas passam e você ainda não conseguiu uma resposta objetiva daqueles malas do escritório. Vai ou não vai rolar o happy hour? E onde? Oito horas da noite e não deu certo. Você vai se encontrar com outra turma. Não acha o endereço. Acha mas não tem estacionamento.
Essas coisas seriam tolices mas ficam enormes quando temos atrás de nós aquela voz insuportável dizendo que temos que aproveitar. A sexta feira está acabando, o sábado não promete nada e domingo é uma ameaça de segunda-feira.

O namoro não decola, a viagem não deu certo. Em um mundo onde a palavra "adiar" soa como blasfêmia fica difícil "aproveitar a vida" porque o que não pode ser adiado está sendo imposto e nada imposto é desfrutável.

Ao invés de "ter que que aproveitar" não daria pra ir vivendo assim, na manha? Ir levando sabendo que ainda temos muitos sóis, muitas luas, muitas águas para passar debaixo da ponte? E se não tiver nesse mundo, tem no outro. Se não tiver no outro você jamais ficará sabendo (he he he) mas tem sim, eu juro.

Legal é viver a eternidade da ignorância como o pato, a lesma (como já disse o Veríssimo). Eles vão morrer mas não fazem idéia, por esse motivo não tem infarto nem depressão (que eu saiba). Pelo menos os consultórios estão vazios de patos e lesmas.

Penso que o primeiro passo para aproveitar realmente a vida é desistir de aproveitar a vida.

Quem enche o saco da vida querendo aproveitá-la é boicotado por ela mesma, sem clemência. Isso é tão certo quanto a contagem de chopes será errada.

Acho que essa é a minha frase do dia.

Certamente é por isso que Jesus disse que quem quisesse ganhar a vida ia acabar por perde-la e quem desistisse de correr atrás iria ter a grata surpresa de encontrá-la.

Eis finda a postagem de hoje.

domingo, 11 de outubro de 2009

Você é filho do Edir Macedo?

Todo mundo tem uma opinião sobre o Edir Macedo. Também tenho mas não interessa no momento porque não tem graça escrever o que todo mundo escreve. Detonar o cara, dizer cobras e lagartos... Não acrescenta nada a você,nem a ele nem a mim.

Quero falar sobre as pessoas que falam dele e sobre as motivações delas. Por quê elas tem tanta raiva dele? Já andei me perguntando. Depois perguntei para as revoltadas. Elas responderam que odeiam ele porque ele engana as pessoas em nome de Deus. Leva as pessoas a lhe darem dinheiro usando para isso o nome do Senhor.

Cara, isso me intrigou e muito.

Primeiro porque a maioria dessas pessoas que odeiam o Edir Macedo estão se lixando tanto para Deus quanto para os supostos manés que dão dinheiro para o Edir. Não oram, não acreditam na Bíblia, não vão a nenhuma igreja. Então por quê acreditar que ele esteja desrespeitando algo sagrado? Se achassem que se trata de algo realmente sagrado porque essa pessoa não seria uma devota? Uma profunda religiosa? Uma religiosa meia-boca pelo menos? Ora, se está pouco se lixando para Deus, para as leis de Deus, para a Bíblia, para os mandamentos, porque criticar o Edir Macedo que está pouco se lixando também? Deveria era congratular-se com ele!

Segundo: "arrancar dinheiro" ele não arranca de ninguém. Quem arranca dinheiro da gente é ladrão e governo; ladrão eventualmente e governo todo o santo dia - valha-me Deus.

Terceiro: se convencer os outros a lhe entregar dinheiro sob um falso argumento é uma coisa feia - E É - saibam: ele não é o único. As indústrias da prostituição e da bebida fazem isso com maestria dia e noite, noite e dia sem parar, desgraçam famílias inteiras e ninguém fica com raivinha dos que enriquecem com isso. Tampouco se aborrecem com as atrizes gostosas que fazem publicidade para essas empresas. Nem ficam com pena dos pobrezinhos que foram convencidos por elas e se tornaram alcoolatras.
Então ninguém, mas ninguém mesmo está com peninha do povo enganado, sejamos sinceros. "Ira santa" é um sentimento que passou longe da discussão aqui. Em nossa sociedade faz-se arrojadas campanhas para mostrar todo um estilo de vida mentiroso e fantasioso objetivando a vendar de álcool, sexo e tabaco (este último até pouco tempo atrás). Daí entra fortuna para a mão de umas poucas pessoas, milhões se lascam e ninguém liga. Quem paga por isso não são apenas pessoas ricas, mas pobres também e frequentemente dão bem mais do que o dízimo. E não venham me dizer que não foram seduzidas. Foram sim, e por meios muito mais sofisticados do que um pastor gritando no púlpito.

Você me diria: mas pelo menos elas estão se divertindo!

a) Elas (e nós e todo mundo) após serem submetidas a uma lavagem cerebral feita pela mídia desde que nasceram, assistindo na tv a "explicação" (imposição) de o que é e o que não é diversão (segundo a conveniência de quem vende diversão) estão debaixo de uma fortíssima pressão social para querer segundo eles querem que elas queiram e pensar que "diversão" é aquilo que eles dizem que e diversão; e "aproveitar a vida" é exatamente daquele jeitinho que se vê no comercial e na novela. Agora experimente agir diferente e veja o que seus "amigos" vão dizer de você. Sinta o peso da pressão social. Você não é tão livre quanto pensa que é. Tá tudo dominado. A galera da contra-cultura de repente é mais cabeça... Pelo menos ousa ser diferente...

b) E quem disse que o pessoal do Edir, naqueles cultos estranhos, não está se divertindo? É apenas uma forma diferente de fugir da realidade. Claro que tem gente que acha mais divertido destruir a cartilagem do nariz mas isso é uma questão de gosto. Há também os que gostam de samba, os que adoram beber até cair e no outro dia acordar imprestável sendo xingado pela mulher e ainda acha liiiindo contar isso para os colegas de trabalho. Há muitos que se divertem mais "queimando pacificamente a rosca" mas tem a turma do contrário: acham o máximo sair para um baile funk e no final quebrar a cara dos outros e sair todo quebrado.
O fato é que há gosto pra tudo! Para alguns é incompreensível pagar para passar a noite toda em uma boate fedendo a cigarro, ouvindo tum-tum-tum até enlouquecer, não conseguir conversar com ninguém e retornar para casa exausto. Milhões chamam isso de diversão. Outros curtem loucamente os cultos da Igreja Universal!
Detalhe: em NENHUM desses eventos a pessoa vai sem gastar dinheiro. Se você ficar em casa sozinho de luz apagada, ainda assim estará gastando dinheiro, pelo menos do aluguel. Pelo menos do IPTU.

Quer saber? Acho que no fundo no fundo o pessoal tem mesmo é inveja dele. A mesma inveja indecente que sentem pelos políticos, do tipo: odeio esse cara porque não tive a sacada que ele teve ou não consigo ter a mesma cara de pau mas se eu tivesse ou tivesse chance, faria o mesmo. Inveja. Ninguém está nem aí pra Deus nem está nem aí para o povo. Sabe porquê também? Por mais essa:

Todas as vezes que você constrange alguém que te ama a te dar alguma coisa em nome do amor que essa pessoa sente por você, você está agindo igualzinho ao Edir Macedo: está mercadejando o amor. Porque Deus é Amor. É como estar usando Deus para conseguir bens materiais. Igualzinho.

Uma mulher que usa o amor de um homem para arrancar dele coisas, é filha do Edir Macedo. Um filho interesseiro que constrange e faz chantagem emocional com os pais e se utiliza friamente desse amor para pegar grana, carro, vídeo-game, é cria do Edir Macedo. Todo mundo que tira vantagem de outro por causa do amor que aquela pessoa lhe dedica, é discípulo do Edir Macedo ainda que nunca tenha pisado numa Igreja Universal porque Deus é amor e constranger o amor por dinheiro dá nisso que todo mundo diz que tem raiva.

Mas me diga aqui baixinho: sinceramente você tem raiva? Mas tem raiva mesmo?

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Caiu na rede...


Não sou má pessoa! Eu não cometeria esse ato de violência!

Dois jovens. Todo um futuro pela frente. Agora apenas uma família atônita e uma mãe-peixa lamentando para o resto da vida.

Dois irmãos. Iam tranquilos jogar a bolinha de sábado a tarde. Conversavam amenidades. Falavam nas enormes guelras da filha da vizinha e como ela parecia querer ostentá-las. Riam e faziam planos para o outro final de semana.

A coisa mais linda é ver dois irmãos unidos e saudáveis. Eram parecidos sim, porque todos os peixes o são, mas esses eram mais porque tinham enormes afinidades. A única diferença entre os dois era que o mais novo era tão impulsivo! Gostava de novidades, gostava de arriscar, adorava experimentar novos caminhos, aventuras. O mais velho preferia o previsível e seguro e por isso, apenas por isso, as vezes discutiam.

Para diminuir essa pequeníssima diferença é que a vida de ambos foi lamentavelmente encurtada. O mais velho disse não, não vamos. Por que não seguir pelo caminho de sempre, testado e aprovado pelos cardumes conhecidos, pelos nossos pais, tios e primos? Mas não, o novinho queria novidades, outras paisagens, queria chegar mais perto do "céu da água", queria ver novas peixinhas, queria tudo, tudo de uma vez porque se sentia feliz, ágil e cheio de vigor. Foram.

Cairam na rede. Eram peixes.

Hoje poderiam estar em uma faculdade. Poderiam estar casados ou pelos menos borbulhantemente apaixonados. Tinham uma linda vida pela frente e muito tempo ainda antes que o dourado de seus corpitchos desbotasse. Quem diria... Terminar na flor da idade assim, só cabeça e espinho...

Comi. com um dó que vocês nem podem imaginar; quase choro. Pobres maparás... Mas não deixa de ser belo pensar que agora a valentia, juventude e amizade deles correrá em meu sangue. Acho até que estou sentindo um coiso diferente. Tô mais esperta. Deu até uma vontade de nadar! Mas os sonhos deles, aqueles lindos sonhos ... esses se perderão para sempre. Não consigo sonhar como peixe.

Nossa, estou bem alimentada. Pelo menos garanto que esses jovens não morreram em vão. Acho que eu sou uma boa causa.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Cadê o índio?



Saibam vocês que "Uma pesquisa realizada pela Universidade Católica de Brasília confirmou cientificamente o que se sabia empiricamente (eu não!): Segundo o estudo realizado pela universidade e publicado "American Journal of Human Biology", 80% da herança genética brasileira tem ascendência europeia. A avaliação feita nas cinco regiões do país mostrou variação apenas na região sul onde o índice chega a 90%." (Jornal web - Brasil)

Eu hein! E pra onde foi aquele monte de índio? Só 20%? Não acredito nesse estudo. Gente, pensa bem: a indiarada, como bem sabemos, trepou a torto e a direito com a branquelada européia e também curtiu adoidado com os negros e agora eles vem me dizer que só sobrou 20% do sanguinho nativo? Ah, faz essa conta direito!

E não adianta dizer, segundo a reportagem, que "cor da pele não tem nada a ver". Como não tem? claro que tem! Como é que estamos encharcados de Europa e o que menos temos aqui é branco? Como é que isso aqui tava cheinho de índios e agora vocês vem me dizer que jogaram tudo fora? Tá, morreram muitos mas cara, se tivéssemos sido invadidos por tantos brancos assim não era para termos outra aparência? Tudo bem, vieram muitos negros também, mas tantos assim? Façamos de conta que vieram três vezes mais negros do que brancos. tá. Mesmo assim o resultado da pesquisa não bate; porque não dizem que nossa ascendência é 80% africana, não européia?

Contem essa história direito! Alguém está querendo jogar fora nossos índios. Não que eu tenha especial paixão por eles. Também não tenho pelos negros. Nem pelos brancos, se você quer saber. Para mim é tudo farinha do mesmo saco. Não há vantagem em trocar um ser humano pelo outro porque o resultado será sempre igual.

Tá, tá, falta-me argumento empolado-científico para discutir. Mas discuto. Porque quem joga no ventilador uma notícia dessa deveria explicar melhor, pra não acabar ficando assim, uma coisa com cara de história mal contada.

Não acredito e pronto. Tem gente mais culta do que eu que não acredita até hoje que o homem foi à lua! Falta de fé é um direito de todos.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Oscar Arias


Acho que já está na hora de parar de falar que o Brasil não deu certo porque fomos colonizados por bandidos vindos de Portugal ou porque éramos explorados, porque índio é tudo preguiçoso opu outras desculpas esfarrapadas do gênero. Tá na hora de parar para pensar melhor.

Leia as palavras do Presidente Oscar Arias, da Costa Rica, proferida na forma de discurso na presença de Lula e demais presidentes latino-americanos, incluídos o "manequim" do Equador e o caloteiro Corrêa, abaixo nominalmente citado, na Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, 18 de abril de 2009.

"ALGO HICIMOS MAL"

"Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latino-americanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas.

Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros.
Não creio que isso seja de todo justo.

Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes de que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país.

Não podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres.

Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão: Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta. Certamente perdemos a oportunidade.

Há também uma diferença muito grande. Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos.

Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal.
Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coréia do Sul.
Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura em questão de 35 a 40 anos é um país com $40.000 de renda anual por habitante.

Bem, algo nós fizemos mal, os latino-americanos. Que fizemos errado? Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos. Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos. Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, similar a dos europeus.

De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um termina esse nível secundário. Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10.
Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, exceto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países.

Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos.

Em 1950, cada cidadão norte-americano era quatro vezes mais rico que um cidadão latino-americano. Hoje em dia, um cidadão norte-americano é 10, 15 ou 20 vezes mais rico que um latino-americano. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa.

No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado. Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de $2 por dia" e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas e soldados.

*Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50.000* milhões em armas e soldados. Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo?


Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo; é que não gastamos na saúde de nosso povo; que não criamos a infra-estruturar necessária, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente; é a desigualdade que temos que nos envergonhar realmente; é produto, entre muitas outras coisas, certamente,
de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas. Vá alguém a uma universidade latino-americana e parece no entanto que estamos nos anos sessenta, setenta ou oitenta.

Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadêmicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o século XXI é um século dos asiáticos não dos latino-americanos. E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, socialcristianismo...) os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o *pragmatismo*.

Para só citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a Coréia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus próprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha:

"Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro, só o que me interessa é que cace ratos".

E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando disse que "a verdade é que enriquecer é glorioso".

E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13%, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo atrás.

A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos. Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos. Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer.


Muchas gracias."

domingo, 4 de outubro de 2009

Mais essa agora!



Saiu no globo.com (01/10/09 - 15h27) que "Mestre-sala da Unidos da Tijuca é suspeito de agredir porta-bandeira. Soco nas costas aconteceu após discussão, diz polícia. Ele será intimado a prestar esclarecimentos..."



Caraca! Vãos destruir mais essa figura do meu imaginário?


Sempre adorei ver o mestre-sala e a porta-bandeira fazedo aquelas evoluções, aquelas mesuras um para o outro. Sempre achei uma coisa linda, de singular elegância e charme, com uma afetação que lembrava (como se eu tivesse vivido!) a época da escravatura no Brasil Imperial, quando os escravos, por algum motivo, brincavam de senhor e senhora e exageravam nos gestos. O encanto residia também no fato de serem negros, estarem magnificamente vestidos, com o queixo esguido. A moça altiva com pose de rainha exigindo que o rapaz lhe devotasse todas as cortesias que sua juventude e beleza bem mereciam. Ele, vivaz e sedutor, sabia ser sensual sem jamais ultrapassar o limite da vulgaridade. Sapatos limpos, impecáveis, sorriso muito braco e os olhos pregados em seu rosto como se ela fosse uma deusa talhada em ônix, como se a adorasse e a quisesse mais que tudo. Aí vem um mestre-sala f.d.p e chuta a porta-bandeira! Lasca com tudo, acaba com toda a pose da escravatura vestida de realeza. Não, a escravatura que alcançou a realeza!



Nesse ponto sou arrancada das fantasias do passado e remetida via bofetão para o aqui-agora da falta de educação, do marido que bate em mulher, das mulheres-jararacas que dão unhada nas caras dos maridos, nos filhos berrando diante da cena, nas blusas rasgadas, nos dentes cariados cravados de casca de feijão, cuspindo farofa - a farofa do almoço que foi o pivô de toda a discução. Aí me vem, voando pela mente, o chinelo que rebentou no meio da briga e da avenida e a angústia de saber que naquela noite o homem não volta pra casa, mas vai gastar todinho o dinheiro do aluguel em cachaça. Vidinha fuleira, viu!



Certas notícias sacaneiam com a gente, te juro. Tenho em meu cérebro minhas imagens de estimação e senti-me igualmente chutada ao mancharem em minha mente aquela porta-bandeira que eu queria ser. Confesso: sempre me vi faceira e altiva sendo cortejada por um mestre-sala ágil, jovem, sorridente e solícito. Vocês não acham que eu dou para isso? Diz que sim! Diz que sim!!!!!



Vai dar um trabalhinho arrumar novamente tudo na gaveta da minha cabeça. Vocês sabem que meu cérebro é meio complicada, né?



Vou pesquisar. Acho que nisso cabe indenização.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Perdas & Perdas


Há coisas que a gente perde e sabe que perdeu, tem plena consciência. Lamenta, fica olhando foto e chora de vez em quando (ou não).

Há vários tipos de perdas: as anunciadas e as repentinas. As repentinas dividem-se em violentas e as "ploft", que nada mais são do que aquelas que se acabam porque tinham que acabar mas não geram grande alarde ou estupefação, como o final de um sanduiche, a partida de um conhecido sem grandes vínculos emocionais conosco ou o final de uma Havaiana.

Acho que a perda "mais pior", mas a "mais pior de ruim mesmo" é aquela que a gente demora a se dar conta de que aconteceu. Aquela que passam-se dias, meses, até anos e de repente olhamos para trás e notamos que empobrecemos em algo que nos era tão caro. A gente tenta desesperadamente lembrar quando foi pelo menos para colocar a memória de luto, mas não consegue!

Perdas... Perdas... A perda da juventude é parecida com isso mas não é exatamente assim. A gente nunca sabe onde ou quando deixou de ser jovem mas sabe com toda a certeza que está deixando de ser todo o santo dia. E ao contrário do que os jovens pensam, isso não nos poupa do susto no espelho no meio de alguma madrugada mal dormida. Mas repito que essa perda é diferente por ser exaustivamente anunciada.

A perda da alegria de viver, essa sim se encaixa de forma perfeita fatal no exemplo dado.

Um dia é outono nos olhos e nenhum pássaro é gracioso o suficiente. Um dia nada parece mais idiota do que ficar todo molhado na chuva e sair correndo de braços abertos. Um dia não há sentido algum em fazer esforço para pegar um caju em uma árvore e ralar o joelho; pior ainda se for para ficar lá em cima se equilibrando para come-lo sem lavá-lo antes, tendo o sumo da fruta a escorrer pelo braço, cotovelo, observá-lo brilhar rapidamente nos últimos raios do sol da tarde e por fim enfiar-se na terra em câmera lenta. Qual o motivo lógico para manter-se no cajueiro com o olhar perdido entre as folhas observando os primos brincarem no quintal e imaginar qual peça lhes pregar? Um dia o colo do pai não é mais o lugar mais seguro do mundo nem o da mãe o mais macio e confortável e todas as verdades que ela disser podem ser derrubadas ao menor argumento. Um dia não há mais paciência para ouvir a mesma música, os filmes não emocionam, as festinham ficaramm chatas e previsíveis e os amigos, repetitivos. Um dia a gente descobre que o mundo não mudou. Nossos olhos é que ficaram cinzentos e a alegria de viver desvaneceu. Não saberíamos dizem como, em qual momento, devido a quê. Grande perda. Talvez a maior delas.

Pra você ver... Tudo isso só porque eu li um artigo dizendo que hoje em dia perdemos uma coisinha de nada: perdemos a exclusividade da atenção das pessoas. Atenção exclusiva é artigo de luxo. Já notou que durante uma conversa com um amigo ele fatalmente dará paradinhas para atender (ou desligar ou colocar no silencioso) o celular ou lendo uma mensagem rapidinho, anotando alguma coisa, fazendo um sinal para alguém que passa ("amanhã eu te ligo!") e você terá que relevar? Você, por exemplo, já deve ter interrompido umas três vezes pelo menos a leitura deste texto.

Que tal mais essa perda? Doeu em você ou no meio de tantas outras essa é fichinha?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Alma gêmea


Você é romântico? Está sozinho no momento? Sonha em conhecer alguém pra algo do tipo balões coloridos, flores, pássaros, música ao fundo, vento nos cabelos, cama macia, lençóis de cetim branco, rosas vermelhas, palpitações e arrepio na espinha?

Que fofo! A internet é o seu lugar.

Pela quatidade de sites que nos oferecem Alma Gêmea aos desavisados, chego a pensar que isso aqui virou um enorme cemitério ou quem sabe um centro espírita: é alma pra todo o lado. Quem tem medo de fantasma não deveria nem acessar porque é só clicar que a alma aparece sorridente e grudenta, louquinha para dar amor e não desgrudar nunca mais.

(Nossa, aquelas mãos friiias!)


Entre em qualquer portal e você se sentirá cruzando uma espécie de Portal da Eternidade Virtual.

Sim, a internet é um enorme centro espírita oferecendo almas faceiras para todo o espírito solitário. Ninguém te quer? Venha. Não tem paciência para as demoras da paquera? Venha. Não aguenta o puxa-encolhe do jogo de sedução? Venha. Cansou do suplício de esperar o telefonema do dia seguinte? Venha que tem um espírito desencarnado parecido com o seu lhe esperando refulgente do outro lado da tela.

Parecido com o seu... e com o meu! Claro, por isso chamam de "Alma Gêmea!!" Gente, por que cargas d'água eu iria querer alguém tipo eu, mas com pinto? Cruz-credo!

Sabe, pensei bem a respeito e cheguei a uma decisão: anuncio em caráter oficial que não aceito nenhum gaiato me oferecendo um encosto desse tipo. Sai pra lá! Me diga: para quê eu vou querer alguém à minha imagem e semelhança?

Pra começar não quero dividir o armário (menos ainda o quarto) com ninguém que tenha a mesma quantidade de cacarecos que eu. Também não quero uma alma gêmea desconfiada. Nem que deixe cabelos espalhados pelo apartamento. Não posso suportar alguém com os meus defeitos, entende? Pra quê me serve alguém cheio de defesas? Melhor uma alma-órfã que se entregue ao amor de peito aberto e sem reservas. Essa eu acolho sorridente. Uma alminha simples e sem neuras... Ah: também não quero uma outra sensível demais, falante, com variações de humor e com medo de barata, perereca e demais seres estranhos que Deus criou não sei pra quê. Prefiro um espírito mais ralinho e agradável, de bem com a vida. Uma alma de isopor e que não escreva poemas. E se escrever, que não me peça para os ler. E mais: terapia tá caro! Se tiver que pagar pra mais um, terei que abrir mão do salão de beleza!

Cara, só me aguento porque não posso me livrar de mim mesma! Ainda me oferecem o tempo todo outra Cristina e falando grosso! Quem disse que isso seria uma boa idéia?

Senhor, livrai-me de uma alma gêmea que tenha ciúme das suas coisas, que queira ouvir música em silêncio, que argumente à exaustão. Posso ser castigada de outras formas pelos possíveis males que eu tenha causado ao meu próximo. Aceito prestação de serviço à comunidade ou o tal regime "fechado-mas-semi-aberto-arreganhado" com o qual a Justiça "pune" Políticos & Associados mas alma gêmea é demais para mim. Esse lance de Alma Gêmea é muito sinistro. Vinde a mim as Almas Órfãs, simpáticas e descomplicadas. Posso cuidar delas e até acender velas - perfumadas!

Só para reforçar: a metade da laranja eu também não quero, tá? Deve ter gente mais carente por aí.

sábado, 31 de outubro de 2009

Dona de casa tira a roupa!!!

Novidade quente pra vocês: convenceram a Margem Simpson a tirar a roupa na Playboy! Isso mesmo: ficar peladinha. Gente, onde esse mundo vai parar? Uma mãe de família!


"Foram 20 anos de negociações, mas ela finalmente topou: Marge Simpson estampa a capa da revista Playboy norte-americana em novembro! Exatamente: a dona de casa mais famosa da TV é o primeiro personagem de desenho animado a fazer um “ensaio” para a revista. Além disso, ela concedeu uma pequena entrevista, em que fala sobre seus motivos para posar nua, a reação de sua família e como ela faz para manter o corpinho..."

Vocês podem ler uma "pré" da entrevista da Marge clicando AQUI.

Assunto "sério" (a última cagada do Governo) e desgraças em geral eu não garanto mas besteirol... estou sempre antenada.

Vou comprar só pra conferir a carga de Photoshop e depois jogar meu veneno. Claro que mulher adora revista masculina!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

HIPÓCRITAS me irritam - 02


Já descansei.

Continuando...

Estávamos falando de hipocrisia não é? Pois bem: temos que respeitar todas as raças... Ah tá. Somos todos iguais né? Todo mundo acha isso. Nossa, como crescemos como sociedade!

Está na moda os brancos dizerem que adoram os negros. Vão na televisão afirmar com a cara pálida que amam aquele cabelo armado e que cabelo liso é meio sem graça; que sabem que têm sangue negro correndo nas veias e isso é muito massa! Que adoram a cultura negra e é samba pra cá e foto com preto pra lá...

Pense bem: isso é mesmo uma barreira vencida? Não. Sabe por quê? Experimente fazer o contrário. Se meta. Vá uma atriz negrinha dizer que adooooora a cultura branca, vá ela inventar de só andar com peruca loira e lentes de contato azuis e dizer que se orgulha muito do sangue europeu que corre em suas veias e alardear que adoraria mesmo era ter nascido na Europa. Ela que experimente para ver se o mundo não cai na cabeça dela.

Os brancos podem dizer porque a mídia inventou isso como moda, então os robôs repetem sem pensar ou sentir mas aos negros não é permitido.

Esses dias li um texto escrito por um africano referindo-se ao seu povo. Ele falava dos brancos e falava dos pretos. Assim mesmo, não dos negros mas dos pretos, normalmente. Qual o problema? Não vejo nada de mais. Ele usava esse termo porque é o nome de uma cor assim como branco é também uma designação de cor. Assim chamavam-se uns aos outros sem problema algum: "nós, os pretos, eles, os brancos" com uma naturalidade para lá de saudável. Sem frescura. Mas ai de um branco que se refira aos "pretos"! Ui! Ofende! Magoei! Meu Deus!

Só acredito em igualdade racial no dia em que um negro (falei negro, não me prendam!) puder se orgulhar do sangue europeu que corre em suas veias com a mesma certeza da aceitação social que o branco tem quando diz que se orgulha do seu sangue negro. No dia em que ambas as afirmativas forem recebidas com a mesma naturalidade, aí eu acredito. Por enquanto é tudo palhaçada e falsidade tanto dos gays quanto dos brancos e dos negros.

"Ê ôô vida de gado! Povo marcado ê! Povo feliz..."

É muita frescura nesse mundo de meu Deus! Estou cansada desse joguinho de palavras, desse palavreado de pisa-ovos que não leva a nada! De cuidadinho, de fita métrica da Globo, de discursos ditados por outros, de militâncias vazias, de igualdades diferentes que só servem a um lado. Cansadérrima.

A palavra "militante" já me chega enviesada, geralmente. Por numerosas vezes "militantes" não costumam passar em testes de bom senso. Geralmente militam tanto, mas tanto que não ouvem mais ninguém. A causa toma o lugar dos seres humanos nos corações e por ela fazem tudo. E eles se apavoram com o passar do tempo ante a possibilidade de terem dedicado tanto a algo que talvez não seja absolutamente puro. Esse medo é tão grande mas tão grande que... Você sabe do que o medo é capaz.

Os ex-militantes anti-ditadura militar... causam-se ânsias de...

Odiavam a ditadura? Tá.

Eram os mais - digamos assim - "controvertidos". Eram contra a ditadura? Não, eram contra a ditadura MILITAR apenas. As outras ditaduras tudo bem! Só quem não podia matar, sequestrar e torturar e esfolar eram os militares. De resto, todo mundo podia. Se o troglodita tivesse qualquer peça de roupa vermelha, mesmo que fosse uma cueca velha, já tava valendo: ele poderia arrepiar, pois era em nome da "liberdade", de "uma grande causa". Eram os "ossos do ofício". Nessa onda que a nobre Dilma sequestrou e pintou o sete mas tudo bem, não era crime porque ela não era militar.

Até hoje os nobres ex-militantes beijam a mão de qualquer ditador de merda - desde que não seja militar, que fique claro! O "pobrema" é a farda, entendeu? Nem eu.

Eram contra os homicídios e torturas? Siiiiim, quando aconteciam contra os seus. Mas quando pegavam um traidor... Ah, não queira você estar na pele do cara!

Ora vão tomar no - Vão catar coquinho! Mas que se cuidem quando se baixarem...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

HIPÓCRITAS me irritam - 01


Você é a favor da liberdade de expressão? E acha que temos que respeitar a opção sexual dos outros e todos somos iguais e eticétera e tal? Ou você e mais um daqueles que defende a "liberdade" desde que seja liberdade para pensar segundo a ditadura do momento?

Há pessoas que me indignam.

Situação 01

Os homossexuais militantes, que exigem respeito pela sua opção. Todos são obrigados a achar o homossexualismo liiiindo de morrer. Se não eles caem matando, xingam, execram, não respeitam a opiniao contrária. O gosto deles é o certo e pronto. São o prumo do mundo. Não acham que todos tem que ser respeitados coisa nenhuma; acham é que ELES tem que ser respeitados e os que pensam diferente deles TEM MAIS É QUE SER DESRESPEITADOS MESMO. Eu já disse que odeio isso? Pois se disse digo de novo. Bis!

Experimente dizer com todo o respeito, utilizando seu direito de ter livre opinião, que acha que o homossexualismo é alguma coisa que não deu certo na sexualidade da pessoa. Que você respeita os homossexuais, não os discrimina assim como não discrimina os cegos, os aleijados, os gagos, os depressivos, os sadomasoquistas, os impotentes, os que tem síndrome de pânico, aqueles que tem "toc", os que comem demais etc. São cidadãos de bem, pagam imposto, merecem respeito e cada um sabe de si. Ninguém se meta na vida de ninguém. Se o cara se adaptou àquela maneira de ser, tudo bem, e daí? Mas você tem a sua opinião e na sua opinião aquilo é uma disfunção. Você tem o direito não apenas de pensar assim, mas de dizer o que pensa e se você é um idiota por pensar assim, que o mundo saiba de uma coisa: os idiotas também pagam imposto. Aliás, pagam mais que os outros, portanto os idiotas merecem ter sua condição respeitada tanto quanto os homossexuais, os heterossexuais, os cegos, coxos, magros, gordos, burros, loiros, pagodeiros e tudo o mais.

NÃO, os militantes gays não entendem isso e são capazes de linxarem você. Porque o conceito de respeito, liberdade e igualdade não entra na cabeça deles. Eles não conseguem aceitar os diferentes - contraditoriamente. E falar diferente do que diz a cartilha da mídia é crime hediondo.

Certa vez soube do caso de um travesti que não sei como (nem ele!) se apaixonou por uma amiga. A amizade evoluiu para a tesão e a tesão para os amassos. Dos amassos foram à mais avassaladora paixão. Ele não mudou seu visual travesti. A mulher não lhe exigiu isso e nem quis teorizar nada a respeito, só queria viver aquele momento. Lindo né? Para nós, que respeitamos a opção sexual dos outros mas não para a comunidade gay, que diz respeitar a opção sexual dos outros. O traveco quase apanha!!!! Foi maltratado, chamado de traidor e tudo o mais, acreditam? Teve que se explicar, acreditam?

Agora me digam: e aquele lance hipócrita das passeatas, do clamor pela liberdade, da celebração à diversidade? Tudo mentira deslavada! ELES SÃO HIPER PRECONCEITUOSOS! Ai do homo que resolve dar uma de hetero. Pior que religião.

(Continua. Agora tô cansada.)




segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pra descontrair

Clique na imagem para ampliá-la e poder ler as legendas


(rsrsrs)

sábado, 24 de outubro de 2009

Advogado pra quê?



Morra de "réiva":

Em Belém do Pará, recentemente, bandidos mataram um Policial Federal friamente. Foram presos. O caso foi parar (claro!) nas mãos de um certo Juiz. Os bandidos eram tão de merda mas tão de merda - ou tão de categoria mas tão de categoria (nem sei ao certo!) que confessaram tudo: "quando vi que era Polícia dei oito tiros..." Aí o Juiz deve ter raciocinado: "Já que é assim... podem ir embora né! Vão curtir o Círio! Não vão exagerar na maniçoba hein!"

Não havia elementos suficientes para mantê-lo preso. Faltou o quê? Arrancar a cabeça da vítima e fincá-la em um poste em praça pública com a inscrição "fui eu que matei - assinado..."?

Esse fato pode ser decomposto em algumas deduções interessantes:

1) Ninguém precisa mais de advogado nesse país.

As últimas safras de Magistrados em sua maioria são seres generosos por excelência e nem precisam de provocação de um defensor para "fazerem o bem". De si mesmos dão aquela "canetada Red Bull", a que dá asas ao bandido. Aí o monstrinho voltará sem susto aos seus afazeres de desfilhar e enviuvar - quem se importa? Esse negócio de papel pra cá, habeas corpus pra lá é uma chateação sem fim, um lero-lero desnecessário que só faz o bandido ter prejuízo. Daqui a pouco o Estado terá que indenizá-lo pelos dias parados.

2) Se um merdinha desse pode matar um trabalhador honesto, confessar e sair de cara limpa... eu também posso!

Acho que os direitos são iguais, não é? E a lição que recebi daqui da minha janelinha é a de que nem preciso fazer bem feito. Posso até confessar diante das câmeras que ainda assim "faltará elementos suficientes para me manter presa". Espero que minha família esteja segura porque se não estiver eu não tenho certeza de que assistirei impassível a "justiça" cagar assim na minha cabeça e no túmulo de um filho meu. (Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver, Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver, Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver, Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver, Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver.)

3) Se você fosse um policial e pegasse um bandido desse, levaria para a "justiça"?

Imagine-se na pele de um policial. Imagine que você tem a missão de encontrar os peçonhentos que mataram seu colega. Imagine que você e sua equipe trabalharam dias e dias para encontrar os assassinos. Imagine que vocês se arriscaram, que trabalharam sem muitos recursos, que perderam finais de semana, aniversário de filho, de amigos, que meteram a cara em invasão, foram ao inferno mas acharam os caras. Aí eles são presos. Eles confessam. Você sente aquele alívio do dever cumprido. Seus olhos se enchem de lágrimas quando lembra do colega, quando pensa em si mesmo e no mínimo de respeito que você acha que merece como cidadão e como profissional. Agora imagine o que sente quando sabe que os "anjinhos" foram soltos. Que vai cruzar na rua com eles, que eles até sorrirão para você e que você não pode olhar com a cara feia nem para ele nem para a elevadíssima autoridade que os devolveu sorridente ao seio da sociedade.

Repito a pergunta: se você fosse policial e viesse a prender o assassino de um amigo ou parente... aí você se lembrasse da pose do tal Juiz te olhando naquele julgamento como se o bandido fosse você.... Conta pra mim: vai dar vontade de colocar o assassinozinho em uma caixinha de presente e entregar para a justiça? Fala sério!

Mas é claaaaaaaaaro que você vai fazer isso! Todos confiamos na justiça! Estou só falando de hipóteses, vontades, situações imaginárias!

Vai que o tal Juiz leia isso! Homicídio de policial vá lá mas um texto desse... É bem capaz de ele acabar comigo! E me prender por uns trinta anos!

Obs.: Se esse texto sumir do blog ou se eu me retratar fiquem sabendo: o bicho pegou!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Saia justa


"Saia justa", jargão muito utilizado, designa uma situação socialmente desconfortável.

Às vezes os ventos da vida nos colocam em cenários assim, nos quais pensamos "como me saio dessa agora?" Tudo a ver com o termo porque é mesmo difícil despir-se de uma saia justa principalmente quando estamos com pressa. Como mulher sei muito bem disso.

Haja criatividade para escaparmos ilesos e com classe de certas situações delicadas...

As "saias justas" - no sentido social do termo" - costumam envolver outras pessoas, claro. E normalmente pessoas amigas. É assim: situações delicadas envolvendo pessoas amigas que não queremos melindrar. E nós no meio, tendo que gerir tudo. E uma platéia esperando que a gente diga uma frase infeliz, que faça um gesto de impaciência, um sorriso fora de hora, um olhar na direçaõ errada.

Existem manuais de boas maneiras excelentes dando dicas diversas para nos sairmos de situações difíceis com toda a classe. O problema é que esses manuais sempre partem do pré suposto de que tanto o lado de lá quanto o lado de cá é composto de pessoas finas ou um pelo menos com vontade de ser chiques. "Chiquinhas". Quem dera... Pode ser na "high society" mas não aqui no meu planeta.

Por que não fazem um manual de boas maneiras para pessoas mais ou menos educadas (tipo eu) se sairem razoavelmente bem das saias justas criadas por amigos também... digamos... você entende! É tudo o que peço a Deus!

Do quê estou falando? Vou dar um exemplo super hipotético só para você ter uma idéia: imagine que você esteja organizando um casamento. Todos sabem o tormento que é socar todos os que você ama em uma lista de 200 pessoas. Não dá. você, ingenuamente, presume que seus amigos conhecem esse tormento e não se sentirão apunhalados se não forem convidados, pois você NÃO assaltará um banco para dar festa para 500 pessoas. Se são amigos, compreenderão.

Sua tranquila certeza não dura dois dias. Você passa a ser cercado por um enxame de pessoas dia e noite, onde quer que vá, pedindo e implorando para ser convidado (pode?!!) para a sua festa. Você está sendo intimando a convidá-las.

Existe coisa mais desagradável e constrangedora na face da terra? Acho que não. Na minha opinião é uma das piores saias justas em que alguém pode ser metido.

Na verdade ninguém me mete numa situação assim. Minha facilidade para dizer não é quase patológica. Mas sofro com as pessoas que amo e que não sabem se sair dessa. Há os que ficam paralisados com o assédio daqueles que não sabem que isso é indelicado e de todos os modos, por todos os lados e de todos os jeitos inconveniente. Convidar-se para uma festa? Faça isso com um inimigo, para atormentá-lo. Jamais com um amigo. Aos amigos dê a paz - a paz de saber que com convite ou sem convite está tudo bem, que a amizade de vocês está acima de tudo, que você entende as dificuldades dele etc.

Agora a melhor parte deste texto: conselho para se sair dessa inconveniência. Minha teoria é: se uma pessoa passa a mão na sua bunda, ela te deu o direito de fazer o mesmo.

Traduzindo: se um amigo ou conhecido foi cara de pau o suficiente para pedir, ela te deu TODO o direito de ser cara de pau para negar. É ou não é?

Diga delicadamente "Poxa, eu receio que não vá ser possível! O número é limitado e já está completo. Sinto muuuuuito. Eu adoraria contar com a sua presença! Você não sabe o quanto lamento!" E você não estará mentindo porque certamente gostaria de ter consigo todos os seus amigos mas você não é descendente de Onassis. Há também outras possíveis respostas:

"Ah, você quer ir? Tá, vou verificar a disponibilidade dos convites e depois entro em contato com você." E vaze! Ou:

"Claro! Será um prazer! Mas preciso te esclarecer de um detalhe: por limitações financeiras nossas, a festa com jantar será apenas para a família. Aos demais amigos que desejarem participar será oferecido o convite sob a forma de ADESÃO, ao valor de 50,00 por pessoa (porque é esse o custo...) Você vai querer quantos mesmo?" (Para mim essa é a melhor saída depois do sonoro "não".)

Constanza Pascolatto ainda vai copiar isso.

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P.S.
Complementando...

Escrevi um texto posteriormente mas ele foi programado para ser lançado somente daqui a alguns dias. Como tem tudo a ver com este assunto não posso me furtar de adiantar alguns parágrafos que serão publicados brevemente. Veja:

"Claro que você leu meu texto Saia Justa, não é? Pois é o caso típico e faltou dizer que para se sair daquela saia justa hipotética mencionada, outra solução era justamente entregar o caso para um amigo (ou amiga) não muito "fofinho", ou seja: um antipático.

Você vai fazer uma festa e tem uma horda de gente se convidando, querendo um vácuo? Você não sabe mais o que fazer? "Me convida! Me convida! Me convida!"

E agora, quem poderá me ajudar?

Queridos e queridas, ninguém melhor para fazer o "trabalho sujo" (alguém tem que fazer o trabalho sujo!) do que o seu super amigo antipático! Aquele que não está nem aí para a opinião dos outros, aquele que corta caminho, que é prático, se dá, dá, se não dá, dane-se.
Você simplesmente diz para os pentelh - digo, amigos - que você está tão, mas tããaaao atarefado que incumbiu o Fulano de ficar com a lista de convidados:

"- Oh, ando tão estressado com os preparativos que tive que "terceirizar". Pedi então ajuda aos amigos. A lista de convidados por exemplo está a cargo do meu grande amigo Fulano. Fale com ele! Ele te consegue um convite coooom certeza!"

E saia de mansinho, rindo. Claro que o seu amigo troglodita, se estiver num dia bom, vai dizer no mínimo que "Não dá. Acabaram-se os convites." Se for pedida explicação: "Não vai dar para arrumar um convite para você porque a festa é só para as 200 pessoas mais chegadas. Desculpaê." Depois dessa, quem insiste?

Sempre tem quem insista mas seja lá quem for, vai se arrepender.

(Continua... Espere a publicação do texto completo)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

TDVL - Viva a segunda-feira!


Segunda-feira, eu vos saúdo!

O final de semana existe, teoricamente, para a gente descansar. Era pra ser. Só sei que estou cansada pra burro. Não parei um instante, fui emendando uma atividade na outra e no final das contas, mal via a hora de chegar a segunda feira.

Não acredito que estou dizendo isso!

Com mais uns dez finais de semana desses, seguidos, tenho uma estafa. E vem aí as festividades de final de ano com seu rosário de casamentos, formaturas, confraternizações, chás de panela, eventos com todo o tipo de cara e para todo o tipo de roupa. Dá um cansaço enorme só de pensar. Não dá pra pular dezembro? Peraí, estou falando de um simples finalzinho de semana de outubro.

Tive uma idéia: vou instituir (e registrar a idéia!) o TDVL - Trabalho Direto Voluntário Libertador . Pense comigo: vez por outra (segundo a SUA conveniência) você dá uma emendada, vai que vai direto a semana toda, entra no sábado, vara o domingo trabalhando. Tô falando sério. Não é ruim!

Escritório vazio, chefe a anos-luz de distância, o telefone não toca, a internet é rapidona, ninguém enchendo o saco nem cobrando nada, dá até pra tirar meleca! Pense! O serviço rende que é uma beleza. Você vai trabalhar de chinelinho, sem maquiagem e com rock pauleira como música ambiente. Que tal? Trabalhar em ritmo próprio, adiantar tudo e depois ter o resto da semana sem estress para resolver seus próprios assuntos, sair mais cedo, chegar mais tarde, almoçar até as três e meia, ir levando só na manha, sumir na quinta... Cara, o lance é esse!

Trec trec trec trec trec... tô pensando... Nossa, eu posso fazer isso de vez em quando só para variar, mudar o ritmo.

TDVL não é escravidão,
É a minha, é a sua
A nossa libertação!
Vamos lá! vamos lá!
Não sei quê não sei quê lá!
(Vou mandar confeccionar umas camisetas... Será que dá pra ganhar algum dinheiro com isso ou somente as futuras gerações reconhecerão o meu valor???)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Adianta?


Não sei o que é pior: se é não se enxergar ou enxergar-se muito bem mas não conseguir mudar nada.

Essa coisa de "se enxergar" é meio parecida com o lance de prever o futuro, já notou? Todos os filmes que já vi a respeito só mostram a aflição de quem prevê o futuro, se esfalfa tentando evitar a catástrofe para no final descobrir que foi tudo inútil. Se podia ser mudado, era um falso futuro e uma falsa percepção dele. Se não podia ser mudado (como nunca pode) então para quê prevê-lo? Só para ter agonias?

Pois é, meus defeitos não são futuros, mas presentes. Presentíssimos! Mas podem ser semelhantemente previstos. dolorosamente previstos. Olho impotente para cada um desses filhotes bastardos e disformes e não consigo fomatá-los. Prevejo situações, imagino a bosta que vai dar mas... acaba dando. Será que tudo o que me cabe é lamentar a situação depois de estabelecida e fincada na memória minha e dos outros?
Enxergo-me, logo sofro. Adianta?

Não seria melhor que o meu desconfiômetro não funcionasse? De que me serve essa vidência inútil? Quero meter o bedelho na catástrofe anunciada do meu temperamento indócil e não ficar eternamente enlutada, enlatada, entalada.

A culpa é desse furacão...

domingo, 18 de outubro de 2009

Dica da semana

O ponto "G" deles. Sério! Clique AQUI e descubra. depois "clique ali" e divirta-se.

sábado, 17 de outubro de 2009

Implicando com Paulo Coelho - Episódio "De bunda pra cima"


Sei lá, não achei profundo o ensinamento de 01.02.09 do Paulo Coelho. Esse rapaz... sei não.

Pense bem: ele começa falando o tempo todo em seguir em frente na vida. Avante! Seguir! Seguir na maravilhosa caravana da vida onde Deus nos colocou para buscarmos "o grande segredo da existência".

É pra ir indo, né? Ainda que não entenda nada? Certo, a vida é assim mesmo. Então tá. Deixa eu dar água pro meu camelo e ajeitar meus véus.

De repente soa uma trombeta!

Aê! Pára todo mundo! Páaaara! O grande mago ainda não terminou a explicação. Assentai-vos.

Eis que ele vos diz que "Mesmo no meio do deserto, é importante tentar descobrir as maravilhas enterradas na areia”.

Cumé? Mas não era pra seguir em frente buscando "o grande mistério"? Lembrei até daquela música do Olodum:

"Não sei se vou ou se fico
Não sei se vou ou se fico...

Hare,
hare, krishna ..."

Na dúvida prefiro seguir em frente. Já até calcei as Havaianas! Não consigo me imaginar no meio do deserto, a caravana seguindo e eu de bunda pra cima cavando a areia seca. Ah não.

Você já tentou cavar na areia? Cara, é trabalho ingrato. Tente. Areia fina, você não passa de dois palmos porque tudo o que você tirou do quase buraco volta teimosamente para lá.

Olha Grande Mago Paulo, vai cavando aí, adianta o serviço e se você encontrar alguma coisa me passa depois um e-amail avisando, certo?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tô fazendo a minha parte

Quem possui um espaço virtual como esse, que alcança milhões (!) tem também o dever moral de mostrar aos seus leitores o caminho da felicidade. Se não quiserem seguir todos os passos (e quem quer?) problema de cada um - já tirei o meu da reta.

Cheque aí. Se você fizer tudo certinho será a pessoa mais bem sucedida do ... quarteirão, pelo menos.

Dei uma conferida em meus atos. Estou... digamos assim... mais ou menos. Só não forneço números exatos porque pode ser que você esteja em condições piores que a minha eu e não quero desestimular ninguém. Afinal sou um espírito evoluído e pessoas de espírito evoluído não curtem a derrota alheia por mais que isso seja realmente divertido (hehehe).

Boa sorte. Sugiro que você comece a maratona de desenvolvimento interior na segunda feira, junto com a sua dieta e a academia, que você vai passar a frequentar.



terça-feira, 13 de outubro de 2009

Idéia micada


Acho que o conselho de aproveitar a vida ao máximo é, em si, uma idéia micada. Nasceu pra dar errado.

Estou pensando nisso hoje. Amanhã sabe Deus, mas hoje isso faz todo o sentido debaixo dos caracóis dos meus cabelos.

Pense bem: a ânsia traz em si todo o veneno que mata o prazer. Traz implícita a sensação incômoda e dispensável de que o tempo está passando, a vida está correndo e ai Jesus! Azeda tudo.

Sexta feira. As horas passam e você ainda não conseguiu uma resposta objetiva daqueles malas do escritório. Vai ou não vai rolar o happy hour? E onde? Oito horas da noite e não deu certo. Você vai se encontrar com outra turma. Não acha o endereço. Acha mas não tem estacionamento.
Essas coisas seriam tolices mas ficam enormes quando temos atrás de nós aquela voz insuportável dizendo que temos que aproveitar. A sexta feira está acabando, o sábado não promete nada e domingo é uma ameaça de segunda-feira.

O namoro não decola, a viagem não deu certo. Em um mundo onde a palavra "adiar" soa como blasfêmia fica difícil "aproveitar a vida" porque o que não pode ser adiado está sendo imposto e nada imposto é desfrutável.

Ao invés de "ter que que aproveitar" não daria pra ir vivendo assim, na manha? Ir levando sabendo que ainda temos muitos sóis, muitas luas, muitas águas para passar debaixo da ponte? E se não tiver nesse mundo, tem no outro. Se não tiver no outro você jamais ficará sabendo (he he he) mas tem sim, eu juro.

Legal é viver a eternidade da ignorância como o pato, a lesma (como já disse o Veríssimo). Eles vão morrer mas não fazem idéia, por esse motivo não tem infarto nem depressão (que eu saiba). Pelo menos os consultórios estão vazios de patos e lesmas.

Penso que o primeiro passo para aproveitar realmente a vida é desistir de aproveitar a vida.

Quem enche o saco da vida querendo aproveitá-la é boicotado por ela mesma, sem clemência. Isso é tão certo quanto a contagem de chopes será errada.

Acho que essa é a minha frase do dia.

Certamente é por isso que Jesus disse que quem quisesse ganhar a vida ia acabar por perde-la e quem desistisse de correr atrás iria ter a grata surpresa de encontrá-la.

Eis finda a postagem de hoje.

domingo, 11 de outubro de 2009

Você é filho do Edir Macedo?

Todo mundo tem uma opinião sobre o Edir Macedo. Também tenho mas não interessa no momento porque não tem graça escrever o que todo mundo escreve. Detonar o cara, dizer cobras e lagartos... Não acrescenta nada a você,nem a ele nem a mim.

Quero falar sobre as pessoas que falam dele e sobre as motivações delas. Por quê elas tem tanta raiva dele? Já andei me perguntando. Depois perguntei para as revoltadas. Elas responderam que odeiam ele porque ele engana as pessoas em nome de Deus. Leva as pessoas a lhe darem dinheiro usando para isso o nome do Senhor.

Cara, isso me intrigou e muito.

Primeiro porque a maioria dessas pessoas que odeiam o Edir Macedo estão se lixando tanto para Deus quanto para os supostos manés que dão dinheiro para o Edir. Não oram, não acreditam na Bíblia, não vão a nenhuma igreja. Então por quê acreditar que ele esteja desrespeitando algo sagrado? Se achassem que se trata de algo realmente sagrado porque essa pessoa não seria uma devota? Uma profunda religiosa? Uma religiosa meia-boca pelo menos? Ora, se está pouco se lixando para Deus, para as leis de Deus, para a Bíblia, para os mandamentos, porque criticar o Edir Macedo que está pouco se lixando também? Deveria era congratular-se com ele!

Segundo: "arrancar dinheiro" ele não arranca de ninguém. Quem arranca dinheiro da gente é ladrão e governo; ladrão eventualmente e governo todo o santo dia - valha-me Deus.

Terceiro: se convencer os outros a lhe entregar dinheiro sob um falso argumento é uma coisa feia - E É - saibam: ele não é o único. As indústrias da prostituição e da bebida fazem isso com maestria dia e noite, noite e dia sem parar, desgraçam famílias inteiras e ninguém fica com raivinha dos que enriquecem com isso. Tampouco se aborrecem com as atrizes gostosas que fazem publicidade para essas empresas. Nem ficam com pena dos pobrezinhos que foram convencidos por elas e se tornaram alcoolatras.
Então ninguém, mas ninguém mesmo está com peninha do povo enganado, sejamos sinceros. "Ira santa" é um sentimento que passou longe da discussão aqui. Em nossa sociedade faz-se arrojadas campanhas para mostrar todo um estilo de vida mentiroso e fantasioso objetivando a vendar de álcool, sexo e tabaco (este último até pouco tempo atrás). Daí entra fortuna para a mão de umas poucas pessoas, milhões se lascam e ninguém liga. Quem paga por isso não são apenas pessoas ricas, mas pobres também e frequentemente dão bem mais do que o dízimo. E não venham me dizer que não foram seduzidas. Foram sim, e por meios muito mais sofisticados do que um pastor gritando no púlpito.

Você me diria: mas pelo menos elas estão se divertindo!

a) Elas (e nós e todo mundo) após serem submetidas a uma lavagem cerebral feita pela mídia desde que nasceram, assistindo na tv a "explicação" (imposição) de o que é e o que não é diversão (segundo a conveniência de quem vende diversão) estão debaixo de uma fortíssima pressão social para querer segundo eles querem que elas queiram e pensar que "diversão" é aquilo que eles dizem que e diversão; e "aproveitar a vida" é exatamente daquele jeitinho que se vê no comercial e na novela. Agora experimente agir diferente e veja o que seus "amigos" vão dizer de você. Sinta o peso da pressão social. Você não é tão livre quanto pensa que é. Tá tudo dominado. A galera da contra-cultura de repente é mais cabeça... Pelo menos ousa ser diferente...

b) E quem disse que o pessoal do Edir, naqueles cultos estranhos, não está se divertindo? É apenas uma forma diferente de fugir da realidade. Claro que tem gente que acha mais divertido destruir a cartilagem do nariz mas isso é uma questão de gosto. Há também os que gostam de samba, os que adoram beber até cair e no outro dia acordar imprestável sendo xingado pela mulher e ainda acha liiiindo contar isso para os colegas de trabalho. Há muitos que se divertem mais "queimando pacificamente a rosca" mas tem a turma do contrário: acham o máximo sair para um baile funk e no final quebrar a cara dos outros e sair todo quebrado.
O fato é que há gosto pra tudo! Para alguns é incompreensível pagar para passar a noite toda em uma boate fedendo a cigarro, ouvindo tum-tum-tum até enlouquecer, não conseguir conversar com ninguém e retornar para casa exausto. Milhões chamam isso de diversão. Outros curtem loucamente os cultos da Igreja Universal!
Detalhe: em NENHUM desses eventos a pessoa vai sem gastar dinheiro. Se você ficar em casa sozinho de luz apagada, ainda assim estará gastando dinheiro, pelo menos do aluguel. Pelo menos do IPTU.

Quer saber? Acho que no fundo no fundo o pessoal tem mesmo é inveja dele. A mesma inveja indecente que sentem pelos políticos, do tipo: odeio esse cara porque não tive a sacada que ele teve ou não consigo ter a mesma cara de pau mas se eu tivesse ou tivesse chance, faria o mesmo. Inveja. Ninguém está nem aí pra Deus nem está nem aí para o povo. Sabe porquê também? Por mais essa:

Todas as vezes que você constrange alguém que te ama a te dar alguma coisa em nome do amor que essa pessoa sente por você, você está agindo igualzinho ao Edir Macedo: está mercadejando o amor. Porque Deus é Amor. É como estar usando Deus para conseguir bens materiais. Igualzinho.

Uma mulher que usa o amor de um homem para arrancar dele coisas, é filha do Edir Macedo. Um filho interesseiro que constrange e faz chantagem emocional com os pais e se utiliza friamente desse amor para pegar grana, carro, vídeo-game, é cria do Edir Macedo. Todo mundo que tira vantagem de outro por causa do amor que aquela pessoa lhe dedica, é discípulo do Edir Macedo ainda que nunca tenha pisado numa Igreja Universal porque Deus é amor e constranger o amor por dinheiro dá nisso que todo mundo diz que tem raiva.

Mas me diga aqui baixinho: sinceramente você tem raiva? Mas tem raiva mesmo?

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Caiu na rede...


Não sou má pessoa! Eu não cometeria esse ato de violência!

Dois jovens. Todo um futuro pela frente. Agora apenas uma família atônita e uma mãe-peixa lamentando para o resto da vida.

Dois irmãos. Iam tranquilos jogar a bolinha de sábado a tarde. Conversavam amenidades. Falavam nas enormes guelras da filha da vizinha e como ela parecia querer ostentá-las. Riam e faziam planos para o outro final de semana.

A coisa mais linda é ver dois irmãos unidos e saudáveis. Eram parecidos sim, porque todos os peixes o são, mas esses eram mais porque tinham enormes afinidades. A única diferença entre os dois era que o mais novo era tão impulsivo! Gostava de novidades, gostava de arriscar, adorava experimentar novos caminhos, aventuras. O mais velho preferia o previsível e seguro e por isso, apenas por isso, as vezes discutiam.

Para diminuir essa pequeníssima diferença é que a vida de ambos foi lamentavelmente encurtada. O mais velho disse não, não vamos. Por que não seguir pelo caminho de sempre, testado e aprovado pelos cardumes conhecidos, pelos nossos pais, tios e primos? Mas não, o novinho queria novidades, outras paisagens, queria chegar mais perto do "céu da água", queria ver novas peixinhas, queria tudo, tudo de uma vez porque se sentia feliz, ágil e cheio de vigor. Foram.

Cairam na rede. Eram peixes.

Hoje poderiam estar em uma faculdade. Poderiam estar casados ou pelos menos borbulhantemente apaixonados. Tinham uma linda vida pela frente e muito tempo ainda antes que o dourado de seus corpitchos desbotasse. Quem diria... Terminar na flor da idade assim, só cabeça e espinho...

Comi. com um dó que vocês nem podem imaginar; quase choro. Pobres maparás... Mas não deixa de ser belo pensar que agora a valentia, juventude e amizade deles correrá em meu sangue. Acho até que estou sentindo um coiso diferente. Tô mais esperta. Deu até uma vontade de nadar! Mas os sonhos deles, aqueles lindos sonhos ... esses se perderão para sempre. Não consigo sonhar como peixe.

Nossa, estou bem alimentada. Pelo menos garanto que esses jovens não morreram em vão. Acho que eu sou uma boa causa.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Cadê o índio?



Saibam vocês que "Uma pesquisa realizada pela Universidade Católica de Brasília confirmou cientificamente o que se sabia empiricamente (eu não!): Segundo o estudo realizado pela universidade e publicado "American Journal of Human Biology", 80% da herança genética brasileira tem ascendência europeia. A avaliação feita nas cinco regiões do país mostrou variação apenas na região sul onde o índice chega a 90%." (Jornal web - Brasil)

Eu hein! E pra onde foi aquele monte de índio? Só 20%? Não acredito nesse estudo. Gente, pensa bem: a indiarada, como bem sabemos, trepou a torto e a direito com a branquelada européia e também curtiu adoidado com os negros e agora eles vem me dizer que só sobrou 20% do sanguinho nativo? Ah, faz essa conta direito!

E não adianta dizer, segundo a reportagem, que "cor da pele não tem nada a ver". Como não tem? claro que tem! Como é que estamos encharcados de Europa e o que menos temos aqui é branco? Como é que isso aqui tava cheinho de índios e agora vocês vem me dizer que jogaram tudo fora? Tá, morreram muitos mas cara, se tivéssemos sido invadidos por tantos brancos assim não era para termos outra aparência? Tudo bem, vieram muitos negros também, mas tantos assim? Façamos de conta que vieram três vezes mais negros do que brancos. tá. Mesmo assim o resultado da pesquisa não bate; porque não dizem que nossa ascendência é 80% africana, não européia?

Contem essa história direito! Alguém está querendo jogar fora nossos índios. Não que eu tenha especial paixão por eles. Também não tenho pelos negros. Nem pelos brancos, se você quer saber. Para mim é tudo farinha do mesmo saco. Não há vantagem em trocar um ser humano pelo outro porque o resultado será sempre igual.

Tá, tá, falta-me argumento empolado-científico para discutir. Mas discuto. Porque quem joga no ventilador uma notícia dessa deveria explicar melhor, pra não acabar ficando assim, uma coisa com cara de história mal contada.

Não acredito e pronto. Tem gente mais culta do que eu que não acredita até hoje que o homem foi à lua! Falta de fé é um direito de todos.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Oscar Arias


Acho que já está na hora de parar de falar que o Brasil não deu certo porque fomos colonizados por bandidos vindos de Portugal ou porque éramos explorados, porque índio é tudo preguiçoso opu outras desculpas esfarrapadas do gênero. Tá na hora de parar para pensar melhor.

Leia as palavras do Presidente Oscar Arias, da Costa Rica, proferida na forma de discurso na presença de Lula e demais presidentes latino-americanos, incluídos o "manequim" do Equador e o caloteiro Corrêa, abaixo nominalmente citado, na Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, 18 de abril de 2009.

"ALGO HICIMOS MAL"

"Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latino-americanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas.

Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros.
Não creio que isso seja de todo justo.

Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes de que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país.

Não podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres.

Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão: Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta. Certamente perdemos a oportunidade.

Há também uma diferença muito grande. Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos.

Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal.
Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coréia do Sul.
Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura em questão de 35 a 40 anos é um país com $40.000 de renda anual por habitante.

Bem, algo nós fizemos mal, os latino-americanos. Que fizemos errado? Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos. Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos. Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, similar a dos europeus.

De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um termina esse nível secundário. Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10.
Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, exceto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países.

Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos.

Em 1950, cada cidadão norte-americano era quatro vezes mais rico que um cidadão latino-americano. Hoje em dia, um cidadão norte-americano é 10, 15 ou 20 vezes mais rico que um latino-americano. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa.

No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado. Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de $2 por dia" e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas e soldados.

*Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50.000* milhões em armas e soldados. Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo?


Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo; é que não gastamos na saúde de nosso povo; que não criamos a infra-estruturar necessária, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente; é a desigualdade que temos que nos envergonhar realmente; é produto, entre muitas outras coisas, certamente,
de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas. Vá alguém a uma universidade latino-americana e parece no entanto que estamos nos anos sessenta, setenta ou oitenta.

Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadêmicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o século XXI é um século dos asiáticos não dos latino-americanos. E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, socialcristianismo...) os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o *pragmatismo*.

Para só citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a Coréia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus próprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha:

"Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro, só o que me interessa é que cace ratos".

E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando disse que "a verdade é que enriquecer é glorioso".

E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13%, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo atrás.

A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos. Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos. Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer.


Muchas gracias."

domingo, 4 de outubro de 2009

Mais essa agora!



Saiu no globo.com (01/10/09 - 15h27) que "Mestre-sala da Unidos da Tijuca é suspeito de agredir porta-bandeira. Soco nas costas aconteceu após discussão, diz polícia. Ele será intimado a prestar esclarecimentos..."



Caraca! Vãos destruir mais essa figura do meu imaginário?


Sempre adorei ver o mestre-sala e a porta-bandeira fazedo aquelas evoluções, aquelas mesuras um para o outro. Sempre achei uma coisa linda, de singular elegância e charme, com uma afetação que lembrava (como se eu tivesse vivido!) a época da escravatura no Brasil Imperial, quando os escravos, por algum motivo, brincavam de senhor e senhora e exageravam nos gestos. O encanto residia também no fato de serem negros, estarem magnificamente vestidos, com o queixo esguido. A moça altiva com pose de rainha exigindo que o rapaz lhe devotasse todas as cortesias que sua juventude e beleza bem mereciam. Ele, vivaz e sedutor, sabia ser sensual sem jamais ultrapassar o limite da vulgaridade. Sapatos limpos, impecáveis, sorriso muito braco e os olhos pregados em seu rosto como se ela fosse uma deusa talhada em ônix, como se a adorasse e a quisesse mais que tudo. Aí vem um mestre-sala f.d.p e chuta a porta-bandeira! Lasca com tudo, acaba com toda a pose da escravatura vestida de realeza. Não, a escravatura que alcançou a realeza!



Nesse ponto sou arrancada das fantasias do passado e remetida via bofetão para o aqui-agora da falta de educação, do marido que bate em mulher, das mulheres-jararacas que dão unhada nas caras dos maridos, nos filhos berrando diante da cena, nas blusas rasgadas, nos dentes cariados cravados de casca de feijão, cuspindo farofa - a farofa do almoço que foi o pivô de toda a discução. Aí me vem, voando pela mente, o chinelo que rebentou no meio da briga e da avenida e a angústia de saber que naquela noite o homem não volta pra casa, mas vai gastar todinho o dinheiro do aluguel em cachaça. Vidinha fuleira, viu!



Certas notícias sacaneiam com a gente, te juro. Tenho em meu cérebro minhas imagens de estimação e senti-me igualmente chutada ao mancharem em minha mente aquela porta-bandeira que eu queria ser. Confesso: sempre me vi faceira e altiva sendo cortejada por um mestre-sala ágil, jovem, sorridente e solícito. Vocês não acham que eu dou para isso? Diz que sim! Diz que sim!!!!!



Vai dar um trabalhinho arrumar novamente tudo na gaveta da minha cabeça. Vocês sabem que meu cérebro é meio complicada, né?



Vou pesquisar. Acho que nisso cabe indenização.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Perdas & Perdas


Há coisas que a gente perde e sabe que perdeu, tem plena consciência. Lamenta, fica olhando foto e chora de vez em quando (ou não).

Há vários tipos de perdas: as anunciadas e as repentinas. As repentinas dividem-se em violentas e as "ploft", que nada mais são do que aquelas que se acabam porque tinham que acabar mas não geram grande alarde ou estupefação, como o final de um sanduiche, a partida de um conhecido sem grandes vínculos emocionais conosco ou o final de uma Havaiana.

Acho que a perda "mais pior", mas a "mais pior de ruim mesmo" é aquela que a gente demora a se dar conta de que aconteceu. Aquela que passam-se dias, meses, até anos e de repente olhamos para trás e notamos que empobrecemos em algo que nos era tão caro. A gente tenta desesperadamente lembrar quando foi pelo menos para colocar a memória de luto, mas não consegue!

Perdas... Perdas... A perda da juventude é parecida com isso mas não é exatamente assim. A gente nunca sabe onde ou quando deixou de ser jovem mas sabe com toda a certeza que está deixando de ser todo o santo dia. E ao contrário do que os jovens pensam, isso não nos poupa do susto no espelho no meio de alguma madrugada mal dormida. Mas repito que essa perda é diferente por ser exaustivamente anunciada.

A perda da alegria de viver, essa sim se encaixa de forma perfeita fatal no exemplo dado.

Um dia é outono nos olhos e nenhum pássaro é gracioso o suficiente. Um dia nada parece mais idiota do que ficar todo molhado na chuva e sair correndo de braços abertos. Um dia não há sentido algum em fazer esforço para pegar um caju em uma árvore e ralar o joelho; pior ainda se for para ficar lá em cima se equilibrando para come-lo sem lavá-lo antes, tendo o sumo da fruta a escorrer pelo braço, cotovelo, observá-lo brilhar rapidamente nos últimos raios do sol da tarde e por fim enfiar-se na terra em câmera lenta. Qual o motivo lógico para manter-se no cajueiro com o olhar perdido entre as folhas observando os primos brincarem no quintal e imaginar qual peça lhes pregar? Um dia o colo do pai não é mais o lugar mais seguro do mundo nem o da mãe o mais macio e confortável e todas as verdades que ela disser podem ser derrubadas ao menor argumento. Um dia não há mais paciência para ouvir a mesma música, os filmes não emocionam, as festinham ficaramm chatas e previsíveis e os amigos, repetitivos. Um dia a gente descobre que o mundo não mudou. Nossos olhos é que ficaram cinzentos e a alegria de viver desvaneceu. Não saberíamos dizem como, em qual momento, devido a quê. Grande perda. Talvez a maior delas.

Pra você ver... Tudo isso só porque eu li um artigo dizendo que hoje em dia perdemos uma coisinha de nada: perdemos a exclusividade da atenção das pessoas. Atenção exclusiva é artigo de luxo. Já notou que durante uma conversa com um amigo ele fatalmente dará paradinhas para atender (ou desligar ou colocar no silencioso) o celular ou lendo uma mensagem rapidinho, anotando alguma coisa, fazendo um sinal para alguém que passa ("amanhã eu te ligo!") e você terá que relevar? Você, por exemplo, já deve ter interrompido umas três vezes pelo menos a leitura deste texto.

Que tal mais essa perda? Doeu em você ou no meio de tantas outras essa é fichinha?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Alma gêmea


Você é romântico? Está sozinho no momento? Sonha em conhecer alguém pra algo do tipo balões coloridos, flores, pássaros, música ao fundo, vento nos cabelos, cama macia, lençóis de cetim branco, rosas vermelhas, palpitações e arrepio na espinha?

Que fofo! A internet é o seu lugar.

Pela quatidade de sites que nos oferecem Alma Gêmea aos desavisados, chego a pensar que isso aqui virou um enorme cemitério ou quem sabe um centro espírita: é alma pra todo o lado. Quem tem medo de fantasma não deveria nem acessar porque é só clicar que a alma aparece sorridente e grudenta, louquinha para dar amor e não desgrudar nunca mais.

(Nossa, aquelas mãos friiias!)


Entre em qualquer portal e você se sentirá cruzando uma espécie de Portal da Eternidade Virtual.

Sim, a internet é um enorme centro espírita oferecendo almas faceiras para todo o espírito solitário. Ninguém te quer? Venha. Não tem paciência para as demoras da paquera? Venha. Não aguenta o puxa-encolhe do jogo de sedução? Venha. Cansou do suplício de esperar o telefonema do dia seguinte? Venha que tem um espírito desencarnado parecido com o seu lhe esperando refulgente do outro lado da tela.

Parecido com o seu... e com o meu! Claro, por isso chamam de "Alma Gêmea!!" Gente, por que cargas d'água eu iria querer alguém tipo eu, mas com pinto? Cruz-credo!

Sabe, pensei bem a respeito e cheguei a uma decisão: anuncio em caráter oficial que não aceito nenhum gaiato me oferecendo um encosto desse tipo. Sai pra lá! Me diga: para quê eu vou querer alguém à minha imagem e semelhança?

Pra começar não quero dividir o armário (menos ainda o quarto) com ninguém que tenha a mesma quantidade de cacarecos que eu. Também não quero uma alma gêmea desconfiada. Nem que deixe cabelos espalhados pelo apartamento. Não posso suportar alguém com os meus defeitos, entende? Pra quê me serve alguém cheio de defesas? Melhor uma alma-órfã que se entregue ao amor de peito aberto e sem reservas. Essa eu acolho sorridente. Uma alminha simples e sem neuras... Ah: também não quero uma outra sensível demais, falante, com variações de humor e com medo de barata, perereca e demais seres estranhos que Deus criou não sei pra quê. Prefiro um espírito mais ralinho e agradável, de bem com a vida. Uma alma de isopor e que não escreva poemas. E se escrever, que não me peça para os ler. E mais: terapia tá caro! Se tiver que pagar pra mais um, terei que abrir mão do salão de beleza!

Cara, só me aguento porque não posso me livrar de mim mesma! Ainda me oferecem o tempo todo outra Cristina e falando grosso! Quem disse que isso seria uma boa idéia?

Senhor, livrai-me de uma alma gêmea que tenha ciúme das suas coisas, que queira ouvir música em silêncio, que argumente à exaustão. Posso ser castigada de outras formas pelos possíveis males que eu tenha causado ao meu próximo. Aceito prestação de serviço à comunidade ou o tal regime "fechado-mas-semi-aberto-arreganhado" com o qual a Justiça "pune" Políticos & Associados mas alma gêmea é demais para mim. Esse lance de Alma Gêmea é muito sinistro. Vinde a mim as Almas Órfãs, simpáticas e descomplicadas. Posso cuidar delas e até acender velas - perfumadas!

Só para reforçar: a metade da laranja eu também não quero, tá? Deve ter gente mais carente por aí.