segunda-feira, 30 de maio de 2011

Seremos todos condenados



Li um dia desses que, possivelmente, as futuras gerações iriam nos condenar. Embora pareça obvio, fiquei magoada assim mesmo ao pensar em todos os  bebezinhos de hoje transformados em marmanjos julgadores apontando o dedo contra nós, frágeis velhinhos. Logo nós, que até tomamos banho mais rápido só para deixar água para eles no futuro! Nós, que fomos obrigados a abrir mão de comer baby beef para dar o exemplo, tiramos do cardápio as mussuãs, voltamos a lavar copos para não poluir  com descartáveis. Nossa, muita renúncia! E eles ainda vão nos condenar no futuro. Bebês ingratos.

E por quê haveríamos de ser condenados por eles, você perguntaria?  Primeiro por um motivo óbvio: todo mundo gosta de criticar os mais velhos.  Outro motivo é que como algumas coisas consideradas normais ontem são consideradas absurdas hoje, esse fenômero tende a se repetir.  Antigamente era muito bem aceito possuir escravos porque nem alma eles tinham! Hoje, ter escravos sem carteira assinada é considerado um horror.  Marido bater na mulher não era nenhum absurdo antigamente. Hoje isso não é mais aceito - embora a Justiça tolere bem a mulher bater no marido.  Antigamente era normal os pais baterem nos filhos. Hoje evoluímos: só os filhos é que podem bater nos pais.

Tem mais:  hoje ninguém mais deforma os  próprios pés  como as chinesas de séculos atrás. Hoje ninguém mais deforma os pés, só o rosto, mas aí tudo bem.

Tudo muda e a humanidade segue sempre em frente. São dois passos pra frente e um pra trás, mas um dia a gente chega lá. (Lá onde mesmo?)

Mas sim: o quê fazemos hoje que vai ser considerado absurdo amanhã?  Tenho minha própria lista de palpites:

1-  Não será mais tolerado que uma única pessoa ocupe espaço utilizando um veículo onde caberia um monte de gente. Nossos bisnetos vão nos detonar quando descobrirem que fazíamos isso e ainda reclamávamos do trânsito. No futuro ninguém poderá desfilar com um monstrengo sem ser apedrejado por raio laser.  Carro para um será carro para um, pequenininhos, no formato de simpaticos supositórios.  Mas em um futuro mais distante ainda, acredito que vão abolir de vez os transportes particulares.

2- Embalagens de uso único? Nem sonhar! Como sou uma mulher  à  frente do meu tempo, já olho com desaprovação essa coisa de refrigerante, desodorante, sucos em caixinha, biscoitos, tudo com embalagem descartável. Tá errado.  Futuras gerações vão nos crucificar. Quer comprar biscoito? Leve sua vasilha e compre por peso. Quer refrigerante? A mesma coisa. E suco e tudo o mais: feijão, açúcar, até desodorante.  Vamos voltar ao tempo das tabernas (não cavernas!).

3-   Com a multiplicação da população das mulheres modificadas, vamos chegar a um ponto de esgotamento. Os homens, enjoados da perfeição artificial,  vão morrer de tesão por mulher com peito caído, bunda murcha e ruguinhas. Assim como hoje as chinesas dos pés modificados são só as velhinhas que sobraram,  no futuro só as velhinhas que sobraram vão ser siliconadas, lipadas, botocadas e espichadas. As fotos nossas delas causarão espanto nas crianças.

4- Todos os nossos costumes em termo de política serão execrados. Vão criar um sistema mais justo e inteligente e vão rir muito da gente com nossas campanhas ridiculamente mentirosas custando fortunas. Nossa passividade é flagrantemente prova de atraso.


5- Ficar 10 horas praticamente imobilizado em uma aeronave viajando em condições angustiantes e aflitivas? Um dia nossas aeronaves de hoje serão vistas como navios negreiros. Nossos bisnetos ficarão penalizados quando descobrirem como eram os vôos da Gol. Vão chorar - ou rir - da mesma forma que nós, quando quando vemos aquelas gravuras antigas mostrando o pessoal do passado sendo transportado em redes penduradas em varais carregados por escravos.

6-   Nossos bisnetos vão condenas os pais de hoje, que se deixam manipular por seus filhotes.  Lá no futuro vão ensinar nas aulas de historia que a ditadura dos pais resultou anos depois na ditadura dos filhos mas só agora (no futuro) eles conseguiram chegar a um meio termo aceitável.  Mas que os jovens e vão rir das nossas aflições vão, quando os professores contarem, a guisa de exemplo, que antigamente era comum um pirralho sem o menor juízo determinar o horário que seus pais podiam dormir ou  determinar se os pais podiam ou não sair sozinhos (sem eles) a noite.

7- Só não vão rir das nossas superstições. Seremos louvados!  Assim como nós, babacas, nos encantamos com pirâmides, duendes, livros de bruxas, amuletos e outras velharias que eram valorizadas hà milênios, as futuras gerações olharão com reverência os pés de coelho de hoje.   Digo isso porque observando a nossa própria história dá pra concluir que no quesito "crendice" e "mistério", a tendência é não evoluirmos nunca.

domingo, 29 de maio de 2011

O homem e os outros animais

"O Homem só se distanciou do resto dos animais, dominou a Natureza e adquiriu tecnologia, criou arte, constituiu a civilização porque tinha mãos. E, nelas, um polegar oponente. Não foi graças ao cérebro. Bem pelo contrário: o cérebro só se desenvolveu depois que as mãos passaram a segurar e até fabricar instrumentos, meio que instintivamente, como inclusive o fazem alguns símios e várias outras espécies de animais.A partir de então, os estímulos neurológicos, cada vez mais complexos, passaram a exigir um maior desenvolvimento cerebral.Implante-se um cérebro humano em um cavalo e ele não poderá construir coisa alguma com seus cascos..."

Yoga Hall
(Texto copiado do site http://yogahall.zip.net/)

sábado, 28 de maio de 2011

Flor do Destino - Nilson Chaves

Amo essa música.




"Te amei assim como água de chuva
Que vai penetrando pra dentro do mundo
Te bebi assim como poço de rua
Que eu olhava dentro mas não via o fundo..."

Como pode uma Joelma ser mais conhecida do que Nilson Chaves? Esse mundo está louco mesmo...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A Danuza Leão é assim

Me dou super bem com a Danuza. Sabe, a jornalista.

A Danuza é assim:  uma mulher muito prática, elegante. Não é lá muito falante mas aprecia uma boa conversa. Não impõe assuntos mas quando é provocada desfia lentamente aquele novelo azul de lembranças deliciosas, falando de acontecimentos e épocas que a gente adoraria ter degustado mas acabou ficando de fora. Aí a gente ouve, ouve... entre um biscoitinho e outro. Sabe, ela vai contado e sentindo se a gente quer ouvir mais. Geralmente quer. E geralmente ela não conta tudo.

A Danuza gosta de chá, sapatos confortáveis e pessoas discretas. Possui umas economias que garantem esse sossego chique que a gente conhece. Ela as vezes até que fala de seus amores mas guarda consigo uns dois ou três nomes secretos que não confidencia nem pra Deus.

Se não a conhece é possível que numa primeira impressão você a considere fria, desinteressada por sua amizade. Esnobe talvez. Mas vou logo avisando: ela fica cha-te-a-da quando lhe dizem isso. Mas cá entre nós, sem maldade: às vezes ela se põe meio distante mesmo e acaba conseguindo fazer com que uma pessoa se sinta invisível ao seu lado. Mas isso não acontece sempre! E nunca com os conhecidos. 

Ela é gentil embora use às vezes de uma gentileza meio distante. Acho que ela não acredita muito que a vida vá lhe brindar com amigos mais satisfatórios do que os que já tem. É um certo apego ao passado que a faz ser tudo para os que já ama e pouco para os que vem depois. Você vem depois.

Seus amigos a tratam com mimo (ainda se usa essa gíria?). Suas amigas são irmãs. Os segredos de todo mundo ela guarda junto com cartas, fotos e outros objetos cheios de significado. Pois é, quando Danuza ama, ama mesmo.

Quando a conheci foi a muito tempo atrás, muito por acaso, em um fim de tarde no Bloomingdales. Eu estava empolgadíssima com as vitrines enquanto ela parecia distraída e um tanto blasé, acompanhando uma amiga. Foi nessa ocasião, em uma conversinha fortuita, que ela me ensinou como usar uma pashmina que cismei de comprar...

Mentira. Tudo mentira. Nunca vi Danuza Leão nem pelas costas. É mais fácil um raio me decompor em cores do que ela se dar conta da minha existência ou ler um dos meus textos. 

Não tem problema. Não me importo se ela não lembra das tardes em que não estivemos juntas tomando chá e falando de namorado. Ela ainda não sabe, mas a gente é amiga pra caramba.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Criaturas desprezíveis


Vagando pelo mundo virtual dei de cara com esse texto legal do Bêbado Gonzo, que fala sobre pessoas detestáveis, das quais é melhor manter distância. Eu li, achei interessante e resolvi fazer minha própria listinha. Na verdade o que apresento abaixo é só um couvert porque a lista é grande.

1)  O MALDOSO - Quero distância do sujeito MALDOSO. Se existem duas maneiras de interpretar o que você fez ou o que você disse, o maldoso sempre interpreta da forma mais suja, nefasta e prejudicial à sua imagem. E depois compartilha sua opinião com todo mundo.

2) O SUPERSENSÍVEL - Sensibilidade é uma virtude, mas transformar-se em refém da sensibilidade alheia não é nada agradável. Para não magoar, você é obrigado a ir onde não quer, comer o que não gosta, dizer o que não sente, mostrar um estado de espírito que não é o seu e tratar como amigão alguém que não tem nada a ver com você. Só há um antídoto contra o ultrasensível: é o troglodita. Se você não é um troglodita, afaste-se do "floquinho de neve" ou você vai para nas mãos de um terapeuta por conta de um sentimento de culpa crônico. Ao lado do supersensível, o seu destino é viver de joelhos pedindo desculpas.

3) O TROGLODITA - O troglodita tem um lado bom: não está nem aí para as suas grosseria. Fique a vontade porque nada o atinge. Mas ele tem um lado ruim: não está nem aí para os seus sentimentos.   Ao contrário do que algumas pessoas pensam, troglodita não é somente a pessoa grosseira ou brigona. Enquadro nessa categoria os ENGRAÇADINHOS: pessoas insensíveis, que brincam com os sentimentos dos outros, apelidam com crueldade, ridicularizam, fazem piadas com coisas que você preferia esquecer, humilham e não medem o mal que fazem. Tudo em nome do bom humor. Não, o ENGRAÇADINHO não terá uma categoria àparte nesse post. Ele nada mais é do que um troglodita disfarçado, o tipo de gente que sempre acha que a dor que causam nos outros é frescura.

4) O DETETIVE - Você já conheceu aquele tipinho de gente que vai se chegando em nosso pedaço, demonstra sensibilidade, interesse pela nossa pessoa, é carinhoso, saca de longe nossas carências, incentiva o desabafo... e aos poucos vai juntando informação. Depois que seu dossiê está completo ele usa tudo o que você disse contra você mesmo! E o que você não disse ele torce para parecer que disse. Pela frente ele é um amor, um ser quase maternal. Por trás é uma cobra venenosa, uma pessoa de alma doente que coleciona informações porque adora jogar uns contra os outros. Cruz-credo!

5) O "CARIDOSO" - Não sou contra o caridoso, pelo contrário: admiro as pessoas boas. Mas acho que caridade é algo que VOCÊ faz pelo próximo, não algo que você constrange os outros a fazerem pelo próximo. Aí já não é mais caridade, mas auto-promoção. Há pessoas que adoram se exibir fazendo "o bem". Até aí tudo bem, essa é até uma forma muito útil de se exibir. Se todo mundo canalizasse a própria vaidade para fazer o bem, o mundo seria um lugar melhor. Exibir-se não é problema. O problema é quando o caridoso de plantão quer te constranger a fazer a caridade que ELE ELEGEU como prioritária. Não importa o que você faz pelo próximo; a única causa importante é a dele.  Se você não adere à causa do grande líder ele te chama de miserável na frente de todo mundo e queima teu filme sem dó nem piedade. Essas pessoas são as estrelas, os luminares de bondade no universo. Você é um reles que tem mais é que ficar sob a liderança deles.

6)  O SEBOSO - Assim nomeio o sujeito cuja palavra não tem firmeza nenhuma. Você não pode se apioar em nada que o cara diz porque a palavra dele é um sebo e só serve para fazer os outros se esborracharem no chão. E sabe o pior de tudo? É que todo enrolão é  super "prestativo". Pode reparar. O sem-palavra costuma ter a maior facilidade do mundo em se oferecer pra te ajudar. Quando você está tranquilo encostado na conversa dele, aí vem o escorregão.  Tenho horror a gente sem palavra mas o pior tipo de sem palavra é o "prestativo":

"- Pode deixar que às 15 horas eu estou lá!"  Aí o infeliz chega às 16 - quando chega.
"- Faço questão de te levar para conhecer minha casa de praia. E pode levar a família! Vai ser um prazer!"  Você até se anima, desmarca compromissos... e nada. Era só bafo. No outro dia o miserável só diz que "não deu".
"- Pode deixar que semana que vem a gente toca esse projeto juntos".  Aí o lazarento viaja e nem te avisa.
"- Pode ir pra festa que eu fico com o Junior".  Ele desaparece e ainda desliga o celular.
"- Paga aí e depois a gente acerta!"  Há há há.
"- Fique tranquilo que eu vou falar com ele e você vai ser contratado."  Um mês depois você pergunta e o bostinha não falou nada - nem vai falar.

7) ALFAIATE MORAL - O religioso que vive medindo o grau de moralidade dos outros. Você sente a fita métrica em cada piscada de olhos na sua direção. Credo.

8) O CARA "VIVIDO" - Homem que sabe de tudo e acha que toda mulher é uma vagabunda - menos a dele. O castigo é que geralmente a mulher dele é que é a vagaba. Deus é justo.

9) O CONTESTADOR CRÔNICO -  Não importa qual seja a sua tese: o cara vai te contradizer. E em cada argumento o tom de voz vai aumentando. Não tenho nada contra um bom debate. Na verdade até gosto bastante desse joguinho do intelecto, mas não é toda hora que a gente está com saco para exercitar o cérebro, né?

10) O GOSTOSO(A) - Sabe esse tipo de pessoa que você dá um "oi" e ela já espalha que você está a fim? Se você oferece um favor é porque está interessado. Se conversa, está interessado. Se senta ao lado, está interessado. Se pede um livro emprestado é porque está interessado. Se dá carona, está interessado. Se pede carona, está interessado. Se você ignora a pessoa é também porque está interessado e quer disfarçar. Haja saco!  O pior de tudo é que tem gente que acredita nas conversas desse tipinho.  Acho que todo "gostoso crônico" é um complexado às avessas. Resumo: não dá pra ter amizade com uma pessoa dessa.

11) O INTERESSEIRO - É aquele para quem você só vale pelo que pode oferecer a ele.

12) Politico que quer desarmar a população mas não mete a mão no vespeiro do tráfico ilegal de armas nem tocam no assunto das armas das forças armadas que vão parar nas mãos dos bandidos.

E por aí vai. A lista é grande. Complete-a.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Aquilo que você já sabe.

Pra mim é o seguinte: rotina só é ruim quando não é boa.
Eu mesma não queria abrir a janela ao amanhecer e ver cada dia o sol com uma cara diferente. Sol roxo. Sol cinza. Sol vermelho com bolinhas pretas. Sol amarelo com listras azuis. Não. Gosto mesmo é desse mesmo sol amarelinho e descabelado de todas as manhãs.  Qual o problema?

Não entendo essa implicância que algumas pessoas tem com a rotina.  Rotina é bom!

A pior implicância mesmo é implicar com a rotina da convivência a dois. Dá até vontade de rir quando vejo uma recém-casada dizendo que está sempre bolando alguma coisa nova para o relacionamento não cair na rotina.  Ha ha ha. Só quero que ela venha conversar comigo daqui a trinta anos.  Quem é que aguenta o peso de ter que estar bolando novidades para escapar da rotina do casamento? Se o casamento tende a ser insuportavelmente chato a ponto de você precisar ter essa preocupação, vou te dar um conselho: ao invés de ficar imaginando coisas, caia fora desse casamento enquanto é tempo.  O bom casamento não é aquele com uma novidade por dia. O bom casamento é justamente aquele no qual duas pessoas se deliciam no que já conhecem de sobra e ainda assim continuam querendo. Êta coisa boa!

Bom do casamento (e de tudo o mais) é justamente a boa expectativa.  Há coisa melhor do que deitar já sabendo que receberá aqueeeele cafuné de boa noite? Por quê esse cafuné tem que ser cada dia de um jeito, meu Deus do Céu?  Outro exemplo: eu não gostaria de chegar ao meu restaurante favorito e encontrar cada vez o meu pedido com um gosto, um tempero, um corte diferente. NÃO! Eu quero comer exatamente aquilo que eu já comi na imaginação. Se mudarem alguma coisa eu reclamo.

O sucesso das franquias é justamente a pessoa entrar no estabelecimento já sabendo o que vai encontrar, sem invenções nem "criatividades".

Imagine-se em um casamento no qual você tenha a tarefa de toda a semana inventar um novo local para acasalamento (legal esse termo, né?), uma roupa diferente, uma música diferente, uma posição diferente... Acorda! Isso é impossível! Não há criatividade que aguente.  Além do mais, nada que você inventar será mesmo diferente. Todas as posições "diferentes" já são manjadas desde que o mundo é mundo. E mesmo que para você elas sejam novidade, daqui a pouco tempo vão deixar de sê-lo. Ou você gosta de fruta ou não gosta. Decida.

Sério, as pessoas tem que entender que não existe a menor possibilidade de estar com alguém por trinta anos e ainda assim ter "novidades" toda a semana. E isso não é lamentável, mas desejável!   Acho que a pior rotina é a de ter que ficar o tempo todo bolando um jeito de sair da rotina. Cruz-credo!

Há algo melhor do que entrar no quarto do filho sabendo que ele está lá, previsivelmente com saúde, que vai previsivelmente sorrir para você e previsivelmente te dar aquele abraço "manjado" de bom dia?  Há algo melhor do que flagrar o olhar carinhoso da pessoa amada previsivelmente direcionado a vocÊ? Há algo melhor do que aquele mesmo cheirinho de café novo? Imagine uma cozinheira que fizesse um cafezinho todo dia com um gostinho diferente para não cair na rotina. Eu mandaria ela embora. Há algo melhor do que o bom e "manjado" orgasmo? Você já sabe como é,  gosta de sentir aquilo e não precisa de inovação: só da boa e certeira re-re-re-repetição.

As melhores coisas dessa vida não comportam versão remix. Quero chegar em casa e torcer para encontrar sempre as mesmas coisas que amo. A felicidade está justamente em saber que as coisas que apreciamos continuarão sempre do mesmo jeito, no mesmo lugar. As dores da vida estão justamente na fatalidade de não conseguirmos manter pra sempre aquelas coisas que nos fazem felizes.

Acho que a felicidade é como um bom pudim de leite: simples e previsível. Quanto mais tentam incrementar um pudim, pior ele fica. Pode conferir.

Eu não consigo sentir água na boca por aquilo que desconheço o sabor. Quão doce é a expectativa da espera quando o desejado já foi mentalmente saboreado!

Quem muito muda é porque ainda não achou o ponto certo. No dia em que você comer um pudim perfeito  você entenderá que qualquer cereja a mais é heresia.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pensamentos


1- Pena de morte? Até que sou a favor. Desde que os outros a executem e que eu não tenha nada a ver com isso.

2- Crime: como combater uma coisa que está em todo lugar? Se estivesse só em Brasília seria mais fácil.

3-  Drogas: a culpa é de quem usa e de quem vende. Os outros são as vítimas.

4- Ajudar países em crise? Por que não construir mais colégios e hospitais aqui? Quem não tem pena nem do seu povo não tem pena de mais ninguém. Há algo de podre nesse tipo de caridade.

5- Gravidez na adolescência? Não é falta de informação: é falta de responsabilidade.

6- Homossexualidade:  minha opinião é tão livre quanto a sua genitália.

7- Ser rico: só empolga no primeiro momento. Tudo depois é só medo; medo de perder o que se tem.

8- Empregada doméstica: profissão mais light do que ser professora ou caixa de supermercado.

9- Falsidade: o falso é alguém que se reconhece péssimo. Ele sabe que é uma pessoa tão sem virtude mas tão sem virtude que para ser aceito tenta parecer uma pessoa melhor.

10- Beleza: é relativa... mas todo mundo sabe descrevê-la com exatidão.

11- Pobreza: é herdada, assim como a riqueza. A culpa? Remonta os primórdios.

12- Crime: só existe enquanto compensa.

13- Imposto de Renda: se o Governo consegue controlar a vida de todo mundo para tirar dinheiro, por quê não consegue controlar todo mundo para nos dar segurança?

14- INSS:  você consegue entrar no site da Receita Federal para alterar seus dados e assim conseguir ganhar todo ano uma bolada de devolução de Imposto? Não? Por quê? Porque eles não deixam. O sistema é seguro. Então porque qualquer mané consegue fraldar o INSS? Porque o melhor da informática só funciona para nos tirar dinheiro mas não funciona para proteger o nosso dinheiro.

terça-feira, 17 de maio de 2011

No tempo da ditadura... (texto copiado)



Podíamos acelerar nossos Mavericks pelas auto-estradas acima dos 120km/h sem nenhum risco e não éramos multados por radares maliciosamente escondidos, 
mas não podíamos falar mal do presidente.

Podíamos comprar armas e munições à vontade, pois o governo sabia quem era cidadão de bem,
quem era bandido e quem era terrorista, 
mas não podíamos falar mal do Presidente.

Podíamos paquerar a funcionária, a menina das contas a pagar ou a recepcionista 
sem correr o risco de sermos processados por “assédio sexual”, mas não podíamos falar mal do Presidente.

Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (ei! negão!), 
credos (esse crente aí!) ou preferências sexuais (fala! sua bicha!) e não éramos processados por “discriminação” por isso, 
mas não podíamos falar mal do presidente.

Podíamos tomar nossa redentora cerveja no fim do expediente do trabalho para relaxar e dirigir o carro para casa, sem o risco de sermos jogados à vala da delinqüência, sendo preso por estar “alcoolizado”,
mas não podíamos falar mal do Presidente.
 
Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas sem que isso constituísse crime ambiental,
mas não podíamos falar mal do presidente.

Podíamos ir a qualquer bar ou boite, em qualquer bairro da cidade, de carro, de ônibus, de bicicleta ou a pé,
sem nenhum medo de sermos assaltados, sequestrados ou assassinados,
mas não podíamos falar mal do presidente.

Hoje a única coisa que podemos fazer...
...é falar mal do presidente!

Que merda!

(Recebi esse texto por e-mail. Desconheço a autoria.)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Todos nós FOMO

É incrível a capacidade que alguns desocupados estudiosos tem, de classificar e rotular nosso jeito de ser e de sentir a vida.

Tudo agora tem nome. Tem nome para pessoas que não ligam pra nada, para pessoas que ligam pra tudo, pra quem tem medo da morte, para quem não gosta de açúcar, para quem adora pentear os cabelos, para quem não escova os dentes...  Pegam qualquer coisa comum, colocam numa sacola e rotulam.  Isso é uma droga. Toda mania é neurose, todo medo é fobia, toda fixação é maluquice.  Nada pior do que isso para fazer a gente se sentir comum, previsível e reles. Ninguém mais tem o direito de se sentir especial, diferente, único.

Estou me lembrando daquele personagenzinho do filme Toy Story. Ele era um brinquedo mas não sabia que era brinquedo. Ele se levava a sério e sofreu um choque horrível quando viu, na prateleira do shopping, centenas e centenas de caixas com outros bonecos igualzinhos a ele. Que dor! Que desapontamento! Que crise de identidade! Tocante. Me sinto assim às vezes, quando me classificam.

A última "doença" agora tem nome estranho e sintoma comum: é a FOMO. Não sabe o que é? Pois vou te explicar pela boca da revista Época:

"Você está sentado em casa em uma sexta-feira à noite. Decidiu não sair. Vai ver um filme, ler um livro - talvez não fazer nada. E então você fica ansioso: e se algum amigo estiver fazendo alguma coisa muito legal? Outro cenário: você está em uma festa e mesmo assim a ansiedade chega: e se estiver rolando uma festa melhor? Ou você nem estava pensando em nada, mas vê no Twitter que vários conhecidos estão no mesmo lugar e, mais uma vez, a ansiedade vem. A angústia de que há sempre algo mais interessante para se fazer já ganhou um nome: fomo, sigla em inglês para fear of missing out, ou medo de perder alguma coisa."

Grandes coisas. Descobri que todos nós somos FOMO, admitindo ou não. Eu fomo, tu fomas, ele foma. Nós fomamos. Se você não está nessa, vou criar agorinha alguma classificação bem humilhante para você. Acho que todos os normais são FOMO. Quem não foma é estranho...


Deve haver uma classificação para essa gente que tem mania de classificar todo mundo. Isso sim é que deve ser uma nova doença da nossa época.

Produtos verdes

domingo, 15 de maio de 2011

Desarmamento: uma mentira e um desafio

Tá, eu sei que a discussão é manjada mas você não é obrigado a ler tudo. 
Só quero te adiantar uma coisa: o Governo está mentindo 
quando diz que não é proibido ter uma arma. 
Na prática faz tempo que o Governo não libera porte de arma pra ninguém.


Novamente o Governo está armando nova campanha para desarmar a população. Quero saber desde quando bandidos são sensíveis às campanhas do Governo. Digo isso porque só os bandidos me preocupam. Meus opositores políticos também me preocupariam se eu fosse uma ditadora.

O fato é que somos presas, gente. Mas bem feito. Em nosso país todo mundo tem peninha de bandido. Só sei que QUEM TEM PENA DE BANDIDO, ACABA NO LUGAR DELE.  É o que está acontecendo. Estamos presos, desarmados e sem assistência do Governo. Eles estão livres, muito bem armados e contam com toda a simpatia do Governo. Lembra do Bolsa-Bandido? Pois é.

  • Eu queria saber quantos bandidos tem porte de arma.
  • Eu queria saber quantos bandidos irão entregar suas armas nessa nova campanha.
  • Eu queria saber, princpipalmente, se veículos automotores já não mataram acidentalmente muito mais gente do que disparos domésticos acidentais. Vamos voltar para as carroças?

  • Eu queria saber se certas raças de cães também serão exterminadas. Nunca vi uma arma atirar sozinha, mas de vez em quando dá a doida na cabeça de algum cachorro, sozinho, ele avança no dono ou despedaça alguma criança. A culpa é do dono? É. Tudo é culpa do dono. E daí?

Sim, a discussão é manjada mas não me furto de aproveitar para denunciar outra MENTIRA do Governo: Nas propagandas pró-desarmamento apregoam que o cidadão de bem pode ter arma sim, desde que peça o devido porte. MENTIRA!

Quer saber se estou falando a verdade?  Desafio VOCÊ  a ir hoje requerer seu porte de arma. Sabe quando você vai conseguir um? NUNCA!   Já me informei a respeito. Sabe qual a resposta do policial encarregado pela emissão de um porte de arma? Um sorriso e um "desista".

Quem tem porte hoje é quem já tinha antes da mudança na legislação ou quem pratica tiro. Mesmo os praticantes tem que ter muita determinação porque é duro aguentar tanta regra. Algumas: só transportar a arma descarregada, em uma maletinha própria (e cara). O praticante de tiro pode atirar no alvo de papel mas não tem o direito de defender a própria vida e patrimônio. Para a alegria dos nossos governantes, que andam cercados de segurança, até o praticante de tiro, em caso de assalto, tem que manter sua arma na malfadada maletinha enquanto o bandido faz a festa. Que tal?

Vou ser sincera, meu amigo: arma no Brasil já é proibido. VOCÊ NÃO PODE TER UMA. O Governo finge que pode mas na prática não autoriza. Quando muito, renova os poucos portes que já existem. Se você não é bandido nem polícia, DESISTA.

Para completar, já está mais do que provado que arma de fogo nas mãos de uma população honesta NÃO AUMENTA a criminalidade.  Leia aqui: (CLIQUE AQUI).

Na verdade não precisamos de leis para termos o direito de defesa. Eu já nasci com o meu.  E você?


sábado, 14 de maio de 2011

Amazônia Jazz Band

Excelente a apresentação da Amazônia Jazz Band hoje, no Maria Silvia Nunes. Um show de primeiríssima qualidade. Uma ótima maneira de comemorar os onze anos da Estação das Docas. Valeu!

Definições

"Homossexualidade é diferente de homossexualismo. Homossexualidade é uma condição; o homossexualismo é a ideologia que advoga essa condição."

Caio Fábio.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Doutrinação homossexual

Você consegue imaginar um ator global indo ao Faustão e, durante a entrevista, dizer que não simpatiza com o movimento homossexual?  Não imagina? Nem eu. Sabe por quê? Não é que estejamos vivendo uma unanimidade em torno do assunto: estamos vivendo em uma ditadura.

Você consegue imaginar uma novela onde um homem heterossexual faça um discurso dizendo por quê prefere fazer sexo com mulheres, que isso é muito melhor do que transar com alguém do mesmo sexo e tal? Você consegue imaginar hoje em dia uma novela que faça apologia do heterossexualismo? Não? Nem seu. Sabe por quê? Porque vivemos em uma ditadura.

Uma coisa é exigir direitos iguais - que eu concordo.
Exigir respeito? Concordo.
Não oprimir, não discriminar? Concordo, concordo e concordo. Mas o que está acontecendo no Brasil extrapola a justiça e o bom senso.

Dia desses vi uma pessoa conhecida assistindo um vídeo no Youtube de duas mulheres se beijando.  Uma delas fazia todo um discurso explicando por quê fazer sexo com uma mulher é melhor do que com um homem. Essa pessoa me explicou aquelas eram cenas históricas: o primeiro beijo homossexual na televisão brasileira. Televisão? - perguntei. Ela disse sim, que aquilo não era um vídeo de Youtube, mas cenas de uma novela do SBT.

Uma coisa é mostrar um casal homossexual em uma história de novela. Outra coisa é fazer apologia e doutrinação. São duas coisas muito diferentes.

Os homossexuais tem direito de falar o que quiserem e fazer propaganda de si mesmos, mas O GOVERNO NÃO TEM ESSE DIREITO.

Por exemplo: você lembra da cartilha gay distribuida pelo Governo, onde consta a historinha de um menino no colégio que observa seu colega mijando e se apaixona por ele.   Poxa, isso não tem nada a ver com direitos e deveres: é pura doutrinação homossexual. Na prática qualquer ser inteligente percebe que ela serve  mesmo é para despertar, incentivar e excitar crianças (seres em formação, imaturos, manipuláveis)  na direção do mesmo sexo.


Hoje nossos filhos não são ensinados a respeitar os homossexuais: 
eles são ensinados a SEREM  homossexuais.  

Dia desses começaram a proibir o ensino religioso nas escolas. Nem catolicismo nem protestantismo nem outros "ismos" porque isso seria desrespeitar a opção religiosa da criança e a orientação religiosa da sua família; o Estado deveria deixar a pessoa escolher na idade adulta  qual religião professaria ou se preferia não professar religião alguma. Tá bom, mas POR QUE ISSO NÃO SE APLICA TAMBÉM À OPÇÃO SEXUAL?

Quer dizer que ensinar religião é desrespeito? 
Mas ensinar a dar  a ***** é conscientização?

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Utilidade pública


Olha aí que coisa inusitada! Nós nunca mais veremos um mês de julho como este, de 2011.  Ou alguém de nós viverá mais 823 anos? Observe:
  


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Este ano, Julho terá 5 sextas-feiras, 5 sábados e 5 domingos. Isto acontece uma vez a cada 823 anos. Ainda não confirmei a informação mas não resisti e estu publicando porque sou apressadinha.

 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pulcrícomo - vela nele!

Pulcrícomo é um cara que tem uma formosa cabeleira.

Você já ouviu alguém xingar chamar alguém de pulcrícomo? Não? Nem eu.

Acho que o idioma deveria dar o exemplo e começar a se livrar dos termos que não servem para nada. Poderíamos começar a "emagrecer" nossa vida livrando-a de toda sorte de pesos inúteis. Minha sugestão aqui é que comecemos pelo dicionário.

Nada como um dicionário fininho, esguio e elegante, com o corpitcho dobrável como o de um atleta.  Sumam com aqueles dicionários que mais parecem um frigobar. São morada de traças e ainda por cima a capa descola das páginas quando são muito folheados.

Claro que existem os modelos enxutos, mas são considerados incompletos. Porque não considerar inexistente, daqui por diante, todas as palavras que não constem nos dicionários resumidos? Para mim os "incompletos" são os mais completos. Os outros são apenas gordos.

A vida começaria a se tornar bem mais simples a partir daí. Essa mentalidade prática e desapegada atingiria muitos outros assuntos. Claro! Porque assim como uma mente enrolada enrola tudo, uma mente "cleam" descomplica tudo o que for atingido pela luz da sua reflexão.

Todos nós seríamos mais felizes com um dicionário mais fino, pois ele seria a promessa silenciosa de descomplicações futuras. Defendo essa tese.

Há palavras que, se um dia foram utilizadas, esse dia se perde na poeira de um passado remotissimo. Essas palavras estão lá, enfileiradas e caquéticas fazendo número e gastando nosso oxigênio. Pra quê? Vejo-as ansiosas, mãos tremendo, doidinhas para serem acionadas. Estão crentes que ainda servem para alguma coisa. Acabemos com o sofrimento delas!  Minha clarividência enxerga essas velhas ossudas e ressecadas escovando os dentes todos as manhãs e penteando seus ralos cabelos em movimentos lentos e exasperantes. Tudo debalde. Elas acham que têm algum direito à vida só porque obedecem à ordem alfabética. Coitadas. Mal sabem que um simples "enter" numa caixa de pesquisa é suficiente para encontrar qualquer coisa perdida no planeta.  A esperança delas me incomoda porque é vã. Jamais voltarão a ser acionadas nem por um pobre poeta carente de rimas.

Sustento que deveria haver funerais para as palavras. Acho que é uma maneira digna de nos livrarmos delas. Penso em uma cerimônia simples, talvez na Academia Brasileira de Letras. Eles não se negariam a isso, pois cada integrante construiu sua glória pessoal justamente em cima das palavras, então têm mais é obrigação de fazerem uma bela despedida.

Os homens usariam terno e gravata. As mulheres, qualquer coisa que combinasse com isso. Tudo não levaria mais que trinta ou quarenta minutos. As honras e despedidas seriam dadas a todas as palavras palavras aposentadas (esquecidas, ou impraticáveis, ou envelhecidas, ou inúteis, ou ... chamem como quiserem).  Os imortais, em nosso nome, se despediriam dessas palavras mortas para sempre. Não sem louvar-lhes o poder expressivo ou sonoridade agradável. Não sem lamentarem seu desuso, chamando a atual sociedade de simplista e sem afeição pela cultura e a beleza. Não sem se mostrarem pasmos com as mentes ralas da atualidade.

Poderia ser feita com antecedência uma pesquisa para confirmar se de fato elas eram mesmo palavras perdidas e deixadas de lado.

Quem sabe um singelo poema poderia ser composto utilizando-se essas palavras pela última vez?  Seria o momento tocante da cerimônia. O celebrante pronunciaria cada uma delas pela derradeira vez, pausadamente. Enquando isso fosse feito, uma vela seria apagada. Uma vela para cada palavra falecida. Mais um breve agradecimento pelos serviços prestados ao idioma... e adeus.

Depois disso as falecidas seriam excluídas das próximas edições dos dicionários da língua portuguesa. Qualquer gaiato que resolvesse utilizá-las dali por diante perderia ponto em sua redação (por exemplo) por estar utilizando um termo inexistente que nem para neologismo serve.

Sim, isso é mais que necessário. Quem me conhece sabe que tenho o cacoete emocional de atribuir personalidade aos seres inanimados. Não estou de todo convencida de que nossos irmãos inanimados não tenham sentimento nenhum.  Também não sei se palavras podem ser chamadas de seres, mas pouco importa. Elas ganham volume e formato em nossas bocas e livros, então têm qualquer coisa de "corpo-existente". Se ninguém se convencer de que as palavras são seres, a cerimônia será realizada assim mesmo, mas em respeito aos sentimentos das pessoas "tipo eu".

Coquetel ao final da cerimônia? Acho que sim. Os imortais vão considerar interessante contar com essa movimentação em suas agendas.

E tem mais: poderíamos estender essa "limpeza de armário" à todos os setores da nossa vida. Do armário propriamente dito a tudo o mais. Por exemplo:

1- "Ficante" que você não vai usar mais - vela nele. Pra quê guardar telefone?
2- Pessoas que não foram legais, sumiram do mapa e você nem sabe se ainda estão vivas. Vela nelas!
3- Sonhos sem cabimento - vela também!
4- Más poesias cometidas no passado - idem.
5- Mágoa e traumas já comentados, trabalhados, analisados e chorados. Chegaaaaa!

E por aí vai.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Enxergue-se

Você está a fim de criar uma nova sociedade, mais justa e solidária? Você daria tudo por uma sociedade onde o bem comum seja levado a sério? 

Sim? Conversa fiada.

Tempos atrás expliquei por A+B que a gente não quer isso coisa nenhuma e é por isso que a coisa não melhora. Leia o texto completo AQUI.

Os grandes transgressores são fichinha perto do exército inumerável de transgressores-formiga do qual VOCÊ faz parte.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Valeu, mãe!


Gostei muito do texto abaixo. Copiei do blog " SEMPRE, EM UM DIA". Acho que Rosana, a dona do texto, não vai ficar chateada por eu colocá-lo aqui, né?

Lá vai:


Outro dia dando uma olhadinha no twitter da minha linda filhinha de 13 anos, vi uma comunidade chamada "Toda mãe fala" e achei interessantíssimo. As crianças e adolescentes se identificaram e cada um colocou as frases que a suas mães costumam falar no dia-a-dia.  Achei muito legal, pois também sou mãe e olha que 90% daqueles frases já pronunciei em algum momento da minha vida e muitas falo quase que diariamente.

- Quando você for mãe, você vai entender!!
- Quando suas amigas (os) vem te chamar, você vai na hora, agora pra fazer um favorzinho pra mim...
- Vá tirar o uniforme!
- Depois não fala que eu não avisei...
- É para o seu bem meu/minha filho(a)
- Você não me respeita!!
- Vamos, engole esse choro!!
- Quem é este que você tanto conversa ai??
- Não sei porque ainda arrumo essa casa, daqui um minuto tá tudo bagunçado!!
- Eu não sou sua empregada!!
- Você só sabe pedir dinheiro!
- Sai desse computador e vá estudar agora!!
- Já fez a lição de casa hoje??
- Tire essa toalha molhada de cima da cama, por favor!!
- Sala não é lugar para tênis!
- Um dia você também terá filhos e eles serão iguais a você. Aí você vai ver o que é bom pra tosse!!
- Não esquece de levar a blusa, pois pode esfriar!!
- Filho (a), onde você está?? Vai demorar muito??
- Você pensa que nasci ontem?
- Juízo hein??
- Me liga quando chegar na festa .
- Tá vendo?? eu te avisei...

E assim por diante...

Mãe é mãe e acredito que só quando realmente os filhos crescerem e se tornarem pais, poderão entender o porquê de todas essas frases e preocupações.
E por mais que as décadas passem acredito que nada mudará em relação a pais e filhos.

Eles só esqueceram de dizer as outras frases também comuns:

- Te amo mais do que minha própria vida!
- Se precisar da mãe pode falar, estarei aqui sempre disposta a te ouvir!
- Fiquei a noite inteira acordada vendo se sua febre voltava!!


Agora,  que já sou adulta e minha mãe se foi, infelizmente, sinto muitas saudades daquele amor incondicional e aquela preocupação que mais ninguém tinha por mim, só ela!

Por isso queridos amigos adolescentes, não se irritem com seus pais e tente compreendê-los, pois um dia serão vocês que estarão lá no seus postos e talvez os agradecimentos para com aqueles que lhe deram a vida não seja mais possível, pois poderá ser tarde demais...

Pensem isso...

domingo, 8 de maio de 2011

Dia das Mães

Gosto do Dia das Mães, mesmo não tendo mais mãe. É que, como sou mãe, nessa ocasião me sinto super especial.

Claro que também pinta uma certa melancolia. Fico lembrando dos meninos quando eram pequenos e de como era bom eu ser o centro da vida deles. Lembro de apertá-los, colocá-los em meu colo, de explicar coisas, de ficar olhando eles dormirem, de trocar as fraldinhas, de amamentar. Lembro de mim mesma ocupada em mil afazeres com os quais não me ocupo mais hoje. Lembro dos meus biscoitinhos caseiros, dos shortes que eu fazia, dos passeios na praça.  Dá uma incrível sensação de riqueza saber que tive tudo isso em minha vida.  Lembro de como eu imaginava o futuro e reflito que agora estou no futuro...  e que tudo correu bem. Ufa!

Não fui a melhor mãe do mundo... mas acho que posso crer que fui uma boa mãe.

A pior coisa do mundo seria descobrir que minhas falhas foram maiores do que eu supunha...

Tomara que hoje todas as mães ganhem um gesto de carinho do tamanho que elas precisam. E tomara que todas as mulheres descubram que para ser mãe não é obrigatório ter um filho: basta amar como mãe.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

União homoafetiva

Todo mundo já sabe: foi aprovada a união homoafetiva no Brasil. Agora uma coisa tem que ficar bem clara: ESSA É UMA QUESTÃO DE DIREITO, NÃO UMA QUESTÃO RELIGIOSA.

Assim como os homossexuais estão tendo os seus direitos reconhecidos, temos que respeitar também a  ala cristã que vê no texto bíblico um texto sagrado. Se acreditar na Bíblia é ignorância ou não, fique claro: todos temos o direito de ser ignorantes. A lei não pode proteger só os luminares da inteligência. Burro também paga imposto. Aliás os burros são os que mais pagam.  A ninguém é permitido agredir o sentimento religioso de ninguém. Nada de querer processar esse ou aquele por não quererem cooperar com os seus ideais homossexuais.

Homo e étero, contra e a favor, todos vão ter que se aturar sim senhor. Isso é democracia.

Direito é Direito, religião é religião.

Ninguém pode vir com a lei na mão para querer obrigar padre e pastor a agredir a sensibilidade religiosa própria.

A religião cristã predominantemente entende que homossexualismo é pecado. Quem quiser se casar no religioso pode escolher uma entre os milhares de religiões no mundo para se realizar nessa área. O que mais tem no mundo é religião. Tem pra todo gosto, galera! Ninguém precisa brigar por esse motivo.

Os casais homossexuais também podem optar por procurar os serviços de um padre ou pastor com idéias mais heterodoxas, mas jamais devem pensar em reivindicar aquilo a que não têm direito: a consiência dos outros.

Tenhamos sempre em mente que a liberdade de uma pessoa termina onde começam os direitos dos outros.

Aliás... 

Sabe, eu nunca entendi direito por quê alguns homossexuais insistem tanto em casar na igreja. Pra quê, se a igreja prega justamente o livro que condena o homossexualismo!  Estranho, né? Se houvesse uma religião que pregasse algo com que eu me sentisse agredida, a última coisa que eu iria querer é casar justamente debaixo do formato dessa religião.

Não é não? Desculpa aí se eu estou errada.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sofra!

Gente, que coisa mais comovente! O irmãozinho dele matou a formiguinha dele. Nunca vi pranto mais sentido nesse mundo! Ele só sabe exclamar: "Ah que dó! Ah que dó!..."  A mãe pergunta para o irmão: "Você matou a formiguinha?" O menino responde: "Mati..."  rsrs

O mais lindo poema sobre a maternidade

Deliciem-se com Augusto dos Anjos:


Mater


Como a crisálida emergindo do ovo
Para que o campo flórido a concentre,
Assim, oh mãe, sujo de sangue, um novo
Ser, entre dores, te emergiu do ventre!

E puseste-lhe, haurindo amplo deleite,
No lábio róseo a grande teta farta
— Fecunda fonte desse mesmo leite —
Que amamentou os éfebos de Sparta. —

Com que avidez ele essa fonte suga!
Ninguém mais com a Beleza está de acordo,
Do que essa pequenina sanguessuga,
Bebendo a vida no teu seio gordo!

Pois, quanto a mim, sem pretensões, comparo,
Essas humanas cousas pequeninas
A um biscuít de quilate muito raro
Exposto aí, à amostra, nas vitrinas.

Mas o ramo fragílimo e venusto
Que hoje nas débeis gêmulas se esboça,
Há de crescer, há de tornar-se arbusto
E álamo altivo de ramagem grossa.

Clara, a atmosfera se encherá de aromas,
O Sol virá das épocas sadias...
E o antigo leão, que te esgotou as pomas,
Há de beijar-te as mãos todos os dias!

Quando chegar depois tua velhice
Batida pelos bárbaros invernos!
Relembrarás chorando o que eu te disse,
A sombra dos sicômoros eternos!






VOCABULÁRIO:

Sparta – Esparta (cidade da Grécia antiga).
Biscuít – Porcelana fina.
Venusto – Muito formoso.
Gêmulas – Pequenas gemas (aquilo que, brotando, pode originar novo indivíduo).
Pomas – Aqui, seios, mamas.
Sicômoros – Falsos-plátanos (árvore de folhas grandes que pode alcançar até 30 metros de altura). 


terça-feira, 3 de maio de 2011

História mal contada - Bin Laden

Ontem mencionei o assassinato de Bin Laden. Hoje já estou achando essa história muito mal contada.

Todo mundo sabe que quando os EUA querem fazer alguma coisa, acabam fazendo, na marra ou não. Ninguém impede. Essa conversa de lei, estado de direito, ordem e direitos humanos são papos furados que só se aplicam aos manés.

Pense comigo:

1) O certo não seria prender o Bin Laden para submetê-lo a julgamento, como aconteceu com os amiguinhos de Hitler e outros malucos ao longo da história? Claro que ele seria condenado! Por quê não o fizeram? Porque essa prisão e julgamento iriam ficar sob os holofotes do mundo e isso seria péssimo por vários motivos:

- Porque debaixo dos holofotes do mundo o terrorista estaria bem protegido. A imprensa protege. Qualquer beliscão seria denunciado pelos Direitos Humanos e geraria uma onda de protestos.

- Os EUA jamais conseguiriam "coletar informação" (torturar) de Bin Laden se tudo fosse feito sob o olhar da imprensa.

- Se Bin Laden fosse preso e todo mundo visse, os terroristas iriam se precaver, mudar planos de futuros ataques e os EUA não poderiam se defender. Melhor fazer de conta que ele morreu e tentar conseguir  informações sobre o mundo terrorista sem que o mundo terrorista saiba que está sendo dedurado.

2) Vocês acham mesmo que os Estados Unidos, depois de tanto tempo de investigação, iria simplesmente matar Bin Laden e acabou-se? Eles iriam detonar um arquivo vivo como ele?  Isso não seria uma operação de inteligência, mas uma operação de burrice.

3) Os EUA não são burros. É como diz o ditado "ele se faz de burro para comer milho".

4) Você acha mesmo que os EUA não teriam formas de capturar o Bin Laden sem precisar matá-lo?

5) Acho que Bin Laden está vivinho da silva  e já deve estar penando em mãos americanas. Com o mundo considerando o terrorista morto, a liberdade dos Estados Unidos é total. Na moita tudo é permitido. Podem torturar, bater, hipnotizar, arrancar o cérebro, podem tudo! Porque a imprensa não vai estar lá para encher o saco.

6) A verdade virá a tona quando tudo já tiver sido feito. Aí o mundo vai poder xingar a vontade.

7) Ainda vamos assistir um filme sobre isso. Aguardem.

Ora bolas. Anos e anos de investigação iriam acabar assim sem mais nem menos, igual a filme francês? Não tem cabimento em um único dia fazerem tudo: matam o homem mais procurado do mundo, fazem o exame de DNA, sepultam e acabou-se, tudo certo, fim de show, ninguém viu nada. Mas nem nos piores filmes de Hollywood isso seria cabível!

Na verdade a imprensa é toda direcionada para cumprir os intentos dos poderosos. Nós não sabemos de NADA. Tudo o que foi oficialmente dito pode ser jogado no lixo.

É assim que as coisas são.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Bin Laden

Pois é, mataram o Bin Laden. Agora o mundo se tornará um lugar melhor e mais justo. Acabou o terrorismo e a intolerância. Finalmente o bem venceu o mal. Vencemos uma grande etapa da nossa escala de evolução.  O pessoal que está comemorando a vingança dos EUA tem toda razão mesmo. Sou uma alienada por não enfeitar a casa com balões.

domingo, 1 de maio de 2011

Casamento real

Eventos como o do casamento do príncipe Willian com Kate inspiram um monte de gente a fazer continhas e mais continhas e depois passarem a xingar a realeza britânica. Dizem que gastar 40.000.000 de dólares com uma festa de casamento é um ato indecente. Será?

Para pessoas que passam fome também é um ato indecente gastar 2.000 em um aniversário de criança, 150,00 em uma noitada, 200,00 em um par de sapatos ou 50,00 em um almoço para uma só pessoa. Para quem passa fome não adianta explicar por que alguém deixa de comprar um carro de 30.000,00 para comprar um de 90.000,00. Para eles isso é absurdo e quem comete esse pecado tem mais é que morrer.

"Quantas criancinhas poderiam ser sustentadas com 90.000,00!"  Você abre mão do seu carro, das suas férias, da sua sexta feira a noite por essas criancinhas?  Então cala a boca.

Já deu pra notar que essa coisa de "pouco" e "muito" é totalmente relativa. O que é pouco pra mim pode parecer muito para os outros. Para quem é rico em um país rico, 40.000.000,00 é um preço aceitável para uma festa de casamento real com tantos convidados.

Quanto a esse assunto tenho mais algumas considerações a fazer:

1- A família real é rica. O dinheiro é DELES.
2- A Inglaterra é um país rico.
3- Indecente é roubarem da Previdência (como se faz aqui) e depois dizerem para o funcionário público que o benefício que ele pretende receber é abusivo (mesmo tendo pago por ele a vida toda).
4- No Reino Unido o povo sabe muito bem de onde sai o dinheiro da festa. Está tudo às claras. O povo gosta da família real, e daí?
5- Se o povo discordasse da família real e dos seus gastos, com certeza eles já teriam sido jogados pela janela a muito tempo. Diferente daqui, que todo mundo "odeia" político ladrão mas eles continuam roubando a vontade.
6- A gente tem que se indignar é com as sacanagens daqui, que acontecem debaixo do nosso queixo.
7- Quarenta milhões de dólares equivale a pagar quatro anos de salário para Ronaldinho Gaúcho. Tem certeza de que isso é mais útil à sociedade do que uma festa de casamento?
7- Gasta-se também uma fortuna todos os anos com a festa de Carnaval, uma festa dominada por bicheiros e traficantes onde predomina o louvor à promiscuidade (tanto é que no carnaval é quando mais capricham nas campanhas contra AIDS). Tem certeza de que isso é mais útil à sociedade do que uma festa de casamento?

Acho que deveríamos nos olhar no espelho antes de condenarmos a forma como os outros países gastam seu dinheiro.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Seremos todos condenados



Li um dia desses que, possivelmente, as futuras gerações iriam nos condenar. Embora pareça obvio, fiquei magoada assim mesmo ao pensar em todos os  bebezinhos de hoje transformados em marmanjos julgadores apontando o dedo contra nós, frágeis velhinhos. Logo nós, que até tomamos banho mais rápido só para deixar água para eles no futuro! Nós, que fomos obrigados a abrir mão de comer baby beef para dar o exemplo, tiramos do cardápio as mussuãs, voltamos a lavar copos para não poluir  com descartáveis. Nossa, muita renúncia! E eles ainda vão nos condenar no futuro. Bebês ingratos.

E por quê haveríamos de ser condenados por eles, você perguntaria?  Primeiro por um motivo óbvio: todo mundo gosta de criticar os mais velhos.  Outro motivo é que como algumas coisas consideradas normais ontem são consideradas absurdas hoje, esse fenômero tende a se repetir.  Antigamente era muito bem aceito possuir escravos porque nem alma eles tinham! Hoje, ter escravos sem carteira assinada é considerado um horror.  Marido bater na mulher não era nenhum absurdo antigamente. Hoje isso não é mais aceito - embora a Justiça tolere bem a mulher bater no marido.  Antigamente era normal os pais baterem nos filhos. Hoje evoluímos: só os filhos é que podem bater nos pais.

Tem mais:  hoje ninguém mais deforma os  próprios pés  como as chinesas de séculos atrás. Hoje ninguém mais deforma os pés, só o rosto, mas aí tudo bem.

Tudo muda e a humanidade segue sempre em frente. São dois passos pra frente e um pra trás, mas um dia a gente chega lá. (Lá onde mesmo?)

Mas sim: o quê fazemos hoje que vai ser considerado absurdo amanhã?  Tenho minha própria lista de palpites:

1-  Não será mais tolerado que uma única pessoa ocupe espaço utilizando um veículo onde caberia um monte de gente. Nossos bisnetos vão nos detonar quando descobrirem que fazíamos isso e ainda reclamávamos do trânsito. No futuro ninguém poderá desfilar com um monstrengo sem ser apedrejado por raio laser.  Carro para um será carro para um, pequenininhos, no formato de simpaticos supositórios.  Mas em um futuro mais distante ainda, acredito que vão abolir de vez os transportes particulares.

2- Embalagens de uso único? Nem sonhar! Como sou uma mulher  à  frente do meu tempo, já olho com desaprovação essa coisa de refrigerante, desodorante, sucos em caixinha, biscoitos, tudo com embalagem descartável. Tá errado.  Futuras gerações vão nos crucificar. Quer comprar biscoito? Leve sua vasilha e compre por peso. Quer refrigerante? A mesma coisa. E suco e tudo o mais: feijão, açúcar, até desodorante.  Vamos voltar ao tempo das tabernas (não cavernas!).

3-   Com a multiplicação da população das mulheres modificadas, vamos chegar a um ponto de esgotamento. Os homens, enjoados da perfeição artificial,  vão morrer de tesão por mulher com peito caído, bunda murcha e ruguinhas. Assim como hoje as chinesas dos pés modificados são só as velhinhas que sobraram,  no futuro só as velhinhas que sobraram vão ser siliconadas, lipadas, botocadas e espichadas. As fotos nossas delas causarão espanto nas crianças.

4- Todos os nossos costumes em termo de política serão execrados. Vão criar um sistema mais justo e inteligente e vão rir muito da gente com nossas campanhas ridiculamente mentirosas custando fortunas. Nossa passividade é flagrantemente prova de atraso.


5- Ficar 10 horas praticamente imobilizado em uma aeronave viajando em condições angustiantes e aflitivas? Um dia nossas aeronaves de hoje serão vistas como navios negreiros. Nossos bisnetos ficarão penalizados quando descobrirem como eram os vôos da Gol. Vão chorar - ou rir - da mesma forma que nós, quando quando vemos aquelas gravuras antigas mostrando o pessoal do passado sendo transportado em redes penduradas em varais carregados por escravos.

6-   Nossos bisnetos vão condenas os pais de hoje, que se deixam manipular por seus filhotes.  Lá no futuro vão ensinar nas aulas de historia que a ditadura dos pais resultou anos depois na ditadura dos filhos mas só agora (no futuro) eles conseguiram chegar a um meio termo aceitável.  Mas que os jovens e vão rir das nossas aflições vão, quando os professores contarem, a guisa de exemplo, que antigamente era comum um pirralho sem o menor juízo determinar o horário que seus pais podiam dormir ou  determinar se os pais podiam ou não sair sozinhos (sem eles) a noite.

7- Só não vão rir das nossas superstições. Seremos louvados!  Assim como nós, babacas, nos encantamos com pirâmides, duendes, livros de bruxas, amuletos e outras velharias que eram valorizadas hà milênios, as futuras gerações olharão com reverência os pés de coelho de hoje.   Digo isso porque observando a nossa própria história dá pra concluir que no quesito "crendice" e "mistério", a tendência é não evoluirmos nunca.

domingo, 29 de maio de 2011

O homem e os outros animais

"O Homem só se distanciou do resto dos animais, dominou a Natureza e adquiriu tecnologia, criou arte, constituiu a civilização porque tinha mãos. E, nelas, um polegar oponente. Não foi graças ao cérebro. Bem pelo contrário: o cérebro só se desenvolveu depois que as mãos passaram a segurar e até fabricar instrumentos, meio que instintivamente, como inclusive o fazem alguns símios e várias outras espécies de animais.A partir de então, os estímulos neurológicos, cada vez mais complexos, passaram a exigir um maior desenvolvimento cerebral.Implante-se um cérebro humano em um cavalo e ele não poderá construir coisa alguma com seus cascos..."

Yoga Hall
(Texto copiado do site http://yogahall.zip.net/)

sábado, 28 de maio de 2011

Flor do Destino - Nilson Chaves

Amo essa música.




"Te amei assim como água de chuva
Que vai penetrando pra dentro do mundo
Te bebi assim como poço de rua
Que eu olhava dentro mas não via o fundo..."

Como pode uma Joelma ser mais conhecida do que Nilson Chaves? Esse mundo está louco mesmo...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A Danuza Leão é assim

Me dou super bem com a Danuza. Sabe, a jornalista.

A Danuza é assim:  uma mulher muito prática, elegante. Não é lá muito falante mas aprecia uma boa conversa. Não impõe assuntos mas quando é provocada desfia lentamente aquele novelo azul de lembranças deliciosas, falando de acontecimentos e épocas que a gente adoraria ter degustado mas acabou ficando de fora. Aí a gente ouve, ouve... entre um biscoitinho e outro. Sabe, ela vai contado e sentindo se a gente quer ouvir mais. Geralmente quer. E geralmente ela não conta tudo.

A Danuza gosta de chá, sapatos confortáveis e pessoas discretas. Possui umas economias que garantem esse sossego chique que a gente conhece. Ela as vezes até que fala de seus amores mas guarda consigo uns dois ou três nomes secretos que não confidencia nem pra Deus.

Se não a conhece é possível que numa primeira impressão você a considere fria, desinteressada por sua amizade. Esnobe talvez. Mas vou logo avisando: ela fica cha-te-a-da quando lhe dizem isso. Mas cá entre nós, sem maldade: às vezes ela se põe meio distante mesmo e acaba conseguindo fazer com que uma pessoa se sinta invisível ao seu lado. Mas isso não acontece sempre! E nunca com os conhecidos. 

Ela é gentil embora use às vezes de uma gentileza meio distante. Acho que ela não acredita muito que a vida vá lhe brindar com amigos mais satisfatórios do que os que já tem. É um certo apego ao passado que a faz ser tudo para os que já ama e pouco para os que vem depois. Você vem depois.

Seus amigos a tratam com mimo (ainda se usa essa gíria?). Suas amigas são irmãs. Os segredos de todo mundo ela guarda junto com cartas, fotos e outros objetos cheios de significado. Pois é, quando Danuza ama, ama mesmo.

Quando a conheci foi a muito tempo atrás, muito por acaso, em um fim de tarde no Bloomingdales. Eu estava empolgadíssima com as vitrines enquanto ela parecia distraída e um tanto blasé, acompanhando uma amiga. Foi nessa ocasião, em uma conversinha fortuita, que ela me ensinou como usar uma pashmina que cismei de comprar...

Mentira. Tudo mentira. Nunca vi Danuza Leão nem pelas costas. É mais fácil um raio me decompor em cores do que ela se dar conta da minha existência ou ler um dos meus textos. 

Não tem problema. Não me importo se ela não lembra das tardes em que não estivemos juntas tomando chá e falando de namorado. Ela ainda não sabe, mas a gente é amiga pra caramba.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Criaturas desprezíveis


Vagando pelo mundo virtual dei de cara com esse texto legal do Bêbado Gonzo, que fala sobre pessoas detestáveis, das quais é melhor manter distância. Eu li, achei interessante e resolvi fazer minha própria listinha. Na verdade o que apresento abaixo é só um couvert porque a lista é grande.

1)  O MALDOSO - Quero distância do sujeito MALDOSO. Se existem duas maneiras de interpretar o que você fez ou o que você disse, o maldoso sempre interpreta da forma mais suja, nefasta e prejudicial à sua imagem. E depois compartilha sua opinião com todo mundo.

2) O SUPERSENSÍVEL - Sensibilidade é uma virtude, mas transformar-se em refém da sensibilidade alheia não é nada agradável. Para não magoar, você é obrigado a ir onde não quer, comer o que não gosta, dizer o que não sente, mostrar um estado de espírito que não é o seu e tratar como amigão alguém que não tem nada a ver com você. Só há um antídoto contra o ultrasensível: é o troglodita. Se você não é um troglodita, afaste-se do "floquinho de neve" ou você vai para nas mãos de um terapeuta por conta de um sentimento de culpa crônico. Ao lado do supersensível, o seu destino é viver de joelhos pedindo desculpas.

3) O TROGLODITA - O troglodita tem um lado bom: não está nem aí para as suas grosseria. Fique a vontade porque nada o atinge. Mas ele tem um lado ruim: não está nem aí para os seus sentimentos.   Ao contrário do que algumas pessoas pensam, troglodita não é somente a pessoa grosseira ou brigona. Enquadro nessa categoria os ENGRAÇADINHOS: pessoas insensíveis, que brincam com os sentimentos dos outros, apelidam com crueldade, ridicularizam, fazem piadas com coisas que você preferia esquecer, humilham e não medem o mal que fazem. Tudo em nome do bom humor. Não, o ENGRAÇADINHO não terá uma categoria àparte nesse post. Ele nada mais é do que um troglodita disfarçado, o tipo de gente que sempre acha que a dor que causam nos outros é frescura.

4) O DETETIVE - Você já conheceu aquele tipinho de gente que vai se chegando em nosso pedaço, demonstra sensibilidade, interesse pela nossa pessoa, é carinhoso, saca de longe nossas carências, incentiva o desabafo... e aos poucos vai juntando informação. Depois que seu dossiê está completo ele usa tudo o que você disse contra você mesmo! E o que você não disse ele torce para parecer que disse. Pela frente ele é um amor, um ser quase maternal. Por trás é uma cobra venenosa, uma pessoa de alma doente que coleciona informações porque adora jogar uns contra os outros. Cruz-credo!

5) O "CARIDOSO" - Não sou contra o caridoso, pelo contrário: admiro as pessoas boas. Mas acho que caridade é algo que VOCÊ faz pelo próximo, não algo que você constrange os outros a fazerem pelo próximo. Aí já não é mais caridade, mas auto-promoção. Há pessoas que adoram se exibir fazendo "o bem". Até aí tudo bem, essa é até uma forma muito útil de se exibir. Se todo mundo canalizasse a própria vaidade para fazer o bem, o mundo seria um lugar melhor. Exibir-se não é problema. O problema é quando o caridoso de plantão quer te constranger a fazer a caridade que ELE ELEGEU como prioritária. Não importa o que você faz pelo próximo; a única causa importante é a dele.  Se você não adere à causa do grande líder ele te chama de miserável na frente de todo mundo e queima teu filme sem dó nem piedade. Essas pessoas são as estrelas, os luminares de bondade no universo. Você é um reles que tem mais é que ficar sob a liderança deles.

6)  O SEBOSO - Assim nomeio o sujeito cuja palavra não tem firmeza nenhuma. Você não pode se apioar em nada que o cara diz porque a palavra dele é um sebo e só serve para fazer os outros se esborracharem no chão. E sabe o pior de tudo? É que todo enrolão é  super "prestativo". Pode reparar. O sem-palavra costuma ter a maior facilidade do mundo em se oferecer pra te ajudar. Quando você está tranquilo encostado na conversa dele, aí vem o escorregão.  Tenho horror a gente sem palavra mas o pior tipo de sem palavra é o "prestativo":

"- Pode deixar que às 15 horas eu estou lá!"  Aí o infeliz chega às 16 - quando chega.
"- Faço questão de te levar para conhecer minha casa de praia. E pode levar a família! Vai ser um prazer!"  Você até se anima, desmarca compromissos... e nada. Era só bafo. No outro dia o miserável só diz que "não deu".
"- Pode deixar que semana que vem a gente toca esse projeto juntos".  Aí o lazarento viaja e nem te avisa.
"- Pode ir pra festa que eu fico com o Junior".  Ele desaparece e ainda desliga o celular.
"- Paga aí e depois a gente acerta!"  Há há há.
"- Fique tranquilo que eu vou falar com ele e você vai ser contratado."  Um mês depois você pergunta e o bostinha não falou nada - nem vai falar.

7) ALFAIATE MORAL - O religioso que vive medindo o grau de moralidade dos outros. Você sente a fita métrica em cada piscada de olhos na sua direção. Credo.

8) O CARA "VIVIDO" - Homem que sabe de tudo e acha que toda mulher é uma vagabunda - menos a dele. O castigo é que geralmente a mulher dele é que é a vagaba. Deus é justo.

9) O CONTESTADOR CRÔNICO -  Não importa qual seja a sua tese: o cara vai te contradizer. E em cada argumento o tom de voz vai aumentando. Não tenho nada contra um bom debate. Na verdade até gosto bastante desse joguinho do intelecto, mas não é toda hora que a gente está com saco para exercitar o cérebro, né?

10) O GOSTOSO(A) - Sabe esse tipo de pessoa que você dá um "oi" e ela já espalha que você está a fim? Se você oferece um favor é porque está interessado. Se conversa, está interessado. Se senta ao lado, está interessado. Se pede um livro emprestado é porque está interessado. Se dá carona, está interessado. Se pede carona, está interessado. Se você ignora a pessoa é também porque está interessado e quer disfarçar. Haja saco!  O pior de tudo é que tem gente que acredita nas conversas desse tipinho.  Acho que todo "gostoso crônico" é um complexado às avessas. Resumo: não dá pra ter amizade com uma pessoa dessa.

11) O INTERESSEIRO - É aquele para quem você só vale pelo que pode oferecer a ele.

12) Politico que quer desarmar a população mas não mete a mão no vespeiro do tráfico ilegal de armas nem tocam no assunto das armas das forças armadas que vão parar nas mãos dos bandidos.

E por aí vai. A lista é grande. Complete-a.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Aquilo que você já sabe.

Pra mim é o seguinte: rotina só é ruim quando não é boa.
Eu mesma não queria abrir a janela ao amanhecer e ver cada dia o sol com uma cara diferente. Sol roxo. Sol cinza. Sol vermelho com bolinhas pretas. Sol amarelo com listras azuis. Não. Gosto mesmo é desse mesmo sol amarelinho e descabelado de todas as manhãs.  Qual o problema?

Não entendo essa implicância que algumas pessoas tem com a rotina.  Rotina é bom!

A pior implicância mesmo é implicar com a rotina da convivência a dois. Dá até vontade de rir quando vejo uma recém-casada dizendo que está sempre bolando alguma coisa nova para o relacionamento não cair na rotina.  Ha ha ha. Só quero que ela venha conversar comigo daqui a trinta anos.  Quem é que aguenta o peso de ter que estar bolando novidades para escapar da rotina do casamento? Se o casamento tende a ser insuportavelmente chato a ponto de você precisar ter essa preocupação, vou te dar um conselho: ao invés de ficar imaginando coisas, caia fora desse casamento enquanto é tempo.  O bom casamento não é aquele com uma novidade por dia. O bom casamento é justamente aquele no qual duas pessoas se deliciam no que já conhecem de sobra e ainda assim continuam querendo. Êta coisa boa!

Bom do casamento (e de tudo o mais) é justamente a boa expectativa.  Há coisa melhor do que deitar já sabendo que receberá aqueeeele cafuné de boa noite? Por quê esse cafuné tem que ser cada dia de um jeito, meu Deus do Céu?  Outro exemplo: eu não gostaria de chegar ao meu restaurante favorito e encontrar cada vez o meu pedido com um gosto, um tempero, um corte diferente. NÃO! Eu quero comer exatamente aquilo que eu já comi na imaginação. Se mudarem alguma coisa eu reclamo.

O sucesso das franquias é justamente a pessoa entrar no estabelecimento já sabendo o que vai encontrar, sem invenções nem "criatividades".

Imagine-se em um casamento no qual você tenha a tarefa de toda a semana inventar um novo local para acasalamento (legal esse termo, né?), uma roupa diferente, uma música diferente, uma posição diferente... Acorda! Isso é impossível! Não há criatividade que aguente.  Além do mais, nada que você inventar será mesmo diferente. Todas as posições "diferentes" já são manjadas desde que o mundo é mundo. E mesmo que para você elas sejam novidade, daqui a pouco tempo vão deixar de sê-lo. Ou você gosta de fruta ou não gosta. Decida.

Sério, as pessoas tem que entender que não existe a menor possibilidade de estar com alguém por trinta anos e ainda assim ter "novidades" toda a semana. E isso não é lamentável, mas desejável!   Acho que a pior rotina é a de ter que ficar o tempo todo bolando um jeito de sair da rotina. Cruz-credo!

Há algo melhor do que entrar no quarto do filho sabendo que ele está lá, previsivelmente com saúde, que vai previsivelmente sorrir para você e previsivelmente te dar aquele abraço "manjado" de bom dia?  Há algo melhor do que flagrar o olhar carinhoso da pessoa amada previsivelmente direcionado a vocÊ? Há algo melhor do que aquele mesmo cheirinho de café novo? Imagine uma cozinheira que fizesse um cafezinho todo dia com um gostinho diferente para não cair na rotina. Eu mandaria ela embora. Há algo melhor do que o bom e "manjado" orgasmo? Você já sabe como é,  gosta de sentir aquilo e não precisa de inovação: só da boa e certeira re-re-re-repetição.

As melhores coisas dessa vida não comportam versão remix. Quero chegar em casa e torcer para encontrar sempre as mesmas coisas que amo. A felicidade está justamente em saber que as coisas que apreciamos continuarão sempre do mesmo jeito, no mesmo lugar. As dores da vida estão justamente na fatalidade de não conseguirmos manter pra sempre aquelas coisas que nos fazem felizes.

Acho que a felicidade é como um bom pudim de leite: simples e previsível. Quanto mais tentam incrementar um pudim, pior ele fica. Pode conferir.

Eu não consigo sentir água na boca por aquilo que desconheço o sabor. Quão doce é a expectativa da espera quando o desejado já foi mentalmente saboreado!

Quem muito muda é porque ainda não achou o ponto certo. No dia em que você comer um pudim perfeito  você entenderá que qualquer cereja a mais é heresia.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pensamentos


1- Pena de morte? Até que sou a favor. Desde que os outros a executem e que eu não tenha nada a ver com isso.

2- Crime: como combater uma coisa que está em todo lugar? Se estivesse só em Brasília seria mais fácil.

3-  Drogas: a culpa é de quem usa e de quem vende. Os outros são as vítimas.

4- Ajudar países em crise? Por que não construir mais colégios e hospitais aqui? Quem não tem pena nem do seu povo não tem pena de mais ninguém. Há algo de podre nesse tipo de caridade.

5- Gravidez na adolescência? Não é falta de informação: é falta de responsabilidade.

6- Homossexualidade:  minha opinião é tão livre quanto a sua genitália.

7- Ser rico: só empolga no primeiro momento. Tudo depois é só medo; medo de perder o que se tem.

8- Empregada doméstica: profissão mais light do que ser professora ou caixa de supermercado.

9- Falsidade: o falso é alguém que se reconhece péssimo. Ele sabe que é uma pessoa tão sem virtude mas tão sem virtude que para ser aceito tenta parecer uma pessoa melhor.

10- Beleza: é relativa... mas todo mundo sabe descrevê-la com exatidão.

11- Pobreza: é herdada, assim como a riqueza. A culpa? Remonta os primórdios.

12- Crime: só existe enquanto compensa.

13- Imposto de Renda: se o Governo consegue controlar a vida de todo mundo para tirar dinheiro, por quê não consegue controlar todo mundo para nos dar segurança?

14- INSS:  você consegue entrar no site da Receita Federal para alterar seus dados e assim conseguir ganhar todo ano uma bolada de devolução de Imposto? Não? Por quê? Porque eles não deixam. O sistema é seguro. Então porque qualquer mané consegue fraldar o INSS? Porque o melhor da informática só funciona para nos tirar dinheiro mas não funciona para proteger o nosso dinheiro.

terça-feira, 17 de maio de 2011

No tempo da ditadura... (texto copiado)



Podíamos acelerar nossos Mavericks pelas auto-estradas acima dos 120km/h sem nenhum risco e não éramos multados por radares maliciosamente escondidos, 
mas não podíamos falar mal do presidente.

Podíamos comprar armas e munições à vontade, pois o governo sabia quem era cidadão de bem,
quem era bandido e quem era terrorista, 
mas não podíamos falar mal do Presidente.

Podíamos paquerar a funcionária, a menina das contas a pagar ou a recepcionista 
sem correr o risco de sermos processados por “assédio sexual”, mas não podíamos falar mal do Presidente.

Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (ei! negão!), 
credos (esse crente aí!) ou preferências sexuais (fala! sua bicha!) e não éramos processados por “discriminação” por isso, 
mas não podíamos falar mal do presidente.

Podíamos tomar nossa redentora cerveja no fim do expediente do trabalho para relaxar e dirigir o carro para casa, sem o risco de sermos jogados à vala da delinqüência, sendo preso por estar “alcoolizado”,
mas não podíamos falar mal do Presidente.
 
Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas sem que isso constituísse crime ambiental,
mas não podíamos falar mal do presidente.

Podíamos ir a qualquer bar ou boite, em qualquer bairro da cidade, de carro, de ônibus, de bicicleta ou a pé,
sem nenhum medo de sermos assaltados, sequestrados ou assassinados,
mas não podíamos falar mal do presidente.

Hoje a única coisa que podemos fazer...
...é falar mal do presidente!

Que merda!

(Recebi esse texto por e-mail. Desconheço a autoria.)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Todos nós FOMO

É incrível a capacidade que alguns desocupados estudiosos tem, de classificar e rotular nosso jeito de ser e de sentir a vida.

Tudo agora tem nome. Tem nome para pessoas que não ligam pra nada, para pessoas que ligam pra tudo, pra quem tem medo da morte, para quem não gosta de açúcar, para quem adora pentear os cabelos, para quem não escova os dentes...  Pegam qualquer coisa comum, colocam numa sacola e rotulam.  Isso é uma droga. Toda mania é neurose, todo medo é fobia, toda fixação é maluquice.  Nada pior do que isso para fazer a gente se sentir comum, previsível e reles. Ninguém mais tem o direito de se sentir especial, diferente, único.

Estou me lembrando daquele personagenzinho do filme Toy Story. Ele era um brinquedo mas não sabia que era brinquedo. Ele se levava a sério e sofreu um choque horrível quando viu, na prateleira do shopping, centenas e centenas de caixas com outros bonecos igualzinhos a ele. Que dor! Que desapontamento! Que crise de identidade! Tocante. Me sinto assim às vezes, quando me classificam.

A última "doença" agora tem nome estranho e sintoma comum: é a FOMO. Não sabe o que é? Pois vou te explicar pela boca da revista Época:

"Você está sentado em casa em uma sexta-feira à noite. Decidiu não sair. Vai ver um filme, ler um livro - talvez não fazer nada. E então você fica ansioso: e se algum amigo estiver fazendo alguma coisa muito legal? Outro cenário: você está em uma festa e mesmo assim a ansiedade chega: e se estiver rolando uma festa melhor? Ou você nem estava pensando em nada, mas vê no Twitter que vários conhecidos estão no mesmo lugar e, mais uma vez, a ansiedade vem. A angústia de que há sempre algo mais interessante para se fazer já ganhou um nome: fomo, sigla em inglês para fear of missing out, ou medo de perder alguma coisa."

Grandes coisas. Descobri que todos nós somos FOMO, admitindo ou não. Eu fomo, tu fomas, ele foma. Nós fomamos. Se você não está nessa, vou criar agorinha alguma classificação bem humilhante para você. Acho que todos os normais são FOMO. Quem não foma é estranho...


Deve haver uma classificação para essa gente que tem mania de classificar todo mundo. Isso sim é que deve ser uma nova doença da nossa época.

Produtos verdes

domingo, 15 de maio de 2011

Desarmamento: uma mentira e um desafio

Tá, eu sei que a discussão é manjada mas você não é obrigado a ler tudo. 
Só quero te adiantar uma coisa: o Governo está mentindo 
quando diz que não é proibido ter uma arma. 
Na prática faz tempo que o Governo não libera porte de arma pra ninguém.


Novamente o Governo está armando nova campanha para desarmar a população. Quero saber desde quando bandidos são sensíveis às campanhas do Governo. Digo isso porque só os bandidos me preocupam. Meus opositores políticos também me preocupariam se eu fosse uma ditadora.

O fato é que somos presas, gente. Mas bem feito. Em nosso país todo mundo tem peninha de bandido. Só sei que QUEM TEM PENA DE BANDIDO, ACABA NO LUGAR DELE.  É o que está acontecendo. Estamos presos, desarmados e sem assistência do Governo. Eles estão livres, muito bem armados e contam com toda a simpatia do Governo. Lembra do Bolsa-Bandido? Pois é.

  • Eu queria saber quantos bandidos tem porte de arma.
  • Eu queria saber quantos bandidos irão entregar suas armas nessa nova campanha.
  • Eu queria saber, princpipalmente, se veículos automotores já não mataram acidentalmente muito mais gente do que disparos domésticos acidentais. Vamos voltar para as carroças?

  • Eu queria saber se certas raças de cães também serão exterminadas. Nunca vi uma arma atirar sozinha, mas de vez em quando dá a doida na cabeça de algum cachorro, sozinho, ele avança no dono ou despedaça alguma criança. A culpa é do dono? É. Tudo é culpa do dono. E daí?

Sim, a discussão é manjada mas não me furto de aproveitar para denunciar outra MENTIRA do Governo: Nas propagandas pró-desarmamento apregoam que o cidadão de bem pode ter arma sim, desde que peça o devido porte. MENTIRA!

Quer saber se estou falando a verdade?  Desafio VOCÊ  a ir hoje requerer seu porte de arma. Sabe quando você vai conseguir um? NUNCA!   Já me informei a respeito. Sabe qual a resposta do policial encarregado pela emissão de um porte de arma? Um sorriso e um "desista".

Quem tem porte hoje é quem já tinha antes da mudança na legislação ou quem pratica tiro. Mesmo os praticantes tem que ter muita determinação porque é duro aguentar tanta regra. Algumas: só transportar a arma descarregada, em uma maletinha própria (e cara). O praticante de tiro pode atirar no alvo de papel mas não tem o direito de defender a própria vida e patrimônio. Para a alegria dos nossos governantes, que andam cercados de segurança, até o praticante de tiro, em caso de assalto, tem que manter sua arma na malfadada maletinha enquanto o bandido faz a festa. Que tal?

Vou ser sincera, meu amigo: arma no Brasil já é proibido. VOCÊ NÃO PODE TER UMA. O Governo finge que pode mas na prática não autoriza. Quando muito, renova os poucos portes que já existem. Se você não é bandido nem polícia, DESISTA.

Para completar, já está mais do que provado que arma de fogo nas mãos de uma população honesta NÃO AUMENTA a criminalidade.  Leia aqui: (CLIQUE AQUI).

Na verdade não precisamos de leis para termos o direito de defesa. Eu já nasci com o meu.  E você?


sábado, 14 de maio de 2011

Amazônia Jazz Band

Excelente a apresentação da Amazônia Jazz Band hoje, no Maria Silvia Nunes. Um show de primeiríssima qualidade. Uma ótima maneira de comemorar os onze anos da Estação das Docas. Valeu!

Definições

"Homossexualidade é diferente de homossexualismo. Homossexualidade é uma condição; o homossexualismo é a ideologia que advoga essa condição."

Caio Fábio.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Doutrinação homossexual

Você consegue imaginar um ator global indo ao Faustão e, durante a entrevista, dizer que não simpatiza com o movimento homossexual?  Não imagina? Nem eu. Sabe por quê? Não é que estejamos vivendo uma unanimidade em torno do assunto: estamos vivendo em uma ditadura.

Você consegue imaginar uma novela onde um homem heterossexual faça um discurso dizendo por quê prefere fazer sexo com mulheres, que isso é muito melhor do que transar com alguém do mesmo sexo e tal? Você consegue imaginar hoje em dia uma novela que faça apologia do heterossexualismo? Não? Nem seu. Sabe por quê? Porque vivemos em uma ditadura.

Uma coisa é exigir direitos iguais - que eu concordo.
Exigir respeito? Concordo.
Não oprimir, não discriminar? Concordo, concordo e concordo. Mas o que está acontecendo no Brasil extrapola a justiça e o bom senso.

Dia desses vi uma pessoa conhecida assistindo um vídeo no Youtube de duas mulheres se beijando.  Uma delas fazia todo um discurso explicando por quê fazer sexo com uma mulher é melhor do que com um homem. Essa pessoa me explicou aquelas eram cenas históricas: o primeiro beijo homossexual na televisão brasileira. Televisão? - perguntei. Ela disse sim, que aquilo não era um vídeo de Youtube, mas cenas de uma novela do SBT.

Uma coisa é mostrar um casal homossexual em uma história de novela. Outra coisa é fazer apologia e doutrinação. São duas coisas muito diferentes.

Os homossexuais tem direito de falar o que quiserem e fazer propaganda de si mesmos, mas O GOVERNO NÃO TEM ESSE DIREITO.

Por exemplo: você lembra da cartilha gay distribuida pelo Governo, onde consta a historinha de um menino no colégio que observa seu colega mijando e se apaixona por ele.   Poxa, isso não tem nada a ver com direitos e deveres: é pura doutrinação homossexual. Na prática qualquer ser inteligente percebe que ela serve  mesmo é para despertar, incentivar e excitar crianças (seres em formação, imaturos, manipuláveis)  na direção do mesmo sexo.


Hoje nossos filhos não são ensinados a respeitar os homossexuais: 
eles são ensinados a SEREM  homossexuais.  

Dia desses começaram a proibir o ensino religioso nas escolas. Nem catolicismo nem protestantismo nem outros "ismos" porque isso seria desrespeitar a opção religiosa da criança e a orientação religiosa da sua família; o Estado deveria deixar a pessoa escolher na idade adulta  qual religião professaria ou se preferia não professar religião alguma. Tá bom, mas POR QUE ISSO NÃO SE APLICA TAMBÉM À OPÇÃO SEXUAL?

Quer dizer que ensinar religião é desrespeito? 
Mas ensinar a dar  a ***** é conscientização?

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Utilidade pública


Olha aí que coisa inusitada! Nós nunca mais veremos um mês de julho como este, de 2011.  Ou alguém de nós viverá mais 823 anos? Observe:
  


D S T Q Q S S
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10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28 29 30
31

Este ano, Julho terá 5 sextas-feiras, 5 sábados e 5 domingos. Isto acontece uma vez a cada 823 anos. Ainda não confirmei a informação mas não resisti e estu publicando porque sou apressadinha.

 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pulcrícomo - vela nele!

Pulcrícomo é um cara que tem uma formosa cabeleira.

Você já ouviu alguém xingar chamar alguém de pulcrícomo? Não? Nem eu.

Acho que o idioma deveria dar o exemplo e começar a se livrar dos termos que não servem para nada. Poderíamos começar a "emagrecer" nossa vida livrando-a de toda sorte de pesos inúteis. Minha sugestão aqui é que comecemos pelo dicionário.

Nada como um dicionário fininho, esguio e elegante, com o corpitcho dobrável como o de um atleta.  Sumam com aqueles dicionários que mais parecem um frigobar. São morada de traças e ainda por cima a capa descola das páginas quando são muito folheados.

Claro que existem os modelos enxutos, mas são considerados incompletos. Porque não considerar inexistente, daqui por diante, todas as palavras que não constem nos dicionários resumidos? Para mim os "incompletos" são os mais completos. Os outros são apenas gordos.

A vida começaria a se tornar bem mais simples a partir daí. Essa mentalidade prática e desapegada atingiria muitos outros assuntos. Claro! Porque assim como uma mente enrolada enrola tudo, uma mente "cleam" descomplica tudo o que for atingido pela luz da sua reflexão.

Todos nós seríamos mais felizes com um dicionário mais fino, pois ele seria a promessa silenciosa de descomplicações futuras. Defendo essa tese.

Há palavras que, se um dia foram utilizadas, esse dia se perde na poeira de um passado remotissimo. Essas palavras estão lá, enfileiradas e caquéticas fazendo número e gastando nosso oxigênio. Pra quê? Vejo-as ansiosas, mãos tremendo, doidinhas para serem acionadas. Estão crentes que ainda servem para alguma coisa. Acabemos com o sofrimento delas!  Minha clarividência enxerga essas velhas ossudas e ressecadas escovando os dentes todos as manhãs e penteando seus ralos cabelos em movimentos lentos e exasperantes. Tudo debalde. Elas acham que têm algum direito à vida só porque obedecem à ordem alfabética. Coitadas. Mal sabem que um simples "enter" numa caixa de pesquisa é suficiente para encontrar qualquer coisa perdida no planeta.  A esperança delas me incomoda porque é vã. Jamais voltarão a ser acionadas nem por um pobre poeta carente de rimas.

Sustento que deveria haver funerais para as palavras. Acho que é uma maneira digna de nos livrarmos delas. Penso em uma cerimônia simples, talvez na Academia Brasileira de Letras. Eles não se negariam a isso, pois cada integrante construiu sua glória pessoal justamente em cima das palavras, então têm mais é obrigação de fazerem uma bela despedida.

Os homens usariam terno e gravata. As mulheres, qualquer coisa que combinasse com isso. Tudo não levaria mais que trinta ou quarenta minutos. As honras e despedidas seriam dadas a todas as palavras palavras aposentadas (esquecidas, ou impraticáveis, ou envelhecidas, ou inúteis, ou ... chamem como quiserem).  Os imortais, em nosso nome, se despediriam dessas palavras mortas para sempre. Não sem louvar-lhes o poder expressivo ou sonoridade agradável. Não sem lamentarem seu desuso, chamando a atual sociedade de simplista e sem afeição pela cultura e a beleza. Não sem se mostrarem pasmos com as mentes ralas da atualidade.

Poderia ser feita com antecedência uma pesquisa para confirmar se de fato elas eram mesmo palavras perdidas e deixadas de lado.

Quem sabe um singelo poema poderia ser composto utilizando-se essas palavras pela última vez?  Seria o momento tocante da cerimônia. O celebrante pronunciaria cada uma delas pela derradeira vez, pausadamente. Enquando isso fosse feito, uma vela seria apagada. Uma vela para cada palavra falecida. Mais um breve agradecimento pelos serviços prestados ao idioma... e adeus.

Depois disso as falecidas seriam excluídas das próximas edições dos dicionários da língua portuguesa. Qualquer gaiato que resolvesse utilizá-las dali por diante perderia ponto em sua redação (por exemplo) por estar utilizando um termo inexistente que nem para neologismo serve.

Sim, isso é mais que necessário. Quem me conhece sabe que tenho o cacoete emocional de atribuir personalidade aos seres inanimados. Não estou de todo convencida de que nossos irmãos inanimados não tenham sentimento nenhum.  Também não sei se palavras podem ser chamadas de seres, mas pouco importa. Elas ganham volume e formato em nossas bocas e livros, então têm qualquer coisa de "corpo-existente". Se ninguém se convencer de que as palavras são seres, a cerimônia será realizada assim mesmo, mas em respeito aos sentimentos das pessoas "tipo eu".

Coquetel ao final da cerimônia? Acho que sim. Os imortais vão considerar interessante contar com essa movimentação em suas agendas.

E tem mais: poderíamos estender essa "limpeza de armário" à todos os setores da nossa vida. Do armário propriamente dito a tudo o mais. Por exemplo:

1- "Ficante" que você não vai usar mais - vela nele. Pra quê guardar telefone?
2- Pessoas que não foram legais, sumiram do mapa e você nem sabe se ainda estão vivas. Vela nelas!
3- Sonhos sem cabimento - vela também!
4- Más poesias cometidas no passado - idem.
5- Mágoa e traumas já comentados, trabalhados, analisados e chorados. Chegaaaaa!

E por aí vai.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Enxergue-se

Você está a fim de criar uma nova sociedade, mais justa e solidária? Você daria tudo por uma sociedade onde o bem comum seja levado a sério? 

Sim? Conversa fiada.

Tempos atrás expliquei por A+B que a gente não quer isso coisa nenhuma e é por isso que a coisa não melhora. Leia o texto completo AQUI.

Os grandes transgressores são fichinha perto do exército inumerável de transgressores-formiga do qual VOCÊ faz parte.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Valeu, mãe!


Gostei muito do texto abaixo. Copiei do blog " SEMPRE, EM UM DIA". Acho que Rosana, a dona do texto, não vai ficar chateada por eu colocá-lo aqui, né?

Lá vai:


Outro dia dando uma olhadinha no twitter da minha linda filhinha de 13 anos, vi uma comunidade chamada "Toda mãe fala" e achei interessantíssimo. As crianças e adolescentes se identificaram e cada um colocou as frases que a suas mães costumam falar no dia-a-dia.  Achei muito legal, pois também sou mãe e olha que 90% daqueles frases já pronunciei em algum momento da minha vida e muitas falo quase que diariamente.

- Quando você for mãe, você vai entender!!
- Quando suas amigas (os) vem te chamar, você vai na hora, agora pra fazer um favorzinho pra mim...
- Vá tirar o uniforme!
- Depois não fala que eu não avisei...
- É para o seu bem meu/minha filho(a)
- Você não me respeita!!
- Vamos, engole esse choro!!
- Quem é este que você tanto conversa ai??
- Não sei porque ainda arrumo essa casa, daqui um minuto tá tudo bagunçado!!
- Eu não sou sua empregada!!
- Você só sabe pedir dinheiro!
- Sai desse computador e vá estudar agora!!
- Já fez a lição de casa hoje??
- Tire essa toalha molhada de cima da cama, por favor!!
- Sala não é lugar para tênis!
- Um dia você também terá filhos e eles serão iguais a você. Aí você vai ver o que é bom pra tosse!!
- Não esquece de levar a blusa, pois pode esfriar!!
- Filho (a), onde você está?? Vai demorar muito??
- Você pensa que nasci ontem?
- Juízo hein??
- Me liga quando chegar na festa .
- Tá vendo?? eu te avisei...

E assim por diante...

Mãe é mãe e acredito que só quando realmente os filhos crescerem e se tornarem pais, poderão entender o porquê de todas essas frases e preocupações.
E por mais que as décadas passem acredito que nada mudará em relação a pais e filhos.

Eles só esqueceram de dizer as outras frases também comuns:

- Te amo mais do que minha própria vida!
- Se precisar da mãe pode falar, estarei aqui sempre disposta a te ouvir!
- Fiquei a noite inteira acordada vendo se sua febre voltava!!


Agora,  que já sou adulta e minha mãe se foi, infelizmente, sinto muitas saudades daquele amor incondicional e aquela preocupação que mais ninguém tinha por mim, só ela!

Por isso queridos amigos adolescentes, não se irritem com seus pais e tente compreendê-los, pois um dia serão vocês que estarão lá no seus postos e talvez os agradecimentos para com aqueles que lhe deram a vida não seja mais possível, pois poderá ser tarde demais...

Pensem isso...

domingo, 8 de maio de 2011

Dia das Mães

Gosto do Dia das Mães, mesmo não tendo mais mãe. É que, como sou mãe, nessa ocasião me sinto super especial.

Claro que também pinta uma certa melancolia. Fico lembrando dos meninos quando eram pequenos e de como era bom eu ser o centro da vida deles. Lembro de apertá-los, colocá-los em meu colo, de explicar coisas, de ficar olhando eles dormirem, de trocar as fraldinhas, de amamentar. Lembro de mim mesma ocupada em mil afazeres com os quais não me ocupo mais hoje. Lembro dos meus biscoitinhos caseiros, dos shortes que eu fazia, dos passeios na praça.  Dá uma incrível sensação de riqueza saber que tive tudo isso em minha vida.  Lembro de como eu imaginava o futuro e reflito que agora estou no futuro...  e que tudo correu bem. Ufa!

Não fui a melhor mãe do mundo... mas acho que posso crer que fui uma boa mãe.

A pior coisa do mundo seria descobrir que minhas falhas foram maiores do que eu supunha...

Tomara que hoje todas as mães ganhem um gesto de carinho do tamanho que elas precisam. E tomara que todas as mulheres descubram que para ser mãe não é obrigatório ter um filho: basta amar como mãe.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

União homoafetiva

Todo mundo já sabe: foi aprovada a união homoafetiva no Brasil. Agora uma coisa tem que ficar bem clara: ESSA É UMA QUESTÃO DE DIREITO, NÃO UMA QUESTÃO RELIGIOSA.

Assim como os homossexuais estão tendo os seus direitos reconhecidos, temos que respeitar também a  ala cristã que vê no texto bíblico um texto sagrado. Se acreditar na Bíblia é ignorância ou não, fique claro: todos temos o direito de ser ignorantes. A lei não pode proteger só os luminares da inteligência. Burro também paga imposto. Aliás os burros são os que mais pagam.  A ninguém é permitido agredir o sentimento religioso de ninguém. Nada de querer processar esse ou aquele por não quererem cooperar com os seus ideais homossexuais.

Homo e étero, contra e a favor, todos vão ter que se aturar sim senhor. Isso é democracia.

Direito é Direito, religião é religião.

Ninguém pode vir com a lei na mão para querer obrigar padre e pastor a agredir a sensibilidade religiosa própria.

A religião cristã predominantemente entende que homossexualismo é pecado. Quem quiser se casar no religioso pode escolher uma entre os milhares de religiões no mundo para se realizar nessa área. O que mais tem no mundo é religião. Tem pra todo gosto, galera! Ninguém precisa brigar por esse motivo.

Os casais homossexuais também podem optar por procurar os serviços de um padre ou pastor com idéias mais heterodoxas, mas jamais devem pensar em reivindicar aquilo a que não têm direito: a consiência dos outros.

Tenhamos sempre em mente que a liberdade de uma pessoa termina onde começam os direitos dos outros.

Aliás... 

Sabe, eu nunca entendi direito por quê alguns homossexuais insistem tanto em casar na igreja. Pra quê, se a igreja prega justamente o livro que condena o homossexualismo!  Estranho, né? Se houvesse uma religião que pregasse algo com que eu me sentisse agredida, a última coisa que eu iria querer é casar justamente debaixo do formato dessa religião.

Não é não? Desculpa aí se eu estou errada.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sofra!

Gente, que coisa mais comovente! O irmãozinho dele matou a formiguinha dele. Nunca vi pranto mais sentido nesse mundo! Ele só sabe exclamar: "Ah que dó! Ah que dó!..."  A mãe pergunta para o irmão: "Você matou a formiguinha?" O menino responde: "Mati..."  rsrs

O mais lindo poema sobre a maternidade

Deliciem-se com Augusto dos Anjos:


Mater


Como a crisálida emergindo do ovo
Para que o campo flórido a concentre,
Assim, oh mãe, sujo de sangue, um novo
Ser, entre dores, te emergiu do ventre!

E puseste-lhe, haurindo amplo deleite,
No lábio róseo a grande teta farta
— Fecunda fonte desse mesmo leite —
Que amamentou os éfebos de Sparta. —

Com que avidez ele essa fonte suga!
Ninguém mais com a Beleza está de acordo,
Do que essa pequenina sanguessuga,
Bebendo a vida no teu seio gordo!

Pois, quanto a mim, sem pretensões, comparo,
Essas humanas cousas pequeninas
A um biscuít de quilate muito raro
Exposto aí, à amostra, nas vitrinas.

Mas o ramo fragílimo e venusto
Que hoje nas débeis gêmulas se esboça,
Há de crescer, há de tornar-se arbusto
E álamo altivo de ramagem grossa.

Clara, a atmosfera se encherá de aromas,
O Sol virá das épocas sadias...
E o antigo leão, que te esgotou as pomas,
Há de beijar-te as mãos todos os dias!

Quando chegar depois tua velhice
Batida pelos bárbaros invernos!
Relembrarás chorando o que eu te disse,
A sombra dos sicômoros eternos!






VOCABULÁRIO:

Sparta – Esparta (cidade da Grécia antiga).
Biscuít – Porcelana fina.
Venusto – Muito formoso.
Gêmulas – Pequenas gemas (aquilo que, brotando, pode originar novo indivíduo).
Pomas – Aqui, seios, mamas.
Sicômoros – Falsos-plátanos (árvore de folhas grandes que pode alcançar até 30 metros de altura). 


terça-feira, 3 de maio de 2011

História mal contada - Bin Laden

Ontem mencionei o assassinato de Bin Laden. Hoje já estou achando essa história muito mal contada.

Todo mundo sabe que quando os EUA querem fazer alguma coisa, acabam fazendo, na marra ou não. Ninguém impede. Essa conversa de lei, estado de direito, ordem e direitos humanos são papos furados que só se aplicam aos manés.

Pense comigo:

1) O certo não seria prender o Bin Laden para submetê-lo a julgamento, como aconteceu com os amiguinhos de Hitler e outros malucos ao longo da história? Claro que ele seria condenado! Por quê não o fizeram? Porque essa prisão e julgamento iriam ficar sob os holofotes do mundo e isso seria péssimo por vários motivos:

- Porque debaixo dos holofotes do mundo o terrorista estaria bem protegido. A imprensa protege. Qualquer beliscão seria denunciado pelos Direitos Humanos e geraria uma onda de protestos.

- Os EUA jamais conseguiriam "coletar informação" (torturar) de Bin Laden se tudo fosse feito sob o olhar da imprensa.

- Se Bin Laden fosse preso e todo mundo visse, os terroristas iriam se precaver, mudar planos de futuros ataques e os EUA não poderiam se defender. Melhor fazer de conta que ele morreu e tentar conseguir  informações sobre o mundo terrorista sem que o mundo terrorista saiba que está sendo dedurado.

2) Vocês acham mesmo que os Estados Unidos, depois de tanto tempo de investigação, iria simplesmente matar Bin Laden e acabou-se? Eles iriam detonar um arquivo vivo como ele?  Isso não seria uma operação de inteligência, mas uma operação de burrice.

3) Os EUA não são burros. É como diz o ditado "ele se faz de burro para comer milho".

4) Você acha mesmo que os EUA não teriam formas de capturar o Bin Laden sem precisar matá-lo?

5) Acho que Bin Laden está vivinho da silva  e já deve estar penando em mãos americanas. Com o mundo considerando o terrorista morto, a liberdade dos Estados Unidos é total. Na moita tudo é permitido. Podem torturar, bater, hipnotizar, arrancar o cérebro, podem tudo! Porque a imprensa não vai estar lá para encher o saco.

6) A verdade virá a tona quando tudo já tiver sido feito. Aí o mundo vai poder xingar a vontade.

7) Ainda vamos assistir um filme sobre isso. Aguardem.

Ora bolas. Anos e anos de investigação iriam acabar assim sem mais nem menos, igual a filme francês? Não tem cabimento em um único dia fazerem tudo: matam o homem mais procurado do mundo, fazem o exame de DNA, sepultam e acabou-se, tudo certo, fim de show, ninguém viu nada. Mas nem nos piores filmes de Hollywood isso seria cabível!

Na verdade a imprensa é toda direcionada para cumprir os intentos dos poderosos. Nós não sabemos de NADA. Tudo o que foi oficialmente dito pode ser jogado no lixo.

É assim que as coisas são.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Bin Laden

Pois é, mataram o Bin Laden. Agora o mundo se tornará um lugar melhor e mais justo. Acabou o terrorismo e a intolerância. Finalmente o bem venceu o mal. Vencemos uma grande etapa da nossa escala de evolução.  O pessoal que está comemorando a vingança dos EUA tem toda razão mesmo. Sou uma alienada por não enfeitar a casa com balões.

domingo, 1 de maio de 2011

Casamento real

Eventos como o do casamento do príncipe Willian com Kate inspiram um monte de gente a fazer continhas e mais continhas e depois passarem a xingar a realeza britânica. Dizem que gastar 40.000.000 de dólares com uma festa de casamento é um ato indecente. Será?

Para pessoas que passam fome também é um ato indecente gastar 2.000 em um aniversário de criança, 150,00 em uma noitada, 200,00 em um par de sapatos ou 50,00 em um almoço para uma só pessoa. Para quem passa fome não adianta explicar por que alguém deixa de comprar um carro de 30.000,00 para comprar um de 90.000,00. Para eles isso é absurdo e quem comete esse pecado tem mais é que morrer.

"Quantas criancinhas poderiam ser sustentadas com 90.000,00!"  Você abre mão do seu carro, das suas férias, da sua sexta feira a noite por essas criancinhas?  Então cala a boca.

Já deu pra notar que essa coisa de "pouco" e "muito" é totalmente relativa. O que é pouco pra mim pode parecer muito para os outros. Para quem é rico em um país rico, 40.000.000,00 é um preço aceitável para uma festa de casamento real com tantos convidados.

Quanto a esse assunto tenho mais algumas considerações a fazer:

1- A família real é rica. O dinheiro é DELES.
2- A Inglaterra é um país rico.
3- Indecente é roubarem da Previdência (como se faz aqui) e depois dizerem para o funcionário público que o benefício que ele pretende receber é abusivo (mesmo tendo pago por ele a vida toda).
4- No Reino Unido o povo sabe muito bem de onde sai o dinheiro da festa. Está tudo às claras. O povo gosta da família real, e daí?
5- Se o povo discordasse da família real e dos seus gastos, com certeza eles já teriam sido jogados pela janela a muito tempo. Diferente daqui, que todo mundo "odeia" político ladrão mas eles continuam roubando a vontade.
6- A gente tem que se indignar é com as sacanagens daqui, que acontecem debaixo do nosso queixo.
7- Quarenta milhões de dólares equivale a pagar quatro anos de salário para Ronaldinho Gaúcho. Tem certeza de que isso é mais útil à sociedade do que uma festa de casamento?
7- Gasta-se também uma fortuna todos os anos com a festa de Carnaval, uma festa dominada por bicheiros e traficantes onde predomina o louvor à promiscuidade (tanto é que no carnaval é quando mais capricham nas campanhas contra AIDS). Tem certeza de que isso é mais útil à sociedade do que uma festa de casamento?

Acho que deveríamos nos olhar no espelho antes de condenarmos a forma como os outros países gastam seu dinheiro.