sexta-feira, 8 de maio de 2009

Império do mal


A administração de Gong'an (na China) está pressionando seus funcionários a fumar uma cota determinada de cigarros, pois, caso contrário, serão multados. O objetivo da medida é aumentar a arrecadação. (Fonte: Globo.com - Leia na íntegra.)

Li, reli e ri. Engraçado né?

Achei bizarro o governo obrigar pessoas a fumarem pelo sórdido interesse de aumentar a arrecadação de impostos. Que coisa! Que falta de respeito! Que eticétera e tal!

Depois, bem depois, refleti: será que estamos mesmo em situação tão diferente desses manipulados chineses? Tudo não termina mesmo em interesses financeiros?

Todas as nossas campanhas anti fumo não são movidas pela mesmíssima mola propulssora? Fizeram as contas concluíram que o governo gasta mais tratando das doenças causadas pelo fumo do que com os impostos arrecadados com a venda de cigarros. Bem, já que essa doença não dá lucro, melhor evitá-la. No caso dos chineses esta medida bizarra não se trata de um plano nacional. O interesse restringe-se a um determinado condado. A idéia é mostrar um "balancete" apresentável para a chefia às custas do pulmão alheio.

Certamente os planos de saúde brasileiros também aprovam as campanhas e leis anti-fumo. Para eles é muito melhor que paguemos sem nunca usar seus serviços.

Claro que para nós também é preferível pagar sem nunca ficar doente! Não estou tentando abrir os olhos de ninguém para o obvio mas para o sutil: nossas belas campanhas pró saúde poderiam virar do avesso se tão somente as continhas das calculadoras dos poderosos mostrassem o contrário do que estão mostrando hoje.
Se amanhã as calculadoras do poder resolvesse fazer uma travessura e afirmassem com todos os números que o nosso pulmão com câncer seria mais rentável, vocês iam ver pra onde iam essas campanhas todas. Iam começar dizendo que depois de extensivos estudos concluíram que essas campanhas são muito caras e resolveram reverter o dinheiro para o Criança Esperança ou algo assim. Depois diriam que as tais leis eram uma agressão contra a liberdade do indivíduo. Depois de um tempo estariam enfiando um cigarro na boca do seu filho dentro da escola.

Talvez não sejamos menos gado do que aqueles chineses do qual morri de rir minutos atrás.

Tô em crise. Ninguém se importa se meu pulmão é vermelhinho ou da cor de uma esponja de lavar pneu de carro.

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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Império do mal


A administração de Gong'an (na China) está pressionando seus funcionários a fumar uma cota determinada de cigarros, pois, caso contrário, serão multados. O objetivo da medida é aumentar a arrecadação. (Fonte: Globo.com - Leia na íntegra.)

Li, reli e ri. Engraçado né?

Achei bizarro o governo obrigar pessoas a fumarem pelo sórdido interesse de aumentar a arrecadação de impostos. Que coisa! Que falta de respeito! Que eticétera e tal!

Depois, bem depois, refleti: será que estamos mesmo em situação tão diferente desses manipulados chineses? Tudo não termina mesmo em interesses financeiros?

Todas as nossas campanhas anti fumo não são movidas pela mesmíssima mola propulssora? Fizeram as contas concluíram que o governo gasta mais tratando das doenças causadas pelo fumo do que com os impostos arrecadados com a venda de cigarros. Bem, já que essa doença não dá lucro, melhor evitá-la. No caso dos chineses esta medida bizarra não se trata de um plano nacional. O interesse restringe-se a um determinado condado. A idéia é mostrar um "balancete" apresentável para a chefia às custas do pulmão alheio.

Certamente os planos de saúde brasileiros também aprovam as campanhas e leis anti-fumo. Para eles é muito melhor que paguemos sem nunca usar seus serviços.

Claro que para nós também é preferível pagar sem nunca ficar doente! Não estou tentando abrir os olhos de ninguém para o obvio mas para o sutil: nossas belas campanhas pró saúde poderiam virar do avesso se tão somente as continhas das calculadoras dos poderosos mostrassem o contrário do que estão mostrando hoje.
Se amanhã as calculadoras do poder resolvesse fazer uma travessura e afirmassem com todos os números que o nosso pulmão com câncer seria mais rentável, vocês iam ver pra onde iam essas campanhas todas. Iam começar dizendo que depois de extensivos estudos concluíram que essas campanhas são muito caras e resolveram reverter o dinheiro para o Criança Esperança ou algo assim. Depois diriam que as tais leis eram uma agressão contra a liberdade do indivíduo. Depois de um tempo estariam enfiando um cigarro na boca do seu filho dentro da escola.

Talvez não sejamos menos gado do que aqueles chineses do qual morri de rir minutos atrás.

Tô em crise. Ninguém se importa se meu pulmão é vermelhinho ou da cor de uma esponja de lavar pneu de carro.

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