quinta-feira, 21 de maio de 2009

Bom, mas bom mesmo...


O que é bom, mas bom mesmo pra você?

A resposta depende muito do dia. Hoje por exemplo estou achando que bom, mas bom mesmo é ser moleque, mas desses moleques bem jogados mesmo, "dos tempos de antigamente".

Sabe aqueles que iam para a escola, faziam o dever de casa e estavam livres para sempre? Pois é. Ô vidão! Colocavam um shorte e iam jogar bolinha de gude, soltar pipa, ajeitar o carrinho de rolimã... emporcalhar-se a tarde toda, em suma.

Obviamente nunca fiz nada disso porque nasci menina... Tinha inveja dos meninos mas eu dava meu jeito lendo contos de fadas, brincando com bonecas, viajando na maionese da minha Second Life mental.

Mas bom mesmo era ser moleque, sempre tive certeza disso. Até os pés cortados tinham seu charme e história pois falavam de algo do qual eu jamais seria chamada a participar. Os meninos voltavam suados e horríveis pra casa, com o joelho esfolado. Disso eu não tinha inveja porque não ficaria bem na hora de cruzar minhas perninhas finas.

Hoje em dia não se tem mais "moleque de família". O que se vê é criança de rua ou menino estressadinho. Vão para a escola e voltam incumbidos de trabalhos escolares rocambolescos que infernizam, quer dizer, envolvem a família toda. Depois tem o judô, o inglês, as aulas reforço e o raio que o parta.

Seja lá o que for que os moleques da foto estão fazendo, e de onde estão descendo, é certo que são uns privilegiados. A cena é rara e para poucos. Conheço poucos (na verdade, nenhum...) lugares de onde se possa descer assim. Deve ser tão, mas tão, mas tão divertido que é terminantemente proibido para crianças de boa família.

Aliás o que é "boa família" mesmo???

Digo a vocês, não sem um certo desgosto, que nunca fui moleque nem moleca. Fiquei no meio: fui meleca. Daí a inveja dos meninos da foto.

Um comentário:

  1. Adorei o trocadilho do "meleca", muito inteligente !! Eu consegui se moleca, bem moleca mesmo de tomar banho na cuva, cair na grama, pular corda, quebrar o braço, a perna, a testa... eu era uma pimenta!

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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Bom, mas bom mesmo...


O que é bom, mas bom mesmo pra você?

A resposta depende muito do dia. Hoje por exemplo estou achando que bom, mas bom mesmo é ser moleque, mas desses moleques bem jogados mesmo, "dos tempos de antigamente".

Sabe aqueles que iam para a escola, faziam o dever de casa e estavam livres para sempre? Pois é. Ô vidão! Colocavam um shorte e iam jogar bolinha de gude, soltar pipa, ajeitar o carrinho de rolimã... emporcalhar-se a tarde toda, em suma.

Obviamente nunca fiz nada disso porque nasci menina... Tinha inveja dos meninos mas eu dava meu jeito lendo contos de fadas, brincando com bonecas, viajando na maionese da minha Second Life mental.

Mas bom mesmo era ser moleque, sempre tive certeza disso. Até os pés cortados tinham seu charme e história pois falavam de algo do qual eu jamais seria chamada a participar. Os meninos voltavam suados e horríveis pra casa, com o joelho esfolado. Disso eu não tinha inveja porque não ficaria bem na hora de cruzar minhas perninhas finas.

Hoje em dia não se tem mais "moleque de família". O que se vê é criança de rua ou menino estressadinho. Vão para a escola e voltam incumbidos de trabalhos escolares rocambolescos que infernizam, quer dizer, envolvem a família toda. Depois tem o judô, o inglês, as aulas reforço e o raio que o parta.

Seja lá o que for que os moleques da foto estão fazendo, e de onde estão descendo, é certo que são uns privilegiados. A cena é rara e para poucos. Conheço poucos (na verdade, nenhum...) lugares de onde se possa descer assim. Deve ser tão, mas tão, mas tão divertido que é terminantemente proibido para crianças de boa família.

Aliás o que é "boa família" mesmo???

Digo a vocês, não sem um certo desgosto, que nunca fui moleque nem moleca. Fiquei no meio: fui meleca. Daí a inveja dos meninos da foto.

Um comentário:

  1. Adorei o trocadilho do "meleca", muito inteligente !! Eu consegui se moleca, bem moleca mesmo de tomar banho na cuva, cair na grama, pular corda, quebrar o braço, a perna, a testa... eu era uma pimenta!

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