terça-feira, 30 de março de 2010

CUIDADO! Tem um coelho querendo te assaltar!

Veja por quê é verdade afirmar que "Em tempos de crise, grana curta e tudo mais, só sendo muito idiota pra gastar dinheiro comprando Ovos de Páscoa."
 
Clique aqui e entenda.

Abaixo os ovos!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Fundo Reino

Assisti esses dias a peça Fundo Reino, no teatro Waldemar Henrique (Belém/PA). Pense numa peça chata.

Nota introdutória: quem sou eu? Nada mais que uma reles mulher do povo, uma expectadora com o grau de inteligência quase menos que mediano; uma pessoa que não sabe discorrer com erudição sobre teatro e que não é digna nem de desatar as correias das sandálias de Walter Freitas. Só posso falar, muito encabuladamente, das minhas simples e rasteiras impressões.


Devidamente humilhada passo a contar-lhes as minhas impressões:

Li que o espetáculo é o " resultado do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz etc e tal."  Noooossa!
Sabe o que isso quer dizer? Que Walter Freitas é uma pessoa especialmente inteligente, culto, talentoso e inspirado e que este trabalho dele só pode ser acessível às pessoas igualmente acima da média. No final das contas concluo, desolada, que estou muito aquém de tudo aquilo. Sabe, não alcancei a magnitude da apresentação. Saí de lá enfadada.

Noves fora, é isso.
Mas o texto era ruim? Não!!! Pelo contrário: brilhante. Isso mesmo. As falas rimavam de forma criativa e graciosa, uma coisa muito interessante, principalmente quando a gente conseguia entender o que os atores falavam, porque não havia palco. A história foi encenada numa "arena", com o público ao redor. Sendo assim, de vez em quando os artistas ficavam de costas para a gente.

Os atores eram ruins? Não! Eram bons mesmo. Vai aqui uma menção mais que especial à moça magrinha que interpretava a filha de Antero. Acho que o nome é Wellingta Macêdo; e também à Pauli Banhos, que interpretou a Viúva Zulmira. Só pude concluir que eles não tiveram culpa, pois apenas fizeram - e bem - o que mandaram eles fazerem.

E o que mandaram eles fazerem?

Os artistas, devidamente enfeiados pela produção, fizeram a sua parte nessa esquisitice visual: faziam caretas, muitas caretas.

Não havia cortina nem entra e sai de personagens. Eles permaneciam o tempo inteiro no palco, mesmo se não estivessem todos atuando.  Nesse ínterim penso que poderiam se retirar para retornar depois, poderiam sentar na platéia ou dormir. O que não consigo entender é por que eles todos ficavam o tempo INTEIRINHO fazendo caretas para nós e uns para os outros. Saco!  Pensei: "qual seria o significado profundo dessas macaquices?"  Sei lá.   Era assim: Se havia uma dupla atuando, os outros matavam o tempo se contorcendo, circulando pela "arena" tortos, capengas, com cara de inimputáveis. Um desfile de horrores, contrangedor e sem graça. Em alguns momentos imaginei que eu estava em um hospital psiquiátrico. Sério!  Sem falar nos gestos ao ar, na maioria das vezes sem sentido algum. Agitavam os braços, catavam borboletas imaginárias, desfiavam cortinas inexistentes e sei lá mais o quê. Só sei que não queria dizer nada.  E se queria dizer, ficou só na boa intenção. Faltou clareza o tempo todo.

Há mais outros detalhes desagradáveis, mas vou ficar só por aqui.

Fico imaginando se peças como essa não respondem à indagação de alguns artistas amargurados: "por quê será que o povo não prestigia nosso teatro?"  Bem, eu sou povo e estou cantando a pedra procês. Não dá!

Já assisti peças nas quais as pessoas falavam umas com as outras, havia começo meio e fim, diálogos esclarecedores ou um narrador caridoso, gestos com razão de ser, choro ou riso dentro do contexto. Ah como era bom...

De qualquer forma sempre achei que os artistas queriam se fazer entender. Parece que eu estava errada...   Nesse episódio tive a impressão de que não era para eu estar lá e que aquilo era destinado apenas aos "iniciados". Era coisa de artista pra artista, pro pessoal da tribo, entendeu? 

Questionei com uma amiga: "Mas aquelas macaquices todas eram mesmo úteis para a história? Por que aquilo? Que saco! Por que não encenam uma história às claras, para a gente acompanhar e curtir?" Ela respondeu algo como: "se fosse pra ser como na vida real, com gestos e expressões mais naturais e claras, não seria teatro, mas cinema."

Ah tá, então teatro é careta e enigma?  Vivendo e aprendendo...

Detalhe: as pessoas que estavam comigo também eram burras: acharam cha-to.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Uma nova sociedade? Tá doido, cara?

Ei ! Você aí! Sim, você mesmo! Venha cá e me responda: sério mesmo, você está a fim de construir uma nova sociedade?

"Claro que sim" uma ova.  A resposta certa é "claro que não". E não venha me atacar de engajado. Todos nós odiamos e amamos nosso modo de vida. Preferimos ficar com o que odiamos se  para isso pudermos manter o que amamos. O pacote é completo, não dá pra separar.

Por exemplo: não seria maravilhosa uma sociedade que não dependesse economicamente do consumismo desenfreado? Sim. Mas quais seriam as implicações dessa nova sociedade?

1- Isso implicaria em você abrir mão de 80% das suas coisas. Topa?

2- Implicaria em menos gente empenhada em criar. Não haveria motivo para tanta criatividade se não fosse para enriquecer vendendo-a. Para quê ficar criando coisas se não houvesse uma equipe de marketing dedicada a convencer os outros a comprar esses trecos de que não precisam? Menos propaganda = menos consumo. De repente você está condenado a continuar com aquela cadeira de balanço de 40 anos só porque a desgraçada não acaba nunca.

Esse é um exemplo só para começo de conversa. A verdade é que nossas reivindicações sociais mais inflamadas e justas poderiam infernizar nossa vida se fossem realmente aplicadas.  Mais exemplos:

-  Um pequeno erro (no trânsito, por exemplo) cometido sem senhuma intenção de fazer o mal. Você não poderia mais fugir das penalidades de modo algum, sob nenhum argumento, sob nenhuma "maionese". Todos os seus erros trariam sobre você a justa penalidade.  Amigo coronel, parente político ou compadre delegado - nada disso funcionaria. Nem dinheiro.

- Delícias? Só seriam liberados para a venda os alimentos que comprovadamente não prejudicassem nossa saúde de forma alguma. Agora abra a sua geladeira. Depois me olhe nos olhos e responda se você queria mesmo empresários e governo rígidos no que concerne à alimentação da população. Bem-vindo ao maravilhoso mundo dos naturebas.

- Aborto? Nem sonhar. Claro que sei que ele já é proibido. É proibido mas é permitido - se é que você me entende. Imagine se fosse proibido meeeeesmo.  Pense em você e em todo o mundo sem essa horrível opção, ainda que remota. Pense em você sem a opção de fazer nenhuma outra coisa feia nessa vida; não por caráter ou por amor ao próximo, mas por medo da infalível punição.

- Só teria permissão para fazer sexo as pessoas com condições físicas, financeiras e psicológicas para arcarem pessoalmente pelos resultados do sexo. Ou seja: sexo irresponsável seria terminantemente proibido. Adolescentes que não têm onde cair mortos transando alegremente às custas dos pais e empurrando o bebê para os outros criarem? Acabou.

- Nenhum tipo de promessa ou dívida ou contrato deixariam de ser cumpridos. Nenhum. Sob as mais pesadas penas da lei. Não valeria mais essa coisa de se arrepender das promessas feitas. Falou tá falado, nem que o mundo se acabe. Se você me prometeu uma coisa hoje, saberei que a promessa perdurará até que você morra, ainda que isso leve mais sessenta anos.

- O prazer do novo pelo simples prazer fútil pelo novo, nunca mais. "Enjoei daquela cortina..."  Ééééé?  Pois jogue-se da sacada. Você não serve para os novos tempos.

- Mérito, mérito e mais mérito. Quem não tiver mérito não chegará mais a lugar algum.  Legal né?  Será?   Pense que talvez você perdesse seu emprego por causa disso. Talvez, em um teste de capacidade, você só conseguisse ocupar um cargo bem na base da pirâmide. Status zero.

- A morte do "quem indica".  Particularmente eu odeio o  "quem indica" mas desconfio de que seja só porque nunca ninguém me indicou para nada.  Você se parece comigo?

Uma sociedade justa: 

"- Ah, você quer mesmo mais justiça?" pergunta a horrenda Fada Madrinha. 
"-Eu quero. Nas costas dos outros", respondo eu.

Meu amigo cheio de moral, você se garante se o mundo se tornar absolutamente justo? Tipo toma-lá-dá-cá, sem "mas-mas-mas", sem desculpa e sem perdão? Sim, porque o perdão é um ato injusto. A justiça mesmo é olho por olho, dente por dente. O que passar disso é misericórdia.
Particularmente acho que perdão e clemência tem me quebrado um galhão durante a vida. O problema da misericórdia é que não dá pra ela existir só pra mim. Geralmente (no fundo no fundo) achamos que bom mesmo seria "misericórdia para mim e justiça para os outros". Só que esse é um desejo muito cara de pau, não é?

Repito a pergunta: você se garante mesmo em uma sociedade mais justa?


Ah, você quer os dois juntos: justiça e misericórdia? Só na Bíblia, meu amigo, só com Deus. Você é cristão?    Vou te contar: aqui entre os homens, justiça e misericórdia são como óleo e água - não se misturam.
- Na nova ordem mundial proibido é proibido e inegociável.  Seja sincero: é isso mesmo que o seu coração pede? Maconhazinha? Porretada. Cola? Mais porretada. Coca Cola? Cem chibatadas. Som no último volume? Condenação. Pequenas transgressões? NEVER. Espalhar boato? Indenização. Pegar emprestado e não devolver? Execração pública. E por aí vai.

Imagine se todas as contravenções e crimes, maiores e menores, fossem realmente e exemplarmente punidos. TODOS. Assim teríamos uma sociedade mais justa, mas... isso não atrapalharia em nada o seu dia-a-dia?

A verdade é que nossa sociedade hipócrita é patologicamente afeiçoada a tudo o que a destrói. Precisamente por isso ela está sendo destruída. São os milhares de pequenas transgressões que estão envenenando o mundo. Os grandes transgressores são fichinha perto do exército inumerável de transgressores-formiga - do qual VOCÊ faz parte.

Acho que se uma fada madrinha viesse nos perguntar se desejávamos que ela transformasse agorinha nossa sociedade em uma sociedade justa, consciente, solidária e coerente, sabe o que responderíamos?

"Dona Fada, valeu a intenção mas... depois a gente fala sobre isso, tá? Deixe seu telefone que a gente entra em contato."

quarta-feira, 24 de março de 2010

Ditadura petista

Chega a ser assustadora a maneira como a ditadura está sendo implantada no Brasil. Todos se calam, todos se rendem. Onde estão os destemidos militantes que queriam liberdade? Sabe onde eles estão? Ocupando cargos, caladinhos, mamando na teta do Estado.

Escapamos da ditadura militar pra cair nisso? Numa ditadura petista?
É isso o que queremos para nós????
Assista. É nojento.

terça-feira, 23 de março de 2010

O meu avô é canibal!

Pensei que eu já tivesse rido de todas as besteiras da internet mas eis que sempre é possível descobrir mais uma. Nos primórdios da humanidade eu me divertia lendo os nomes das comunidades do Orkut. Agora isso não tem mais graça nenhuma. Enjoou.

Vagando a esmo pelo Twitter (que já enjoei tão logo me filiei) dei de cara com uma... comunidade (?) cujo nome é "#avonolugardeamor" ( Avô no Lugar de Amor). O lance é colocar as letras das músicas que falam em amor (quase todas) e substituir a palavra "amor" por "avô". Coisa de quem não tem o que fazer...   Mas pense:  acreditar que estamos desocupados é uma fantasia muito útil nos dias modernos;  nossas emoçoes precisam acreditar de vez em quando que estamos livres e desimpedidos.

Já justifiquei meu momento de besteirol. Sigamos:

Note que em algumas letras, a troca fica muito engraçada. Eu ri - você rirá.Se não rir, vá se catar. (Rimou!)

Vejam alguns exemplos (que copiei do Twitter). Depois você pode ativar sua veia artística (não é véia artística!) para compor com seu avô:

  • O meu avô é canibal. Comeu meu coração, mas agora sou feliz. (Tarado!)
  • Avô, meu grande avô, não chegue na hora marcada... (quer ou não quer a visita?)
  •  O avô de Julieta e Romeu... igualzinho ao meu e o seu...  (que coincidência!)
  • Fiquei mal, mas passou. Você não sabe o que é avô...  (é, eles são complicados mesmo...)
  • O avô só dura em liberdade, o ciúme é só vaidade   (Profundo... Tira o cara do asilo!)
  •  A vida não é só fantasia, a vida não é feita de ilusão, o avô é bem mais forte que a força de um furacão.. (Também, com tantas academias para a terceira idade!)
  • Eu te darei o céu, meu bem, e o meu avô também (Não, obrigada)
  • Avô igual ao teu eu nunca mais terei. Nunca mais terei, nunca mais terei... (é, geralmente a gente só recebe um exemplar de cada...)
  • Perdi meu avô... no paraííííso...  (o meu também já está no paraíso. Deus o tenha.)
  • Não se afobe não que nada é pra já, o avô não tem pressa, ele pode esperar. (esperar é uma das lições que quem já viveu muito acaba aprendendo)
  • Saiba que meu grande avô hoje vai se casar, mandou uma carta pra me avisar ... (acho que ele também tem o direito de ser feliz!)
  •  É o avôôõ que mexe com minha cabeça e me deixa assim... (o meu avô também era um porre.)
  • Quero um avô maior, avô maior que eu, que eeu. (pra mim serve um avô pequenininho mesmo)
  • O meu avô / não sei por quê / bate feliz / quando lhe vê (acho que ele é sadomasoquista...)
  • Vai sacudirrr vai abalarrrrr quando o meu Avôoo passarr, explode coração é muita emoção no arrr, vai laaa (Isso vai ser uma seção espírita?)
  • O beija Flor que trouxe meu Avô, voou e foi embora... (filho duma égua! por quê não levou o véio embora?)
  • Avô com avô se paga (é, eles se merecem...)  
  • O avô é cego (com o tempo a vista fica fraca mesmo)
  • O avô me pegou, tentei escapar, não consegui... (bolinador de menores! Esse mundo tá perdido...)
  • Quem nunca teve, quem é que não viu, um avô safado, um avô doentio (todo véio gosta de menininhas...) 
  • Eu quero um avó tranquilo com gosto de fruta mordida  (essa é fácil: todo avô já é uma fruta mordida)
  • Avô da minha vida... daqui até a eternidade, nossos destinos foram traçados na maternidade (é verdade...)
  • Meu avô é só seu, seu avô é só meu, nosso avô é assim (troca-troca de velhinho? Hummm...)
  • Não quero dinheiro, quero avô sincero... Isso é o que eu espero (pois é. Nada pior do que um velhinho mentiroso)
 E por aí vai.

sábado, 20 de março de 2010

Sambinha do amor que fica


SAMBINHA DO AMOR QUE FICA

O amor que fica
É mesmo o amor que fica
Porque o amor que vai
É frouxo laço
E abre espaço
Que nos distrai.

E nessa pausa
Estrago causa.
De nada vale
Uma afeição
Amargurada,
Entrecortada,
Na contramão?

E contra isso
Ninguém replica.
De que me serve
O intermitente?
Esse não quero
Só o que fica
Porque só esse
Cativa a gente.

No sol de fogo
Ou na garoa
O amor que fica
Longe não voa.

Disso me encanto!
Em seu cantil
Traz a poção
Traz o carinho
Que agrilhoa
- Que coisa boa!
Devagarzinho.

(Do livro Rio Coragem - Cristina Faraon)

sexta-feira, 19 de março de 2010

Coisas de gringo

Você consegue imaginar, no Brasil, alguma mulher ser presa por transar?  Pois na Inglaterra a "justiça" ficou indignadíssima porque uma certa Alice (que trabalhava como voluntária na prisão) resolveu "aliviar o peso da condenação" de três detendos.  Parece brincadeira. Ela é tida como criminosa porque "manteve relações pessoais e inapropriadas com os presos."  Ai méodéos!

Acho que isso só seria problema se eles fossem obrigados "àquilo" ou se ela estivesse colocando em risco a segurança.  Não sei como foi esse "coito criminoso"  (pelo buraquinho da grade?)  mas por mais errada que ela estivesse  mereceria uma advertência, o olho da rua, uma multa, sei lá, mas a pobre está correndo risco de pegar perpétua.  Que exagero!


"A jovem tinha como função verificar se os padrões de atendimento e decência eram seguidos na cadeia..."  Será que algum perso reclamou de "maus tratos"?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Bandido é preso vendendo drogas e diz que não sabia que 'a atividade estava proibida'

Essa foi boa! LEIA a reportagem na íntegra em O Globo.

Deixando pra lá o lado cômico da manchete, faço questão de declarar que EU ACREDITO na sinceridade do cara.  

Pense comigo: a vida toda ele esteve no morro Pavão-Pavãozinho. Lá ele negociava drogas livremente. Ninguém nunca lhe disse que aquilo era feio, mesmo porque para vender tem que ter quem compre. Um monte de gente comprava sua droga abertamente como quem compra batatas na feira. Tanto ele como seus amigos vendiam, compravam, usavam, carregavam etc. Nunca, mas nunquinha mesmo, ele precisou se esconder para exercer sua atividade de "negociador de substâncias entorpecentes". Um belo dia um policial acorda com o ovo atravessado e decide prender o elemento. Por quê? Por vender o que a vida toda ele vendeu, sem ser sequer criticado. Assim, como se da noite para o dia proibissem a gente de tomar refrigerante sem nem avisar antes.

Acho que aí configura até "direito adquirido". Será que não? Pô, pelo menos tinham que ter avisado sobre atuação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade, poxa!  Ele poderia se prevenir! Ou pelo menos colocarem uns cartazes pela favela avisando à turma que 'a atividade estava proibida'.  Como uma pessoa vai adivinhar?

Quer saber? É capaz de aparecer juiz aceitando o argumento. A capacidade de atualização da nossa jurisprudência é avançadíssima!


quarta-feira, 17 de março de 2010

Um texto terrível sobre ir à escola


Não fui eu quem escreveu. Sou inocente.

CHEGA DE ESCOLA

"...Pelo que percebia na minha época e percebo mais ainda agora, as melhores escolas do Brasil formam uma legião de cretinos semianalfa. As exceções se devem à influência de pais e amigos, uma ou outra escola, um ou outro professor, ou acidentes genéticos. Ninguém sabe de nada, ninguém lê, ninguém escreve direito, ninguém fala inglês, e pior: ninguém é curioso. As piores escolas, não quero nem imaginar, mas deve ser a mesma porcaria e com balas voando pra todo lado. Minha teoria é que toda escola serve para esmagar o espírito e a imaginação do ser humano para que ele se torne um escravo zumbi da sociedade. É também um lugar para os pais estacionarem os filhos durante o horário comercial..." (Continue lendo)

domingo, 14 de março de 2010

Pozinho branco no seu prazer

Recebi novamente um e-mail dizendo dos males causados pelo aspartame. A lista é grande e a minha capacidade de ficar abismada é pequena. Não podendo me assombrar com tudo, escolhi um dos males para meditar transcedentalmente: "diz-que" aspartame aumenta nosso desejo de ingerir carboidratos. A pessoa fica fissurada... e acaba engordando.

Eu já nem ligava mais para as ameaças do câncer mas essa agora  foi demais pra mim. Era só o que faltava. Já sou louca por carboidratos sem incentivo; imagine com!

Não gosto nadinha de me imaginar gorda, com câncer, alzheimer, lúpus etc. Decidido:  não preciso de outra lista de desgraça pra parar com esse negócio.  Porcaria de pozinho! Por quê só cocaína é proibida?
Pensando bem, acho que o aspartame pode muito bem simbolizar a facilitação do prazer. O açúcar é o prazer; engordar é o ônus. Aspatame é a tentativa de driblar essa sentença.

Quer prazer? Meta a cara e se prepare pra pagar o preço. Que driblar?  Meta a cara que a conta demora mais um pouquinho a chegar mas quando vier você paga com juros e correção.

Acho que a vida é cheia desse pozinho branco. Está pulverizado em tudo.   Quase tudo o que é bom "é ilegal, é imoral ou engorda". Por isso o ser humano não tem feito outra coisa na face da terra a não ser tentar contornar isso, ou seja: driblar a lei da Semeadura & Colheita.

Do aspartame eu já sei. E agora resta saber: qual o preço que pagaremos pelos outros paliativos usados na tentativa de ter prazer sem pagar por isso?  Pensa que o problema é só com os adoçantes é?

É desalentador mas não tem pra onde correr. No caso do açúcar você pode, depois de um longo e doloroso treinamento, acostumar seu paladar sem o doce. Argh!  É possível o seu estômago acostumar a "ver a vida em branco e preto".  Agora... e o que dizer dos outros prazeres?

Sim, tem "aspartame" também NISSO que você está pensando - também. Agora diga: nesse quesito você acha que dá pra acostumar o paladar e ir levando em 'branco e preto" para o resto da vida?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Cópias velhas

Há quem pense que viver cada dia como se fosse o último é ser irresponsável e inconsequente. Não. Não é meter o pé na jaca, querer tudo de uma vez, desesperar e se encher de dívidas.   Viver cada dia como se fosse o último é:

1-  Prestar muita atenção ao seu redor. Ame os minutos, colha-os com os olhos. Mire as pessoas e repare em tudo o que elas tem de lindo. Relacione-se. Descubra a alma de quem está perto, mostre-se, preste atenção!  Que nada escape à sua sensibilidade. Isso é degustar o momento. Prestar muita atenção a ele é "fotografar com o coração".

2- Tire muitas fotos. Não as poupe. Registre até bocejo e coceira no pé. Em sua mente não cabe tudo, então guarde os risos, o salto quebrado, a gola virada, o suor escorrendo, os abraços, gargalhadas, a troca de olhares. Tranforme o efêmero em "eterno"  com sua máquina fotográfica mágica.

3-   Quando o momento passar, estique-o através de relembranças. Vá dormir remastigando a sua alegria, sua felicidade, as pessoas que ama. Deixe-as repetir em sua mente as mesmíssimas piadas. Elas estão loucas para contar de novo, acredite. Permita que seus risos voltem a ecoar pela sala da sua cabeça.  Elas querem reviver! Esse é o sonho de cada defunto. Sim, aquele pessoal da foto não existe mais. O que existem são réplicas mais velhas.  À noite, na cama, é o melhor lugar para você sublinhar o que se passou.

Eu me odiaria pra sempre se não tivesse fotografado esse momento aí de cima. Não se repetirá. Pensar nisso seria quase desesperador se não fosse a esperança de que outras coisas boas também continuarão a acontecer. Claro que acontecerão! Se você souber com certeza que nada de legal voltará a contecer pra mim, pode me dar um tiro.  Hehehe - brincadeirinha! Largue essa arma! Não confio em seu julgamente.

Pois é: ainda que façamos outra festa semelhante, é absolutamente improvavel que as mesmas pessoas compareçam. Não, não comparecerão. Em primeiro lugar porque é como eu já disse: todos esses daí já não são mais. Ficaram mais velhos e tudo o que temos hoje é uma cópia razoável do que já foram. Tem gente até que já mudou o penteado! Uns emagreceram, outros engordaram...   Mesmo que eles não fossem apenas réplicas gastas de si mesmos eu garanto: juntar essa galera de novo não é impossível mas é complicado.

Não dói pensar nisso? Dói sim.  Mas ha, não quero esquentar a cabeça com isso hoje.

Se não quero  esquentar a cabeça com isso hoje, porque estou postando esse texto? Muito simples: porque esquentei a cabeça com isso ontem, quando redigi  esse texto. Ontem esquentei a cabeça - hoje a refresquei. O texto está no ar porque quero agora esquentar a SUA cabeça.

Calma, calma! A vida se renova. Que venha o novo dia carregando seu cesto de cores e odores. Venham novos dias! Amanhã posso estar mais magra, com a pele mais tratada, com novos amigos, com menos fraquezas, com mais leitores...   Espero pelo amanhã. Mas quero vivê-lo consciente de que nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia.

(Admito: essa frase é manjada pra caramba! Mas quebrou o maior galho como finalização de texto.)

terça-feira, 9 de março de 2010

Reflexões sobre a cornice humana


No blog  OÁSIS DA INUTILIDADE encontrei esses dias um texto bem interessante sobre a "cornice humana". Barra pesada... Só dois exemplos mencionados no texto: a um certo homem foi perguntado se ele traía a mulher:

"- Tu trais tua mulher?

- Sempre que consigo - respondeu, confiante."

A outro foi feita a mesma pergunta. Olha a pérola que ele respondeu:

"- Rapaz, em seis anos de relacionamento, nunca traí minha namorada. Aliás, só teve uma vez. Não, teve outra também, mas é que estava só eu e ela numa rede de noite, ela me atentou e não teve jeito.

- Hum. - disse eu.
- Mas tirando essas duas, nunca traí minha ex-namorada! - completou, com orgulho."

Antes de continuar clique aqui para ler o texto completo.

Já leu? Então continuemos.

Claro que eu tinha que responder. Veja minha participação naquele renomado blog:
"rsrsrs Caramba! Isso é desanimador... Mais desanimador ainda é o fator de rirmos disso.

Só um detalhe: monogamia NÃO É UMA INVENÇÃO de certas sociedades etc. A monogamia tem sido aceita como desejável porque TODOS SENTEM CIÚMES, ATÉ O MAIS SAFADO DOS HOMENS. TOOOOOODOS querem o parceiro (ou a parceira) só para si. Sendo assim, defendem a monogamia porque contam com a possibilidade de pular a cerca escondidinho.

Esses que dizem que monogamia é antinatural, estão dizendo isso só para si. Duvido defenderem a tese quando se trata da mulher deles. Sociedade hipócrita. ai ai...

Por isso é que existe a monogamia. Aliás o povo (principalmente os homens) querem a monogamia como o brasileiro quer o fim da corrução e da impunidade - para os outros cumprirem.

Enquanto apenas os outros forem cobrados para serem fiéis, todos defenderão a monogamia. O problema é que quando chega a vez do safado levar chifre, o discurso muda.

Mesmo nas sociedades onde existe poligamia, ela só se estabelece no machismo, onde o homem manda e a mulher não tem opção: ou aceita ou apanha. Mas é público e notório que elas não acham isso nada divertido.  Só mesmo diante da pobreza absoluta e falta de possibilidade de se sustentar é que a mulher topa dividir o homem. Na verdade ela nem enxerga um homem mas um provedor. Dando comida, tudo bem.

Pois sim, todos já soubemos de mulheres, em sociedades poligâmicas, que ficam tristonhas porque o marido trouxe nova esposa pra dentro de casa. Nenhuma delas gosta. Como chamar então poligamia de natural se naturalmente vai contra os sentimentos das pessoas? 

Mas...  e como chamar monogamia de natural se a maioria trai? Caramba, o ser humano é cheio de contradições!

Frases-resumo:

NINGUÉM AGUENTA A POLIGAMIA DOS OUTROS,
SÓ A SUA PRÓPRIA.

Ou:

PARA A MAIORIA,
MONOGAMIA SÓ É BOM NO ** DOS OUTROS.



(Esse mundo tá perdido...)

segunda-feira, 8 de março de 2010

De Clarice Lispector

Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.

E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.

É mais econômico andar com os vidros abertos ou o ar-condicionado ligado?

Quantas vezes você se perguntou isso???? Pois meu blog também é utilidade pública:

" ...  Depois de serem feitos outros testes, os Mythbusters descobriram que quando se mantém uma velocidade inferior a 80km/h, o consumo de combustível, devido ao arrasto produzido pelo ar, não é maior que o consumo do ar-condicionado. Então, neste caso, é melhor abrir os vidros e curtir a brisa. Mas, se você estiver acima de 80km/h essa relação de consumo se inverte. Nesse caso, feche os vidros e ligue o ar-condicionado..."

Pra você não dizer que estou inventando, acesse AQUI para receber as informação do quês e porquês.

domingo, 7 de março de 2010

Bondade "desconstrangida" como alvo

Acho legal gente legal. O problema... é que "ser legal" as vezes vira cilada.
As pessoas confundem "ajudar"  com "assumir".  

"As pessoas" quem? Ora, tanto o ajudado quanto o ajudador.

Quem é ajudado passa a entender  que você topou adotá-lo. Na cabeça dele, os seus bens se tornaram uma fonte incessante de socorro. Ele olha para você e vê escrito em sua testa: "Perpétuo Socorro";  sente que faz parte da sua lista mensal de despesas e isso é uma situação vitalícia, estendendo-se inclusive aos seus demais familiares. Toda bronca que pintar, é em sua porta que ele vai bater. Isso é tão certo quanto a noite seguir-se ao dia.  Só que...

No dia em que a fonte secar (ou porque você está sem grana ou porque achou melhor gastar o SEU dinheiro em outra coisa) ele vai se sentir profundamente traído.  Você faz uma vez, faz duas e de repente... ai de você que não faça mais! Toda a sua beneficência anterior estará perdida nas brumas do passado e ele desejará que um raio lhe parta ao meio, seu egoísta safado!

Se a pressão vem de fora é mais fácil libertar-se. Mais brabo é quando a pressão vem de dentro. Refiro-me ao sentimento que toma conta da mente fraca do ajudador quando ele mesmo passa a acreditar que está casado com aquele ser carente pelo resto da vida.  Não se sente mais a vontade para dizer não e toda telha quebrada, sofá furado e unha encravada do ajudado passa a ser da sua conta. E pensar que você nem come ele!

Ao contrário do que se possa pensar a princípio, essa sensação de "adoção automática" não é uma coisa boa. É um (mau) sentimento que simplesmente rouba da gente aquele prazer elevado de ajudar as pessoas.

Nada feito por obrigação é prazeiroso.  O obrigatório pesa como chumbo.   Bom, mas bom mesmo, é ajudar em liberdade. Saber que  "faço porque quero, sinto vontade, me sinto bem e livre para fazê-lo quando quiser e pelo tempo que quiser. E isso é uma alegria pra mim." 

Se não for assim... é uma droga.

Esse sentimento de "lascou-se, agora é pra sempre" ao invés de ajudar os pobres, prejudica-os. Por medo de se envolver até o pescoço é que muita gente nem começa. Acham que os carentes vivem em um labirinto de teias onde, quem chegar muito perto, acaba enredado.   Essas pessoas não colocam nem a ponta do pé na estrada da caridade por medo de grudar e dali não sair nunca mais. Tipo areia movediça.

Aliás,  é por esse motivo - e não por modéstia ou humildade - que muitas pessoas preferem ajudar anonimamente. O anonimato garante a liberdade. A liberdade por sua vez incentiva a liberalidade, a liberalidade dá à luz a generosidade que, por sua vez, é uma das fontes eficazes de felicidade.

O problema é que sempre achei que ajudar sem envolvimento é apenas tapar-buraco emocional.  Sabe  aquela coisa de se sentir culpado porque fez a coisa certa, aproveitou as oportunidades da vida e hoje você pode até viajar e comprar roupa nova? Pois é. Há muitos cidadãos bem supridos que se sentem culpados por conseguirem se sustentar. Só que a felicidade deles nunca é completa porque é como se eles fossem um dos culpados pela miséria alheia. Assim, estendem a mão ao aflito porque ele mesmo está aflito e precisa desse alívio para enfim curtir seus bens arduamente conquistados.  Ou seja: não é amor nem caridade que o move, apenas a necessidade de um anestésico contra a doença. A doença, nesse caso, passa a ser o próximo, que lhe amargura a vida.   Triste estado...

É triste olhar o próximo como a doença que me faz sentir dor. E é deprimente fazer "caridade" (enter aspas mesmo) sem amor; porque o que não é feito com amor, não tem valor espiritual, só valor material. Assim penso eu. Ajudar nesses termos equivale a dar esmola para si mesmo - e isso é doentio.

Meu alvo é ser humana e generosa, mas LIVRE.  Não quero ser refém de sentimentos adoecidos.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Alguma coisa

Alguma coisa
Sempre se perde pelo caminho

Carregar da vida a felicidade
É como encher as mãos de grãos
Impossível não perder alguns
E ao longo da vida
Esses alguns são tantos
Que juntos formariam uma fortaleza
Uma imensa e linda fortaleza
Onde por sua vez
Nada disso se perderia

Mas quem contrói fortalezas enquanto caminha?

É certo que alguma coisa
Alguma coisa se perde pelo caminho
Pois ninguém carrega a água nas conchas das mãos
Sem que ela escape pela distração
Das fendas e, pendendo,
Perca-se no chão.

Se parássemos construiríamos ali um lindo lago
Mas quem faz lagos enquanto caminha?

Chega-se ao final com pouca água e pouca areia
Contabilizando, isso seria um mar!

Perde-se um mar
Mas é certo que ninguém chega vazio.

Valeu.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Por Brilho - Oswaldo Montenegro




Onde vá
Onde quer que vá
Leva o coração feliz
Toca a flauta da alegria
Como doce menestrel

Onda vá,
Onde quer que eu vá
Vou estar de olho atento
À tua menor tristeza
Por no teu sorriso o mel
Onde vá
Vá para ser estrela
As coisas se transformam
Isso não é bom nem mal
e onde quer que eu esteja
O nosso amor tem brilho
Vou ver o teu sinal!



 

terça-feira, 2 de março de 2010

Cadê?

Não sei por onde anda minha "veia artística". Ultimamente tenho sido incessantemente assaltada por abobrinhas malignas.

Esses dias li em um blog a seguinte expressão: "surtos pseudo poéticos".  Pus-me a pensar...  Sou uma poeta vivendo um surto bobagento ou sou uma plantação de abobrinhas que viveu um "surto pseudo poético?"

segunda-feira, 1 de março de 2010

Palhaçada: Devassa X CONAR


CONAR suspende veiculação de propagandas da cerveja Devassa.
Vocês estão levando a sério essa palhaçada?

"Diz-que"  foram suspensas as propagandas cerveja Devassa Bem Loura. Argumento:  "O forte apelo sensual  da campanha" que "desrespeita a figura da mulher, com o uso de imagens sexistas."  Seria a piada do ano se não fosse o pequeno detalhe a seguir:

Apesar da proibição, segundo a Schincariol "o filme original pode ser visto na internet e o link no site You Tube já supera os 400 mil acessos.

Claro que caí na rede e entrei no Youtube.  Era essa a intenção da cervejaria e do honrado Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária. (Seria incesto?)

Sou maldosa. Vou purgar essa coisa má subindo a escadaria da Penha de joelhos e dormindo de pé na rede.

Pois como eu ia dizendo: entrei no Youtube e descobri que a propaganda  é de um recato desconcertante. Paris Hilton está vestida o tempo todo. Não mostra a bunda. Não sei se é porque não a tem, mas o fato é que não mostra nada. Não há beijo nem transparência, nem amasso nem suorzinho escorrendo no decote. Ela apenas lança uns sorrisinhos sensuais para a platéia e não faz nem o favor de passar a latinha de cerveja pelo corpo. Sim, a propaganda é um primor de comportamento e inocência  perto do que se vê todo dia em novelas (pessoas se devorando na cama na maior naturalidade), programas humorísticos (já viram as gostosas desses programas?  Biquini enfiado na bunda, saias curtas, decotes... sexo, sexo, sexo)  e propagandas de outras cervejas (que é só bunda, bunda e mais bunda).

Só depois que vi a tal "propaganda proibida"  é que saquei que a proibição não passa de uma jogada de publicidade. Pura palhaçada. A idéia era essa mesmo: tirar da TV (onde ela custa uma fortuna) e atrair as pessoas para assisti-la na internet de graça, com gostinho de proibido e ainda fabricando falsa polêmica. Daqui a pouco tiram da internet. Aí quem copiou vai repassar para todos os amigos, numa pirâmide de propaganda gratuita eficientíssima.

Há comentários indignados contra a proibição. Ha ha ha.

E pensar que eu já ia me indignar contra MAIS ESSE episódio de censura...

E pensar que eu estou aqui fazendo o jogo DELES!

Aposto que agora você vai lá no Youtube dar uma olhadinha.

Elas eram bonitas!!!

Agora me convenceram de vez.

Esteticamente existe coisa pior do que rugas, papadas e flacidez: é a loucura.
Olhem as fotos abaixo. Se eu me sentir tentada a fazer isso comigo mesma por favor me amarrem, me internem! Podem me sedar ou simplesmente sentar uma porretada em minha cabeça.

Caso 1:
Você consegue acreditar que essa morena lindíssima da esquerda, de apenas quarenta anos, não estava satisfeita com a própria aparência? Você consegue acreditar que ela decidiu resolver o "problema" de sua imensa beleza pagando para se transformar nesse monstro da direita? Só pode ser arte do Demônio... O nome da louca é Michaela Romanini .




Caso2:
Melanie nunca foi um arraaaaaso mas era suavemente bonita e tinha um rosto doce. Conseguiu cagar tudo enchendo os beiços de silicone.



Caso 3:
Segundo o tablóide Daily Mail, um site especializado em cirurgia plástica elegeu a socialite Jocelyn Wildenstein a celebridade mais assustadora do mundo. E ela nem era estranha...
Dá pena...


Caso 4:
Olhe que negra linda, que rosto delicado e ao mesmo tempo fatal. Dava pro marmanjo arriar os quatro pneus, não dava? Fiquei boquiaberta com a beleza da Elza Soares. Duvido muito que o tempo tivesse feito um estrago pior do que as plásticas.




Caso 5:
Geeeentemmm! Quem diria que a Donatela Vercace tivesse sido um dia uma loira tão bonita? E eu que jurava que ela havia nascido esquisita, extraplanetária, sei lá, vinda de um ovo ou casulo prateado caído de uma nave. É outra que sucumbiu à maldição do silicone na boca.
E por que cargas d'água ela ficou preta? Encardiu? Nada mais estranho do que preto de cabelo louro. Sempre achei que a mistura preto & louro fica parecendo filho do Diabo. Cruz credo!



Alguém tem que avisar para essa mulherada que lugar de silicone é nos peitos e na bunda! Entenderam? Na bundinha! Pelo menos a roupa esconde em caso de catástrofe.






terça-feira, 30 de março de 2010

CUIDADO! Tem um coelho querendo te assaltar!

Veja por quê é verdade afirmar que "Em tempos de crise, grana curta e tudo mais, só sendo muito idiota pra gastar dinheiro comprando Ovos de Páscoa."
 
Clique aqui e entenda.

Abaixo os ovos!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Fundo Reino

Assisti esses dias a peça Fundo Reino, no teatro Waldemar Henrique (Belém/PA). Pense numa peça chata.

Nota introdutória: quem sou eu? Nada mais que uma reles mulher do povo, uma expectadora com o grau de inteligência quase menos que mediano; uma pessoa que não sabe discorrer com erudição sobre teatro e que não é digna nem de desatar as correias das sandálias de Walter Freitas. Só posso falar, muito encabuladamente, das minhas simples e rasteiras impressões.


Devidamente humilhada passo a contar-lhes as minhas impressões:

Li que o espetáculo é o " resultado do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz etc e tal."  Noooossa!
Sabe o que isso quer dizer? Que Walter Freitas é uma pessoa especialmente inteligente, culto, talentoso e inspirado e que este trabalho dele só pode ser acessível às pessoas igualmente acima da média. No final das contas concluo, desolada, que estou muito aquém de tudo aquilo. Sabe, não alcancei a magnitude da apresentação. Saí de lá enfadada.

Noves fora, é isso.
Mas o texto era ruim? Não!!! Pelo contrário: brilhante. Isso mesmo. As falas rimavam de forma criativa e graciosa, uma coisa muito interessante, principalmente quando a gente conseguia entender o que os atores falavam, porque não havia palco. A história foi encenada numa "arena", com o público ao redor. Sendo assim, de vez em quando os artistas ficavam de costas para a gente.

Os atores eram ruins? Não! Eram bons mesmo. Vai aqui uma menção mais que especial à moça magrinha que interpretava a filha de Antero. Acho que o nome é Wellingta Macêdo; e também à Pauli Banhos, que interpretou a Viúva Zulmira. Só pude concluir que eles não tiveram culpa, pois apenas fizeram - e bem - o que mandaram eles fazerem.

E o que mandaram eles fazerem?

Os artistas, devidamente enfeiados pela produção, fizeram a sua parte nessa esquisitice visual: faziam caretas, muitas caretas.

Não havia cortina nem entra e sai de personagens. Eles permaneciam o tempo inteiro no palco, mesmo se não estivessem todos atuando.  Nesse ínterim penso que poderiam se retirar para retornar depois, poderiam sentar na platéia ou dormir. O que não consigo entender é por que eles todos ficavam o tempo INTEIRINHO fazendo caretas para nós e uns para os outros. Saco!  Pensei: "qual seria o significado profundo dessas macaquices?"  Sei lá.   Era assim: Se havia uma dupla atuando, os outros matavam o tempo se contorcendo, circulando pela "arena" tortos, capengas, com cara de inimputáveis. Um desfile de horrores, contrangedor e sem graça. Em alguns momentos imaginei que eu estava em um hospital psiquiátrico. Sério!  Sem falar nos gestos ao ar, na maioria das vezes sem sentido algum. Agitavam os braços, catavam borboletas imaginárias, desfiavam cortinas inexistentes e sei lá mais o quê. Só sei que não queria dizer nada.  E se queria dizer, ficou só na boa intenção. Faltou clareza o tempo todo.

Há mais outros detalhes desagradáveis, mas vou ficar só por aqui.

Fico imaginando se peças como essa não respondem à indagação de alguns artistas amargurados: "por quê será que o povo não prestigia nosso teatro?"  Bem, eu sou povo e estou cantando a pedra procês. Não dá!

Já assisti peças nas quais as pessoas falavam umas com as outras, havia começo meio e fim, diálogos esclarecedores ou um narrador caridoso, gestos com razão de ser, choro ou riso dentro do contexto. Ah como era bom...

De qualquer forma sempre achei que os artistas queriam se fazer entender. Parece que eu estava errada...   Nesse episódio tive a impressão de que não era para eu estar lá e que aquilo era destinado apenas aos "iniciados". Era coisa de artista pra artista, pro pessoal da tribo, entendeu? 

Questionei com uma amiga: "Mas aquelas macaquices todas eram mesmo úteis para a história? Por que aquilo? Que saco! Por que não encenam uma história às claras, para a gente acompanhar e curtir?" Ela respondeu algo como: "se fosse pra ser como na vida real, com gestos e expressões mais naturais e claras, não seria teatro, mas cinema."

Ah tá, então teatro é careta e enigma?  Vivendo e aprendendo...

Detalhe: as pessoas que estavam comigo também eram burras: acharam cha-to.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Uma nova sociedade? Tá doido, cara?

Ei ! Você aí! Sim, você mesmo! Venha cá e me responda: sério mesmo, você está a fim de construir uma nova sociedade?

"Claro que sim" uma ova.  A resposta certa é "claro que não". E não venha me atacar de engajado. Todos nós odiamos e amamos nosso modo de vida. Preferimos ficar com o que odiamos se  para isso pudermos manter o que amamos. O pacote é completo, não dá pra separar.

Por exemplo: não seria maravilhosa uma sociedade que não dependesse economicamente do consumismo desenfreado? Sim. Mas quais seriam as implicações dessa nova sociedade?

1- Isso implicaria em você abrir mão de 80% das suas coisas. Topa?

2- Implicaria em menos gente empenhada em criar. Não haveria motivo para tanta criatividade se não fosse para enriquecer vendendo-a. Para quê ficar criando coisas se não houvesse uma equipe de marketing dedicada a convencer os outros a comprar esses trecos de que não precisam? Menos propaganda = menos consumo. De repente você está condenado a continuar com aquela cadeira de balanço de 40 anos só porque a desgraçada não acaba nunca.

Esse é um exemplo só para começo de conversa. A verdade é que nossas reivindicações sociais mais inflamadas e justas poderiam infernizar nossa vida se fossem realmente aplicadas.  Mais exemplos:

-  Um pequeno erro (no trânsito, por exemplo) cometido sem senhuma intenção de fazer o mal. Você não poderia mais fugir das penalidades de modo algum, sob nenhum argumento, sob nenhuma "maionese". Todos os seus erros trariam sobre você a justa penalidade.  Amigo coronel, parente político ou compadre delegado - nada disso funcionaria. Nem dinheiro.

- Delícias? Só seriam liberados para a venda os alimentos que comprovadamente não prejudicassem nossa saúde de forma alguma. Agora abra a sua geladeira. Depois me olhe nos olhos e responda se você queria mesmo empresários e governo rígidos no que concerne à alimentação da população. Bem-vindo ao maravilhoso mundo dos naturebas.

- Aborto? Nem sonhar. Claro que sei que ele já é proibido. É proibido mas é permitido - se é que você me entende. Imagine se fosse proibido meeeeesmo.  Pense em você e em todo o mundo sem essa horrível opção, ainda que remota. Pense em você sem a opção de fazer nenhuma outra coisa feia nessa vida; não por caráter ou por amor ao próximo, mas por medo da infalível punição.

- Só teria permissão para fazer sexo as pessoas com condições físicas, financeiras e psicológicas para arcarem pessoalmente pelos resultados do sexo. Ou seja: sexo irresponsável seria terminantemente proibido. Adolescentes que não têm onde cair mortos transando alegremente às custas dos pais e empurrando o bebê para os outros criarem? Acabou.

- Nenhum tipo de promessa ou dívida ou contrato deixariam de ser cumpridos. Nenhum. Sob as mais pesadas penas da lei. Não valeria mais essa coisa de se arrepender das promessas feitas. Falou tá falado, nem que o mundo se acabe. Se você me prometeu uma coisa hoje, saberei que a promessa perdurará até que você morra, ainda que isso leve mais sessenta anos.

- O prazer do novo pelo simples prazer fútil pelo novo, nunca mais. "Enjoei daquela cortina..."  Ééééé?  Pois jogue-se da sacada. Você não serve para os novos tempos.

- Mérito, mérito e mais mérito. Quem não tiver mérito não chegará mais a lugar algum.  Legal né?  Será?   Pense que talvez você perdesse seu emprego por causa disso. Talvez, em um teste de capacidade, você só conseguisse ocupar um cargo bem na base da pirâmide. Status zero.

- A morte do "quem indica".  Particularmente eu odeio o  "quem indica" mas desconfio de que seja só porque nunca ninguém me indicou para nada.  Você se parece comigo?

Uma sociedade justa: 

"- Ah, você quer mesmo mais justiça?" pergunta a horrenda Fada Madrinha. 
"-Eu quero. Nas costas dos outros", respondo eu.

Meu amigo cheio de moral, você se garante se o mundo se tornar absolutamente justo? Tipo toma-lá-dá-cá, sem "mas-mas-mas", sem desculpa e sem perdão? Sim, porque o perdão é um ato injusto. A justiça mesmo é olho por olho, dente por dente. O que passar disso é misericórdia.
Particularmente acho que perdão e clemência tem me quebrado um galhão durante a vida. O problema da misericórdia é que não dá pra ela existir só pra mim. Geralmente (no fundo no fundo) achamos que bom mesmo seria "misericórdia para mim e justiça para os outros". Só que esse é um desejo muito cara de pau, não é?

Repito a pergunta: você se garante mesmo em uma sociedade mais justa?


Ah, você quer os dois juntos: justiça e misericórdia? Só na Bíblia, meu amigo, só com Deus. Você é cristão?    Vou te contar: aqui entre os homens, justiça e misericórdia são como óleo e água - não se misturam.
- Na nova ordem mundial proibido é proibido e inegociável.  Seja sincero: é isso mesmo que o seu coração pede? Maconhazinha? Porretada. Cola? Mais porretada. Coca Cola? Cem chibatadas. Som no último volume? Condenação. Pequenas transgressões? NEVER. Espalhar boato? Indenização. Pegar emprestado e não devolver? Execração pública. E por aí vai.

Imagine se todas as contravenções e crimes, maiores e menores, fossem realmente e exemplarmente punidos. TODOS. Assim teríamos uma sociedade mais justa, mas... isso não atrapalharia em nada o seu dia-a-dia?

A verdade é que nossa sociedade hipócrita é patologicamente afeiçoada a tudo o que a destrói. Precisamente por isso ela está sendo destruída. São os milhares de pequenas transgressões que estão envenenando o mundo. Os grandes transgressores são fichinha perto do exército inumerável de transgressores-formiga - do qual VOCÊ faz parte.

Acho que se uma fada madrinha viesse nos perguntar se desejávamos que ela transformasse agorinha nossa sociedade em uma sociedade justa, consciente, solidária e coerente, sabe o que responderíamos?

"Dona Fada, valeu a intenção mas... depois a gente fala sobre isso, tá? Deixe seu telefone que a gente entra em contato."

quarta-feira, 24 de março de 2010

Ditadura petista

Chega a ser assustadora a maneira como a ditadura está sendo implantada no Brasil. Todos se calam, todos se rendem. Onde estão os destemidos militantes que queriam liberdade? Sabe onde eles estão? Ocupando cargos, caladinhos, mamando na teta do Estado.

Escapamos da ditadura militar pra cair nisso? Numa ditadura petista?
É isso o que queremos para nós????
Assista. É nojento.

terça-feira, 23 de março de 2010

O meu avô é canibal!

Pensei que eu já tivesse rido de todas as besteiras da internet mas eis que sempre é possível descobrir mais uma. Nos primórdios da humanidade eu me divertia lendo os nomes das comunidades do Orkut. Agora isso não tem mais graça nenhuma. Enjoou.

Vagando a esmo pelo Twitter (que já enjoei tão logo me filiei) dei de cara com uma... comunidade (?) cujo nome é "#avonolugardeamor" ( Avô no Lugar de Amor). O lance é colocar as letras das músicas que falam em amor (quase todas) e substituir a palavra "amor" por "avô". Coisa de quem não tem o que fazer...   Mas pense:  acreditar que estamos desocupados é uma fantasia muito útil nos dias modernos;  nossas emoçoes precisam acreditar de vez em quando que estamos livres e desimpedidos.

Já justifiquei meu momento de besteirol. Sigamos:

Note que em algumas letras, a troca fica muito engraçada. Eu ri - você rirá.Se não rir, vá se catar. (Rimou!)

Vejam alguns exemplos (que copiei do Twitter). Depois você pode ativar sua veia artística (não é véia artística!) para compor com seu avô:

  • O meu avô é canibal. Comeu meu coração, mas agora sou feliz. (Tarado!)
  • Avô, meu grande avô, não chegue na hora marcada... (quer ou não quer a visita?)
  •  O avô de Julieta e Romeu... igualzinho ao meu e o seu...  (que coincidência!)
  • Fiquei mal, mas passou. Você não sabe o que é avô...  (é, eles são complicados mesmo...)
  • O avô só dura em liberdade, o ciúme é só vaidade   (Profundo... Tira o cara do asilo!)
  •  A vida não é só fantasia, a vida não é feita de ilusão, o avô é bem mais forte que a força de um furacão.. (Também, com tantas academias para a terceira idade!)
  • Eu te darei o céu, meu bem, e o meu avô também (Não, obrigada)
  • Avô igual ao teu eu nunca mais terei. Nunca mais terei, nunca mais terei... (é, geralmente a gente só recebe um exemplar de cada...)
  • Perdi meu avô... no paraííííso...  (o meu também já está no paraíso. Deus o tenha.)
  • Não se afobe não que nada é pra já, o avô não tem pressa, ele pode esperar. (esperar é uma das lições que quem já viveu muito acaba aprendendo)
  • Saiba que meu grande avô hoje vai se casar, mandou uma carta pra me avisar ... (acho que ele também tem o direito de ser feliz!)
  •  É o avôôõ que mexe com minha cabeça e me deixa assim... (o meu avô também era um porre.)
  • Quero um avô maior, avô maior que eu, que eeu. (pra mim serve um avô pequenininho mesmo)
  • O meu avô / não sei por quê / bate feliz / quando lhe vê (acho que ele é sadomasoquista...)
  • Vai sacudirrr vai abalarrrrr quando o meu Avôoo passarr, explode coração é muita emoção no arrr, vai laaa (Isso vai ser uma seção espírita?)
  • O beija Flor que trouxe meu Avô, voou e foi embora... (filho duma égua! por quê não levou o véio embora?)
  • Avô com avô se paga (é, eles se merecem...)  
  • O avô é cego (com o tempo a vista fica fraca mesmo)
  • O avô me pegou, tentei escapar, não consegui... (bolinador de menores! Esse mundo tá perdido...)
  • Quem nunca teve, quem é que não viu, um avô safado, um avô doentio (todo véio gosta de menininhas...) 
  • Eu quero um avó tranquilo com gosto de fruta mordida  (essa é fácil: todo avô já é uma fruta mordida)
  • Avô da minha vida... daqui até a eternidade, nossos destinos foram traçados na maternidade (é verdade...)
  • Meu avô é só seu, seu avô é só meu, nosso avô é assim (troca-troca de velhinho? Hummm...)
  • Não quero dinheiro, quero avô sincero... Isso é o que eu espero (pois é. Nada pior do que um velhinho mentiroso)
 E por aí vai.

sábado, 20 de março de 2010

Sambinha do amor que fica


SAMBINHA DO AMOR QUE FICA

O amor que fica
É mesmo o amor que fica
Porque o amor que vai
É frouxo laço
E abre espaço
Que nos distrai.

E nessa pausa
Estrago causa.
De nada vale
Uma afeição
Amargurada,
Entrecortada,
Na contramão?

E contra isso
Ninguém replica.
De que me serve
O intermitente?
Esse não quero
Só o que fica
Porque só esse
Cativa a gente.

No sol de fogo
Ou na garoa
O amor que fica
Longe não voa.

Disso me encanto!
Em seu cantil
Traz a poção
Traz o carinho
Que agrilhoa
- Que coisa boa!
Devagarzinho.

(Do livro Rio Coragem - Cristina Faraon)

sexta-feira, 19 de março de 2010

Coisas de gringo

Você consegue imaginar, no Brasil, alguma mulher ser presa por transar?  Pois na Inglaterra a "justiça" ficou indignadíssima porque uma certa Alice (que trabalhava como voluntária na prisão) resolveu "aliviar o peso da condenação" de três detendos.  Parece brincadeira. Ela é tida como criminosa porque "manteve relações pessoais e inapropriadas com os presos."  Ai méodéos!

Acho que isso só seria problema se eles fossem obrigados "àquilo" ou se ela estivesse colocando em risco a segurança.  Não sei como foi esse "coito criminoso"  (pelo buraquinho da grade?)  mas por mais errada que ela estivesse  mereceria uma advertência, o olho da rua, uma multa, sei lá, mas a pobre está correndo risco de pegar perpétua.  Que exagero!


"A jovem tinha como função verificar se os padrões de atendimento e decência eram seguidos na cadeia..."  Será que algum perso reclamou de "maus tratos"?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Bandido é preso vendendo drogas e diz que não sabia que 'a atividade estava proibida'

Essa foi boa! LEIA a reportagem na íntegra em O Globo.

Deixando pra lá o lado cômico da manchete, faço questão de declarar que EU ACREDITO na sinceridade do cara.  

Pense comigo: a vida toda ele esteve no morro Pavão-Pavãozinho. Lá ele negociava drogas livremente. Ninguém nunca lhe disse que aquilo era feio, mesmo porque para vender tem que ter quem compre. Um monte de gente comprava sua droga abertamente como quem compra batatas na feira. Tanto ele como seus amigos vendiam, compravam, usavam, carregavam etc. Nunca, mas nunquinha mesmo, ele precisou se esconder para exercer sua atividade de "negociador de substâncias entorpecentes". Um belo dia um policial acorda com o ovo atravessado e decide prender o elemento. Por quê? Por vender o que a vida toda ele vendeu, sem ser sequer criticado. Assim, como se da noite para o dia proibissem a gente de tomar refrigerante sem nem avisar antes.

Acho que aí configura até "direito adquirido". Será que não? Pô, pelo menos tinham que ter avisado sobre atuação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade, poxa!  Ele poderia se prevenir! Ou pelo menos colocarem uns cartazes pela favela avisando à turma que 'a atividade estava proibida'.  Como uma pessoa vai adivinhar?

Quer saber? É capaz de aparecer juiz aceitando o argumento. A capacidade de atualização da nossa jurisprudência é avançadíssima!


quarta-feira, 17 de março de 2010

Um texto terrível sobre ir à escola


Não fui eu quem escreveu. Sou inocente.

CHEGA DE ESCOLA

"...Pelo que percebia na minha época e percebo mais ainda agora, as melhores escolas do Brasil formam uma legião de cretinos semianalfa. As exceções se devem à influência de pais e amigos, uma ou outra escola, um ou outro professor, ou acidentes genéticos. Ninguém sabe de nada, ninguém lê, ninguém escreve direito, ninguém fala inglês, e pior: ninguém é curioso. As piores escolas, não quero nem imaginar, mas deve ser a mesma porcaria e com balas voando pra todo lado. Minha teoria é que toda escola serve para esmagar o espírito e a imaginação do ser humano para que ele se torne um escravo zumbi da sociedade. É também um lugar para os pais estacionarem os filhos durante o horário comercial..." (Continue lendo)

domingo, 14 de março de 2010

Pozinho branco no seu prazer

Recebi novamente um e-mail dizendo dos males causados pelo aspartame. A lista é grande e a minha capacidade de ficar abismada é pequena. Não podendo me assombrar com tudo, escolhi um dos males para meditar transcedentalmente: "diz-que" aspartame aumenta nosso desejo de ingerir carboidratos. A pessoa fica fissurada... e acaba engordando.

Eu já nem ligava mais para as ameaças do câncer mas essa agora  foi demais pra mim. Era só o que faltava. Já sou louca por carboidratos sem incentivo; imagine com!

Não gosto nadinha de me imaginar gorda, com câncer, alzheimer, lúpus etc. Decidido:  não preciso de outra lista de desgraça pra parar com esse negócio.  Porcaria de pozinho! Por quê só cocaína é proibida?
Pensando bem, acho que o aspartame pode muito bem simbolizar a facilitação do prazer. O açúcar é o prazer; engordar é o ônus. Aspatame é a tentativa de driblar essa sentença.

Quer prazer? Meta a cara e se prepare pra pagar o preço. Que driblar?  Meta a cara que a conta demora mais um pouquinho a chegar mas quando vier você paga com juros e correção.

Acho que a vida é cheia desse pozinho branco. Está pulverizado em tudo.   Quase tudo o que é bom "é ilegal, é imoral ou engorda". Por isso o ser humano não tem feito outra coisa na face da terra a não ser tentar contornar isso, ou seja: driblar a lei da Semeadura & Colheita.

Do aspartame eu já sei. E agora resta saber: qual o preço que pagaremos pelos outros paliativos usados na tentativa de ter prazer sem pagar por isso?  Pensa que o problema é só com os adoçantes é?

É desalentador mas não tem pra onde correr. No caso do açúcar você pode, depois de um longo e doloroso treinamento, acostumar seu paladar sem o doce. Argh!  É possível o seu estômago acostumar a "ver a vida em branco e preto".  Agora... e o que dizer dos outros prazeres?

Sim, tem "aspartame" também NISSO que você está pensando - também. Agora diga: nesse quesito você acha que dá pra acostumar o paladar e ir levando em 'branco e preto" para o resto da vida?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Cópias velhas

Há quem pense que viver cada dia como se fosse o último é ser irresponsável e inconsequente. Não. Não é meter o pé na jaca, querer tudo de uma vez, desesperar e se encher de dívidas.   Viver cada dia como se fosse o último é:

1-  Prestar muita atenção ao seu redor. Ame os minutos, colha-os com os olhos. Mire as pessoas e repare em tudo o que elas tem de lindo. Relacione-se. Descubra a alma de quem está perto, mostre-se, preste atenção!  Que nada escape à sua sensibilidade. Isso é degustar o momento. Prestar muita atenção a ele é "fotografar com o coração".

2- Tire muitas fotos. Não as poupe. Registre até bocejo e coceira no pé. Em sua mente não cabe tudo, então guarde os risos, o salto quebrado, a gola virada, o suor escorrendo, os abraços, gargalhadas, a troca de olhares. Tranforme o efêmero em "eterno"  com sua máquina fotográfica mágica.

3-   Quando o momento passar, estique-o através de relembranças. Vá dormir remastigando a sua alegria, sua felicidade, as pessoas que ama. Deixe-as repetir em sua mente as mesmíssimas piadas. Elas estão loucas para contar de novo, acredite. Permita que seus risos voltem a ecoar pela sala da sua cabeça.  Elas querem reviver! Esse é o sonho de cada defunto. Sim, aquele pessoal da foto não existe mais. O que existem são réplicas mais velhas.  À noite, na cama, é o melhor lugar para você sublinhar o que se passou.

Eu me odiaria pra sempre se não tivesse fotografado esse momento aí de cima. Não se repetirá. Pensar nisso seria quase desesperador se não fosse a esperança de que outras coisas boas também continuarão a acontecer. Claro que acontecerão! Se você souber com certeza que nada de legal voltará a contecer pra mim, pode me dar um tiro.  Hehehe - brincadeirinha! Largue essa arma! Não confio em seu julgamente.

Pois é: ainda que façamos outra festa semelhante, é absolutamente improvavel que as mesmas pessoas compareçam. Não, não comparecerão. Em primeiro lugar porque é como eu já disse: todos esses daí já não são mais. Ficaram mais velhos e tudo o que temos hoje é uma cópia razoável do que já foram. Tem gente até que já mudou o penteado! Uns emagreceram, outros engordaram...   Mesmo que eles não fossem apenas réplicas gastas de si mesmos eu garanto: juntar essa galera de novo não é impossível mas é complicado.

Não dói pensar nisso? Dói sim.  Mas ha, não quero esquentar a cabeça com isso hoje.

Se não quero  esquentar a cabeça com isso hoje, porque estou postando esse texto? Muito simples: porque esquentei a cabeça com isso ontem, quando redigi  esse texto. Ontem esquentei a cabeça - hoje a refresquei. O texto está no ar porque quero agora esquentar a SUA cabeça.

Calma, calma! A vida se renova. Que venha o novo dia carregando seu cesto de cores e odores. Venham novos dias! Amanhã posso estar mais magra, com a pele mais tratada, com novos amigos, com menos fraquezas, com mais leitores...   Espero pelo amanhã. Mas quero vivê-lo consciente de que nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia.

(Admito: essa frase é manjada pra caramba! Mas quebrou o maior galho como finalização de texto.)

terça-feira, 9 de março de 2010

Reflexões sobre a cornice humana


No blog  OÁSIS DA INUTILIDADE encontrei esses dias um texto bem interessante sobre a "cornice humana". Barra pesada... Só dois exemplos mencionados no texto: a um certo homem foi perguntado se ele traía a mulher:

"- Tu trais tua mulher?

- Sempre que consigo - respondeu, confiante."

A outro foi feita a mesma pergunta. Olha a pérola que ele respondeu:

"- Rapaz, em seis anos de relacionamento, nunca traí minha namorada. Aliás, só teve uma vez. Não, teve outra também, mas é que estava só eu e ela numa rede de noite, ela me atentou e não teve jeito.

- Hum. - disse eu.
- Mas tirando essas duas, nunca traí minha ex-namorada! - completou, com orgulho."

Antes de continuar clique aqui para ler o texto completo.

Já leu? Então continuemos.

Claro que eu tinha que responder. Veja minha participação naquele renomado blog:
"rsrsrs Caramba! Isso é desanimador... Mais desanimador ainda é o fator de rirmos disso.

Só um detalhe: monogamia NÃO É UMA INVENÇÃO de certas sociedades etc. A monogamia tem sido aceita como desejável porque TODOS SENTEM CIÚMES, ATÉ O MAIS SAFADO DOS HOMENS. TOOOOOODOS querem o parceiro (ou a parceira) só para si. Sendo assim, defendem a monogamia porque contam com a possibilidade de pular a cerca escondidinho.

Esses que dizem que monogamia é antinatural, estão dizendo isso só para si. Duvido defenderem a tese quando se trata da mulher deles. Sociedade hipócrita. ai ai...

Por isso é que existe a monogamia. Aliás o povo (principalmente os homens) querem a monogamia como o brasileiro quer o fim da corrução e da impunidade - para os outros cumprirem.

Enquanto apenas os outros forem cobrados para serem fiéis, todos defenderão a monogamia. O problema é que quando chega a vez do safado levar chifre, o discurso muda.

Mesmo nas sociedades onde existe poligamia, ela só se estabelece no machismo, onde o homem manda e a mulher não tem opção: ou aceita ou apanha. Mas é público e notório que elas não acham isso nada divertido.  Só mesmo diante da pobreza absoluta e falta de possibilidade de se sustentar é que a mulher topa dividir o homem. Na verdade ela nem enxerga um homem mas um provedor. Dando comida, tudo bem.

Pois sim, todos já soubemos de mulheres, em sociedades poligâmicas, que ficam tristonhas porque o marido trouxe nova esposa pra dentro de casa. Nenhuma delas gosta. Como chamar então poligamia de natural se naturalmente vai contra os sentimentos das pessoas? 

Mas...  e como chamar monogamia de natural se a maioria trai? Caramba, o ser humano é cheio de contradições!

Frases-resumo:

NINGUÉM AGUENTA A POLIGAMIA DOS OUTROS,
SÓ A SUA PRÓPRIA.

Ou:

PARA A MAIORIA,
MONOGAMIA SÓ É BOM NO ** DOS OUTROS.



(Esse mundo tá perdido...)

segunda-feira, 8 de março de 2010

De Clarice Lispector

Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.

E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.

É mais econômico andar com os vidros abertos ou o ar-condicionado ligado?

Quantas vezes você se perguntou isso???? Pois meu blog também é utilidade pública:

" ...  Depois de serem feitos outros testes, os Mythbusters descobriram que quando se mantém uma velocidade inferior a 80km/h, o consumo de combustível, devido ao arrasto produzido pelo ar, não é maior que o consumo do ar-condicionado. Então, neste caso, é melhor abrir os vidros e curtir a brisa. Mas, se você estiver acima de 80km/h essa relação de consumo se inverte. Nesse caso, feche os vidros e ligue o ar-condicionado..."

Pra você não dizer que estou inventando, acesse AQUI para receber as informação do quês e porquês.

domingo, 7 de março de 2010

Bondade "desconstrangida" como alvo

Acho legal gente legal. O problema... é que "ser legal" as vezes vira cilada.
As pessoas confundem "ajudar"  com "assumir".  

"As pessoas" quem? Ora, tanto o ajudado quanto o ajudador.

Quem é ajudado passa a entender  que você topou adotá-lo. Na cabeça dele, os seus bens se tornaram uma fonte incessante de socorro. Ele olha para você e vê escrito em sua testa: "Perpétuo Socorro";  sente que faz parte da sua lista mensal de despesas e isso é uma situação vitalícia, estendendo-se inclusive aos seus demais familiares. Toda bronca que pintar, é em sua porta que ele vai bater. Isso é tão certo quanto a noite seguir-se ao dia.  Só que...

No dia em que a fonte secar (ou porque você está sem grana ou porque achou melhor gastar o SEU dinheiro em outra coisa) ele vai se sentir profundamente traído.  Você faz uma vez, faz duas e de repente... ai de você que não faça mais! Toda a sua beneficência anterior estará perdida nas brumas do passado e ele desejará que um raio lhe parta ao meio, seu egoísta safado!

Se a pressão vem de fora é mais fácil libertar-se. Mais brabo é quando a pressão vem de dentro. Refiro-me ao sentimento que toma conta da mente fraca do ajudador quando ele mesmo passa a acreditar que está casado com aquele ser carente pelo resto da vida.  Não se sente mais a vontade para dizer não e toda telha quebrada, sofá furado e unha encravada do ajudado passa a ser da sua conta. E pensar que você nem come ele!

Ao contrário do que se possa pensar a princípio, essa sensação de "adoção automática" não é uma coisa boa. É um (mau) sentimento que simplesmente rouba da gente aquele prazer elevado de ajudar as pessoas.

Nada feito por obrigação é prazeiroso.  O obrigatório pesa como chumbo.   Bom, mas bom mesmo, é ajudar em liberdade. Saber que  "faço porque quero, sinto vontade, me sinto bem e livre para fazê-lo quando quiser e pelo tempo que quiser. E isso é uma alegria pra mim." 

Se não for assim... é uma droga.

Esse sentimento de "lascou-se, agora é pra sempre" ao invés de ajudar os pobres, prejudica-os. Por medo de se envolver até o pescoço é que muita gente nem começa. Acham que os carentes vivem em um labirinto de teias onde, quem chegar muito perto, acaba enredado.   Essas pessoas não colocam nem a ponta do pé na estrada da caridade por medo de grudar e dali não sair nunca mais. Tipo areia movediça.

Aliás,  é por esse motivo - e não por modéstia ou humildade - que muitas pessoas preferem ajudar anonimamente. O anonimato garante a liberdade. A liberdade por sua vez incentiva a liberalidade, a liberalidade dá à luz a generosidade que, por sua vez, é uma das fontes eficazes de felicidade.

O problema é que sempre achei que ajudar sem envolvimento é apenas tapar-buraco emocional.  Sabe  aquela coisa de se sentir culpado porque fez a coisa certa, aproveitou as oportunidades da vida e hoje você pode até viajar e comprar roupa nova? Pois é. Há muitos cidadãos bem supridos que se sentem culpados por conseguirem se sustentar. Só que a felicidade deles nunca é completa porque é como se eles fossem um dos culpados pela miséria alheia. Assim, estendem a mão ao aflito porque ele mesmo está aflito e precisa desse alívio para enfim curtir seus bens arduamente conquistados.  Ou seja: não é amor nem caridade que o move, apenas a necessidade de um anestésico contra a doença. A doença, nesse caso, passa a ser o próximo, que lhe amargura a vida.   Triste estado...

É triste olhar o próximo como a doença que me faz sentir dor. E é deprimente fazer "caridade" (enter aspas mesmo) sem amor; porque o que não é feito com amor, não tem valor espiritual, só valor material. Assim penso eu. Ajudar nesses termos equivale a dar esmola para si mesmo - e isso é doentio.

Meu alvo é ser humana e generosa, mas LIVRE.  Não quero ser refém de sentimentos adoecidos.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Alguma coisa

Alguma coisa
Sempre se perde pelo caminho

Carregar da vida a felicidade
É como encher as mãos de grãos
Impossível não perder alguns
E ao longo da vida
Esses alguns são tantos
Que juntos formariam uma fortaleza
Uma imensa e linda fortaleza
Onde por sua vez
Nada disso se perderia

Mas quem contrói fortalezas enquanto caminha?

É certo que alguma coisa
Alguma coisa se perde pelo caminho
Pois ninguém carrega a água nas conchas das mãos
Sem que ela escape pela distração
Das fendas e, pendendo,
Perca-se no chão.

Se parássemos construiríamos ali um lindo lago
Mas quem faz lagos enquanto caminha?

Chega-se ao final com pouca água e pouca areia
Contabilizando, isso seria um mar!

Perde-se um mar
Mas é certo que ninguém chega vazio.

Valeu.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Por Brilho - Oswaldo Montenegro




Onde vá
Onde quer que vá
Leva o coração feliz
Toca a flauta da alegria
Como doce menestrel

Onda vá,
Onde quer que eu vá
Vou estar de olho atento
À tua menor tristeza
Por no teu sorriso o mel
Onde vá
Vá para ser estrela
As coisas se transformam
Isso não é bom nem mal
e onde quer que eu esteja
O nosso amor tem brilho
Vou ver o teu sinal!



 

terça-feira, 2 de março de 2010

Cadê?

Não sei por onde anda minha "veia artística". Ultimamente tenho sido incessantemente assaltada por abobrinhas malignas.

Esses dias li em um blog a seguinte expressão: "surtos pseudo poéticos".  Pus-me a pensar...  Sou uma poeta vivendo um surto bobagento ou sou uma plantação de abobrinhas que viveu um "surto pseudo poético?"

segunda-feira, 1 de março de 2010

Palhaçada: Devassa X CONAR


CONAR suspende veiculação de propagandas da cerveja Devassa.
Vocês estão levando a sério essa palhaçada?

"Diz-que"  foram suspensas as propagandas cerveja Devassa Bem Loura. Argumento:  "O forte apelo sensual  da campanha" que "desrespeita a figura da mulher, com o uso de imagens sexistas."  Seria a piada do ano se não fosse o pequeno detalhe a seguir:

Apesar da proibição, segundo a Schincariol "o filme original pode ser visto na internet e o link no site You Tube já supera os 400 mil acessos.

Claro que caí na rede e entrei no Youtube.  Era essa a intenção da cervejaria e do honrado Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária. (Seria incesto?)

Sou maldosa. Vou purgar essa coisa má subindo a escadaria da Penha de joelhos e dormindo de pé na rede.

Pois como eu ia dizendo: entrei no Youtube e descobri que a propaganda  é de um recato desconcertante. Paris Hilton está vestida o tempo todo. Não mostra a bunda. Não sei se é porque não a tem, mas o fato é que não mostra nada. Não há beijo nem transparência, nem amasso nem suorzinho escorrendo no decote. Ela apenas lança uns sorrisinhos sensuais para a platéia e não faz nem o favor de passar a latinha de cerveja pelo corpo. Sim, a propaganda é um primor de comportamento e inocência  perto do que se vê todo dia em novelas (pessoas se devorando na cama na maior naturalidade), programas humorísticos (já viram as gostosas desses programas?  Biquini enfiado na bunda, saias curtas, decotes... sexo, sexo, sexo)  e propagandas de outras cervejas (que é só bunda, bunda e mais bunda).

Só depois que vi a tal "propaganda proibida"  é que saquei que a proibição não passa de uma jogada de publicidade. Pura palhaçada. A idéia era essa mesmo: tirar da TV (onde ela custa uma fortuna) e atrair as pessoas para assisti-la na internet de graça, com gostinho de proibido e ainda fabricando falsa polêmica. Daqui a pouco tiram da internet. Aí quem copiou vai repassar para todos os amigos, numa pirâmide de propaganda gratuita eficientíssima.

Há comentários indignados contra a proibição. Ha ha ha.

E pensar que eu já ia me indignar contra MAIS ESSE episódio de censura...

E pensar que eu estou aqui fazendo o jogo DELES!

Aposto que agora você vai lá no Youtube dar uma olhadinha.

Elas eram bonitas!!!

Agora me convenceram de vez.

Esteticamente existe coisa pior do que rugas, papadas e flacidez: é a loucura.
Olhem as fotos abaixo. Se eu me sentir tentada a fazer isso comigo mesma por favor me amarrem, me internem! Podem me sedar ou simplesmente sentar uma porretada em minha cabeça.

Caso 1:
Você consegue acreditar que essa morena lindíssima da esquerda, de apenas quarenta anos, não estava satisfeita com a própria aparência? Você consegue acreditar que ela decidiu resolver o "problema" de sua imensa beleza pagando para se transformar nesse monstro da direita? Só pode ser arte do Demônio... O nome da louca é Michaela Romanini .




Caso2:
Melanie nunca foi um arraaaaaso mas era suavemente bonita e tinha um rosto doce. Conseguiu cagar tudo enchendo os beiços de silicone.



Caso 3:
Segundo o tablóide Daily Mail, um site especializado em cirurgia plástica elegeu a socialite Jocelyn Wildenstein a celebridade mais assustadora do mundo. E ela nem era estranha...
Dá pena...


Caso 4:
Olhe que negra linda, que rosto delicado e ao mesmo tempo fatal. Dava pro marmanjo arriar os quatro pneus, não dava? Fiquei boquiaberta com a beleza da Elza Soares. Duvido muito que o tempo tivesse feito um estrago pior do que as plásticas.




Caso 5:
Geeeentemmm! Quem diria que a Donatela Vercace tivesse sido um dia uma loira tão bonita? E eu que jurava que ela havia nascido esquisita, extraplanetária, sei lá, vinda de um ovo ou casulo prateado caído de uma nave. É outra que sucumbiu à maldição do silicone na boca.
E por que cargas d'água ela ficou preta? Encardiu? Nada mais estranho do que preto de cabelo louro. Sempre achei que a mistura preto & louro fica parecendo filho do Diabo. Cruz credo!



Alguém tem que avisar para essa mulherada que lugar de silicone é nos peitos e na bunda! Entenderam? Na bundinha! Pelo menos a roupa esconde em caso de catástrofe.