segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Conceitos - por Cristina

HTML - Um mistério. (Não dá pra entender como é que vídeos, fotos, páginas ou qualquer outra coisa pode ser formada por aquela sequência tão improvável de letras.)

Tribos urbanas - Conjunto de pessoas que precisam desesperadamente se sentir diferente dos outros e ao mesmo tempo semelhantes a alguém.

Adolescente linda - uma criança que ganhou uma fortuna mas não faz a menor idéia do que fazer com aquilo tudo.

Colônia de férias - livrar-se das crianças sem ter culpa.

Workaholic - alguém muito infeliz mas que se recusa a pensar a respeito.

Carola -  alguém muito infeliz mas que se recusa a pensar a respeito.

Políticos - alguém que precisa se afastar dos humanos para alcançar seus objetivos.

Líderes espirituais - A única maneira de acreditarem que "chegaram lá" é cercando-se de pessoas que os admiram por acreditarem que de fato eles "chegaram lá."

Roqueiro -  Carega a cruz de um sentimento incômodo.

Stripper - Alguém que vive com um cronômetro em contagem regressiva pendurado no pescoço.

Policial - Uma pessoa que seca gêlo.

Juiz -  Passa a vida tentando se convencer de que fez a coisa certa.

Artista - Alguém que se dedica a mostrar aos outros que a vida é bela mesmo quando dói.

Criança - Um adulto sem medo.

Adulto - Uma criança com medo.

Perdão - A melhor injustiça que alguém pode cometer na vida.

Ódio - Um tipo de câncer.

Sexo -  O melhor que o corpo pode fazer por si mesmo a curto prazo.

Envelhecimento - Deus tentando nos persuadir de que está na hora de cair fora.

Juventude - O melhor e o pior da vida em um mesmo pacote de tempo.


Doença - Tratamento de choque para passarmos a enxergar o que nos recusávamos a ver.

Cobiça - Ódio disfarçado de desejo.

Filhos -  A aflição de amar o que lhe foge.


Esterilidade - Passar a vida imaginando como poderia ter sido.

Despedida - Nunca é a última.

Chá de calcinha - Mais um evento desnecessário só para encher o saco das pessoas .

Despedida de solteiro - prêmio de consolação para quem, segundo os amigos, está entrando numa furada.

Sogra - Mais uma mulher em sua vida para você se preocupar em não magoar.

Sogro - Não fede nem cheira. Não vai incomodar desde que você não sente na poltrona dele.

Blog - Uma oportunidade de dizer o que ninguém está com paciência para ouvir.

Tintura de cabelo - Tente se libertar. Depois me avise se conseguiu.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mulher chata

(Outro dia escreverei sobre Homem Chato)

1- Se tranca em casa (nenhuma programação a agrada) mas vive reclamando que não sai pra lugar nenhum.

2- Não quer que o filho brinque de nada que o faça suar, sujar ou cansar.  Vive proibindo, lavando e guardando o pobre moleque dentro de casa.

3 - Nenhum dos amigos do seu filho presta. São todos mal educados ou bandidinhos ou cheios de mal costume.

4- Nenhum dos amigos do seu marido presta. Todos são chatos ou cachaceiros ou mulherengos ou bagunceiros ou burros ou só falam em futebol ou só falam em trabalho ou só falam em política ou... Afe!

5- Nenhuma das esposas dos amigos de seu marido prestam: querem ser melhores do que todo mundo, só falam nos filhos ou só falam no trabalho ou são fúteis, ou são carolas demais ou são mundanas demais, falam demais, falam de menos, vivem reparando em tudo, são fofoqueiras, são velhas demais, são novas demais...

6- Nenhuma namorada de seu filho presta: são todas vagabundas, burras, vulgares e interesseiras.

7-  A mulher chata até faz o favor de transar com o marido mas é cheia de restrições. É a rainha do "aí não", "você está me machucando",  "isso é ridículo! Não vou fazer", "meu Deus, você é tarado!", "tenho nojo", "isso é coisa para vagabunda; não sou vagabunda!"  "isso é constrangedor", "isso é pecado", "ainda é cedo",  "já é tarde" ou "de novo????".  

8 - Não faz nada pelo marido. Ele tem que fazer tudo por ela mas ela "não nasceu para ser escrava". Ele nasceu.

9 - Reclama da mania dele de ler jornal, de assistir noticiários, de andar de cuecas pela casa, de não usar perfume, de usar um perfume desagradável, de não fazer nada ou de ser metido a fazer tudo.

10 - Fica irritadíssima com as manias dos outros, mas não se toca das suas.

11 - Está sempre inventando uma ocupação para nao dar atenção a ninguém mas reclama que ninguém lhe dá atenção.

12- Enche o saco com ciúmes. Toda mulher é vagabunda e está doidinha pelo marido dela.

13 - Nunca jamais esquece uma mágoa. Perdão não faz parte do seu dicionário.

14 - Está sempre com cara fechada ou com cara de sofredora.

15 - Apesar de estar sempre com cara fechada ou com cara de sofredora, não entende porque os amigos do marido não vão com a cara dela. Nem as esposas deles.

16- Apesar de continuar com a cara fechada ou de sofredora, não entende porque o marido não a deseja. Ela quer ser desejada - só para poder reclamar depois que o marido só pensa "naquilo".

17 - Implica com todas as empregadas domésticas. Nenhuma presta: todas são burras, preguiçosas, esbanjadoras, mal criadas, assanhadas, porcas.

18-  Ninguém faz nada bem feito.

19-  Em todas as situações ela só tem direitos, nunca deveres.

20- Cobra de todo mundo mas ela mesma é uma nulidade. Não sabe fazer nada que preste.

21-  Toda vez que o marido a convida para sair,  ela  1) está cansada; 2) não tem roupa; 3) o cabelo está horrível; 4) as unhas estão feias; 5) Preferia ir a outro lugar; 06) está com cólica; 07) está com dor de cabeça;

22) Se o marido lhe dá um presente, diz que aquilo só pode ser dor na consciência. "O que você anda aprontando"?! Se não dá, é porque não a ama mais.

23) Está sempre de mal humor ou doente ou cansada. Já falei isso? Tá vendo como é chato viver repetindo as coisas?

24) Nâo vai na casa da sogra porque ela tem todos os defeitos do mundo - mas a mãe dela é perfeita.

25) Só seus parentes prestam;

26) Tem mania de limpeza. Aos seus olhos tudo é sujo e nojento. Ela poderia trancar-se em um quarto esterilizado, mas prefere azucrinar a família.


27) Odeia hotéis porque lá é tudo sujo.

28) Odeia motéis porque lá é tudo sujo

29) Odeia se hospedar na casa dos outros porque lá é tudo sujo.

30) Ninguém pode pegar no seu bebê porque todo mundo é muito sujo.


31) "Aquilo" também é muito sujo.

domingo, 21 de novembro de 2010

Na traaaaaave!

Pra você ver como nem tudo é perfeito:

Quem me conhece sabe que um dos meus (muitos) sonho de criança era entrar em um castelo de verdade. É que eu era leitora contumaz de contos de fadas, daí o delírio. Anos e anos dizendo para mim mesma que um dia eu iria entrar em um castelo medieval, nem que fosse por um minutinho. E não é que QUASE entrei? Quase, mas não consegui.  Um pequeno "não" da vida só para eu realinhar minha mente perante a realidade de que não podemos ter tudo.


A primeira bola na trave foi em Londres. Eu ia aproveitar a tarde livre para ir ao Castelo da Ponte, no Centro da cidade, que era o local onde morou Henrique VIII. Fui convencida a não fazê-lo porque no dia seguinte iríamos a Windsor e o castelo de Windsor é muito maior e mais bonito. Tudo bem, fui aproveitar  outros lugares e esperei. No dia seguinte, conforme o combinado, fomos a Windsor. Só que a Rainha estava em casa e estavam preparando um evento especial (parece-me que era o noivado do Príncipe William), por isso não permitiram visitas JUSTAMENTE naquele dia. Resultado: tirei umas fotos chochas do bendito castelo (enoooooorrme) e fui embora cabisbaixa desejando vida longa à Rainha.


Esse outro castelo aí, muito bonito (um décimo do tamanho do castelo de Windsor, mas já quebrava o maior galho!) está localizado na Bélgica. Passei raspando em um passeio de barco. Quase que pulo na água para escalar seus muros e usar até de violência para entrar. Desisti porque estava muito frio.

Houve um terceiro castelo que passei pertiiiiinho mas não deu pra entrar. Nem tirei foto para não ficar com mais raiva.

Entrei em palácios mas... não é a mesma coisa.

Tudo bem, tudo bem. Deixe estar que um dia eu chego lá.

sábado, 20 de novembro de 2010

Desespero e aflição


Há desespero nas águas saídas dos esconderijos. São quase humanas em suas mágoas. Dirigem-se à perdição geladas, como todo condenado prestes à execução. Vêm de um rio de ventre gelado, arranhado por mil pedrinhas, revolvido por peixes, folhas, galhos e cabelos de moças apaixonadas que também desistiram de viver.

Jogam-se, quebram-se desfeitas em milhões de cacos redondos, gotas de vidro, pérolas brancas e fugazes. São também leite espumante e véu de gotículas que tecem fina rede capaz de acolher um arco-íris inteirinho.

Há desespero nas águas
Quase humanas em suas mágoas...

Loucas, fingem poder voar. Por instantes pairam no nada sem respirar mas logo caem, suicidas, sobre as pedras horrorizadas, trêmulas. A queda fatal e a fuga envergonhada para as margens dos lagos. aflição... Desintegração...

Há então desespero nas pedras, aflitas nessa imobilidade. Quantas mortes apararam? Quantos olhos de vidro! Quantos cabelos e vapores brancos já alisaram suas cascas frias!

As pedras são quase parteiras que aparam, abraçam mas se despedem das águas frias e órfãs. São abortos a serem sugados para o centro escuro do mundo.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Odiei Paris

Mentira!

Disse isso só para chamar sua atenção e para fazer um charminho. Tem gente que adora fazer charme dizendo que não gosta das coisas que todo mundo diz que gosta. Experimentei falar que odiei só para ver se eu conseguia sentir o prazer superior que essas pessoas parecem sentir. Passei batido, não senti nada... portanto: adorei Paris. Masssss...

Mas foi na Inglaterra que conheci um monte de gente muito legal e admirável.  Você conhece esses caras das fotos? Pois é. Depois te conto.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Licença maternidade - tire suas dúvidas

Como sou boazinha ( hoje vou ter que encher linguiça) partilho com vocês um artigo que li sobre sobre LICENÇA MATERNIDADE.  Sério, achei interessante. Clique AQUI e tire suas dúvidas.

Ao final da reportagem há uma boa participação dos leitores a respeito do assunto.

Fora essa discução... Estou pensando se não seria mais interessante transformar o "direito de cuidar do próprio filhos" em obrigação "obrigação de cuidar dos próprios filhos". Porque direito a gente pode abrir mão mas não podemos abrir mão de uma obrigação.

Penso que se fosse transformado o tal direito em obrigação MESMO, com penalização séria contra pais relapsos e  desalmados, haveria menos bandido no mundo. É fácil ter "plantação de filho" como quem tem plantação de batata: deixa no sol e na chuva, cresce por si só e acabou-se.

Pais comprovadamente irresponsáveis deveriam ser penalizados com a perda da guarda e  esterilização. Aí pronto, é só soltar os fogosos no mundo pra transarem  até o Cão dizer basta.

A idéia da esterilização no lugar da pena me parece ótima. O problema são nossos pruridos morais e "humanitários". Eles atravancam tudo. Já tem um, dois filhos, tudo jogado pelo mundo? As crianças já foram flagradas vagando pela noite, sem estudar, pedindo esmola etc? Vai preso. Ou é esterilizado. Os parágrafos complementares a essa lei a gente bola depois.

E não venha me falar em "conscientização". HÁ HÁ HÁ.

(Pensando bem... A quem interessa a minha opinião sobre esse assunto?)

domingo, 14 de novembro de 2010

10 maneiras de ser respeitado no meio jornalístico

(Copiado descaradamente do blog "Oásis da Inutilidade")



Mais cedo ou mais tarde o foca percebe que precisa de algo mais para imegir socialmente entre os novos colegas jornalistas. Ser legal não é suficiente. Ser bonita(o) serve, mas apenas para o sexo oposto - e às vezes para o mesmo, também. Ser muito inteligente causa discórdia. Para que o pobre neófito redacional não se sinta perdido ao adentrar no viveiro de cobras malcriadas da redação, eu ofereço aqui carinhosamente algumas dicas preciosas. Mas atenção: não me responsabilizo por eventuais efeitos colaterais.

1 - Seja escroto


Caso você ainda não saiba, ser bonzinho está totalmente fora de moda. Só é respeitável o jornalista que tem pinta de malvado e fala muito palavrão. É claro que poucos são maus de verdade, mas o importante é a aparência. Você nem precisa ser totalmente perverso; basta demonstrar um certo viés negativo, obscuro, como se estivesse perdendo a luta para não se deixar levar pelo lado negro da força.

Quando as pessoas olharem para você, não é necessário que vejam um psicopata completo. Meio psicopata já basta. Sua imagem deve deixar uma leve incerteza no ar sobre se você realmente tropeça velhinhas na rua, cuspiu no tapete do Papa ou peida em elevador cheio.


2 - Fale mal de tudo


É uma clara continuação do primeiro tópico: nunca algo estará satisfatório para alguém realmente malvado. No seu jornal, o pauteiro é burro, o editor é anta, o chefe é jumento, a empresa é uma Arca de Noé e os textos publicados são todos uns excrementos - exceto o seu e de um ou outro amigo próximo. Aliás, quando o seu texto sai ruim, a culpa é do editor. E se você é editor, obviamente, os repórteres é que são os analfabetos.

Se este procedimento for feito da maneira correta, em vez de ser execrado você será respeitado. Eventualmente poderá ser demitido, mas continuará respeitado.


3 - Use drogas


Não só as lícitas, seu bundão. Mas comecemos por elas. Encher a cara é elementar para interagir, de preferência tendo várias histórias hilárias de porres. Quanto maior o ridículo já passado por conta do álcool, maior respeito ser-lhe-á imputado.

Um dia desses conheci um antigo repórter da Província e do Diário perambulando como mendigo na rua, barba de noé, fala atrapalhada, mas frases coesas. Ele contou rápido sua história, citou muitos jornalistas que conhecia e no final, disse "perdi para a cana...". De súbito, me veio um respeito enorme por ele.

O cigarro também dá um certo ar de confiabilidade. Não se preocupe, ninguém olha para seu pulmão preto. E cada vez menos jornalistas se preocupam em negar o uso da maconha, já tão comum. O fininho é útil, pois dá um ar de guerrilheiro zapatista. Já outros entorpecentes não são assim muito necessários, mas se quiser usar, tanto faz. O que é um peido pra quem tá cagado?


4 - Tenha pose


No fundo, jornalistas se acham. No raso, têm certeza. Treine o olhar de Clark Gable, segure o cigarro com pose de atores dos anos cinquenta e mentalize "eu sou safo" como um mantra. Tudo isso ajudará a convencer os outros e você próprio do estupendo glamour da profissão. Você tenta se segurar, mas isso exala inevitavelmente do seu ser.

Sua pose deve mostrar o quanto você é mau. Na hora do trabalho, é interessante alternar momentos de gargalhadas em altos decibéis com olhares de seriedade profunda. Só não alterne demais os dois momentos, porque esquizofrenia e bipolaridade ainda não são desejáveis na redação. A não ser que você seja chefe, claro.

5 - Auto promova-se


 De vez em quando comece frases com expressões do tipo "quando eu ganhei o prêmio tal..." e "porque a minha manchete de ontem...". Jornalista não tem o menor pudor em se exibir. Em qualquer trunfo passe verniz, multiplique por três e propague com um certo tédio, como se já fosse corriqueiro na sua vida.

Em momentos que quiser mostrar sua humildade e modéstia, solte frases com a seguinte fórmula: "Fulano nunca ______(algo que você já fez) e já tá se achando". Por mais ridícula que a auto promoção soe, é incrível como funciona. É uma espécie de marketing pessoal extremo.

Óbvio que se você exagerar, vai acabar sendo mal visto. A não ser que seja chefe, claro. Chefe é sempre mal visto.

6 - Seja uma pseudo-enciclopédia


Seja metido a saber de tudo. Soltar jargões profissionais de qualquer área faz você parecer muito safo. Afinal, em poucos meses de labuta, qualquer estagiário já entrevistou macumbeiros, astronautas, artistas querendo aparecer, políticos querendo desaparecer, físicos nucleares, policiais torturadores e até acopladores de carga de caneta Bic. Basta escrever uma matéria especial sobre construção civil para o jornalista ganhar especialização em engenharia.

Assim, você sempre sabe um pouco mais do que todo mundo. Sobre qualquer fato relevante na política e economia, você é capaz de soltar "mas isso não é tudo" ou "tem muita coisa por trás disso que vocês não sabem...". Nunca revele o segredo, claro. Apenas deixe no ar que seu conhecimento sobre o tema tem a espessura e profundidade de um buraco negro alargado pelo Kid Bengala.

7 - Seja competente

De forma alguma chega a ser uma condição impreterível, mas até que ajuda. Mas atenção: só tem o efeito esperado se praticada em conjunto com as últimas duas dicas.


8 - Seja estranho


Jornalista não é muito normal e tem orgulho disso. A esquisitisse é uma forma de se diferenciar dos seres inferiores - tipo publicitários, marqueteiros e afins. Então aflore seu lado underground e regue sua genialidade incompreendida. Use roupas "originais", tenha seu próprio "estilo" e demonstre "personalidade", assim mesmo, entre aspas. Lembre-se: qualquer coisa diferente e de difícil compreensão tende a ser respeitada.




9 - Dê para alguém

Não é só dar uma vezinha. E também não é para qualquer um. Namorar um superior ou veterano de redação pode ajudar na interação com os demais colegas. Vale para relações homo e hetero, já que redações são apinhadas de viados. Se não funcionar para ganhar o respeito de todos, ao menos de seu par você já conseguiu.


Agora, se quiser sair dando para todo mundo, ninguém vai reclamar. Só temo que isso afaste você do objetivo deste post.

10 - Integre-se a uma


Essa aqui vale até para grupos de cefalópodes. Se depois de tudo isso você não ganhar a simpatia dos colegas, faça vestibulinho pra publicidade e seja feliz.
Filipe Faraon

sábado, 13 de novembro de 2010

Sou grata à Vida




Graças À Vida

Violeta Parra

Agradeço à vida que me tem dado tanto
Me deu dois olhos que quando os abro
Distinguo perfeitamente o preto do branco
E no alto céu seu fundo estrelado
E nas multidões, o homem que eu amo

Agradeço à vida que me tem dado tanto
Me deu o ouvido que em todo seu comprimento
Grava noite e dia grilos e canários
Martírios, turbinas, latidos, aguaceiros
E a voz tão terna de meu bem amado

Agradeço à vida que me tem dado tanto
Me deu o som e o abecedário
Com ele, as palavras que penso e declaro
Mãe, amigo, irmão
E luz iluminando a rota da alma do que estou amando

Agradeço à vida que me tem dado tanto
Me deu a marcha de meus pés cansados
Com eles andei cidades e charcos
Praias e desertos, montanhas e planícies
E a casa sua, sua rua e seu pátio

Agradeço à vida que me tem dado tanto
Me deu o coração que agita seu marco
Quando olho o fruto do cérebro humano
Quando olho o bom tão longe do mal
Quando olho o fundo de seus olhos claros

Agradeço à vida que me tem dado tanto
Me deu o riso e me deu o pranto
Assim eu distinguo fortuna de quebranto
Os dois materiais que formam meu canto
E o canto de vocês que é o mesmo canto
E o canto de todos que é meu próprio canto



Cuidado: é meu aniversário!

Hoje é o MEU ANIVERSÁRIO!!! Por isso listo abaixo algumas frases que NÃO QUERO OUVIR nessa data festiva:

1) Meu Deus, você está acabada!

2) Não vai ter nada pra comer no seu aniversário? Do meu bolso eu não vou pagar nada. Quem convida, paga.

3) Não faça plástica. Só vai piorar as coisas.

4) Já está na hora de dar uma esticadinha nessa cara, não é?

5) Por que você ainda se veste assim?

6) Sua bunda murchou.

7) Seus peitos caíram.

8) É engraçado te imaginar como empresária de sucesso... Você não tem cara mesmo!

9) Não é o sistema que é perverso: é você que NÃO TEM talento.

10) Você já passou da idade de usar esse tipo de roupa.

11) Você está muito triste por estar ficando velha?

12) Você é legal, mas... (complete com o que quiser; o estrago será o mesmo)

13) Eu ia te comprar um presente mas acabei comprando pra mim. Não resisti. Você não se importa, né?

14) Agora já posso falar: ano passado sua festa de aniversário foi um saco!

15) Que bom que você resolveu comemorar numa pizzaria. Você não leva jeito para preparar festas MESMO.

16) Não sei onde que eu estava com a cabeça para te comprar um presente tão caro!

17) Comprei  isso só para não vir com as mãos abanando.

18) Eu nem vinha mas... Tudo bem, estou aqui. Feliz Aniversário.

19) Você não tinha uma roupa melhorzinha do que essa?

20) Minha mãe achou que essa blusa combinaria com você. Eu achei brega, mas... pode ser que você goste.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fui

Gente, estou de FÉEEERIAS!
Enquanto você lê essas palavras eu estou em um avião rumo a Paris.
Não fiquem tristes porque tenho postagens pré-programadas que não vão deixar você ficar com aquela amarga sensação de abandono. Também vou levar meu computador. Isso quer dizer que posso postar umas fotos ou comentários entre um passeio e outro.

Se o avião não cair, volto brevemente. Se cair... não tem problema: as férias se estenderão por toda a eternidade.

Pra você que não pode tirar férias agora, aqui vai uma sugestão em forma de imagem:

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Juízes...

Olha a última da "Justiça":  Li agorinha que a Justiça quer que o Flamengo pague pensão para o filho do goleiro Bruno!  É mole?  Nunca vi decisão mais absurda.


Nunca vi decisão mais absurda por um motivo: a notícia não foi bem explicada. Eu estava indignada, só que... fui salva pela Sílvia, que me escreveu o seguinte:

"Cris, a vigência do contrato do Bruno ainda está sendo discutida e, até que se decida o contrário, o Flamengo deve valores a ele. O que o Juiz fez, foi ordernar que a fonte pagadora do Bruno repasse a pensão que a criança tem direito. O dever de alimentar é do Bruno, e o Flamengo não está sendo condenado a pagar a pensão, mas tão-somente a repassar uma quantia mensal que a criança faz jus simplesmente porque ainda é o patrão do pai assassino.Pra finalizar, o que acho também que acontece com muita frequência, é que a imprensa dá a notícia sem explicar como as coisas funcionam, se preocupando só em criar factóides que vendam jornal. É isso! Beijos."

Aaahhhh bommmm!

Só que a segunda parte da minha postagem eu mantenho:

Esses dias vi no Fantástico o caso da mulher que levou uma queda no supermercado e queria receber pensão porque não podia mais trabalhar.  Que ela, mulher sem instrução, não tenha noção dos seus direitos eu até entendo, mas o que me deixou estarrecida é que ela foi na Justiça e ainda conseguiu ganhar pensão!!!!  Claro que era triste a situação dela, mas o que é que o dono do supermercado tinha a ver com a desgraça? Ele não tinha obrigação nenhuma de dar nada a ela. Não era seu pai nem seu marido. Se ela estava desassistida deveria saber que ampará-la é obrigação do Governo. Pagamos imposto suficiente para isso. Se o Governo não tem dinheiro, é só tirar da Bolsa-Bandido que dá e sobra.

As pessoas hoje estão confundindo o que consideram "dever moral" com "dever legal". Quer dizer que se alguém escorrega e se quebra no prédio onde você mora, todos os condôminos têm que pagar pensão para o desafortunado? Se alguém escorrega na igreja, pensão também? Na sorveteria, no aeroporto...



Que Brasil louco, meu Deus!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Não acredito, mas...

Tá vendo essa garotinha linda da foto? Com certeza você já a conhece. Ela está tão famosa que deveria se candidatar a um cargo público.

Assim como eu, você também já deve ter recebido um monte de e-mails pedindo para repassar a foto da garotinha desaparecida. Só para você ter idéia, faz anos que os e-mails diziam que a foto era recente. Pelas minhas contas hoje essa garota hoje jé deve ter até peitinhos.

Eu sou incrédula pra caramba. Acho que tudo é história furada,  ainda mais depois que desmascararam um monte de e-mails desse tipo cujo único objetivo era espalhar vírus ou coletar endereços de e-mails. Listas de endereços são vendidas para vários sites, sabia?

Pois é. Mesmo não acreditando de jeito nenhum, estou publicando a fotinho dela aqui, só para me dar o direito de continuar deletando os futuros e-mails sem repassar para a minha lista de amigos.

Não quero atrapalhar o seu sentimento de slidariedade mas já reparou que na internete nunca mandam foto de criança feia desaparecida? Só desaparece gente bonita. Somos tão péssimos que todo mundo sabe que é mais fácil  ter pena dos bonitos do que dos feios. Deus nos perdôe...

Taí: dever cumprido.





segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um porre

Fui hoje a uma loja onde algo desumano estava acontecendo: não parava de tocar uma daquelas musiquinhas chatas de Natal. Confesso que já curti isso, mas hoje sou uma pecadora arrependida.

É cruel torturar os vendedores desse jeito. Sempre a mesma musiquinha chata-triste zunindo na consciência dos coitados. fugir pra onde? Eles estão ali porque precisam levar pra casa o pão de cada dia.  Aposto que se não fossem as crianças remelentas esperando em casa eles chutariam o pau do gerente - digo, o pau da barraca.

Tive pena, muita pena dos  nobres trabalhadores e imaginei com que tipo de humor eles chegariam em casa depois de oito horas ouvindo aquilo. Brigas, crianças levando chinelada a toa, casais dormindo no zero a zero, sogras sendo estapeadas. Tudo por causa da musiquinha infeliz. Pra piorar a gente acaba lebrando de mãe morta, dos tempos felizes da infância que não voltam mais, do cãozinho que se foi, do aborto, do arroz que queimou, de tudo de triste do mundo. Horror!

Gente, os vendedores são seres humanos e merecem ser ajudados. Deixo aqui a minha solidariedade. Se eles lerem essas minhas mal traçadas linhas e precisarem de mais alguma coisa, que me expliquem por escrito via correio porque lá eu não volto.

Numa hora dessas cadê os manés dos Direitos Humanos?

domingo, 7 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2

Não importa de qual lado você está: vai se lascar do mesmo jeito. Assim percebi Tropa de Elite 2,  o filme  mais triste do mundo.

É violento? É, claro, mas a maior violência do filme é gritar na nossa cara o tempo todo que aquilo não é ficção. E não é mesmo.

O filme é uma evidência da realidade lastimável que estamos vivendo:

1- Primeiro estágio de uma sociedade: um filme desse não faria sucesso porque não teria nada a ver com a realidade. Se estivéssemos bem, o filme nem existiria. Se existisse, seria um fracasso.

2- Segundo estágio de uma sociedade:: o filme seria feito mas todas as forças do Governo cairiam contra ele. Não haveria incentivo nem patrocínio e toma-lhe censura! Esse filme, pelo que tem de ofensivo contra os políticos, deveria ser contestado e seus idealizadores processados, no mínimo. Ou presos, ou "sumidos". Esse segundo estágio é imoral, mas é melhor do que o terceiro estágio:

3- Terceiro estágio de uma sociedade:: é o atual, no qual vivemos. O filme joga na cara a podridão do Governo, a bandidagem indescritível dos políticos, a sujeira cínica na qual vivemos, a manipulação da opinião pública e... nada! Nada acontece! Gente, o que é isso?  Cadê as passeatas indignadas? Cadê a ira santa? Cadê qualquer coisa, gente?!!!!! Tá todo mundo morto?   A banda podre se sente tão tranquila e tão segura da nossa inércia que nem se dá ao trabalho de boicotar nada nem ninguém. Eles mesmos assistem, aplaudem e voltam para suas atividades mafiosas.  "Enquanto os cães ladram, a caravana passa."

Dá uma angústia aqui, dentro do peito.

A história dessa vez não é exatamente sobre a polícia. É sobre o sistema - o nosso sistema brasileiro, que é um Satanás enooorme, mudo mas ativo.

"O Sistema" não é uma coisa simples de explicar, embora o filme o explique muito bem. "Ele", O sistema, está em todo lugar, não mostra a cara, ninguém controla. É um monstro.  As vezes pensamos que determinadas pessoas o controlam mas é mero engano. Ninguém o controla. Quando muito o adoram, tirando proveito dele e alimentando-o. Quando seus falsos controladores são eliminados, percebemos que o Sistema subsiste muito bem sem eles. Ninguém lhe faz falta. Parece ter vida própria. Quem inventou algo tão maligno? Não sei. Mas sei que os que se aproveitam dele e mamam em suas tetas tornam-se igualmente nefastos.

Lute contra o sistema e você será destruído. Alimente-o e pouco depois será destruído também porque ele não tem protegidos.

O filme é maravilhoso no que tem de filosófico. A coisa é tão complicada que no final das contas a gente acaba indeciso: somos todos vítimas ou somos todos algozes uns dos outros? Quem é bom não consegue bancar essa bondade o tempo todo. Capitão Nascimento não sabe se errou ou acertou, se é bom ou mal. Ninguém sabe nada, essa é que é a verdade. Ele tem um bom coração, mas até que ponto esse bom coração é bom mesmo, é útil e toma as decisões certas?

Quem de nós conseguiria ser melhor do que o Capitão Nascimento? Quem o aconselharia? O que você diria a ele? Quem o condenaria?

Esse filme resgata isso na sociedade: o respeito na hora de criticar a polícia. Há forças terríveis que transformam todo o bem que queremos fazer em mal. A política manda, o povo obedece, ninguém exerga exatamente seu lugar na engrenagem nem sabe exatamente o resultado dos seus atos. É tudo uma latrina. Vivemos numa latrina.

Estou complicando tudo, eu sei... Estranho não conseguir escrever um bom texto comentando um filme tão bom!

Continuando com meu mau texto: quase choro nas primeiras cenas, na penitenciária. Eu, que sempre estive mais para Capitão Nascimento do que para Direitos Humanos, fiquei chocada ao me ver no meio daquela cena: homens-bicho afundados no inferno. Violência, medo, sangue, tensão, infelicidade total, a mais absoluta desesperança. Bandido tem medo, muito medo.

Cristina, o que você faria se tivesse escorregado aos poucos para o mundo do crime? Se se visse lá, sem chance de voltar, o que faria com uma arma na mão e um monte de inimigos querendo te matar?  Talvez eu faria o que aqueles bandidos fizeram. Como mudar isso?  

É fácil matar um bandido quando não olhamos em seus olhos, mas no cinema, naquela telona, a gente vê os olhos, o suor, o medo, a necessidade que sentem de se proteger sendo assustadores.  Sim, eles tem muito, muito medo. Eles tem pavor e para sobreviverem só se mostrando piores do que seus inimigos. Tentam se proteger do medo fazendo medo. Como qualquer fera que ruge.  Senti dó como nunca antes. Dó daqueles homens desgraçados e sem futuro, sujos, morrendo como cães, como nada. Chorei por dentro e me perguntei: que mundo é esse? Que poço de lama é esse? Como que alguém se mete numa merda dessa?

Interessante ver o Seu Jorge, cantor, fazendo papel de bandido assustador. Significativo. Acho que foi colocado ali bem à propósito. Se ele não tivesse uma profissão, se não tivesse tido a oportunidade de ser um homem de bem, qual a diferença entre ele e qualquer bandido lá dentro? Nenhuma. Por outro lado, qualquer bandido ali poderia ter sido um Seu Jorge de voz aveludada e olhar sensual se tivesse chance.

Balancei.

ROSAS - Ana Carolina



Composição: Totonho Villeroy

Você pode me ver
Do jeito que quiser
Eu não vou fazer esforço
Pra te contrariar
De tantas mil maneiras
Que eu posso ser
Estou certa que uma delas
Vai te agradar...

Porque eu sou feita pro amor
Da cabeça aos pés
E não faço outra coisa
Do que me doar
Se causei alguma dor
Não foi por querer
Nunca tive a intenção
De te machucar...

Porque eu gosto é de rosas
E rosas e rosas
Acompanhadas de um bilhete
Me deixam nervosa...
Toda mulher gosta de rosas
E rosas e rosas
Muitas vezes são vermelhas
Mas sempre são rosas...

Se teu santo por acaso
Não bater com o meu
Eu retomo o meu caminho
E nada a declarar
Meia culpa, cada um
Que vá cuidar do seu
Se for só um arranhão
Eu não vou nem soprar...

Porque eu sou feita pro amor
Da cabeça aos pés
E não faço outra coisa
Do que me doar
Se causei alguma dor
Não foi por querer
Nunca tive a intenção
De te machucar

Porque eu gosto é de rosas
E rosas e rosas
Acompanhadas de um bilhete
Me deixam nervosa...
Toda mulher gosta de rosas
E rosas e rosas
Muitas vezes são vermelhas
Mas sempre são rosas...

sábado, 6 de novembro de 2010

Auto explicativo

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vale das sombras


Dá-me tua mão Senhor, porque é chegada a minha hora
E sinto que me esvai, como sangramento, o que ainda me tornaria reconhecível
Mas mesmo assim, mais leve que um pensamento,
Meus pés marcam a estrada
Faz frio.

Certamente tudo é incerto
Exceto um futuro inevitável que me espreita
Estou em um lugar para onde não me dirigiSinto cheiro de gente

Isso aumenta minha solidão
Pois não há ninguém.

Parar é insano
Sinto-me impelida  para a frente
Há uma convicção de ir, mas não entendo
Nem vejo, nem sei o que esperar.

Dá-me tua mão, Senhor
Pois os meus... já se foram
Desvaneceram os afagos
Doem-me os rins.

Mas talvez clareie o dia
E explenda uma manhã inesperada
Uma manhã que já existe mas aguarda por mim - quem sabe!
Encoberta e sorridente
Como uma surpresa de aniversário.

Dá-me tua mão, Senhor
Até que a manhã me resgate

Penso agora
Que essa manhã talvez não exista
Ou demore-se...
Ou, sendo breve demais
Não espante o frio.
Mas quem sabe a tarde, que já foi cinza,
Mostre sua cara azul e muda
Como o centro das rochas


Dá-me a tua mão, pois perdi a idade

E a ninguém possuo
O vento me é contrário
Então confundo-me.

Tão solitário é viajar sem as bagagens
Sem álbuns ou relíquias
Sem uma partitura sequer para decifrar

É solitário emergir da própria história
Para a dura isenção da verdade.

Aconchego-me em mim mesma
Dá-me tua mão, Senhor
E que a paz me socorra
Dos poros da terra.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Verdades chatas sobre o Twitter

Leria AQUI.

Por quê perder tempo com Twitter?
A maioria das pessoas que conheço não sabem mexer nele;
A maioria das pessoas que conheço - inclusive eu - não conseguem entender para quê serve mesmo. Dizem que é para informar, mas acho os jornais e revistas virtuais mais eficientes.
Além do mais, não informa porque nenhuma fonte é fidedigna. Posso inventar até que o Papa morreu.
A maioria das pessoas também não consegue ver o que há de tão cativante em twitar. Eles abrem uma conta e depois não aparecem mais.
Para quê eu quero seguidores? Eles vão me dar dinheiro?
Para ter seguidores eu tenho que escrever muitas coisas engraçadíssimas ou interessantíssimas ou novidades de primeira mão? Ah, então não quero. Tenho mais o que fazer.
Confissão: sim, eu também tenho Twitter. Entrei pra ver se o vírus me pegava. Não pegou. entrei para ver se eu  me empolgava. Não empolguei. Escrevo umas besteirinhas lá mas sei que ninguém lê.

A maior parte do que lá escrevem é imprestável tanto como informação quanto como entretenimento.

Não gostou desse meu texto? Pois saiba: o Twitter é mais chato do que isso.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dez verdades sobre a cerveja


(Recebi por e-mail e não resisti. Se já leu, problema seu.)

1. A CERVEJA MATA?
Sim. Sobretudo se a pessoa for atingida por uma caixa de cerveja com
garrafas cheias. Anos atrás, um rapaz, ao passar pela rua, foi
atingido por uma caixa de cerveja que caiu de um caminhão levando-o a
morte instantânea. Além disso, casos de infarto do miocárdio em idosos
teriam sido associados as propagandas de cervejas com modelos
boazudas.

2. O USO CONTÍNUO DO ÁLCOOL PODE LEVAR AO USO DE DROGAS MAIS PESADAS?
Não. O álcool é a mais pesada das drogas: uma garrafa de cerveja pesa
cerca de 900 gramas.

3. CERVEJA CAUSA DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA?
Não. 89,7% dos psicólogos e psicanalistas entrevistados preferem uísque

4. MULHERES GRÁVIDAS PODEM BEBER SEM RISCO?
Sim. Está provado que nas blitz a polícia nunca pede o teste do
bafômetro pras gestantes. E se elas tiverem que fazer o teste de andar
em linha reta, sempre podem atribuir o desequilíbrio ao peso da
barriga.

5. CERVEJA PODE DIMINUIR OS REFLEXOS DOS MOTORISTAS?
Não. Uma experiência foi feita com mais de 500 motoristas: foi dada
uma caixa de cerveja para cada um beber e, em seguida, foram colocados
um por um diante do espelho. Em nenhum dos casos, os reflexos foram
alterados.

6. A BEBIDA ENVELHECE?
Sim. A bebida envelhece muito rápido. Para se ter uma ideia, se você
deixar uma garrafa ou lata de cerveja aberta ela perderá o seu sabor
em aproximadamente quinze minutos.

7. A CERVEJA ATRAPALHA NO RENDIMENTO ESCOLAR?
Não, pelo contrário. Alguns donos de faculdade estão aumentando suas rendas
com a venda de cerveja nas cantinas e bares na esquina.

8. O QUE FAZ COM QUE A BEBIDA CHEGUE AOS ADOLESCENTES?
Inúmeras pesquisas vinham sendo feitas por laboratórios de renome e todas
indicam, em primeiríssimo lugar, o garçom.

9. CERVEJA ENGORDA?
Não. Quem engorda é você.

10. A CERVEJA CAUSA DIMINUIÇÃO DA MEMÓRIA?
Que eu me lembre, não.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Conceitos - por Cristina

HTML - Um mistério. (Não dá pra entender como é que vídeos, fotos, páginas ou qualquer outra coisa pode ser formada por aquela sequência tão improvável de letras.)

Tribos urbanas - Conjunto de pessoas que precisam desesperadamente se sentir diferente dos outros e ao mesmo tempo semelhantes a alguém.

Adolescente linda - uma criança que ganhou uma fortuna mas não faz a menor idéia do que fazer com aquilo tudo.

Colônia de férias - livrar-se das crianças sem ter culpa.

Workaholic - alguém muito infeliz mas que se recusa a pensar a respeito.

Carola -  alguém muito infeliz mas que se recusa a pensar a respeito.

Políticos - alguém que precisa se afastar dos humanos para alcançar seus objetivos.

Líderes espirituais - A única maneira de acreditarem que "chegaram lá" é cercando-se de pessoas que os admiram por acreditarem que de fato eles "chegaram lá."

Roqueiro -  Carega a cruz de um sentimento incômodo.

Stripper - Alguém que vive com um cronômetro em contagem regressiva pendurado no pescoço.

Policial - Uma pessoa que seca gêlo.

Juiz -  Passa a vida tentando se convencer de que fez a coisa certa.

Artista - Alguém que se dedica a mostrar aos outros que a vida é bela mesmo quando dói.

Criança - Um adulto sem medo.

Adulto - Uma criança com medo.

Perdão - A melhor injustiça que alguém pode cometer na vida.

Ódio - Um tipo de câncer.

Sexo -  O melhor que o corpo pode fazer por si mesmo a curto prazo.

Envelhecimento - Deus tentando nos persuadir de que está na hora de cair fora.

Juventude - O melhor e o pior da vida em um mesmo pacote de tempo.


Doença - Tratamento de choque para passarmos a enxergar o que nos recusávamos a ver.

Cobiça - Ódio disfarçado de desejo.

Filhos -  A aflição de amar o que lhe foge.


Esterilidade - Passar a vida imaginando como poderia ter sido.

Despedida - Nunca é a última.

Chá de calcinha - Mais um evento desnecessário só para encher o saco das pessoas .

Despedida de solteiro - prêmio de consolação para quem, segundo os amigos, está entrando numa furada.

Sogra - Mais uma mulher em sua vida para você se preocupar em não magoar.

Sogro - Não fede nem cheira. Não vai incomodar desde que você não sente na poltrona dele.

Blog - Uma oportunidade de dizer o que ninguém está com paciência para ouvir.

Tintura de cabelo - Tente se libertar. Depois me avise se conseguiu.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mulher chata

(Outro dia escreverei sobre Homem Chato)

1- Se tranca em casa (nenhuma programação a agrada) mas vive reclamando que não sai pra lugar nenhum.

2- Não quer que o filho brinque de nada que o faça suar, sujar ou cansar.  Vive proibindo, lavando e guardando o pobre moleque dentro de casa.

3 - Nenhum dos amigos do seu filho presta. São todos mal educados ou bandidinhos ou cheios de mal costume.

4- Nenhum dos amigos do seu marido presta. Todos são chatos ou cachaceiros ou mulherengos ou bagunceiros ou burros ou só falam em futebol ou só falam em trabalho ou só falam em política ou... Afe!

5- Nenhuma das esposas dos amigos de seu marido prestam: querem ser melhores do que todo mundo, só falam nos filhos ou só falam no trabalho ou são fúteis, ou são carolas demais ou são mundanas demais, falam demais, falam de menos, vivem reparando em tudo, são fofoqueiras, são velhas demais, são novas demais...

6- Nenhuma namorada de seu filho presta: são todas vagabundas, burras, vulgares e interesseiras.

7-  A mulher chata até faz o favor de transar com o marido mas é cheia de restrições. É a rainha do "aí não", "você está me machucando",  "isso é ridículo! Não vou fazer", "meu Deus, você é tarado!", "tenho nojo", "isso é coisa para vagabunda; não sou vagabunda!"  "isso é constrangedor", "isso é pecado", "ainda é cedo",  "já é tarde" ou "de novo????".  

8 - Não faz nada pelo marido. Ele tem que fazer tudo por ela mas ela "não nasceu para ser escrava". Ele nasceu.

9 - Reclama da mania dele de ler jornal, de assistir noticiários, de andar de cuecas pela casa, de não usar perfume, de usar um perfume desagradável, de não fazer nada ou de ser metido a fazer tudo.

10 - Fica irritadíssima com as manias dos outros, mas não se toca das suas.

11 - Está sempre inventando uma ocupação para nao dar atenção a ninguém mas reclama que ninguém lhe dá atenção.

12- Enche o saco com ciúmes. Toda mulher é vagabunda e está doidinha pelo marido dela.

13 - Nunca jamais esquece uma mágoa. Perdão não faz parte do seu dicionário.

14 - Está sempre com cara fechada ou com cara de sofredora.

15 - Apesar de estar sempre com cara fechada ou com cara de sofredora, não entende porque os amigos do marido não vão com a cara dela. Nem as esposas deles.

16- Apesar de continuar com a cara fechada ou de sofredora, não entende porque o marido não a deseja. Ela quer ser desejada - só para poder reclamar depois que o marido só pensa "naquilo".

17 - Implica com todas as empregadas domésticas. Nenhuma presta: todas são burras, preguiçosas, esbanjadoras, mal criadas, assanhadas, porcas.

18-  Ninguém faz nada bem feito.

19-  Em todas as situações ela só tem direitos, nunca deveres.

20- Cobra de todo mundo mas ela mesma é uma nulidade. Não sabe fazer nada que preste.

21-  Toda vez que o marido a convida para sair,  ela  1) está cansada; 2) não tem roupa; 3) o cabelo está horrível; 4) as unhas estão feias; 5) Preferia ir a outro lugar; 06) está com cólica; 07) está com dor de cabeça;

22) Se o marido lhe dá um presente, diz que aquilo só pode ser dor na consciência. "O que você anda aprontando"?! Se não dá, é porque não a ama mais.

23) Está sempre de mal humor ou doente ou cansada. Já falei isso? Tá vendo como é chato viver repetindo as coisas?

24) Nâo vai na casa da sogra porque ela tem todos os defeitos do mundo - mas a mãe dela é perfeita.

25) Só seus parentes prestam;

26) Tem mania de limpeza. Aos seus olhos tudo é sujo e nojento. Ela poderia trancar-se em um quarto esterilizado, mas prefere azucrinar a família.


27) Odeia hotéis porque lá é tudo sujo.

28) Odeia motéis porque lá é tudo sujo

29) Odeia se hospedar na casa dos outros porque lá é tudo sujo.

30) Ninguém pode pegar no seu bebê porque todo mundo é muito sujo.


31) "Aquilo" também é muito sujo.

domingo, 21 de novembro de 2010

Na traaaaaave!

Pra você ver como nem tudo é perfeito:

Quem me conhece sabe que um dos meus (muitos) sonho de criança era entrar em um castelo de verdade. É que eu era leitora contumaz de contos de fadas, daí o delírio. Anos e anos dizendo para mim mesma que um dia eu iria entrar em um castelo medieval, nem que fosse por um minutinho. E não é que QUASE entrei? Quase, mas não consegui.  Um pequeno "não" da vida só para eu realinhar minha mente perante a realidade de que não podemos ter tudo.


A primeira bola na trave foi em Londres. Eu ia aproveitar a tarde livre para ir ao Castelo da Ponte, no Centro da cidade, que era o local onde morou Henrique VIII. Fui convencida a não fazê-lo porque no dia seguinte iríamos a Windsor e o castelo de Windsor é muito maior e mais bonito. Tudo bem, fui aproveitar  outros lugares e esperei. No dia seguinte, conforme o combinado, fomos a Windsor. Só que a Rainha estava em casa e estavam preparando um evento especial (parece-me que era o noivado do Príncipe William), por isso não permitiram visitas JUSTAMENTE naquele dia. Resultado: tirei umas fotos chochas do bendito castelo (enoooooorrme) e fui embora cabisbaixa desejando vida longa à Rainha.


Esse outro castelo aí, muito bonito (um décimo do tamanho do castelo de Windsor, mas já quebrava o maior galho!) está localizado na Bélgica. Passei raspando em um passeio de barco. Quase que pulo na água para escalar seus muros e usar até de violência para entrar. Desisti porque estava muito frio.

Houve um terceiro castelo que passei pertiiiiinho mas não deu pra entrar. Nem tirei foto para não ficar com mais raiva.

Entrei em palácios mas... não é a mesma coisa.

Tudo bem, tudo bem. Deixe estar que um dia eu chego lá.

sábado, 20 de novembro de 2010

Desespero e aflição


Há desespero nas águas saídas dos esconderijos. São quase humanas em suas mágoas. Dirigem-se à perdição geladas, como todo condenado prestes à execução. Vêm de um rio de ventre gelado, arranhado por mil pedrinhas, revolvido por peixes, folhas, galhos e cabelos de moças apaixonadas que também desistiram de viver.

Jogam-se, quebram-se desfeitas em milhões de cacos redondos, gotas de vidro, pérolas brancas e fugazes. São também leite espumante e véu de gotículas que tecem fina rede capaz de acolher um arco-íris inteirinho.

Há desespero nas águas
Quase humanas em suas mágoas...

Loucas, fingem poder voar. Por instantes pairam no nada sem respirar mas logo caem, suicidas, sobre as pedras horrorizadas, trêmulas. A queda fatal e a fuga envergonhada para as margens dos lagos. aflição... Desintegração...

Há então desespero nas pedras, aflitas nessa imobilidade. Quantas mortes apararam? Quantos olhos de vidro! Quantos cabelos e vapores brancos já alisaram suas cascas frias!

As pedras são quase parteiras que aparam, abraçam mas se despedem das águas frias e órfãs. São abortos a serem sugados para o centro escuro do mundo.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Odiei Paris

Mentira!

Disse isso só para chamar sua atenção e para fazer um charminho. Tem gente que adora fazer charme dizendo que não gosta das coisas que todo mundo diz que gosta. Experimentei falar que odiei só para ver se eu conseguia sentir o prazer superior que essas pessoas parecem sentir. Passei batido, não senti nada... portanto: adorei Paris. Masssss...

Mas foi na Inglaterra que conheci um monte de gente muito legal e admirável.  Você conhece esses caras das fotos? Pois é. Depois te conto.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Licença maternidade - tire suas dúvidas

Como sou boazinha ( hoje vou ter que encher linguiça) partilho com vocês um artigo que li sobre sobre LICENÇA MATERNIDADE.  Sério, achei interessante. Clique AQUI e tire suas dúvidas.

Ao final da reportagem há uma boa participação dos leitores a respeito do assunto.

Fora essa discução... Estou pensando se não seria mais interessante transformar o "direito de cuidar do próprio filhos" em obrigação "obrigação de cuidar dos próprios filhos". Porque direito a gente pode abrir mão mas não podemos abrir mão de uma obrigação.

Penso que se fosse transformado o tal direito em obrigação MESMO, com penalização séria contra pais relapsos e  desalmados, haveria menos bandido no mundo. É fácil ter "plantação de filho" como quem tem plantação de batata: deixa no sol e na chuva, cresce por si só e acabou-se.

Pais comprovadamente irresponsáveis deveriam ser penalizados com a perda da guarda e  esterilização. Aí pronto, é só soltar os fogosos no mundo pra transarem  até o Cão dizer basta.

A idéia da esterilização no lugar da pena me parece ótima. O problema são nossos pruridos morais e "humanitários". Eles atravancam tudo. Já tem um, dois filhos, tudo jogado pelo mundo? As crianças já foram flagradas vagando pela noite, sem estudar, pedindo esmola etc? Vai preso. Ou é esterilizado. Os parágrafos complementares a essa lei a gente bola depois.

E não venha me falar em "conscientização". HÁ HÁ HÁ.

(Pensando bem... A quem interessa a minha opinião sobre esse assunto?)

domingo, 14 de novembro de 2010

10 maneiras de ser respeitado no meio jornalístico

(Copiado descaradamente do blog "Oásis da Inutilidade")



Mais cedo ou mais tarde o foca percebe que precisa de algo mais para imegir socialmente entre os novos colegas jornalistas. Ser legal não é suficiente. Ser bonita(o) serve, mas apenas para o sexo oposto - e às vezes para o mesmo, também. Ser muito inteligente causa discórdia. Para que o pobre neófito redacional não se sinta perdido ao adentrar no viveiro de cobras malcriadas da redação, eu ofereço aqui carinhosamente algumas dicas preciosas. Mas atenção: não me responsabilizo por eventuais efeitos colaterais.

1 - Seja escroto


Caso você ainda não saiba, ser bonzinho está totalmente fora de moda. Só é respeitável o jornalista que tem pinta de malvado e fala muito palavrão. É claro que poucos são maus de verdade, mas o importante é a aparência. Você nem precisa ser totalmente perverso; basta demonstrar um certo viés negativo, obscuro, como se estivesse perdendo a luta para não se deixar levar pelo lado negro da força.

Quando as pessoas olharem para você, não é necessário que vejam um psicopata completo. Meio psicopata já basta. Sua imagem deve deixar uma leve incerteza no ar sobre se você realmente tropeça velhinhas na rua, cuspiu no tapete do Papa ou peida em elevador cheio.


2 - Fale mal de tudo


É uma clara continuação do primeiro tópico: nunca algo estará satisfatório para alguém realmente malvado. No seu jornal, o pauteiro é burro, o editor é anta, o chefe é jumento, a empresa é uma Arca de Noé e os textos publicados são todos uns excrementos - exceto o seu e de um ou outro amigo próximo. Aliás, quando o seu texto sai ruim, a culpa é do editor. E se você é editor, obviamente, os repórteres é que são os analfabetos.

Se este procedimento for feito da maneira correta, em vez de ser execrado você será respeitado. Eventualmente poderá ser demitido, mas continuará respeitado.


3 - Use drogas


Não só as lícitas, seu bundão. Mas comecemos por elas. Encher a cara é elementar para interagir, de preferência tendo várias histórias hilárias de porres. Quanto maior o ridículo já passado por conta do álcool, maior respeito ser-lhe-á imputado.

Um dia desses conheci um antigo repórter da Província e do Diário perambulando como mendigo na rua, barba de noé, fala atrapalhada, mas frases coesas. Ele contou rápido sua história, citou muitos jornalistas que conhecia e no final, disse "perdi para a cana...". De súbito, me veio um respeito enorme por ele.

O cigarro também dá um certo ar de confiabilidade. Não se preocupe, ninguém olha para seu pulmão preto. E cada vez menos jornalistas se preocupam em negar o uso da maconha, já tão comum. O fininho é útil, pois dá um ar de guerrilheiro zapatista. Já outros entorpecentes não são assim muito necessários, mas se quiser usar, tanto faz. O que é um peido pra quem tá cagado?


4 - Tenha pose


No fundo, jornalistas se acham. No raso, têm certeza. Treine o olhar de Clark Gable, segure o cigarro com pose de atores dos anos cinquenta e mentalize "eu sou safo" como um mantra. Tudo isso ajudará a convencer os outros e você próprio do estupendo glamour da profissão. Você tenta se segurar, mas isso exala inevitavelmente do seu ser.

Sua pose deve mostrar o quanto você é mau. Na hora do trabalho, é interessante alternar momentos de gargalhadas em altos decibéis com olhares de seriedade profunda. Só não alterne demais os dois momentos, porque esquizofrenia e bipolaridade ainda não são desejáveis na redação. A não ser que você seja chefe, claro.

5 - Auto promova-se


 De vez em quando comece frases com expressões do tipo "quando eu ganhei o prêmio tal..." e "porque a minha manchete de ontem...". Jornalista não tem o menor pudor em se exibir. Em qualquer trunfo passe verniz, multiplique por três e propague com um certo tédio, como se já fosse corriqueiro na sua vida.

Em momentos que quiser mostrar sua humildade e modéstia, solte frases com a seguinte fórmula: "Fulano nunca ______(algo que você já fez) e já tá se achando". Por mais ridícula que a auto promoção soe, é incrível como funciona. É uma espécie de marketing pessoal extremo.

Óbvio que se você exagerar, vai acabar sendo mal visto. A não ser que seja chefe, claro. Chefe é sempre mal visto.

6 - Seja uma pseudo-enciclopédia


Seja metido a saber de tudo. Soltar jargões profissionais de qualquer área faz você parecer muito safo. Afinal, em poucos meses de labuta, qualquer estagiário já entrevistou macumbeiros, astronautas, artistas querendo aparecer, políticos querendo desaparecer, físicos nucleares, policiais torturadores e até acopladores de carga de caneta Bic. Basta escrever uma matéria especial sobre construção civil para o jornalista ganhar especialização em engenharia.

Assim, você sempre sabe um pouco mais do que todo mundo. Sobre qualquer fato relevante na política e economia, você é capaz de soltar "mas isso não é tudo" ou "tem muita coisa por trás disso que vocês não sabem...". Nunca revele o segredo, claro. Apenas deixe no ar que seu conhecimento sobre o tema tem a espessura e profundidade de um buraco negro alargado pelo Kid Bengala.

7 - Seja competente

De forma alguma chega a ser uma condição impreterível, mas até que ajuda. Mas atenção: só tem o efeito esperado se praticada em conjunto com as últimas duas dicas.


8 - Seja estranho


Jornalista não é muito normal e tem orgulho disso. A esquisitisse é uma forma de se diferenciar dos seres inferiores - tipo publicitários, marqueteiros e afins. Então aflore seu lado underground e regue sua genialidade incompreendida. Use roupas "originais", tenha seu próprio "estilo" e demonstre "personalidade", assim mesmo, entre aspas. Lembre-se: qualquer coisa diferente e de difícil compreensão tende a ser respeitada.




9 - Dê para alguém

Não é só dar uma vezinha. E também não é para qualquer um. Namorar um superior ou veterano de redação pode ajudar na interação com os demais colegas. Vale para relações homo e hetero, já que redações são apinhadas de viados. Se não funcionar para ganhar o respeito de todos, ao menos de seu par você já conseguiu.


Agora, se quiser sair dando para todo mundo, ninguém vai reclamar. Só temo que isso afaste você do objetivo deste post.

10 - Integre-se a uma


Essa aqui vale até para grupos de cefalópodes. Se depois de tudo isso você não ganhar a simpatia dos colegas, faça vestibulinho pra publicidade e seja feliz.
Filipe Faraon

sábado, 13 de novembro de 2010

Sou grata à Vida




Graças À Vida

Violeta Parra

Agradeço à vida que me tem dado tanto
Me deu dois olhos que quando os abro
Distinguo perfeitamente o preto do branco
E no alto céu seu fundo estrelado
E nas multidões, o homem que eu amo

Agradeço à vida que me tem dado tanto
Me deu o ouvido que em todo seu comprimento
Grava noite e dia grilos e canários
Martírios, turbinas, latidos, aguaceiros
E a voz tão terna de meu bem amado

Agradeço à vida que me tem dado tanto
Me deu o som e o abecedário
Com ele, as palavras que penso e declaro
Mãe, amigo, irmão
E luz iluminando a rota da alma do que estou amando

Agradeço à vida que me tem dado tanto
Me deu a marcha de meus pés cansados
Com eles andei cidades e charcos
Praias e desertos, montanhas e planícies
E a casa sua, sua rua e seu pátio

Agradeço à vida que me tem dado tanto
Me deu o coração que agita seu marco
Quando olho o fruto do cérebro humano
Quando olho o bom tão longe do mal
Quando olho o fundo de seus olhos claros

Agradeço à vida que me tem dado tanto
Me deu o riso e me deu o pranto
Assim eu distinguo fortuna de quebranto
Os dois materiais que formam meu canto
E o canto de vocês que é o mesmo canto
E o canto de todos que é meu próprio canto



Cuidado: é meu aniversário!

Hoje é o MEU ANIVERSÁRIO!!! Por isso listo abaixo algumas frases que NÃO QUERO OUVIR nessa data festiva:

1) Meu Deus, você está acabada!

2) Não vai ter nada pra comer no seu aniversário? Do meu bolso eu não vou pagar nada. Quem convida, paga.

3) Não faça plástica. Só vai piorar as coisas.

4) Já está na hora de dar uma esticadinha nessa cara, não é?

5) Por que você ainda se veste assim?

6) Sua bunda murchou.

7) Seus peitos caíram.

8) É engraçado te imaginar como empresária de sucesso... Você não tem cara mesmo!

9) Não é o sistema que é perverso: é você que NÃO TEM talento.

10) Você já passou da idade de usar esse tipo de roupa.

11) Você está muito triste por estar ficando velha?

12) Você é legal, mas... (complete com o que quiser; o estrago será o mesmo)

13) Eu ia te comprar um presente mas acabei comprando pra mim. Não resisti. Você não se importa, né?

14) Agora já posso falar: ano passado sua festa de aniversário foi um saco!

15) Que bom que você resolveu comemorar numa pizzaria. Você não leva jeito para preparar festas MESMO.

16) Não sei onde que eu estava com a cabeça para te comprar um presente tão caro!

17) Comprei  isso só para não vir com as mãos abanando.

18) Eu nem vinha mas... Tudo bem, estou aqui. Feliz Aniversário.

19) Você não tinha uma roupa melhorzinha do que essa?

20) Minha mãe achou que essa blusa combinaria com você. Eu achei brega, mas... pode ser que você goste.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fui

Gente, estou de FÉEEERIAS!
Enquanto você lê essas palavras eu estou em um avião rumo a Paris.
Não fiquem tristes porque tenho postagens pré-programadas que não vão deixar você ficar com aquela amarga sensação de abandono. Também vou levar meu computador. Isso quer dizer que posso postar umas fotos ou comentários entre um passeio e outro.

Se o avião não cair, volto brevemente. Se cair... não tem problema: as férias se estenderão por toda a eternidade.

Pra você que não pode tirar férias agora, aqui vai uma sugestão em forma de imagem:

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Juízes...

Olha a última da "Justiça":  Li agorinha que a Justiça quer que o Flamengo pague pensão para o filho do goleiro Bruno!  É mole?  Nunca vi decisão mais absurda.


Nunca vi decisão mais absurda por um motivo: a notícia não foi bem explicada. Eu estava indignada, só que... fui salva pela Sílvia, que me escreveu o seguinte:

"Cris, a vigência do contrato do Bruno ainda está sendo discutida e, até que se decida o contrário, o Flamengo deve valores a ele. O que o Juiz fez, foi ordernar que a fonte pagadora do Bruno repasse a pensão que a criança tem direito. O dever de alimentar é do Bruno, e o Flamengo não está sendo condenado a pagar a pensão, mas tão-somente a repassar uma quantia mensal que a criança faz jus simplesmente porque ainda é o patrão do pai assassino.Pra finalizar, o que acho também que acontece com muita frequência, é que a imprensa dá a notícia sem explicar como as coisas funcionam, se preocupando só em criar factóides que vendam jornal. É isso! Beijos."

Aaahhhh bommmm!

Só que a segunda parte da minha postagem eu mantenho:

Esses dias vi no Fantástico o caso da mulher que levou uma queda no supermercado e queria receber pensão porque não podia mais trabalhar.  Que ela, mulher sem instrução, não tenha noção dos seus direitos eu até entendo, mas o que me deixou estarrecida é que ela foi na Justiça e ainda conseguiu ganhar pensão!!!!  Claro que era triste a situação dela, mas o que é que o dono do supermercado tinha a ver com a desgraça? Ele não tinha obrigação nenhuma de dar nada a ela. Não era seu pai nem seu marido. Se ela estava desassistida deveria saber que ampará-la é obrigação do Governo. Pagamos imposto suficiente para isso. Se o Governo não tem dinheiro, é só tirar da Bolsa-Bandido que dá e sobra.

As pessoas hoje estão confundindo o que consideram "dever moral" com "dever legal". Quer dizer que se alguém escorrega e se quebra no prédio onde você mora, todos os condôminos têm que pagar pensão para o desafortunado? Se alguém escorrega na igreja, pensão também? Na sorveteria, no aeroporto...



Que Brasil louco, meu Deus!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Não acredito, mas...

Tá vendo essa garotinha linda da foto? Com certeza você já a conhece. Ela está tão famosa que deveria se candidatar a um cargo público.

Assim como eu, você também já deve ter recebido um monte de e-mails pedindo para repassar a foto da garotinha desaparecida. Só para você ter idéia, faz anos que os e-mails diziam que a foto era recente. Pelas minhas contas hoje essa garota hoje jé deve ter até peitinhos.

Eu sou incrédula pra caramba. Acho que tudo é história furada,  ainda mais depois que desmascararam um monte de e-mails desse tipo cujo único objetivo era espalhar vírus ou coletar endereços de e-mails. Listas de endereços são vendidas para vários sites, sabia?

Pois é. Mesmo não acreditando de jeito nenhum, estou publicando a fotinho dela aqui, só para me dar o direito de continuar deletando os futuros e-mails sem repassar para a minha lista de amigos.

Não quero atrapalhar o seu sentimento de slidariedade mas já reparou que na internete nunca mandam foto de criança feia desaparecida? Só desaparece gente bonita. Somos tão péssimos que todo mundo sabe que é mais fácil  ter pena dos bonitos do que dos feios. Deus nos perdôe...

Taí: dever cumprido.





segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um porre

Fui hoje a uma loja onde algo desumano estava acontecendo: não parava de tocar uma daquelas musiquinhas chatas de Natal. Confesso que já curti isso, mas hoje sou uma pecadora arrependida.

É cruel torturar os vendedores desse jeito. Sempre a mesma musiquinha chata-triste zunindo na consciência dos coitados. fugir pra onde? Eles estão ali porque precisam levar pra casa o pão de cada dia.  Aposto que se não fossem as crianças remelentas esperando em casa eles chutariam o pau do gerente - digo, o pau da barraca.

Tive pena, muita pena dos  nobres trabalhadores e imaginei com que tipo de humor eles chegariam em casa depois de oito horas ouvindo aquilo. Brigas, crianças levando chinelada a toa, casais dormindo no zero a zero, sogras sendo estapeadas. Tudo por causa da musiquinha infeliz. Pra piorar a gente acaba lebrando de mãe morta, dos tempos felizes da infância que não voltam mais, do cãozinho que se foi, do aborto, do arroz que queimou, de tudo de triste do mundo. Horror!

Gente, os vendedores são seres humanos e merecem ser ajudados. Deixo aqui a minha solidariedade. Se eles lerem essas minhas mal traçadas linhas e precisarem de mais alguma coisa, que me expliquem por escrito via correio porque lá eu não volto.

Numa hora dessas cadê os manés dos Direitos Humanos?

domingo, 7 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2

Não importa de qual lado você está: vai se lascar do mesmo jeito. Assim percebi Tropa de Elite 2,  o filme  mais triste do mundo.

É violento? É, claro, mas a maior violência do filme é gritar na nossa cara o tempo todo que aquilo não é ficção. E não é mesmo.

O filme é uma evidência da realidade lastimável que estamos vivendo:

1- Primeiro estágio de uma sociedade: um filme desse não faria sucesso porque não teria nada a ver com a realidade. Se estivéssemos bem, o filme nem existiria. Se existisse, seria um fracasso.

2- Segundo estágio de uma sociedade:: o filme seria feito mas todas as forças do Governo cairiam contra ele. Não haveria incentivo nem patrocínio e toma-lhe censura! Esse filme, pelo que tem de ofensivo contra os políticos, deveria ser contestado e seus idealizadores processados, no mínimo. Ou presos, ou "sumidos". Esse segundo estágio é imoral, mas é melhor do que o terceiro estágio:

3- Terceiro estágio de uma sociedade:: é o atual, no qual vivemos. O filme joga na cara a podridão do Governo, a bandidagem indescritível dos políticos, a sujeira cínica na qual vivemos, a manipulação da opinião pública e... nada! Nada acontece! Gente, o que é isso?  Cadê as passeatas indignadas? Cadê a ira santa? Cadê qualquer coisa, gente?!!!!! Tá todo mundo morto?   A banda podre se sente tão tranquila e tão segura da nossa inércia que nem se dá ao trabalho de boicotar nada nem ninguém. Eles mesmos assistem, aplaudem e voltam para suas atividades mafiosas.  "Enquanto os cães ladram, a caravana passa."

Dá uma angústia aqui, dentro do peito.

A história dessa vez não é exatamente sobre a polícia. É sobre o sistema - o nosso sistema brasileiro, que é um Satanás enooorme, mudo mas ativo.

"O Sistema" não é uma coisa simples de explicar, embora o filme o explique muito bem. "Ele", O sistema, está em todo lugar, não mostra a cara, ninguém controla. É um monstro.  As vezes pensamos que determinadas pessoas o controlam mas é mero engano. Ninguém o controla. Quando muito o adoram, tirando proveito dele e alimentando-o. Quando seus falsos controladores são eliminados, percebemos que o Sistema subsiste muito bem sem eles. Ninguém lhe faz falta. Parece ter vida própria. Quem inventou algo tão maligno? Não sei. Mas sei que os que se aproveitam dele e mamam em suas tetas tornam-se igualmente nefastos.

Lute contra o sistema e você será destruído. Alimente-o e pouco depois será destruído também porque ele não tem protegidos.

O filme é maravilhoso no que tem de filosófico. A coisa é tão complicada que no final das contas a gente acaba indeciso: somos todos vítimas ou somos todos algozes uns dos outros? Quem é bom não consegue bancar essa bondade o tempo todo. Capitão Nascimento não sabe se errou ou acertou, se é bom ou mal. Ninguém sabe nada, essa é que é a verdade. Ele tem um bom coração, mas até que ponto esse bom coração é bom mesmo, é útil e toma as decisões certas?

Quem de nós conseguiria ser melhor do que o Capitão Nascimento? Quem o aconselharia? O que você diria a ele? Quem o condenaria?

Esse filme resgata isso na sociedade: o respeito na hora de criticar a polícia. Há forças terríveis que transformam todo o bem que queremos fazer em mal. A política manda, o povo obedece, ninguém exerga exatamente seu lugar na engrenagem nem sabe exatamente o resultado dos seus atos. É tudo uma latrina. Vivemos numa latrina.

Estou complicando tudo, eu sei... Estranho não conseguir escrever um bom texto comentando um filme tão bom!

Continuando com meu mau texto: quase choro nas primeiras cenas, na penitenciária. Eu, que sempre estive mais para Capitão Nascimento do que para Direitos Humanos, fiquei chocada ao me ver no meio daquela cena: homens-bicho afundados no inferno. Violência, medo, sangue, tensão, infelicidade total, a mais absoluta desesperança. Bandido tem medo, muito medo.

Cristina, o que você faria se tivesse escorregado aos poucos para o mundo do crime? Se se visse lá, sem chance de voltar, o que faria com uma arma na mão e um monte de inimigos querendo te matar?  Talvez eu faria o que aqueles bandidos fizeram. Como mudar isso?  

É fácil matar um bandido quando não olhamos em seus olhos, mas no cinema, naquela telona, a gente vê os olhos, o suor, o medo, a necessidade que sentem de se proteger sendo assustadores.  Sim, eles tem muito, muito medo. Eles tem pavor e para sobreviverem só se mostrando piores do que seus inimigos. Tentam se proteger do medo fazendo medo. Como qualquer fera que ruge.  Senti dó como nunca antes. Dó daqueles homens desgraçados e sem futuro, sujos, morrendo como cães, como nada. Chorei por dentro e me perguntei: que mundo é esse? Que poço de lama é esse? Como que alguém se mete numa merda dessa?

Interessante ver o Seu Jorge, cantor, fazendo papel de bandido assustador. Significativo. Acho que foi colocado ali bem à propósito. Se ele não tivesse uma profissão, se não tivesse tido a oportunidade de ser um homem de bem, qual a diferença entre ele e qualquer bandido lá dentro? Nenhuma. Por outro lado, qualquer bandido ali poderia ter sido um Seu Jorge de voz aveludada e olhar sensual se tivesse chance.

Balancei.

ROSAS - Ana Carolina



Composição: Totonho Villeroy

Você pode me ver
Do jeito que quiser
Eu não vou fazer esforço
Pra te contrariar
De tantas mil maneiras
Que eu posso ser
Estou certa que uma delas
Vai te agradar...

Porque eu sou feita pro amor
Da cabeça aos pés
E não faço outra coisa
Do que me doar
Se causei alguma dor
Não foi por querer
Nunca tive a intenção
De te machucar...

Porque eu gosto é de rosas
E rosas e rosas
Acompanhadas de um bilhete
Me deixam nervosa...
Toda mulher gosta de rosas
E rosas e rosas
Muitas vezes são vermelhas
Mas sempre são rosas...

Se teu santo por acaso
Não bater com o meu
Eu retomo o meu caminho
E nada a declarar
Meia culpa, cada um
Que vá cuidar do seu
Se for só um arranhão
Eu não vou nem soprar...

Porque eu sou feita pro amor
Da cabeça aos pés
E não faço outra coisa
Do que me doar
Se causei alguma dor
Não foi por querer
Nunca tive a intenção
De te machucar

Porque eu gosto é de rosas
E rosas e rosas
Acompanhadas de um bilhete
Me deixam nervosa...
Toda mulher gosta de rosas
E rosas e rosas
Muitas vezes são vermelhas
Mas sempre são rosas...

sábado, 6 de novembro de 2010

Auto explicativo

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vale das sombras


Dá-me tua mão Senhor, porque é chegada a minha hora
E sinto que me esvai, como sangramento, o que ainda me tornaria reconhecível
Mas mesmo assim, mais leve que um pensamento,
Meus pés marcam a estrada
Faz frio.

Certamente tudo é incerto
Exceto um futuro inevitável que me espreita
Estou em um lugar para onde não me dirigiSinto cheiro de gente

Isso aumenta minha solidão
Pois não há ninguém.

Parar é insano
Sinto-me impelida  para a frente
Há uma convicção de ir, mas não entendo
Nem vejo, nem sei o que esperar.

Dá-me tua mão, Senhor
Pois os meus... já se foram
Desvaneceram os afagos
Doem-me os rins.

Mas talvez clareie o dia
E explenda uma manhã inesperada
Uma manhã que já existe mas aguarda por mim - quem sabe!
Encoberta e sorridente
Como uma surpresa de aniversário.

Dá-me tua mão, Senhor
Até que a manhã me resgate

Penso agora
Que essa manhã talvez não exista
Ou demore-se...
Ou, sendo breve demais
Não espante o frio.
Mas quem sabe a tarde, que já foi cinza,
Mostre sua cara azul e muda
Como o centro das rochas


Dá-me a tua mão, pois perdi a idade

E a ninguém possuo
O vento me é contrário
Então confundo-me.

Tão solitário é viajar sem as bagagens
Sem álbuns ou relíquias
Sem uma partitura sequer para decifrar

É solitário emergir da própria história
Para a dura isenção da verdade.

Aconchego-me em mim mesma
Dá-me tua mão, Senhor
E que a paz me socorra
Dos poros da terra.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Verdades chatas sobre o Twitter

Leria AQUI.

Por quê perder tempo com Twitter?
A maioria das pessoas que conheço não sabem mexer nele;
A maioria das pessoas que conheço - inclusive eu - não conseguem entender para quê serve mesmo. Dizem que é para informar, mas acho os jornais e revistas virtuais mais eficientes.
Além do mais, não informa porque nenhuma fonte é fidedigna. Posso inventar até que o Papa morreu.
A maioria das pessoas também não consegue ver o que há de tão cativante em twitar. Eles abrem uma conta e depois não aparecem mais.
Para quê eu quero seguidores? Eles vão me dar dinheiro?
Para ter seguidores eu tenho que escrever muitas coisas engraçadíssimas ou interessantíssimas ou novidades de primeira mão? Ah, então não quero. Tenho mais o que fazer.
Confissão: sim, eu também tenho Twitter. Entrei pra ver se o vírus me pegava. Não pegou. entrei para ver se eu  me empolgava. Não empolguei. Escrevo umas besteirinhas lá mas sei que ninguém lê.

A maior parte do que lá escrevem é imprestável tanto como informação quanto como entretenimento.

Não gostou desse meu texto? Pois saiba: o Twitter é mais chato do que isso.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dez verdades sobre a cerveja


(Recebi por e-mail e não resisti. Se já leu, problema seu.)

1. A CERVEJA MATA?
Sim. Sobretudo se a pessoa for atingida por uma caixa de cerveja com
garrafas cheias. Anos atrás, um rapaz, ao passar pela rua, foi
atingido por uma caixa de cerveja que caiu de um caminhão levando-o a
morte instantânea. Além disso, casos de infarto do miocárdio em idosos
teriam sido associados as propagandas de cervejas com modelos
boazudas.

2. O USO CONTÍNUO DO ÁLCOOL PODE LEVAR AO USO DE DROGAS MAIS PESADAS?
Não. O álcool é a mais pesada das drogas: uma garrafa de cerveja pesa
cerca de 900 gramas.

3. CERVEJA CAUSA DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA?
Não. 89,7% dos psicólogos e psicanalistas entrevistados preferem uísque

4. MULHERES GRÁVIDAS PODEM BEBER SEM RISCO?
Sim. Está provado que nas blitz a polícia nunca pede o teste do
bafômetro pras gestantes. E se elas tiverem que fazer o teste de andar
em linha reta, sempre podem atribuir o desequilíbrio ao peso da
barriga.

5. CERVEJA PODE DIMINUIR OS REFLEXOS DOS MOTORISTAS?
Não. Uma experiência foi feita com mais de 500 motoristas: foi dada
uma caixa de cerveja para cada um beber e, em seguida, foram colocados
um por um diante do espelho. Em nenhum dos casos, os reflexos foram
alterados.

6. A BEBIDA ENVELHECE?
Sim. A bebida envelhece muito rápido. Para se ter uma ideia, se você
deixar uma garrafa ou lata de cerveja aberta ela perderá o seu sabor
em aproximadamente quinze minutos.

7. A CERVEJA ATRAPALHA NO RENDIMENTO ESCOLAR?
Não, pelo contrário. Alguns donos de faculdade estão aumentando suas rendas
com a venda de cerveja nas cantinas e bares na esquina.

8. O QUE FAZ COM QUE A BEBIDA CHEGUE AOS ADOLESCENTES?
Inúmeras pesquisas vinham sendo feitas por laboratórios de renome e todas
indicam, em primeiríssimo lugar, o garçom.

9. CERVEJA ENGORDA?
Não. Quem engorda é você.

10. A CERVEJA CAUSA DIMINUIÇÃO DA MEMÓRIA?
Que eu me lembre, não.