quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Círio de Nazaré - À Rainha do Céu

A época do Círio de Nazaré, pode-se dizer com justiça, é o Natal dos paraenses. A estatueta da chamada Virgem de Nazaré é levada em procissão pela cidade com grandes festas e emoção. E fogos. E patrocínio.

Esse é um costume muito antigo não só dos paraenses, mas de povos muito antigos, civilizações milenares. Não, claro que eles não carregavam em procissão a Virgem de Nazaré, até porque Maria tem só 2.000 anos.

Olhe que interessante: em Éfeso (atualmente pertencente à Turquia) por exemplo, eles chamavam a deusa DIANA de RAINHA DO CÉU.  Ela era carregada em procissão da mesma forma que a Virgem de Nazaré hoje, em festas anuais muito concorridas.

Só para ter noção da fé e da devoção daquele povo:  conta a história que em certa ocasião quase lincharam o apóstolo Paulo porque ele resolveu pregar o Evangelho em Éfeso. Ele dizia que Jesus Cristo é o único Senhor. Os ouvintes, muito devotos da deusa, acharam que Paulo estava desrespeitando a padroeira da cidade, a qual tinha também um lindo templo (leia Atos 19).   Obviamente eles não queriam que o evento e a devoção caísse em descrédito, até porque muita gente vivia de vender quinquilharias nas festas de Diana. Foi um alvoroço. Quase matam o homem.

Os sidônios também chamavam a deusa ASTAROTE de Rainha do Céu. O mesmo título era atribuído a SEMIRAMIZ, padroeira dos babilônios, e a ISTAR, deusa dos assírios.

Isso faz mais de 3.000 anos. O que tem a ver? São muitas as semelhanças, daí o comentário, a título de curiosidade.

Para vocês verem como a coisa empolga: houve uma época na qual os próprios judeus se deixaram levar pela devoção à Rainha do Céu. Era o espetáculo de fé dos pagãos, ao qual eles não resistiram.  Claro que os profetas detonavam ...  e depois sofriam represálias horríveis por não ficarem de bico fechado. Por fim os judeus pararam com isso. Hoje eles tem até urticária só de pensar em reverenciar outro ser que não seja o Senhor Todo Poderoso, o Eterno.

Hoje os católicos alegram-se com Maria, a amorosa sacerdotiza eleita pelo Vaticano, aquela que segundo a igreja católica leva as petições dos fiéis a Deus e dá uma forcinha na salvação das suas almas.

A Bíblia, do começo ao fim, conta a história de um Deus amoroso que, em um gesto de magnífica boa vontade, nos deu Jesus Cristo como fiel sacerdote, intermediário único entre Deus e os homens. Mas quem lembra disso no Círio?


Deusa Íris e seu filho Hórus, reverenciados no Egito

Shing Moo

Divaki e Krishna

Maya e Buddha

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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Círio de Nazaré - À Rainha do Céu

A época do Círio de Nazaré, pode-se dizer com justiça, é o Natal dos paraenses. A estatueta da chamada Virgem de Nazaré é levada em procissão pela cidade com grandes festas e emoção. E fogos. E patrocínio.

Esse é um costume muito antigo não só dos paraenses, mas de povos muito antigos, civilizações milenares. Não, claro que eles não carregavam em procissão a Virgem de Nazaré, até porque Maria tem só 2.000 anos.

Olhe que interessante: em Éfeso (atualmente pertencente à Turquia) por exemplo, eles chamavam a deusa DIANA de RAINHA DO CÉU.  Ela era carregada em procissão da mesma forma que a Virgem de Nazaré hoje, em festas anuais muito concorridas.

Só para ter noção da fé e da devoção daquele povo:  conta a história que em certa ocasião quase lincharam o apóstolo Paulo porque ele resolveu pregar o Evangelho em Éfeso. Ele dizia que Jesus Cristo é o único Senhor. Os ouvintes, muito devotos da deusa, acharam que Paulo estava desrespeitando a padroeira da cidade, a qual tinha também um lindo templo (leia Atos 19).   Obviamente eles não queriam que o evento e a devoção caísse em descrédito, até porque muita gente vivia de vender quinquilharias nas festas de Diana. Foi um alvoroço. Quase matam o homem.

Os sidônios também chamavam a deusa ASTAROTE de Rainha do Céu. O mesmo título era atribuído a SEMIRAMIZ, padroeira dos babilônios, e a ISTAR, deusa dos assírios.

Isso faz mais de 3.000 anos. O que tem a ver? São muitas as semelhanças, daí o comentário, a título de curiosidade.

Para vocês verem como a coisa empolga: houve uma época na qual os próprios judeus se deixaram levar pela devoção à Rainha do Céu. Era o espetáculo de fé dos pagãos, ao qual eles não resistiram.  Claro que os profetas detonavam ...  e depois sofriam represálias horríveis por não ficarem de bico fechado. Por fim os judeus pararam com isso. Hoje eles tem até urticária só de pensar em reverenciar outro ser que não seja o Senhor Todo Poderoso, o Eterno.

Hoje os católicos alegram-se com Maria, a amorosa sacerdotiza eleita pelo Vaticano, aquela que segundo a igreja católica leva as petições dos fiéis a Deus e dá uma forcinha na salvação das suas almas.

A Bíblia, do começo ao fim, conta a história de um Deus amoroso que, em um gesto de magnífica boa vontade, nos deu Jesus Cristo como fiel sacerdote, intermediário único entre Deus e os homens. Mas quem lembra disso no Círio?


Deusa Íris e seu filho Hórus, reverenciados no Egito

Shing Moo

Divaki e Krishna

Maya e Buddha

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