quinta-feira, 7 de outubro de 2010

As falhas mais comuns do pensamento - Última parte: Ilusão de controle


De certa forma achei a Ilusão do Controle parecida com a Falácia do Jogador, já comentada. Mas vamos adiante. Essa é a última falha do pensamento da minha lista.

"Você sabe por que as pessoas que estão jogando dados em um cassino costumam soprá-los ou agitá-los bem antes de lançá-los à mesa? Tudo culpa da chamada ilusão do controle. Trata-se da tendência de acreditar que podemos controlar ou, pelo menos, influenciar acontecimentos sobre os quais não temos nenhum controle." 



De novo aquela vontade que temos de nos enganar para sentir mais segurança perante as incertezas da vida. Essa falha cognitiva está ligada à superstição.  Já deu pra notar, né?


Já deu para notar também que superstição nem sempre é tão detectável.


O estranho em nós, seres humanos, é que deveríamos repudiar veementemente um engano tão logo o descobríssemos mas não é assim; frequentemente nós o acalentamos, isso sim.


Acho que essa falha de raciocínio não me pegou. Acho.


Sabia que muitos crentes, mesmo sendo contra a superstição , frequentemente incorre nesse tipo de engano? Muitos acreditam que se deixarem a Bíblia aberta em cima da mesa aberta no Salmo 91 estarão "protegendo" a casa. Se não fizerem sua oração de manhã antes de sair de casa, o dia pode ser ruim, meio que azarado e o Diabo vai aprontar com mais liberdade. Mas se por outro lado a oração for o primeiro ato do dia, tudo tenderá a dar certo e a pessoa estará livre de assalto, furo no pneu ou escorregão em casca de banana. Parece fé, mas é apenas superstição. Conheço também gente que não sai de casa sem se benzer, pelos mesmos motivos. O lance é o mesmo: acreditar que aquilo vai dar uma força. A motivação é a mesma daqueles jogadores que sopram os dados antes de arriscar. Ou beijar a bola antes de tentar uma cesta no basquete.


Claro que ninguém defende essa nem as outras ilusões. Ninguém defende, todos acham bobagem mas... fazem, mesmo que seja escondidinho, porque seguro morreu de velho. Eles "desacreditam acreditando."


Pronto, depois dessa sequência de postagens somos todos mais sábios.


http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/6-falhas-mais-comuns-do-pensamento/

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

As falhas mais comuns do pensamento - Última parte: Ilusão de controle


De certa forma achei a Ilusão do Controle parecida com a Falácia do Jogador, já comentada. Mas vamos adiante. Essa é a última falha do pensamento da minha lista.

"Você sabe por que as pessoas que estão jogando dados em um cassino costumam soprá-los ou agitá-los bem antes de lançá-los à mesa? Tudo culpa da chamada ilusão do controle. Trata-se da tendência de acreditar que podemos controlar ou, pelo menos, influenciar acontecimentos sobre os quais não temos nenhum controle." 



De novo aquela vontade que temos de nos enganar para sentir mais segurança perante as incertezas da vida. Essa falha cognitiva está ligada à superstição.  Já deu pra notar, né?


Já deu para notar também que superstição nem sempre é tão detectável.


O estranho em nós, seres humanos, é que deveríamos repudiar veementemente um engano tão logo o descobríssemos mas não é assim; frequentemente nós o acalentamos, isso sim.


Acho que essa falha de raciocínio não me pegou. Acho.


Sabia que muitos crentes, mesmo sendo contra a superstição , frequentemente incorre nesse tipo de engano? Muitos acreditam que se deixarem a Bíblia aberta em cima da mesa aberta no Salmo 91 estarão "protegendo" a casa. Se não fizerem sua oração de manhã antes de sair de casa, o dia pode ser ruim, meio que azarado e o Diabo vai aprontar com mais liberdade. Mas se por outro lado a oração for o primeiro ato do dia, tudo tenderá a dar certo e a pessoa estará livre de assalto, furo no pneu ou escorregão em casca de banana. Parece fé, mas é apenas superstição. Conheço também gente que não sai de casa sem se benzer, pelos mesmos motivos. O lance é o mesmo: acreditar que aquilo vai dar uma força. A motivação é a mesma daqueles jogadores que sopram os dados antes de arriscar. Ou beijar a bola antes de tentar uma cesta no basquete.


Claro que ninguém defende essa nem as outras ilusões. Ninguém defende, todos acham bobagem mas... fazem, mesmo que seja escondidinho, porque seguro morreu de velho. Eles "desacreditam acreditando."


Pronto, depois dessa sequência de postagens somos todos mais sábios.


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