quarta-feira, 18 de março de 2009

Foi-se Clodovil



Uma das qualidades que mais admiro em uma pessoa é a coragem de mostrar a cara, ser o que é, dizer o que pensa e aguentar o tranco.

Apesar de ser homossexual assumido, Clodovil era "muito macho" pra isso. Parabéns para ele, que viveu em meio a uma sociedade repleta de heterossexuais frouxos.

Essa teimosia em impor a própria liberdade é uma das formas de viver a vida que mais me fascina e pela qual mais luto. Digo que luto porque isso não cai do céu: a gente conquista. Tem um preço sim senhor e não é barato não. Às vezes custa-nos oportunidades e até mesmo "amigos".


Digam o que disserem dele mas admitam: tinha uma personalidade marcante. Não afirmo que era simpático. Não era, pelo menos da distância que o via. E imagino que pessoalmente, para os desconhecidos, fosse insuportável. Mas tinha amigos, então na intimidade deveria mostrar-se a pessoa maravilhosa que todos somos quando podemos, quando queremos, quando temos chance de ser. Penso o mesmo do Jabor sem lhe diminuir as virtudes - mas despois falo dele: hoje é o dia do Clodovil.


Espirituoso, elegante, sarcástico como só as pessoas livres e inteligentes conseguem ser, Clodovil deixa mais triste nosso cenário público, repleto de figuras opacas, as vezes irritantes e noutras, odiosas.

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quarta-feira, 18 de março de 2009

Foi-se Clodovil



Uma das qualidades que mais admiro em uma pessoa é a coragem de mostrar a cara, ser o que é, dizer o que pensa e aguentar o tranco.

Apesar de ser homossexual assumido, Clodovil era "muito macho" pra isso. Parabéns para ele, que viveu em meio a uma sociedade repleta de heterossexuais frouxos.

Essa teimosia em impor a própria liberdade é uma das formas de viver a vida que mais me fascina e pela qual mais luto. Digo que luto porque isso não cai do céu: a gente conquista. Tem um preço sim senhor e não é barato não. Às vezes custa-nos oportunidades e até mesmo "amigos".


Digam o que disserem dele mas admitam: tinha uma personalidade marcante. Não afirmo que era simpático. Não era, pelo menos da distância que o via. E imagino que pessoalmente, para os desconhecidos, fosse insuportável. Mas tinha amigos, então na intimidade deveria mostrar-se a pessoa maravilhosa que todos somos quando podemos, quando queremos, quando temos chance de ser. Penso o mesmo do Jabor sem lhe diminuir as virtudes - mas despois falo dele: hoje é o dia do Clodovil.


Espirituoso, elegante, sarcástico como só as pessoas livres e inteligentes conseguem ser, Clodovil deixa mais triste nosso cenário público, repleto de figuras opacas, as vezes irritantes e noutras, odiosas.

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