sábado, 21 de março de 2009

Bateu meio atravessado...


Esses dias eu assistia um noticiário na tv. Um desses muitos, tanto faz.

O tema era edificante: "INCLUSÃO SOCIAL" em uma área carente de uma cidade brasileira. Ao fundo víamos não jovens de macacão em oficinas mecânicas, como aprendizes. Não crianças em aulas de português, computação, corte e costura, jardinagem, pintura, jovens em cursos gratuitos para prestar vestibular, jovens em cursos gratuitos para concorrerem em concursos públicos, curso de recepcionista, maquiagem, babá, segurança... Nada disso. Vi jovens, inclusive crianças, todos muito alegres cantando, batucando, dançando e muito especialmente rebolando.

Digo muito especialmente porque despertou minha atenção a desenvoltura de uma garotinha de uns sete anos de idade em seu rebolado erótico. Parecia uma minhoca na areia quente. E não me faça cara feia porque vou repetir: garotinha de uns sete anos sendo iniciada em rebolados eróticos.

Mexia os quadris de forma ágil diante das câmeras mostrando tudo o que já aprendera e sugerindo com que facilidade aprenderia o resto. Em sua inocência desconhecia que aquela maneira de movimentar os quadris era uma alusão ao ato sexual, um gesto que remetia ao acasalamento, reconhecido instintivamente por qualquer macho humano, quer admita isso quer não. Dificilmente algum admite, tanto isso é verdade que sou eu, uma mulher, que estou escrevendo este texto. Pode pegar mal um homem dizer o que estou dizendo.

Programa de "inclusão social"...

Inclusão: "ato de inserir, meter dentro." Tá bom. Tudo a ver.

Sabe, por um instante, em um lampejo, me coloquei na situação dos homens que porventura lutam desgraçadamente contra sua inclinações pedófilas e tem que conviver com meninas sendo exibidas eroticamente assim, de bandeja, como se ninguém sacasse o efeito daquilo sobre suas mentes insanas. Também pensei: o efeito é mesmo só sobre as mentes insanas???

Não sei como é a cabeça de um pedófilo mas imaginei que se eu fosse homem e me flagrasse com esse tipo de inclinação, procuraria ajuda terapêutica, psiquiátrica e em não encontrando meios de fugir de mim mesmo, desesperar-me-ia, pensaria na morte.

Já ouvi falar de homossexuais que não se aceitam, que choram, lutam, esperneiam mas que não conseguem deixar de ser o que são. Quase toda a sociedade incentiva essas pessoas a saírem do armário e pronto, fazerem as pazes consigo mesmas, aceitarem sua condição e serem felizes. Com os pedófilos a situação é radicalmente diferente: eles não podem mesmo se aceitar porque o que desejam é inaceitável, é crime, é nojento.

Por que provocar?

Sei que existem os monstros que ainda tentam justificar o assédio a uma criança. Não estou tratando dessas pessoas aqui. Estou falando daqueles que recém descobriram suas inclinações, sabem que é horrível, têm medo de si mesmos e do que podem ser capazes de fazer. Estou pensando nesses, que ainda tem que conviver com esse tipo de maluquice social: por um lado a sociedade os condena e por outro a mesma sociedade pega suas filhas e as exibem na cara dura para serem desejadas como objeto sexual.

Pelo amor de Deus, as crianças são inocentes mas os adultos não. Acho que está mesmo é todo mundo doido. Colocar garotinhas maquiadas como mulheres rebolando de pernas abertas e achar que isso não tem apelo sexual? Não me façam rir! Todo mundo sabe muito bem o que isso significa.

É, me preocupo e me entristeço com a situação dessas crianças em exposição que não sabem em que tipo de jogo estão metidas nem que tipo de reação provocam. E se não consigo entender a cabeça de um pedófilo, afirmo com todas as letras que também me é incompreensível a mentalidade de um pai e uma mãe que aceitam expor uma criança de forma "comestível" e ainda acham tudo muito bonitinho.

2 comentários:

  1. "afirmo com todas as letras que também me é incompreensível a mentalidade de um pai e uma mãe que aceitam expor uma criança de forma "comestível" e ainda acham tudo muito bonitinho."

    Onde é que eu assino, Cristina?

    Abração.
    Tato.

    ResponderExcluir
  2. GOSTEI MUITO!
    SEMPRE ACHEI OBCENO COLOCAR AS CRIANÇAS NESSAS SITUAÇÕES ERÓTICAS, DESPERTANDO NELAS UM SENTIDO QUE AINDA NAO CONHECEM. MAS NAO AINDA TINHA PARADO P PENSAR NA PEDOFILIA.

    Délia

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sábado, 21 de março de 2009

Bateu meio atravessado...


Esses dias eu assistia um noticiário na tv. Um desses muitos, tanto faz.

O tema era edificante: "INCLUSÃO SOCIAL" em uma área carente de uma cidade brasileira. Ao fundo víamos não jovens de macacão em oficinas mecânicas, como aprendizes. Não crianças em aulas de português, computação, corte e costura, jardinagem, pintura, jovens em cursos gratuitos para prestar vestibular, jovens em cursos gratuitos para concorrerem em concursos públicos, curso de recepcionista, maquiagem, babá, segurança... Nada disso. Vi jovens, inclusive crianças, todos muito alegres cantando, batucando, dançando e muito especialmente rebolando.

Digo muito especialmente porque despertou minha atenção a desenvoltura de uma garotinha de uns sete anos de idade em seu rebolado erótico. Parecia uma minhoca na areia quente. E não me faça cara feia porque vou repetir: garotinha de uns sete anos sendo iniciada em rebolados eróticos.

Mexia os quadris de forma ágil diante das câmeras mostrando tudo o que já aprendera e sugerindo com que facilidade aprenderia o resto. Em sua inocência desconhecia que aquela maneira de movimentar os quadris era uma alusão ao ato sexual, um gesto que remetia ao acasalamento, reconhecido instintivamente por qualquer macho humano, quer admita isso quer não. Dificilmente algum admite, tanto isso é verdade que sou eu, uma mulher, que estou escrevendo este texto. Pode pegar mal um homem dizer o que estou dizendo.

Programa de "inclusão social"...

Inclusão: "ato de inserir, meter dentro." Tá bom. Tudo a ver.

Sabe, por um instante, em um lampejo, me coloquei na situação dos homens que porventura lutam desgraçadamente contra sua inclinações pedófilas e tem que conviver com meninas sendo exibidas eroticamente assim, de bandeja, como se ninguém sacasse o efeito daquilo sobre suas mentes insanas. Também pensei: o efeito é mesmo só sobre as mentes insanas???

Não sei como é a cabeça de um pedófilo mas imaginei que se eu fosse homem e me flagrasse com esse tipo de inclinação, procuraria ajuda terapêutica, psiquiátrica e em não encontrando meios de fugir de mim mesmo, desesperar-me-ia, pensaria na morte.

Já ouvi falar de homossexuais que não se aceitam, que choram, lutam, esperneiam mas que não conseguem deixar de ser o que são. Quase toda a sociedade incentiva essas pessoas a saírem do armário e pronto, fazerem as pazes consigo mesmas, aceitarem sua condição e serem felizes. Com os pedófilos a situação é radicalmente diferente: eles não podem mesmo se aceitar porque o que desejam é inaceitável, é crime, é nojento.

Por que provocar?

Sei que existem os monstros que ainda tentam justificar o assédio a uma criança. Não estou tratando dessas pessoas aqui. Estou falando daqueles que recém descobriram suas inclinações, sabem que é horrível, têm medo de si mesmos e do que podem ser capazes de fazer. Estou pensando nesses, que ainda tem que conviver com esse tipo de maluquice social: por um lado a sociedade os condena e por outro a mesma sociedade pega suas filhas e as exibem na cara dura para serem desejadas como objeto sexual.

Pelo amor de Deus, as crianças são inocentes mas os adultos não. Acho que está mesmo é todo mundo doido. Colocar garotinhas maquiadas como mulheres rebolando de pernas abertas e achar que isso não tem apelo sexual? Não me façam rir! Todo mundo sabe muito bem o que isso significa.

É, me preocupo e me entristeço com a situação dessas crianças em exposição que não sabem em que tipo de jogo estão metidas nem que tipo de reação provocam. E se não consigo entender a cabeça de um pedófilo, afirmo com todas as letras que também me é incompreensível a mentalidade de um pai e uma mãe que aceitam expor uma criança de forma "comestível" e ainda acham tudo muito bonitinho.

2 comentários:

  1. "afirmo com todas as letras que também me é incompreensível a mentalidade de um pai e uma mãe que aceitam expor uma criança de forma "comestível" e ainda acham tudo muito bonitinho."

    Onde é que eu assino, Cristina?

    Abração.
    Tato.

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  2. GOSTEI MUITO!
    SEMPRE ACHEI OBCENO COLOCAR AS CRIANÇAS NESSAS SITUAÇÕES ERÓTICAS, DESPERTANDO NELAS UM SENTIDO QUE AINDA NAO CONHECEM. MAS NAO AINDA TINHA PARADO P PENSAR NA PEDOFILIA.

    Délia

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