sexta-feira, 1 de abril de 2011

Discussão

Um amigo leu o meu artigo "O crack e a tese do mosquitinho" e como gostou muito, publicou no blog dele (blog Susto de Amor - CONFIRA).

Aqui essa questão não deu muito o que falar mas lá, o que eu disse gerou polêmica. Uns me apoiaram mas uma moça ficou indignada. Ela trabalha - segundo entendi -  na recuperação de dependentes químicos e acha que a pior coisa do mundo é dizer o que eu disse: o viciado é viciado porque ele mesmo se viciou. Oh! Que escândalo!


Sugiro que você visite o blog do meu amigo Cláudio para acompanhar a discução. Respondi todo o lero-lero politicamente correto da moça, mas tive que fazê-lo em partes, porque o espaço para comentários no blog é limitado. Segue abaixo, na íntegra, minha (longa) resposta:




"TAPAR O SOL COM A PENEIRA FAZ PARTE DO TRATAMENTO? Se faz, desculpa a ignorância.

Adriana: quer dizer que o viciado não tem responsabilidade nenhuma pela confusão onde se meteu? Por que você foge do centro da questão? Em momento algum eu disse que dependência de drogas não é doença. Em momento algum eu disse que o dependente tem que ser abandonado à própria sorte. O que eu disse é que ele buscou o problema e que a doença que ele sofre é resultante de seu próprio desatino e insubordinação às leis. Engraçado... você nem tocou nesse ponto. Calou porque não tem resposta.

Você falou em ajudar (lindo!) falou em dar apoio (lindo!) mas ficou irada quando eu disse uma verdade. Porque você acha que a verdade atrapalha o tratamento?

Sabe, não há esperança para um país onde todo mundo é vítima e ninguém é culpado. Todo mundo é inocente e é proibido dizer “você agiu mal”. Ofende! Nossa obrigação é ajudar de boca fechada para não magoar. Que palhaçada é essa?

Não sou ignorante porque não desconheço os males das drogas. Quem você está chamando de ignorante são os dependentes químicos. Porque ou eles são responsáveis por se tornarem doentes ou eles são umas antas, que com tanta informação a respeito ainda não sabiam que as drogas poderiam transformar a vida deles num inferno.

Quando eu falei em RESPONSABILIDADE POR SEUS ATOS, você apenas respondeu que conhece um monte de gente com essa doença e tal e tal.  Eu pergunto: o que tem uma coisa a ver com a outra? Alcoolismo também é uma doença – que o próprio alcoólatra procurou. Ou não?

Câncer na pele é uma doença também, mas ainda tem um monte de gente teimosa que se expõe perigosamente ao sol sem proteção. Quando tiverem câncer de pele vamos ter que fazer de conta que elas não erraram???????   “Eu conheço muita gente com essa doença... não podemos discriminar... vamos tratar mas sem dizer que elas erraram ao se expor ao sol. Elas podem se magoar. Ai meu Deus!”

Cáries também são problemas de saúde causados por nosso relaxamento e teimosia em comer coisas erradas. Ou não? Somos todos “vítimas das cáries”? 

Será que dizer que o cariado é culpado é ser preconceituoso? A cárie é “um mal que ataca”, “uma coisa que acontece” tipo assim, entende? Ou é resultante de algo de errado que a pessoa fez? Me responda por favor.

Você disse  “vejo pessoas simples e conheço um número absurdo de pessoas da "alta" que sofrem com essa DOENÇA.”  Sim, e daí? Em quê isso invalida o que eu disse?  Me responda mais uma coisa: TAPAR O SOL COM A PENEIRA FAZ PARTE DO TRATAMENTO? Se faz, desculpa a ignorância.

Peço que me responda:

1-     Colocar um filho em uma clínica de reabilitação não é um ato de amor? Não é uma tentativa de resolver o problema?
2-     Entregar um filho dependente químico a profissionais é maldade? 
3-     A família tem culpa se a clínica não reabilita? 
4-     Tentar está errado?
5-     Você disse que essa doença não tem cura. Se não tem cura e nada resolve, qual é o seu trabalho mesmo com essas pessoas?
6-     Se você faz melhor do que as clínicas, parabéns! A família dos dependentes precisam muito te conhecer! Vou fazer a minha parte e divulgar. Estou falando sério.

7-     Tentar não enlouquecer junto é “lavar as mãos”?

8-     Penar por anos e depois dizer “cheguei ao meu limite, não sei mais o que fazer!”  é um ato condenável? 

9-     Usar drogas até tornar-se doente não é um ato condenável?

10- Usar drogas até tornar-se doente não é um ato condenável?

11- Usar drogas até tornar-se doente não é um ato condenável?

12- Você não acha que  quando a família por fim “joga a toalha” é porque já passou por sofrimentos indescritíveis e está em um estado e dor e doença emocional? Essa família não merece um mínimo de humanidade da sua parte? Porque um pai e uma mãe que se encontram esgotados e merecem menos consideração do que um filho doente?  Todos ficam doentes, querida! E você sabe muito bem onde tudo começou.

Outras coisas:

1-     Eu não tenho filho viciado. Espero que isso não aconteça com minha família, mas se acontecer, vou te dizer qual será minha postura: “Filho, eu te amo! Me dói ver você assim. Escute, não vou te abandonar. Conte comigo, você está doente, mas farei o possível e o impossível para tudo ficar bem. Mas que merda deu na sua cabeça para você fazer isso consigo mesmo, meu filho? Ficou doido?”  É isso que eu faria.

2-     Dizer que uma coisa é o que é, não é preconceito: é honestidade e realismo.
3-     Dizer a verdade não atrapalha. O que atrapalha é tratar a realidade como TABU.
4-     O dependente químico é vítima de si mesmo. A família é vítima dele.
5-     Em um momento da vida ele disse a si mesmo “danem-se essas leis idiotas!” e meteu a cara no pó. Por isso ficou doente, não por fatalidade do destino. É mentira?
6-     Valorizo muito quem ajuda essas pessoas.
7-     Valorizo mais ainda quem os ajuda sem fechar os olhos para a realidade e sem frescuras politicamente corretas.
8-     Em algum momento eu disse que os homicídios são cometidos só por viciados? Se eu disse isso, falei besteira. Se não disse, você está sendo injusta e torcendo as coisas. Isso é muito feio.

VOCÊ PERGUNTOU:  “Porque, quando recebemos a notícia que algum querido, foi acometido de um câncer maligno, sentimos piedade, desejamos ajudar, sofremos, oramos, enfim, mas, se um querido diz que está dependendo de química ele deixa de ser um querido e vira um leproso?”

Sua pergunta é baseada em um equívoco horroroso. Primeiramente ninguém trata o dependente químico como leproso. O que acontece é que geralmente quando ele pede ajuda para pessoas como você, á família dele já fez tudo o que achava que podia fazer. Quando ele chega a você, geralmente ele já esgotou a família, já esgotou todo mundo, ninguém agüenta mais. Ninguém o trata como leproso, todos querem ajudar MAS RARAS SÃO AS PESSOAS QUE CONSEGUEM. As pessoas descobrem, sentem pena, querem ajudar... mas não conseguem! ENTENDA, MINHA FILHA: NÃO CONSEGUEM.  NÃO CONSEGUEM. Aí desistem, depois de muitas lágrimas e sofrimento. Você consegue ajudar? DEUS TE ABENÇÔE.

Agora por favor, não seja cruel. Você é mãe?  Você já parou para pensar o quê uma mãe passou até chegar ao ponto de jogar a toalha? Respeite isso e pare de olhar só para o dependente. O mundo vai além das suas fronteiras. Não seja simplista nem infantil, nem romântica nem cruel com as pessoas.

E que tolice é essa de dizer que “Se todos começarem a pensar como essa moça, seria melhor colocar todos os dependentes químicos numa câmara de gáz”.

Vou traduzir o seu pensamento:

Você não consegue lidar com o perdão, não consegue amar o culpado nem ter misericórdia do sofrimento dele. VOCÊ SÓ TEM CARINHO POR VÍTIMAS.  Você só consegue ajudar se fechar os olhos para a realidade. De olhos abertos você não ajuda ninguém.

Jesus nos ama, mas ele não muda o nome das coisas. Ele dá nome aos bois porque o amor dele não depende da nossa inocência. Ele estende a mão, apóia, ama, mas diz “vai e não peques mais, para que não te aconteça coisa pior.”  Sim, é assim que Ele faz...   Acho mais certo, sabia?

Ao contrário: para ser útil ao próximo você primeiro precisa inocentá-lo. Só assim consegue lhe olhar nos olhos. Ou a pessoa é vítima ou tem mais é que morrer.

ENTÃO É POR ISSO que você reluta tanto em dizer que o culpado é culpado.  Porque se ele é culpado, melhor colocar na câmara de gás.

Eu penso diferente. Todos nós temos nossa dose de burrice e de maldade nessa vida. Não sou dependente química, mas já cometi outras burrices também. Não sou melhor do que ele. NEM PIOR.  Todos somos culpados de algumas coisas e todos precisamos de amor e misericórdia e ajuda uns dos outros. Eu não preciso tapar o sol com a peneira para estender minha mão ao culpado.  Você precisa.

O seu problema é que você está convencida de que A VERDADE ATRAPALHA. Está convencida de que é impossível amar o culpado. Você só consegue ajudar aquele a quem considera inocente. Esse é o seu mecanismo psicológico: por falta de amor, prefere fazer de conta que o culpado não tem culpa do que encará-lo como ele é e assim mesmo ser generosa.

O culpado tem que morrer? Então façamos de conta que todos são vítimas.  Esse e o seu remédio.



2 comentários:

  1. O Reinaldo Azevedo escreveu um pouco essa semana sobre gente que acha preconceito chamar maconheiro de maconheiro... eheheh

    http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/mais-decoro-vossa-excelencia-e-um-maconheiro/

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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Discussão

Um amigo leu o meu artigo "O crack e a tese do mosquitinho" e como gostou muito, publicou no blog dele (blog Susto de Amor - CONFIRA).

Aqui essa questão não deu muito o que falar mas lá, o que eu disse gerou polêmica. Uns me apoiaram mas uma moça ficou indignada. Ela trabalha - segundo entendi -  na recuperação de dependentes químicos e acha que a pior coisa do mundo é dizer o que eu disse: o viciado é viciado porque ele mesmo se viciou. Oh! Que escândalo!


Sugiro que você visite o blog do meu amigo Cláudio para acompanhar a discução. Respondi todo o lero-lero politicamente correto da moça, mas tive que fazê-lo em partes, porque o espaço para comentários no blog é limitado. Segue abaixo, na íntegra, minha (longa) resposta:




"TAPAR O SOL COM A PENEIRA FAZ PARTE DO TRATAMENTO? Se faz, desculpa a ignorância.

Adriana: quer dizer que o viciado não tem responsabilidade nenhuma pela confusão onde se meteu? Por que você foge do centro da questão? Em momento algum eu disse que dependência de drogas não é doença. Em momento algum eu disse que o dependente tem que ser abandonado à própria sorte. O que eu disse é que ele buscou o problema e que a doença que ele sofre é resultante de seu próprio desatino e insubordinação às leis. Engraçado... você nem tocou nesse ponto. Calou porque não tem resposta.

Você falou em ajudar (lindo!) falou em dar apoio (lindo!) mas ficou irada quando eu disse uma verdade. Porque você acha que a verdade atrapalha o tratamento?

Sabe, não há esperança para um país onde todo mundo é vítima e ninguém é culpado. Todo mundo é inocente e é proibido dizer “você agiu mal”. Ofende! Nossa obrigação é ajudar de boca fechada para não magoar. Que palhaçada é essa?

Não sou ignorante porque não desconheço os males das drogas. Quem você está chamando de ignorante são os dependentes químicos. Porque ou eles são responsáveis por se tornarem doentes ou eles são umas antas, que com tanta informação a respeito ainda não sabiam que as drogas poderiam transformar a vida deles num inferno.

Quando eu falei em RESPONSABILIDADE POR SEUS ATOS, você apenas respondeu que conhece um monte de gente com essa doença e tal e tal.  Eu pergunto: o que tem uma coisa a ver com a outra? Alcoolismo também é uma doença – que o próprio alcoólatra procurou. Ou não?

Câncer na pele é uma doença também, mas ainda tem um monte de gente teimosa que se expõe perigosamente ao sol sem proteção. Quando tiverem câncer de pele vamos ter que fazer de conta que elas não erraram???????   “Eu conheço muita gente com essa doença... não podemos discriminar... vamos tratar mas sem dizer que elas erraram ao se expor ao sol. Elas podem se magoar. Ai meu Deus!”

Cáries também são problemas de saúde causados por nosso relaxamento e teimosia em comer coisas erradas. Ou não? Somos todos “vítimas das cáries”? 

Será que dizer que o cariado é culpado é ser preconceituoso? A cárie é “um mal que ataca”, “uma coisa que acontece” tipo assim, entende? Ou é resultante de algo de errado que a pessoa fez? Me responda por favor.

Você disse  “vejo pessoas simples e conheço um número absurdo de pessoas da "alta" que sofrem com essa DOENÇA.”  Sim, e daí? Em quê isso invalida o que eu disse?  Me responda mais uma coisa: TAPAR O SOL COM A PENEIRA FAZ PARTE DO TRATAMENTO? Se faz, desculpa a ignorância.

Peço que me responda:

1-     Colocar um filho em uma clínica de reabilitação não é um ato de amor? Não é uma tentativa de resolver o problema?
2-     Entregar um filho dependente químico a profissionais é maldade? 
3-     A família tem culpa se a clínica não reabilita? 
4-     Tentar está errado?
5-     Você disse que essa doença não tem cura. Se não tem cura e nada resolve, qual é o seu trabalho mesmo com essas pessoas?
6-     Se você faz melhor do que as clínicas, parabéns! A família dos dependentes precisam muito te conhecer! Vou fazer a minha parte e divulgar. Estou falando sério.

7-     Tentar não enlouquecer junto é “lavar as mãos”?

8-     Penar por anos e depois dizer “cheguei ao meu limite, não sei mais o que fazer!”  é um ato condenável? 

9-     Usar drogas até tornar-se doente não é um ato condenável?

10- Usar drogas até tornar-se doente não é um ato condenável?

11- Usar drogas até tornar-se doente não é um ato condenável?

12- Você não acha que  quando a família por fim “joga a toalha” é porque já passou por sofrimentos indescritíveis e está em um estado e dor e doença emocional? Essa família não merece um mínimo de humanidade da sua parte? Porque um pai e uma mãe que se encontram esgotados e merecem menos consideração do que um filho doente?  Todos ficam doentes, querida! E você sabe muito bem onde tudo começou.

Outras coisas:

1-     Eu não tenho filho viciado. Espero que isso não aconteça com minha família, mas se acontecer, vou te dizer qual será minha postura: “Filho, eu te amo! Me dói ver você assim. Escute, não vou te abandonar. Conte comigo, você está doente, mas farei o possível e o impossível para tudo ficar bem. Mas que merda deu na sua cabeça para você fazer isso consigo mesmo, meu filho? Ficou doido?”  É isso que eu faria.

2-     Dizer que uma coisa é o que é, não é preconceito: é honestidade e realismo.
3-     Dizer a verdade não atrapalha. O que atrapalha é tratar a realidade como TABU.
4-     O dependente químico é vítima de si mesmo. A família é vítima dele.
5-     Em um momento da vida ele disse a si mesmo “danem-se essas leis idiotas!” e meteu a cara no pó. Por isso ficou doente, não por fatalidade do destino. É mentira?
6-     Valorizo muito quem ajuda essas pessoas.
7-     Valorizo mais ainda quem os ajuda sem fechar os olhos para a realidade e sem frescuras politicamente corretas.
8-     Em algum momento eu disse que os homicídios são cometidos só por viciados? Se eu disse isso, falei besteira. Se não disse, você está sendo injusta e torcendo as coisas. Isso é muito feio.

VOCÊ PERGUNTOU:  “Porque, quando recebemos a notícia que algum querido, foi acometido de um câncer maligno, sentimos piedade, desejamos ajudar, sofremos, oramos, enfim, mas, se um querido diz que está dependendo de química ele deixa de ser um querido e vira um leproso?”

Sua pergunta é baseada em um equívoco horroroso. Primeiramente ninguém trata o dependente químico como leproso. O que acontece é que geralmente quando ele pede ajuda para pessoas como você, á família dele já fez tudo o que achava que podia fazer. Quando ele chega a você, geralmente ele já esgotou a família, já esgotou todo mundo, ninguém agüenta mais. Ninguém o trata como leproso, todos querem ajudar MAS RARAS SÃO AS PESSOAS QUE CONSEGUEM. As pessoas descobrem, sentem pena, querem ajudar... mas não conseguem! ENTENDA, MINHA FILHA: NÃO CONSEGUEM.  NÃO CONSEGUEM. Aí desistem, depois de muitas lágrimas e sofrimento. Você consegue ajudar? DEUS TE ABENÇÔE.

Agora por favor, não seja cruel. Você é mãe?  Você já parou para pensar o quê uma mãe passou até chegar ao ponto de jogar a toalha? Respeite isso e pare de olhar só para o dependente. O mundo vai além das suas fronteiras. Não seja simplista nem infantil, nem romântica nem cruel com as pessoas.

E que tolice é essa de dizer que “Se todos começarem a pensar como essa moça, seria melhor colocar todos os dependentes químicos numa câmara de gáz”.

Vou traduzir o seu pensamento:

Você não consegue lidar com o perdão, não consegue amar o culpado nem ter misericórdia do sofrimento dele. VOCÊ SÓ TEM CARINHO POR VÍTIMAS.  Você só consegue ajudar se fechar os olhos para a realidade. De olhos abertos você não ajuda ninguém.

Jesus nos ama, mas ele não muda o nome das coisas. Ele dá nome aos bois porque o amor dele não depende da nossa inocência. Ele estende a mão, apóia, ama, mas diz “vai e não peques mais, para que não te aconteça coisa pior.”  Sim, é assim que Ele faz...   Acho mais certo, sabia?

Ao contrário: para ser útil ao próximo você primeiro precisa inocentá-lo. Só assim consegue lhe olhar nos olhos. Ou a pessoa é vítima ou tem mais é que morrer.

ENTÃO É POR ISSO que você reluta tanto em dizer que o culpado é culpado.  Porque se ele é culpado, melhor colocar na câmara de gás.

Eu penso diferente. Todos nós temos nossa dose de burrice e de maldade nessa vida. Não sou dependente química, mas já cometi outras burrices também. Não sou melhor do que ele. NEM PIOR.  Todos somos culpados de algumas coisas e todos precisamos de amor e misericórdia e ajuda uns dos outros. Eu não preciso tapar o sol com a peneira para estender minha mão ao culpado.  Você precisa.

O seu problema é que você está convencida de que A VERDADE ATRAPALHA. Está convencida de que é impossível amar o culpado. Você só consegue ajudar aquele a quem considera inocente. Esse é o seu mecanismo psicológico: por falta de amor, prefere fazer de conta que o culpado não tem culpa do que encará-lo como ele é e assim mesmo ser generosa.

O culpado tem que morrer? Então façamos de conta que todos são vítimas.  Esse e o seu remédio.



2 comentários:

  1. O Reinaldo Azevedo escreveu um pouco essa semana sobre gente que acha preconceito chamar maconheiro de maconheiro... eheheh

    http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/mais-decoro-vossa-excelencia-e-um-maconheiro/

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