quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

É isso!

Uma das piores coisas do mundo é aquela sensação de que a gente está procurando alguma coisa, mas não sabe o quê. Sabe que é importante, quer muito, sente a falta mas...  É como alguém que embarcou  mas esqueceu alguma coisa fundamental no passado. Muita gente vive assim. Acho que todos já sentimos isso.

Uma inquietação, uma saudade, uma "lembrança não lembrada" de um estado de ser que não foi, ou que deixou de ser em algum momento.

Sinto essa inquietação que se torna maior à medida que não tenho tempo para refletir sobre ela.

Hoje... senti de novo aquela coisa boa e rara.  Parece que a distância, e não outra coisa qualquer, é que é capaz de produzir em mim essa sensação inebriante de LEVEZA.  Nada mais me produz isso.

Não adianta permanecer no Estado, trancar-me em um quarto, um hotel, sumir em um balneário. É realmente preciso que não exista a menor possiblidade de surgir um compromisso, um encontro, um convite de nenhuma espécie, evento algum, telefonema, horário, cobrança, absolutamente nada.

Depois de tanto tempo, só agora, tão longe, pude sentir esse gostinho, essa coisa viciante de desligamento e desobrigação. Ser livre enfim.

Estou agora em um quarto, escrevendo (claro!). Fazia calor esses dias (disseram)  mas hoje o tempo está nublado. Não importa. Não vim atrás de sol; vim atrás de mim mesma e dessa coisa caríssima que não quero largar. Estou desligada de tudo, despluguei.

Deve haver - sim meu Deus! - deve haver uma maneira de eu segurar esse pássaro azul semprecisar viajar. Preciso me sentir assim sempre!  Deve haver uma maneira de capturar isso, não é possível que não exista! Vou me empenhar nesse objetivo.  Vou perseguir essa coisa que senti tão poucas vezes na vida mas me faz tão completa e feliz.

As vezes a gente pára pra se reavaliar e perguntar o quê realmente busca. Pois esse "descolamento"  é mesmo o meu clamor mais verdadeiro.  É isso o que eu estava procurando.

Estou longe, mas raramente me senti tão perto de mim.

Não escuto nada nesse momento. Silêncio...  Apenas um cão late distante.

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

É isso!

Uma das piores coisas do mundo é aquela sensação de que a gente está procurando alguma coisa, mas não sabe o quê. Sabe que é importante, quer muito, sente a falta mas...  É como alguém que embarcou  mas esqueceu alguma coisa fundamental no passado. Muita gente vive assim. Acho que todos já sentimos isso.

Uma inquietação, uma saudade, uma "lembrança não lembrada" de um estado de ser que não foi, ou que deixou de ser em algum momento.

Sinto essa inquietação que se torna maior à medida que não tenho tempo para refletir sobre ela.

Hoje... senti de novo aquela coisa boa e rara.  Parece que a distância, e não outra coisa qualquer, é que é capaz de produzir em mim essa sensação inebriante de LEVEZA.  Nada mais me produz isso.

Não adianta permanecer no Estado, trancar-me em um quarto, um hotel, sumir em um balneário. É realmente preciso que não exista a menor possiblidade de surgir um compromisso, um encontro, um convite de nenhuma espécie, evento algum, telefonema, horário, cobrança, absolutamente nada.

Depois de tanto tempo, só agora, tão longe, pude sentir esse gostinho, essa coisa viciante de desligamento e desobrigação. Ser livre enfim.

Estou agora em um quarto, escrevendo (claro!). Fazia calor esses dias (disseram)  mas hoje o tempo está nublado. Não importa. Não vim atrás de sol; vim atrás de mim mesma e dessa coisa caríssima que não quero largar. Estou desligada de tudo, despluguei.

Deve haver - sim meu Deus! - deve haver uma maneira de eu segurar esse pássaro azul semprecisar viajar. Preciso me sentir assim sempre!  Deve haver uma maneira de capturar isso, não é possível que não exista! Vou me empenhar nesse objetivo.  Vou perseguir essa coisa que senti tão poucas vezes na vida mas me faz tão completa e feliz.

As vezes a gente pára pra se reavaliar e perguntar o quê realmente busca. Pois esse "descolamento"  é mesmo o meu clamor mais verdadeiro.  É isso o que eu estava procurando.

Estou longe, mas raramente me senti tão perto de mim.

Não escuto nada nesse momento. Silêncio...  Apenas um cão late distante.

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