domingo, 6 de dezembro de 2009

A água da lua



Procuram água na lua...

Mas há uma mulher triste

Que come tantas pipocas

Em frente da televisão!

E ninguém a encontra...


Estão procurando água na lua...

Mas há uma mãe desesperada

Pelo menininho que não voltou.

Quem sabe lá o encontrem quietinho

Talvez até meio azulado...



Procuram água na lua...

Mas não encontram quem abusou da menina calada

Que não consegue explicar

Nada do que aconteceu.

Por quê não encontram um jeito de achar

O caminho do seu coração?

Mas já foram à lua! Só falta encontrar água.



A água da lua talvez seja ácida

Talvez radioativa

Quem sabe cancerígena

Maleficamente prateada

Talvez magicamente produza

Daqueles enormes diamantes

Que serão nossa desgraça

Porque são da lua irada!



Tenho medo das coisas da lua

Mais do que das coisas da Terra


Talvez achem água na lua

Antes de encontrarem o empresário sequestrado

Ou o traficante rival, magro e assustado

Com sua manorada grávida.


Sinto já um certo frio!

Não quero começar a ter medo...

E se a lua se ferir

E jamais nos perdoar?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

domingo, 6 de dezembro de 2009

A água da lua



Procuram água na lua...

Mas há uma mulher triste

Que come tantas pipocas

Em frente da televisão!

E ninguém a encontra...


Estão procurando água na lua...

Mas há uma mãe desesperada

Pelo menininho que não voltou.

Quem sabe lá o encontrem quietinho

Talvez até meio azulado...



Procuram água na lua...

Mas não encontram quem abusou da menina calada

Que não consegue explicar

Nada do que aconteceu.

Por quê não encontram um jeito de achar

O caminho do seu coração?

Mas já foram à lua! Só falta encontrar água.



A água da lua talvez seja ácida

Talvez radioativa

Quem sabe cancerígena

Maleficamente prateada

Talvez magicamente produza

Daqueles enormes diamantes

Que serão nossa desgraça

Porque são da lua irada!



Tenho medo das coisas da lua

Mais do que das coisas da Terra


Talvez achem água na lua

Antes de encontrarem o empresário sequestrado

Ou o traficante rival, magro e assustado

Com sua manorada grávida.


Sinto já um certo frio!

Não quero começar a ter medo...

E se a lua se ferir

E jamais nos perdoar?

Nenhum comentário:

Postar um comentário