quarta-feira, 28 de outubro de 2009

HIPÓCRITAS me irritam - 02


Já descansei.

Continuando...

Estávamos falando de hipocrisia não é? Pois bem: temos que respeitar todas as raças... Ah tá. Somos todos iguais né? Todo mundo acha isso. Nossa, como crescemos como sociedade!

Está na moda os brancos dizerem que adoram os negros. Vão na televisão afirmar com a cara pálida que amam aquele cabelo armado e que cabelo liso é meio sem graça; que sabem que têm sangue negro correndo nas veias e isso é muito massa! Que adoram a cultura negra e é samba pra cá e foto com preto pra lá...

Pense bem: isso é mesmo uma barreira vencida? Não. Sabe por quê? Experimente fazer o contrário. Se meta. Vá uma atriz negrinha dizer que adooooora a cultura branca, vá ela inventar de só andar com peruca loira e lentes de contato azuis e dizer que se orgulha muito do sangue europeu que corre em suas veias e alardear que adoraria mesmo era ter nascido na Europa. Ela que experimente para ver se o mundo não cai na cabeça dela.

Os brancos podem dizer porque a mídia inventou isso como moda, então os robôs repetem sem pensar ou sentir mas aos negros não é permitido.

Esses dias li um texto escrito por um africano referindo-se ao seu povo. Ele falava dos brancos e falava dos pretos. Assim mesmo, não dos negros mas dos pretos, normalmente. Qual o problema? Não vejo nada de mais. Ele usava esse termo porque é o nome de uma cor assim como branco é também uma designação de cor. Assim chamavam-se uns aos outros sem problema algum: "nós, os pretos, eles, os brancos" com uma naturalidade para lá de saudável. Sem frescura. Mas ai de um branco que se refira aos "pretos"! Ui! Ofende! Magoei! Meu Deus!

Só acredito em igualdade racial no dia em que um negro (falei negro, não me prendam!) puder se orgulhar do sangue europeu que corre em suas veias com a mesma certeza da aceitação social que o branco tem quando diz que se orgulha do seu sangue negro. No dia em que ambas as afirmativas forem recebidas com a mesma naturalidade, aí eu acredito. Por enquanto é tudo palhaçada e falsidade tanto dos gays quanto dos brancos e dos negros.

"Ê ôô vida de gado! Povo marcado ê! Povo feliz..."

É muita frescura nesse mundo de meu Deus! Estou cansada desse joguinho de palavras, desse palavreado de pisa-ovos que não leva a nada! De cuidadinho, de fita métrica da Globo, de discursos ditados por outros, de militâncias vazias, de igualdades diferentes que só servem a um lado. Cansadérrima.

A palavra "militante" já me chega enviesada, geralmente. Por numerosas vezes "militantes" não costumam passar em testes de bom senso. Geralmente militam tanto, mas tanto que não ouvem mais ninguém. A causa toma o lugar dos seres humanos nos corações e por ela fazem tudo. E eles se apavoram com o passar do tempo ante a possibilidade de terem dedicado tanto a algo que talvez não seja absolutamente puro. Esse medo é tão grande mas tão grande que... Você sabe do que o medo é capaz.

Os ex-militantes anti-ditadura militar... causam-se ânsias de...

Odiavam a ditadura? Tá.

Eram os mais - digamos assim - "controvertidos". Eram contra a ditadura? Não, eram contra a ditadura MILITAR apenas. As outras ditaduras tudo bem! Só quem não podia matar, sequestrar e torturar e esfolar eram os militares. De resto, todo mundo podia. Se o troglodita tivesse qualquer peça de roupa vermelha, mesmo que fosse uma cueca velha, já tava valendo: ele poderia arrepiar, pois era em nome da "liberdade", de "uma grande causa". Eram os "ossos do ofício". Nessa onda que a nobre Dilma sequestrou e pintou o sete mas tudo bem, não era crime porque ela não era militar.

Até hoje os nobres ex-militantes beijam a mão de qualquer ditador de merda - desde que não seja militar, que fique claro! O "pobrema" é a farda, entendeu? Nem eu.

Eram contra os homicídios e torturas? Siiiiim, quando aconteciam contra os seus. Mas quando pegavam um traidor... Ah, não queira você estar na pele do cara!

Ora vão tomar no - Vão catar coquinho! Mas que se cuidem quando se baixarem...

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

HIPÓCRITAS me irritam - 02


Já descansei.

Continuando...

Estávamos falando de hipocrisia não é? Pois bem: temos que respeitar todas as raças... Ah tá. Somos todos iguais né? Todo mundo acha isso. Nossa, como crescemos como sociedade!

Está na moda os brancos dizerem que adoram os negros. Vão na televisão afirmar com a cara pálida que amam aquele cabelo armado e que cabelo liso é meio sem graça; que sabem que têm sangue negro correndo nas veias e isso é muito massa! Que adoram a cultura negra e é samba pra cá e foto com preto pra lá...

Pense bem: isso é mesmo uma barreira vencida? Não. Sabe por quê? Experimente fazer o contrário. Se meta. Vá uma atriz negrinha dizer que adooooora a cultura branca, vá ela inventar de só andar com peruca loira e lentes de contato azuis e dizer que se orgulha muito do sangue europeu que corre em suas veias e alardear que adoraria mesmo era ter nascido na Europa. Ela que experimente para ver se o mundo não cai na cabeça dela.

Os brancos podem dizer porque a mídia inventou isso como moda, então os robôs repetem sem pensar ou sentir mas aos negros não é permitido.

Esses dias li um texto escrito por um africano referindo-se ao seu povo. Ele falava dos brancos e falava dos pretos. Assim mesmo, não dos negros mas dos pretos, normalmente. Qual o problema? Não vejo nada de mais. Ele usava esse termo porque é o nome de uma cor assim como branco é também uma designação de cor. Assim chamavam-se uns aos outros sem problema algum: "nós, os pretos, eles, os brancos" com uma naturalidade para lá de saudável. Sem frescura. Mas ai de um branco que se refira aos "pretos"! Ui! Ofende! Magoei! Meu Deus!

Só acredito em igualdade racial no dia em que um negro (falei negro, não me prendam!) puder se orgulhar do sangue europeu que corre em suas veias com a mesma certeza da aceitação social que o branco tem quando diz que se orgulha do seu sangue negro. No dia em que ambas as afirmativas forem recebidas com a mesma naturalidade, aí eu acredito. Por enquanto é tudo palhaçada e falsidade tanto dos gays quanto dos brancos e dos negros.

"Ê ôô vida de gado! Povo marcado ê! Povo feliz..."

É muita frescura nesse mundo de meu Deus! Estou cansada desse joguinho de palavras, desse palavreado de pisa-ovos que não leva a nada! De cuidadinho, de fita métrica da Globo, de discursos ditados por outros, de militâncias vazias, de igualdades diferentes que só servem a um lado. Cansadérrima.

A palavra "militante" já me chega enviesada, geralmente. Por numerosas vezes "militantes" não costumam passar em testes de bom senso. Geralmente militam tanto, mas tanto que não ouvem mais ninguém. A causa toma o lugar dos seres humanos nos corações e por ela fazem tudo. E eles se apavoram com o passar do tempo ante a possibilidade de terem dedicado tanto a algo que talvez não seja absolutamente puro. Esse medo é tão grande mas tão grande que... Você sabe do que o medo é capaz.

Os ex-militantes anti-ditadura militar... causam-se ânsias de...

Odiavam a ditadura? Tá.

Eram os mais - digamos assim - "controvertidos". Eram contra a ditadura? Não, eram contra a ditadura MILITAR apenas. As outras ditaduras tudo bem! Só quem não podia matar, sequestrar e torturar e esfolar eram os militares. De resto, todo mundo podia. Se o troglodita tivesse qualquer peça de roupa vermelha, mesmo que fosse uma cueca velha, já tava valendo: ele poderia arrepiar, pois era em nome da "liberdade", de "uma grande causa". Eram os "ossos do ofício". Nessa onda que a nobre Dilma sequestrou e pintou o sete mas tudo bem, não era crime porque ela não era militar.

Até hoje os nobres ex-militantes beijam a mão de qualquer ditador de merda - desde que não seja militar, que fique claro! O "pobrema" é a farda, entendeu? Nem eu.

Eram contra os homicídios e torturas? Siiiiim, quando aconteciam contra os seus. Mas quando pegavam um traidor... Ah, não queira você estar na pele do cara!

Ora vão tomar no - Vão catar coquinho! Mas que se cuidem quando se baixarem...

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