
Morra de "réiva":
Em Belém do Pará, recentemente, bandidos mataram um Policial Federal friamente. Foram presos. O caso foi parar (claro!) nas mãos de um certo Juiz. Os bandidos eram tão de merda mas tão de merda - ou tão de categoria mas tão de categoria (nem sei ao certo!) que confessaram tudo: "quando vi que era Polícia dei oito tiros..." Aí o Juiz deve ter raciocinado: "Já que é assim... podem ir embora né! Vão curtir o Círio! Não vão exagerar na maniçoba hein!"
Não havia elementos suficientes para mantê-lo preso. Faltou o quê? Arrancar a cabeça da vítima e fincá-la em um poste em praça pública com a inscrição "fui eu que matei - assinado..."?
Esse fato pode ser decomposto em algumas deduções interessantes:
1) Ninguém precisa mais de advogado nesse país.
As últimas safras de Magistrados em sua maioria são seres generosos por excelência e nem precisam de provocação de um defensor para "fazerem o bem". De si mesmos dão aquela "canetada Red Bull", a que dá asas ao bandido. Aí o monstrinho voltará sem susto aos seus afazeres de desfilhar e enviuvar - quem se importa? Esse negócio de papel pra cá, habeas corpus pra lá é uma chateação sem fim, um lero-lero desnecessário que só faz o bandido ter prejuízo. Daqui a pouco o Estado terá que indenizá-lo pelos dias parados.
2) Se um merdinha desse pode matar um trabalhador honesto, confessar e sair de cara limpa... eu também posso!
Acho que os direitos são iguais, não é? E a lição que recebi daqui da minha janelinha é a de que nem preciso fazer bem feito. Posso até confessar diante das câmeras que ainda assim "faltará elementos suficientes para me manter presa". Espero que minha família esteja segura porque se não estiver eu não tenho certeza de que assistirei impassível a "justiça" cagar assim na minha cabeça e no túmulo de um filho meu. (Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver, Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver, Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver, Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver, Senhor livrai-me de algo assim, Senhor não quero pagar pra ver.)
3) Se você fosse um policial e pegasse um bandido desse, levaria para a "justiça"?
Imagine-se na pele de um policial. Imagine que você tem a missão de encontrar os peçonhentos que mataram seu colega. Imagine que você e sua equipe trabalharam dias e dias para encontrar os assassinos. Imagine que vocês se arriscaram, que trabalharam sem muitos recursos, que perderam finais de semana, aniversário de filho, de amigos, que meteram a cara em invasão, foram ao inferno mas acharam os caras. Aí eles são presos. Eles confessam. Você sente aquele alívio do dever cumprido. Seus olhos se enchem de lágrimas quando lembra do colega, quando pensa em si mesmo e no mínimo de respeito que você acha que merece como cidadão e como profissional. Agora imagine o que sente quando sabe que os "anjinhos" foram soltos. Que vai cruzar na rua com eles, que eles até sorrirão para você e que você não pode olhar com a cara feia nem para ele nem para a elevadíssima autoridade que os devolveu sorridente ao seio da sociedade.
Repito a pergunta: se você fosse policial e viesse a prender o assassino de um amigo ou parente... aí você se lembrasse da pose do tal Juiz te olhando naquele julgamento como se o bandido fosse você.... Conta pra mim: vai dar vontade de colocar o assassinozinho em uma caixinha de presente e entregar para a justiça? Fala sério!
Mas é claaaaaaaaaro que você vai fazer isso! Todos confiamos na justiça! Estou só falando de hipóteses, vontades, situações imaginárias!
Vai que o tal Juiz leia isso! Homicídio de policial vá lá mas um texto desse... É bem capaz de ele acabar comigo! E me prender por uns trinta anos!
Obs.: Se esse texto sumir do blog ou se eu me retratar fiquem sabendo: o bicho pegou!
Nenhum comentário:
Postar um comentário