segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Adianta?


Não sei o que é pior: se é não se enxergar ou enxergar-se muito bem mas não conseguir mudar nada.

Essa coisa de "se enxergar" é meio parecida com o lance de prever o futuro, já notou? Todos os filmes que já vi a respeito só mostram a aflição de quem prevê o futuro, se esfalfa tentando evitar a catástrofe para no final descobrir que foi tudo inútil. Se podia ser mudado, era um falso futuro e uma falsa percepção dele. Se não podia ser mudado (como nunca pode) então para quê prevê-lo? Só para ter agonias?

Pois é, meus defeitos não são futuros, mas presentes. Presentíssimos! Mas podem ser semelhantemente previstos. dolorosamente previstos. Olho impotente para cada um desses filhotes bastardos e disformes e não consigo fomatá-los. Prevejo situações, imagino a bosta que vai dar mas... acaba dando. Será que tudo o que me cabe é lamentar a situação depois de estabelecida e fincada na memória minha e dos outros?
Enxergo-me, logo sofro. Adianta?

Não seria melhor que o meu desconfiômetro não funcionasse? De que me serve essa vidência inútil? Quero meter o bedelho na catástrofe anunciada do meu temperamento indócil e não ficar eternamente enlutada, enlatada, entalada.

A culpa é desse furacão...

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Adianta?


Não sei o que é pior: se é não se enxergar ou enxergar-se muito bem mas não conseguir mudar nada.

Essa coisa de "se enxergar" é meio parecida com o lance de prever o futuro, já notou? Todos os filmes que já vi a respeito só mostram a aflição de quem prevê o futuro, se esfalfa tentando evitar a catástrofe para no final descobrir que foi tudo inútil. Se podia ser mudado, era um falso futuro e uma falsa percepção dele. Se não podia ser mudado (como nunca pode) então para quê prevê-lo? Só para ter agonias?

Pois é, meus defeitos não são futuros, mas presentes. Presentíssimos! Mas podem ser semelhantemente previstos. dolorosamente previstos. Olho impotente para cada um desses filhotes bastardos e disformes e não consigo fomatá-los. Prevejo situações, imagino a bosta que vai dar mas... acaba dando. Será que tudo o que me cabe é lamentar a situação depois de estabelecida e fincada na memória minha e dos outros?
Enxergo-me, logo sofro. Adianta?

Não seria melhor que o meu desconfiômetro não funcionasse? De que me serve essa vidência inútil? Quero meter o bedelho na catástrofe anunciada do meu temperamento indócil e não ficar eternamente enlutada, enlatada, entalada.

A culpa é desse furacão...

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