sábado, 22 de maio de 2010

Meu cachorrinho

Uma certa amiga se queixou esses dias de ter  um péssimo defeito: esperar muito do mundo. Põe péssimo nisso! - pensei.  Achar "que as pessoas nunca farão comigo o que eu não faria com elas" é receita certa para quebrar a cara.

De mim para mim, considerei-me muito safa por uns instantes, pois disse que comigo é o contrário: espero pouco ou nada dos outros, então o resultado são boas surpresas, pois vez por outra me aparecem no caminho pessoas muito legais.

Despejei minha "sabedoria" na lata da vítima ensinando que a maneira "mais melhor" é treinar a mente, como quem treina um cachorrinho, para colocar nossas expectativa abaixo do nível do solo, porque é ali que ela tem que ficar.  Nada de cachorrinho subindo na cama.  Devemos olhar para as pessoas como seres fracos, que até tentam ser altruístas ou bons mas frequentemente NÃO CONSEGUEM e nesse "não conseguir"  você pode ser a próxima vítima. Provavelmente será, se colocar muita fé nelas.

Detalhe: acho que meu cachorrinho  minha mente está até bem treinada pois costumo ser surpreendida positivamente  pelas pessoas porque espero bem pouco delas. Na verdade sempre acho que vão me sacanear, só que nem sempre isso acontece. 

Por exemplo: cresci e me criei ouvindo que sou fechada e metida e antipática. Então me acostumei a acreditar que as pessoas NÃO IRIAM gostar de mim, não importa o que eu fizesse, até porque várias já me confessaram, depois de nos tornarmos amigas, que não iam muito com a minha cara. Sendo assim, já acho até natural alguém não gostar de mim. Nem me ofendo.

Agora pergunto: isso é bom? Isso é ser "safa"?  Não há algo de doentio, tipo um complexo, inspirando toda essa "sabedoria de vida"?

Ah como a verdade é escorregadia...

Pensando bem, não aprontaram muito pra mim ao longo da minha vida não. Será que foi porque me protegi demais ou porque ainda tem muita gente legal no mundo? De repente eu nem precisava me proteger tanto...

Ai ai ai... Vou ter que conversar de novo com esse cachorrinho...

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sábado, 22 de maio de 2010

Meu cachorrinho

Uma certa amiga se queixou esses dias de ter  um péssimo defeito: esperar muito do mundo. Põe péssimo nisso! - pensei.  Achar "que as pessoas nunca farão comigo o que eu não faria com elas" é receita certa para quebrar a cara.

De mim para mim, considerei-me muito safa por uns instantes, pois disse que comigo é o contrário: espero pouco ou nada dos outros, então o resultado são boas surpresas, pois vez por outra me aparecem no caminho pessoas muito legais.

Despejei minha "sabedoria" na lata da vítima ensinando que a maneira "mais melhor" é treinar a mente, como quem treina um cachorrinho, para colocar nossas expectativa abaixo do nível do solo, porque é ali que ela tem que ficar.  Nada de cachorrinho subindo na cama.  Devemos olhar para as pessoas como seres fracos, que até tentam ser altruístas ou bons mas frequentemente NÃO CONSEGUEM e nesse "não conseguir"  você pode ser a próxima vítima. Provavelmente será, se colocar muita fé nelas.

Detalhe: acho que meu cachorrinho  minha mente está até bem treinada pois costumo ser surpreendida positivamente  pelas pessoas porque espero bem pouco delas. Na verdade sempre acho que vão me sacanear, só que nem sempre isso acontece. 

Por exemplo: cresci e me criei ouvindo que sou fechada e metida e antipática. Então me acostumei a acreditar que as pessoas NÃO IRIAM gostar de mim, não importa o que eu fizesse, até porque várias já me confessaram, depois de nos tornarmos amigas, que não iam muito com a minha cara. Sendo assim, já acho até natural alguém não gostar de mim. Nem me ofendo.

Agora pergunto: isso é bom? Isso é ser "safa"?  Não há algo de doentio, tipo um complexo, inspirando toda essa "sabedoria de vida"?

Ah como a verdade é escorregadia...

Pensando bem, não aprontaram muito pra mim ao longo da minha vida não. Será que foi porque me protegi demais ou porque ainda tem muita gente legal no mundo? De repente eu nem precisava me proteger tanto...

Ai ai ai... Vou ter que conversar de novo com esse cachorrinho...

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