quinta-feira, 18 de março de 2010

Bandido é preso vendendo drogas e diz que não sabia que 'a atividade estava proibida'

Essa foi boa! LEIA a reportagem na íntegra em O Globo.

Deixando pra lá o lado cômico da manchete, faço questão de declarar que EU ACREDITO na sinceridade do cara.  

Pense comigo: a vida toda ele esteve no morro Pavão-Pavãozinho. Lá ele negociava drogas livremente. Ninguém nunca lhe disse que aquilo era feio, mesmo porque para vender tem que ter quem compre. Um monte de gente comprava sua droga abertamente como quem compra batatas na feira. Tanto ele como seus amigos vendiam, compravam, usavam, carregavam etc. Nunca, mas nunquinha mesmo, ele precisou se esconder para exercer sua atividade de "negociador de substâncias entorpecentes". Um belo dia um policial acorda com o ovo atravessado e decide prender o elemento. Por quê? Por vender o que a vida toda ele vendeu, sem ser sequer criticado. Assim, como se da noite para o dia proibissem a gente de tomar refrigerante sem nem avisar antes.

Acho que aí configura até "direito adquirido". Será que não? Pô, pelo menos tinham que ter avisado sobre atuação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade, poxa!  Ele poderia se prevenir! Ou pelo menos colocarem uns cartazes pela favela avisando à turma que 'a atividade estava proibida'.  Como uma pessoa vai adivinhar?

Quer saber? É capaz de aparecer juiz aceitando o argumento. A capacidade de atualização da nossa jurisprudência é avançadíssima!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

quinta-feira, 18 de março de 2010

Bandido é preso vendendo drogas e diz que não sabia que 'a atividade estava proibida'

Essa foi boa! LEIA a reportagem na íntegra em O Globo.

Deixando pra lá o lado cômico da manchete, faço questão de declarar que EU ACREDITO na sinceridade do cara.  

Pense comigo: a vida toda ele esteve no morro Pavão-Pavãozinho. Lá ele negociava drogas livremente. Ninguém nunca lhe disse que aquilo era feio, mesmo porque para vender tem que ter quem compre. Um monte de gente comprava sua droga abertamente como quem compra batatas na feira. Tanto ele como seus amigos vendiam, compravam, usavam, carregavam etc. Nunca, mas nunquinha mesmo, ele precisou se esconder para exercer sua atividade de "negociador de substâncias entorpecentes". Um belo dia um policial acorda com o ovo atravessado e decide prender o elemento. Por quê? Por vender o que a vida toda ele vendeu, sem ser sequer criticado. Assim, como se da noite para o dia proibissem a gente de tomar refrigerante sem nem avisar antes.

Acho que aí configura até "direito adquirido". Será que não? Pô, pelo menos tinham que ter avisado sobre atuação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade, poxa!  Ele poderia se prevenir! Ou pelo menos colocarem uns cartazes pela favela avisando à turma que 'a atividade estava proibida'.  Como uma pessoa vai adivinhar?

Quer saber? É capaz de aparecer juiz aceitando o argumento. A capacidade de atualização da nossa jurisprudência é avançadíssima!


Nenhum comentário:

Postar um comentário