domingo, 13 de março de 2011

Que fofo!

Quando eu digo que é necessário que vocês comentem meus textos, é verdade.  Dia desses postei um texto sobre o Dia da Mulher (Dia Bobo).  Um amigo comentou:

"Os "Dias" disso, daquilo, são mero jogo de interesse que, com certeza, alguem inventou por conveniencia dele(a), de um grupo ou classe. Concordo com vc. Não tem sentido os Dias "D" criados pelo mundo a fora. Mas, como não comemorar o Dia da Mãe", do "Pai", das "Crianças", da "Mulher"? Já que vivemos num mundo tão corrido, com tantas obrigações, problemas, vazios, um dia "D" qualquer coisa, faz-nos parar um pouco para, pelo menos, manifestar um sentimento de carinho ou lembrança."

Que fofo! É verdade. Ainda que seja bobo homenagear a mulher só porque ela é mulher, ainda assim a coisa pode ser válida se olhada por outro ângulo: as obrigações de todos os dias fazem todos os dias ficarem parecidos demais. E nessa roda viva, quantas vezes nos esquecemos de dizer para alguma coisa agradável para as pessoas!

O ser humano tem necessidade de ser legal para os outros. Faz bem. Faz bem para os dois lados. Assim como faz falta receber um gesto de carinho, também faz muita falta ser gentil, emanar alguma coisa que preste.

Todo santo dia a terra faz seu giro em torno do sol. Os pássaros cantam, as crianças gritam, as buzinas irritam, a gente acorda, o cabelo está ruim de novo, tomamos banho, toalha molha, toalha seca. Parece que a vida se repetirá como um rosário inclemente. O que torna um dia diferente do outro se todos parecem condenados a serem iguais?

Já escrevi sobre isso ("De bolha em bolha") e aqui repito: o que torna um dia diferente do outro é o nosso arbítrio, criatividade,  invenção.

A gente inventa dia especial do nada, sem muita coerência teórica, mas inventa. Inventa porque é preciso. É preciso um empurrãozinho para dar uma rosa, dar um beijo, dar um abraço mais apertado.  Se formos investigar a validade de uma homenagem ou um feriado, se formos pesar cada festinha, cada "dia especial", provavelmente nos desapontaríamos: "qual o sentido disso?"

Não é que não haja sentido. Há, mas não é bem aquele do rótulo.

A mulher não é melhor do que o homem nem o pai melhor que a mãe nem o dia dos namorados é de fato melhor do que qualquer outro. O sentido disso tudo está escondidinho nas dobrinhas da vida.   Vem daquela necessidade inexplicável de sermos mais, fazermos os outros se sentirem melhores e conseguirmos nós mesmos nos sentir mais gentis e amorosos.  Não é gostoso curtir um dia especialmente feliz? Pois é. E se não tem motivo, a gente inventa.  Essea é a sacada. É preciso abraçar mais, beijar mais, dar mais flores, dizer eu te amo pra um monte de gente. Esse é o sentido. Tudo o mais não passa de uma bela desculpa.

Tá vendo? O simples comentário de um leitor já me fez crescer como ser humano!

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domingo, 13 de março de 2011

Que fofo!

Quando eu digo que é necessário que vocês comentem meus textos, é verdade.  Dia desses postei um texto sobre o Dia da Mulher (Dia Bobo).  Um amigo comentou:

"Os "Dias" disso, daquilo, são mero jogo de interesse que, com certeza, alguem inventou por conveniencia dele(a), de um grupo ou classe. Concordo com vc. Não tem sentido os Dias "D" criados pelo mundo a fora. Mas, como não comemorar o Dia da Mãe", do "Pai", das "Crianças", da "Mulher"? Já que vivemos num mundo tão corrido, com tantas obrigações, problemas, vazios, um dia "D" qualquer coisa, faz-nos parar um pouco para, pelo menos, manifestar um sentimento de carinho ou lembrança."

Que fofo! É verdade. Ainda que seja bobo homenagear a mulher só porque ela é mulher, ainda assim a coisa pode ser válida se olhada por outro ângulo: as obrigações de todos os dias fazem todos os dias ficarem parecidos demais. E nessa roda viva, quantas vezes nos esquecemos de dizer para alguma coisa agradável para as pessoas!

O ser humano tem necessidade de ser legal para os outros. Faz bem. Faz bem para os dois lados. Assim como faz falta receber um gesto de carinho, também faz muita falta ser gentil, emanar alguma coisa que preste.

Todo santo dia a terra faz seu giro em torno do sol. Os pássaros cantam, as crianças gritam, as buzinas irritam, a gente acorda, o cabelo está ruim de novo, tomamos banho, toalha molha, toalha seca. Parece que a vida se repetirá como um rosário inclemente. O que torna um dia diferente do outro se todos parecem condenados a serem iguais?

Já escrevi sobre isso ("De bolha em bolha") e aqui repito: o que torna um dia diferente do outro é o nosso arbítrio, criatividade,  invenção.

A gente inventa dia especial do nada, sem muita coerência teórica, mas inventa. Inventa porque é preciso. É preciso um empurrãozinho para dar uma rosa, dar um beijo, dar um abraço mais apertado.  Se formos investigar a validade de uma homenagem ou um feriado, se formos pesar cada festinha, cada "dia especial", provavelmente nos desapontaríamos: "qual o sentido disso?"

Não é que não haja sentido. Há, mas não é bem aquele do rótulo.

A mulher não é melhor do que o homem nem o pai melhor que a mãe nem o dia dos namorados é de fato melhor do que qualquer outro. O sentido disso tudo está escondidinho nas dobrinhas da vida.   Vem daquela necessidade inexplicável de sermos mais, fazermos os outros se sentirem melhores e conseguirmos nós mesmos nos sentir mais gentis e amorosos.  Não é gostoso curtir um dia especialmente feliz? Pois é. E se não tem motivo, a gente inventa.  Essea é a sacada. É preciso abraçar mais, beijar mais, dar mais flores, dizer eu te amo pra um monte de gente. Esse é o sentido. Tudo o mais não passa de uma bela desculpa.

Tá vendo? O simples comentário de um leitor já me fez crescer como ser humano!

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