quinta-feira, 16 de junho de 2011

Mãe não prefere nem pretere

A igualdade impedernida e cega do amor de mãe já foi questionada no blog da Sílvia - Memórias da Minha Rede. A nobre blogueira  fez o que todo filho faz: dizer que as mães tem preferência sim. Sou mãe e me defendo ferozmente, dizendo a quem interessar possa que o meu amor está dividido em quatro quadradinhos iguais e com o mesmo peso. Sou inocente. Mas como as outras mães podem não ser tão... tão... tão "sei-lá-entende" como eu, deixo colado abaixo o comentário que publiquei após a postagem da minha amiga. Essa não é a minha melhor redação mas hoje estou com preguiça de melhorar as coisas. Leia aí e não reclame.

1- Tudo o que diz respeito às emoções humanas é muito complicado. Uma vez assisti a um filme no qual a mãe cobria um dos filhos de atenção e de presentes, transparecendo ter preferência por ele. Só que no filme o Diabo descobriu seu grande segredo e a acusou: ele lhe jogou na cara que na verdade ela preferia o outro filho (o "desprezado") pois era mais bonito, era mais inteligente e ela o admirava mais por ser um vencedor. Só que ela se sentia tão culpada por essa preferência e admiração que passava a vida toda tentando compensar o filho que ela amava menos. Nessa tentativa de compensar seu desamor, ela dava mais atenção ao filho que amava menos, procurava dar razão a ele durante as disputas de irmãos, fazia de tudo! Tudo porque ela tinha vergonha de o amar menos e achava que tinha que compensá-lo, subtraindo atenções do filho preferido. Só que o filho preferido não sabia dessas complicações psicológicas. Coisa mais enrolada, né? Mas acontece.  Nunca mais esqueci desse filme, que nos mostra como as aparências enganam. Claro que essa teoria afirma que existe preferência sim, mas mostra também que essa preferência nem sempre está onde pensamos. Excesso de atenção as vezes é pena do filho fracassado e medo piorar a vida dele.


Quanto a esse assunto, muito se pode dizer. Há várias hipoteses a considerar:

2- Todo filho desconfia de que a mãe tem preferência. Toda a mãe acha que não tem. Não acredito que mentem. Se têm preferência, elas mesmas não sabem disso. Além do mais, jamais saberemos se o filho queixoso tem mesmo razão ou apenas é egoísta (ou mais carente) que o outro.

3- Há também o seguinte e eu acho que É O QUE MAIS OCORRE: as mães também precisam ser amadas, precisam de atenção, as vezes sentem-se sós. E algumas vezes, entre 10 filhos, só um dá a ela a atenção que ela precisa. Aí logicamente ela acaba conversando mais com ele.  Mas ela não o ama mais, apenas valoriza e busca aquele carinho que ele lhe oferece PORQUE ELA PRECISA, ELA É HUMANA! Nesse caso não é que mãe que ame mais um filho, é o contrário:  TEM FILHOS QUE AMAM MAIS A MÃE DO QUE OS OUTROS FILHOS. Ah, isso é verdade verdadeira!

Ora, se é ele quem sempre se aproxima perguntando como ela se sente, obviamente é com ele que ela vai conversar mais. Depois será acusada de preferência, mas na verdade é O FILHO quem a está preferindo, não o contrário.


4- Pode também acontecer de que um dos filhos é frio, indiferente, grosseiro. Pode ser que ela se aflija com isso e passe a vida tentando conquistar aquele filho. Essa tentativa desesperada de conquistar o filho não é necessariamente uma preferência, mas um sofrimento por imaginar que não é amada por quem ela tanto ama. Quando você ama alguém e imagina que o está perdendo, o que você faz? Tenta reverter a situação. NEM SEMPRE ISSO É UMA ESCOLHA OU UMA ATITUDE CONSCIENTE, por isso nem sempre ela admite que isso aconteça. Para piorar a situação, os outros filhos não entendem, acusam-na e ela acaba sofrendo duplamente.

Caraca, não é fácil ser mãe. Vocês tem que dar um desconto!

5- As vezes não é que ela prefira tal filho, mas é que o tal "preferido" (entre aspas)  alcançou tudo o que ela sempre quis ser mas não conseguiu na vida. Ela se projeta nele como sua tábua de salvação, como uma espécie de redenção para a sua vida medíocre. PÔ, ISSO É TAO HUMANO E DOLORIDO QUE DARIA ATÉ VERGONHA DE CRITICAR.


Por fim...

Na verdade acho que o que mais ocorre mesmo é o item 4: a mãe tentando conquistar o afeto de um filho frio e grosseiro. Não adianta dizerem que ela tinha mais é que dar o desprezo e mandar o filho às favas.Ela nunca fará isso, mas morrerá tentando conquistar seu coração. Você não agiria assim também???

Acho que vou postar isso de novo no Dia das Mães...

Moral da história: Filhos, não encham o saco de suas mães.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Mãe não prefere nem pretere

A igualdade impedernida e cega do amor de mãe já foi questionada no blog da Sílvia - Memórias da Minha Rede. A nobre blogueira  fez o que todo filho faz: dizer que as mães tem preferência sim. Sou mãe e me defendo ferozmente, dizendo a quem interessar possa que o meu amor está dividido em quatro quadradinhos iguais e com o mesmo peso. Sou inocente. Mas como as outras mães podem não ser tão... tão... tão "sei-lá-entende" como eu, deixo colado abaixo o comentário que publiquei após a postagem da minha amiga. Essa não é a minha melhor redação mas hoje estou com preguiça de melhorar as coisas. Leia aí e não reclame.

1- Tudo o que diz respeito às emoções humanas é muito complicado. Uma vez assisti a um filme no qual a mãe cobria um dos filhos de atenção e de presentes, transparecendo ter preferência por ele. Só que no filme o Diabo descobriu seu grande segredo e a acusou: ele lhe jogou na cara que na verdade ela preferia o outro filho (o "desprezado") pois era mais bonito, era mais inteligente e ela o admirava mais por ser um vencedor. Só que ela se sentia tão culpada por essa preferência e admiração que passava a vida toda tentando compensar o filho que ela amava menos. Nessa tentativa de compensar seu desamor, ela dava mais atenção ao filho que amava menos, procurava dar razão a ele durante as disputas de irmãos, fazia de tudo! Tudo porque ela tinha vergonha de o amar menos e achava que tinha que compensá-lo, subtraindo atenções do filho preferido. Só que o filho preferido não sabia dessas complicações psicológicas. Coisa mais enrolada, né? Mas acontece.  Nunca mais esqueci desse filme, que nos mostra como as aparências enganam. Claro que essa teoria afirma que existe preferência sim, mas mostra também que essa preferência nem sempre está onde pensamos. Excesso de atenção as vezes é pena do filho fracassado e medo piorar a vida dele.


Quanto a esse assunto, muito se pode dizer. Há várias hipoteses a considerar:

2- Todo filho desconfia de que a mãe tem preferência. Toda a mãe acha que não tem. Não acredito que mentem. Se têm preferência, elas mesmas não sabem disso. Além do mais, jamais saberemos se o filho queixoso tem mesmo razão ou apenas é egoísta (ou mais carente) que o outro.

3- Há também o seguinte e eu acho que É O QUE MAIS OCORRE: as mães também precisam ser amadas, precisam de atenção, as vezes sentem-se sós. E algumas vezes, entre 10 filhos, só um dá a ela a atenção que ela precisa. Aí logicamente ela acaba conversando mais com ele.  Mas ela não o ama mais, apenas valoriza e busca aquele carinho que ele lhe oferece PORQUE ELA PRECISA, ELA É HUMANA! Nesse caso não é que mãe que ame mais um filho, é o contrário:  TEM FILHOS QUE AMAM MAIS A MÃE DO QUE OS OUTROS FILHOS. Ah, isso é verdade verdadeira!

Ora, se é ele quem sempre se aproxima perguntando como ela se sente, obviamente é com ele que ela vai conversar mais. Depois será acusada de preferência, mas na verdade é O FILHO quem a está preferindo, não o contrário.


4- Pode também acontecer de que um dos filhos é frio, indiferente, grosseiro. Pode ser que ela se aflija com isso e passe a vida tentando conquistar aquele filho. Essa tentativa desesperada de conquistar o filho não é necessariamente uma preferência, mas um sofrimento por imaginar que não é amada por quem ela tanto ama. Quando você ama alguém e imagina que o está perdendo, o que você faz? Tenta reverter a situação. NEM SEMPRE ISSO É UMA ESCOLHA OU UMA ATITUDE CONSCIENTE, por isso nem sempre ela admite que isso aconteça. Para piorar a situação, os outros filhos não entendem, acusam-na e ela acaba sofrendo duplamente.

Caraca, não é fácil ser mãe. Vocês tem que dar um desconto!

5- As vezes não é que ela prefira tal filho, mas é que o tal "preferido" (entre aspas)  alcançou tudo o que ela sempre quis ser mas não conseguiu na vida. Ela se projeta nele como sua tábua de salvação, como uma espécie de redenção para a sua vida medíocre. PÔ, ISSO É TAO HUMANO E DOLORIDO QUE DARIA ATÉ VERGONHA DE CRITICAR.


Por fim...

Na verdade acho que o que mais ocorre mesmo é o item 4: a mãe tentando conquistar o afeto de um filho frio e grosseiro. Não adianta dizerem que ela tinha mais é que dar o desprezo e mandar o filho às favas.Ela nunca fará isso, mas morrerá tentando conquistar seu coração. Você não agiria assim também???

Acho que vou postar isso de novo no Dia das Mães...

Moral da história: Filhos, não encham o saco de suas mães.

Nenhum comentário:

Postar um comentário