Abaixo a auto análise! (Da série Implicando com Paulo Coelho)

O texto que vou comentar é de Castaneda mas se o texto está no blog do Paulo é sinal de que ele concordou. Então...

Cada dia acho mais estranhas as dicas do Paulo Coelho para alcançar a sabedoria.  A última agora é  desqualificar a auto-análise. Segundo Mestre Paulinho,  olhar para dentro e pensar muito, ao contrário do que os tolos psicólogos dizem, é um mau negócio. 

O "mestre iluminado" afirma que "Estamos sempre contando para nós mesmos como o mundo é e como deveria ser. Só que para entrar em uma realidade mágica, precisamos interromper este diálogo, e deixar que o mundo se mostre em toda a sua generosidade e grandeza."

Quer dizer que eu só consigo ver o mundo em toda a sua generosidade e grandeza se eu não pensar demais?  Preciso para com esse negócio de ser racional e aprender a olhar o mundo com a simplicidade de uma vaca... uma jibóia ou quem sabe um peixe. 

Pensando nisso (desculpa aí, Paulo Coelho! Estou novamente cometendo o pecado de pensar!) deu vontade de escrever um texto ironizando mas mudei de idéia. (Será que isso quer dizer que alcancei a sabedoria? Uau!)

Entendi que Mestre Paulinho tem uma certa razão quando afirma que "Nosso diálogo interno é o nosso maior inimigo".      Se vocês acharam essa afirmativa absurda é porque entenderam tudo errado.  Quando ele afirma que o diálogo interno é o "nosso" pior inimigo, compreenda que ao dizer  "nosso" ele está se referindo a ele e a sua editora. E quem é que vai dizer que o homem está errado? Ponto pra ele!

Reflita: se os  leitores dele pensassem muito, parariam de comprar seus livros. Isso resultaria em seu empobrecimento. Uma vez estando pobre, como ele poderia enxergar o mundo em toda a sua generosidade e grandeza?    

Quer saber? Temos mais é que parar mesmo de olhar as coisas com olhar crítico. Chega de raciocinar sobre como o mundo é e como deveria ser. Chega de raciocinar em como o Governo é e como deveria ser, em como Paulo Coelho escreve e como deveria escrever.  

Desejo a todos que durante o ano de 2011 a simplicidade do raciocínio de uma vaca ou de um peixe - ou quem sabe um jumentinho - possa nos garantir uma belíssima visão do mundo.