segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um porre

Fui hoje a uma loja onde algo desumano estava acontecendo: não parava de tocar uma daquelas musiquinhas chatas de Natal. Confesso que já curti isso, mas hoje sou uma pecadora arrependida.

É cruel torturar os vendedores desse jeito. Sempre a mesma musiquinha chata-triste zunindo na consciência dos coitados. fugir pra onde? Eles estão ali porque precisam levar pra casa o pão de cada dia.  Aposto que se não fossem as crianças remelentas esperando em casa eles chutariam o pau do gerente - digo, o pau da barraca.

Tive pena, muita pena dos  nobres trabalhadores e imaginei com que tipo de humor eles chegariam em casa depois de oito horas ouvindo aquilo. Brigas, crianças levando chinelada a toa, casais dormindo no zero a zero, sogras sendo estapeadas. Tudo por causa da musiquinha infeliz. Pra piorar a gente acaba lebrando de mãe morta, dos tempos felizes da infância que não voltam mais, do cãozinho que se foi, do aborto, do arroz que queimou, de tudo de triste do mundo. Horror!

Gente, os vendedores são seres humanos e merecem ser ajudados. Deixo aqui a minha solidariedade. Se eles lerem essas minhas mal traçadas linhas e precisarem de mais alguma coisa, que me expliquem por escrito via correio porque lá eu não volto.

Numa hora dessas cadê os manés dos Direitos Humanos?

Um comentário:

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um porre

Fui hoje a uma loja onde algo desumano estava acontecendo: não parava de tocar uma daquelas musiquinhas chatas de Natal. Confesso que já curti isso, mas hoje sou uma pecadora arrependida.

É cruel torturar os vendedores desse jeito. Sempre a mesma musiquinha chata-triste zunindo na consciência dos coitados. fugir pra onde? Eles estão ali porque precisam levar pra casa o pão de cada dia.  Aposto que se não fossem as crianças remelentas esperando em casa eles chutariam o pau do gerente - digo, o pau da barraca.

Tive pena, muita pena dos  nobres trabalhadores e imaginei com que tipo de humor eles chegariam em casa depois de oito horas ouvindo aquilo. Brigas, crianças levando chinelada a toa, casais dormindo no zero a zero, sogras sendo estapeadas. Tudo por causa da musiquinha infeliz. Pra piorar a gente acaba lebrando de mãe morta, dos tempos felizes da infância que não voltam mais, do cãozinho que se foi, do aborto, do arroz que queimou, de tudo de triste do mundo. Horror!

Gente, os vendedores são seres humanos e merecem ser ajudados. Deixo aqui a minha solidariedade. Se eles lerem essas minhas mal traçadas linhas e precisarem de mais alguma coisa, que me expliquem por escrito via correio porque lá eu não volto.

Numa hora dessas cadê os manés dos Direitos Humanos?

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