segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Piada no jornal

Acabei de assistir a uma reportagem na qual alguns cidadãos sem noção alguma de investigação policial criticam a forma como o monitoramento telefônico tem sido utilizado.  Vejam algumas das declarações cômicas proferidas:

"Algumas das pessoas sob escuta telefônica não foram sequer indiciadas em inquérito. Oh!" Quer dizer que a polícia deveria primeiro saber se a pessoa é culpada para depois investigá-la?

Sem palavras...

Com palavras: Você acha mesmo que se um criminoso soubesse que está sob suspeita ele continuaria falando de tudo ao telefone? Só se fosse muito idiota - e os idiotas são inimputáveis, portanto, por quê perder tempo investigando maluco? 

Olhe outra: "deveriam primeiro saber se a pessoa é culpada para só depois fazer a escuta." Ha ha ha.

Se a polícia já tivesse provas da culpa ou da inocência de uma pessoa, para quê fazer a maldita escuta? Me diga pelo amor de Deus!

Se alguém ainda não sabia, a melhor forma de investigar uma pessoa é não deixar que ela saiba que está sendo investigada. Isso deveria ser obvio, né?

As escutas telefônicas estão incomodando muitos bandidos muita gente. Há uma movimentação no sentido de restringir ainda mais as ações da polícia. Quem serão os beneficiados?

Fazer escuta depois do indiciamento é perda de tempo. Não dará em nada, claro! E isso levará os mal intencionados e os mal informados a dizerem "Tá vendo? A escuta não deu em nada! Eu sabia que o coitadinho era inocente!"

Afirmo uma coisa: se as escutas não fossem eficazes não haveria tanta gente incomodada com ela.

No Brasil a coisa tá ficando assim: a polícia não pode seguir ninguém se não é cercear a sua liberdade de ir e vir. Não pode algemar a menos que saiba profeticamente que o elemento pode agredir ou fazer outra maluquice qualquer. Não pode fazer escuta telefonica para investigar, só para... para quê mesmo? Se filmar o cara ele pode processar o Estado porque seria uso não autorizado da imagem. Se ele confessar o crime e assinar embaixo ainda assim ele tem uns trinta anos para provar que aquela imagem não era a dele, que aquela voz não era a dele e que aquela assinatura não era a dele. E que nem ele é ele. Se a polícia for agredida deve seguir os ensinamentos de Cristo e dar a outra face.

Fica difícil, né.  Para a polícia.  Já para o bandido...

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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Piada no jornal

Acabei de assistir a uma reportagem na qual alguns cidadãos sem noção alguma de investigação policial criticam a forma como o monitoramento telefônico tem sido utilizado.  Vejam algumas das declarações cômicas proferidas:

"Algumas das pessoas sob escuta telefônica não foram sequer indiciadas em inquérito. Oh!" Quer dizer que a polícia deveria primeiro saber se a pessoa é culpada para depois investigá-la?

Sem palavras...

Com palavras: Você acha mesmo que se um criminoso soubesse que está sob suspeita ele continuaria falando de tudo ao telefone? Só se fosse muito idiota - e os idiotas são inimputáveis, portanto, por quê perder tempo investigando maluco? 

Olhe outra: "deveriam primeiro saber se a pessoa é culpada para só depois fazer a escuta." Ha ha ha.

Se a polícia já tivesse provas da culpa ou da inocência de uma pessoa, para quê fazer a maldita escuta? Me diga pelo amor de Deus!

Se alguém ainda não sabia, a melhor forma de investigar uma pessoa é não deixar que ela saiba que está sendo investigada. Isso deveria ser obvio, né?

As escutas telefônicas estão incomodando muitos bandidos muita gente. Há uma movimentação no sentido de restringir ainda mais as ações da polícia. Quem serão os beneficiados?

Fazer escuta depois do indiciamento é perda de tempo. Não dará em nada, claro! E isso levará os mal intencionados e os mal informados a dizerem "Tá vendo? A escuta não deu em nada! Eu sabia que o coitadinho era inocente!"

Afirmo uma coisa: se as escutas não fossem eficazes não haveria tanta gente incomodada com ela.

No Brasil a coisa tá ficando assim: a polícia não pode seguir ninguém se não é cercear a sua liberdade de ir e vir. Não pode algemar a menos que saiba profeticamente que o elemento pode agredir ou fazer outra maluquice qualquer. Não pode fazer escuta telefonica para investigar, só para... para quê mesmo? Se filmar o cara ele pode processar o Estado porque seria uso não autorizado da imagem. Se ele confessar o crime e assinar embaixo ainda assim ele tem uns trinta anos para provar que aquela imagem não era a dele, que aquela voz não era a dele e que aquela assinatura não era a dele. E que nem ele é ele. Se a polícia for agredida deve seguir os ensinamentos de Cristo e dar a outra face.

Fica difícil, né.  Para a polícia.  Já para o bandido...

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