Segundo Friedrich Nietzsche, aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal. Besteirol.
Em nome do amor tem muita gente prejudicando os outros, destruindo famílias, escondendo a verdade, sendo permissivo e tudo o mais. Até desconfio de que uma parte assustadora do mal que existe no mundo traz em si o inocente rótulo "Por Amor".
Na verdade eu acho que NADA está acima do bem e do mal, se você quer saber.
Sim, eu sou dessas pessoas simplórias que acreditam em bem e em mal. Se você, preclaro filósofo, tem dúvidas quanto a isso, imagine o sequestro de alguém que você ama ou uma bela martelada no dedão do SEU pé. Rapidinho você abraça certezas.
É fácil dar uma de arauto na Nova Era e sair dizendo que o bem e mal não existem, que essa divisão é equivocada e tola e que o bem sempre tem sempre alguma doisa de mal e vice-versa. Dizer isso a um tempo atrás era chique porque chocava mas agora, que o conceito já está manjado, estampado em camisetas vagabundas e professado até pelos que não o entendem, agora sim: a gente já pode afrouxar a gravata e começar a duvidar.
Pois é, eu acredito em bem e mal O que não acredito é na NOSSA CAPACIDADE DE SABER COM EXATIDÃO onde está o bem e onde está o mal em um acontecimento específico. É que ao longo da história as coisas são reinterpretadas mas o ditado "Há males que vem pra bem" resume muito bem o que acabo de dizer: se há males que vem para bem, é sinal de que há o MAL e há o BEM, só que a gente nunca sabe direito onde eles estão."Onde está Wally?"
Não se pode nem dizer que o mal de uns é o bem de outros. O "bem" que é nascido do mal pode parecer bem, mas mais cedo ou mais tarde acabará mostrando a cara grotesca. Isso porque o mal é sempre semente e alguém vai pagar o pato. Haverá sempre uma carga negativa nesse tal "bem" que estragará tudo, a curto, médio ou longo prazo.
Na verdade na verdade, por numerosas vezes até que a gente sabe onde está o bem e onde está o mal nas nossas atitudes e escolhas. Admitamos. O problema são duas tendências nefastas do ser humano: uma é optar teimosamente pelo mal, não resistindo a ele. A outra é não querer admitir que ele mesmo é mau (e a prova disso são as suas escolhas). Desses auto enganos é que surge muita negação com rótulo de "filosofia".
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