sexta-feira, 5 de março de 2010

Alguma coisa

Alguma coisa
Sempre se perde pelo caminho

Carregar da vida a felicidade
É como encher as mãos de grãos
Impossível não perder alguns
E ao longo da vida
Esses alguns são tantos
Que juntos formariam uma fortaleza
Uma imensa e linda fortaleza
Onde por sua vez
Nada disso se perderia

Mas quem contrói fortalezas enquanto caminha?

É certo que alguma coisa
Alguma coisa se perde pelo caminho
Pois ninguém carrega a água nas conchas das mãos
Sem que ela escape pela distração
Das fendas e, pendendo,
Perca-se no chão.

Se parássemos construiríamos ali um lindo lago
Mas quem faz lagos enquanto caminha?

Chega-se ao final com pouca água e pouca areia
Contabilizando, isso seria um mar!

Perde-se um mar
Mas é certo que ninguém chega vazio.

Valeu.

Um comentário:

sexta-feira, 5 de março de 2010

Alguma coisa

Alguma coisa
Sempre se perde pelo caminho

Carregar da vida a felicidade
É como encher as mãos de grãos
Impossível não perder alguns
E ao longo da vida
Esses alguns são tantos
Que juntos formariam uma fortaleza
Uma imensa e linda fortaleza
Onde por sua vez
Nada disso se perderia

Mas quem contrói fortalezas enquanto caminha?

É certo que alguma coisa
Alguma coisa se perde pelo caminho
Pois ninguém carrega a água nas conchas das mãos
Sem que ela escape pela distração
Das fendas e, pendendo,
Perca-se no chão.

Se parássemos construiríamos ali um lindo lago
Mas quem faz lagos enquanto caminha?

Chega-se ao final com pouca água e pouca areia
Contabilizando, isso seria um mar!

Perde-se um mar
Mas é certo que ninguém chega vazio.

Valeu.

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