Sinto saudade de luas e marés
Saudade das pedras
Que entravam em minha sandália
De menina-moça.
Lembro com carinho
Do creme de cabelo que eu não podia comprar
Do caderno popular
Do vestido surrado.
Lembro ainda, e muito mais,
Do amor imenso
E de eu afundar-me nele
Como quem cai em um abismo de luz.
Sinto saudade daquele amor
Imenso, fundo, grávido
Como uma densa floresta
Cheio de possibilidades
Como um feto adormecido.
E aquela capacidade infinda
De re-amar
Como é contraditório ser mais feliz
Quando menos se é!
Como a felicidade
De si se assusta!
E perdoar por amor
É uma coisa iluminada
E curar essas feridas é melhor
Do que acalentar o nada
E jazer tranquila
Em um túmulo estéril.
Só o amor faz feliz
Por mais infeliz que ele nos faça
E isso é tão estranho quanto verdadeiro.
Descobri isso dia desses
Baixando os olhos do céu
Até dar de encontro com as crianças
E elevando-os de novo
Até o pasto das nuvens.
Não é dinheiro nem paz nem juventude.
Só o amor insano
Nos cura das nossas insanidades.
Tenho saudade do amor
E aqui despeço-me de mim
Até o dia que Deus quiser.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Um feto adormecido
Sinto saudade de luas e marés
Saudade das pedras
Que entravam em minha sandália
De menina-moça.
Lembro com carinho
Do creme de cabelo que eu não podia comprar
Do caderno popular
Do vestido surrado.
Lembro ainda, e muito mais,
Do amor imenso
E de eu afundar-me nele
Como quem cai em um abismo de luz.
Sinto saudade daquele amor
Imenso, fundo, grávido
Como uma densa floresta
Cheio de possibilidades
Como um feto adormecido.
E aquela capacidade infinda
De re-amar
Como é contraditório ser mais feliz
Quando menos se é!
Como a felicidade
De si se assusta!
E perdoar por amor
É uma coisa iluminada
E curar essas feridas é melhor
Do que acalentar o nada
E jazer tranquila
Em um túmulo estéril.
Só o amor faz feliz
Por mais infeliz que ele nos faça
E isso é tão estranho quanto verdadeiro.
Descobri isso dia desses
Baixando os olhos do céu
Até dar de encontro com as crianças
E elevando-os de novo
Até o pasto das nuvens.
Não é dinheiro nem paz nem juventude.
Só o amor insano
Nos cura das nossas insanidades.
Tenho saudade do amor
E aqui despeço-me de mim
Até o dia que Deus quiser.
Saudade das pedras
Que entravam em minha sandália
De menina-moça.
Lembro com carinho
Do creme de cabelo que eu não podia comprar
Do caderno popular
Do vestido surrado.
Lembro ainda, e muito mais,
Do amor imenso
E de eu afundar-me nele
Como quem cai em um abismo de luz.
Sinto saudade daquele amor
Imenso, fundo, grávido
Como uma densa floresta
Cheio de possibilidades
Como um feto adormecido.
E aquela capacidade infinda
De re-amar
Como é contraditório ser mais feliz
Quando menos se é!
Como a felicidade
De si se assusta!
E perdoar por amor
É uma coisa iluminada
E curar essas feridas é melhor
Do que acalentar o nada
E jazer tranquila
Em um túmulo estéril.
Só o amor faz feliz
Por mais infeliz que ele nos faça
E isso é tão estranho quanto verdadeiro.
Descobri isso dia desses
Baixando os olhos do céu
Até dar de encontro com as crianças
E elevando-os de novo
Até o pasto das nuvens.
Não é dinheiro nem paz nem juventude.
Só o amor insano
Nos cura das nossas insanidades.
Tenho saudade do amor
E aqui despeço-me de mim
Até o dia que Deus quiser.
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