terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Suprema ironia


"É precido dizer que a cirurgia plástica surgiu como um procedimento reparador, para corrigir um problema decorrido de um acidente..."

Acabei de ouvir isso na tv. Acontece que a ação da gravidade É UM GRAVE ACIDENTE. Gravidade é grave. É pra mim é acidente pois gera uma modificação indesejável em minha aparência, coisa que CLAMA por reparação - reparação essa que se não for reparada, ninguém me repara.

Estranho... se não reparam, nós não deveríamos nos incomodar, não é mesmo?

Pense: quem vai gastar dinheiro consertando um defeito no sofá que ninguém repara? Ou uma imperfeição na pintura da parede se ninguém nota, nem você? Ou no confeito do bolo que ninguém percebe? Quem liga?

O grande problema deverim ser os acidentes que nos transformam quem monstros, que degradam, que atraem olhares curiosos ou assustados. 

Ah os seres humanos...  Se o defeito é em nosso corpo o problema é justamente inverso: quanto maior o defeito, mais invisível nos tornamos. Pelo menos é assim, exatamente assim conosco, as mulheres. E é precisamente isso o que nos incomoda. Não queremos ser invisíveis.

("Mas seremos...")

Um comentário:

  1. gostei do nó na gravata e de todo espaço. Abra, abra sim os posts para comentarios. Na duvida, nao os publique.
    Um enorme abraco, seja uma menina obediente neste natal e retribua a visita. Se num fizer isto, NADA DE PRESENTE.

    Paulo Salltorelli
    Blog Em Outras Palavras
    http://paulocesarsalltorelli.blogspot.com
    Sao Paulo

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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Suprema ironia


"É precido dizer que a cirurgia plástica surgiu como um procedimento reparador, para corrigir um problema decorrido de um acidente..."

Acabei de ouvir isso na tv. Acontece que a ação da gravidade É UM GRAVE ACIDENTE. Gravidade é grave. É pra mim é acidente pois gera uma modificação indesejável em minha aparência, coisa que CLAMA por reparação - reparação essa que se não for reparada, ninguém me repara.

Estranho... se não reparam, nós não deveríamos nos incomodar, não é mesmo?

Pense: quem vai gastar dinheiro consertando um defeito no sofá que ninguém repara? Ou uma imperfeição na pintura da parede se ninguém nota, nem você? Ou no confeito do bolo que ninguém percebe? Quem liga?

O grande problema deverim ser os acidentes que nos transformam quem monstros, que degradam, que atraem olhares curiosos ou assustados. 

Ah os seres humanos...  Se o defeito é em nosso corpo o problema é justamente inverso: quanto maior o defeito, mais invisível nos tornamos. Pelo menos é assim, exatamente assim conosco, as mulheres. E é precisamente isso o que nos incomoda. Não queremos ser invisíveis.

("Mas seremos...")

Um comentário:

  1. gostei do nó na gravata e de todo espaço. Abra, abra sim os posts para comentarios. Na duvida, nao os publique.
    Um enorme abraco, seja uma menina obediente neste natal e retribua a visita. Se num fizer isto, NADA DE PRESENTE.

    Paulo Salltorelli
    Blog Em Outras Palavras
    http://paulocesarsalltorelli.blogspot.com
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