domingo, 13 de setembro de 2009

Anotai, estudiosos!


É com isso que tenho que me conformar. Minha mãe sempre dizia, meus amigos e amigas afirmam categoricamente, o sábio da montanha já cantou a pedra e os gurus chineses repetem em coro: Não dá pra ter tudo na vida.

Não é extamente sobre isso o meu ensaio (e eu já escrevo ensaios?!) de hoje mas não tenho culpa se meu preâmbulo é grande. Tem quem goste realmente de preâmbulos graaaandes. Existem também pessoas que preferem os médios, convencionais. Há os que nem olham para o tamanho do seu preâmbulo, ignorando até se ele é um humilde e insignificante preambulinho encolhido no canto do seu textículo.


Isto posto, voltamos à questão preambular que tratava sobre a lástima de não podermos ter tudo o que queremos. Por exemplo: minha mãe sempre dizia que meu avô fazia todas as suas vontades. Minha mãe foi uma garota mimada mas não tinha tudo, tudo mesmo. Uma coisa ela pedia sempre, implorava ao seu pai mas não havia jeito de ele lhe dar, embora tivesse dinheiro para isso. Não havia chantagem emocional que funcionasse nem lágrimas que bastassem.

Quando mocinha ela queria muito, mas muito muito ter uma bicicleta. Uma simples e prosaica bicicleta, coisa quem nunca foi tão cara, suponho, mas seu pai indeferia o pedido intransigentemente. Motivo? Esse aí da foto.

Não entendeu? Eu explico, tolinho.

Meu avô acreditava que andar de bicicleta era um perigo! Ativava as "partes íntimas" da mulher e isso poderia transformar uma moça recatada e tranquila em uma jovem fogosa e indomável.

Sabe como é: o movimento do... do "coisinha" feminino suavemente (ou não!) sobre o selim (assento) da bicicleta seria inevitável durante as pedaladas e só Deus saberia dizer o efeito disso sobre a personalidade de sua filha. Sim, sua caríssima filha educada em colégio de freiras! Anos e anos de educação rigorosa poderiam ser jogados ralo abaixo considerando que qualquer estímulo, mesmo no dedão do pé, é levado rapidamente para o cérebro por nervos fofoqueiros.

O corpo humano não passa de uma vila de Maricotas... Todo mundo sabe do que se passa mesmo nos cômodos mais reclusos do nosso corpo. Ninguém segura a informação, vou te contar!

Talvez isso explique a superpopulação nos países (e bairros) subdesenvolvidos, que é onde mais utilisam a bicicleta como meio de transporte. Já pensou nisso?

Talvez isso explique a frigidez dessas empresárias que só andam de carro e com uma pasta no colo. O dia inteio sem ninguém ativar o... "coisinha" delas!

É o que sempre digo: esses estudiosos deveriam sair de seus laboratórios assépticos e ter mais contato com o dia-a-dia. No barzinhos, nas bicicletas, nos seminários ("semin-nários"... muito sugestivo!) e atrás dos muros dos cemitérios é onde encontramos as respostas para as grandes questões da nossa sociedade.

Minha contribuição de hoje está dada. Não precisam me agradecer.

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domingo, 13 de setembro de 2009

Anotai, estudiosos!


É com isso que tenho que me conformar. Minha mãe sempre dizia, meus amigos e amigas afirmam categoricamente, o sábio da montanha já cantou a pedra e os gurus chineses repetem em coro: Não dá pra ter tudo na vida.

Não é extamente sobre isso o meu ensaio (e eu já escrevo ensaios?!) de hoje mas não tenho culpa se meu preâmbulo é grande. Tem quem goste realmente de preâmbulos graaaandes. Existem também pessoas que preferem os médios, convencionais. Há os que nem olham para o tamanho do seu preâmbulo, ignorando até se ele é um humilde e insignificante preambulinho encolhido no canto do seu textículo.


Isto posto, voltamos à questão preambular que tratava sobre a lástima de não podermos ter tudo o que queremos. Por exemplo: minha mãe sempre dizia que meu avô fazia todas as suas vontades. Minha mãe foi uma garota mimada mas não tinha tudo, tudo mesmo. Uma coisa ela pedia sempre, implorava ao seu pai mas não havia jeito de ele lhe dar, embora tivesse dinheiro para isso. Não havia chantagem emocional que funcionasse nem lágrimas que bastassem.

Quando mocinha ela queria muito, mas muito muito ter uma bicicleta. Uma simples e prosaica bicicleta, coisa quem nunca foi tão cara, suponho, mas seu pai indeferia o pedido intransigentemente. Motivo? Esse aí da foto.

Não entendeu? Eu explico, tolinho.

Meu avô acreditava que andar de bicicleta era um perigo! Ativava as "partes íntimas" da mulher e isso poderia transformar uma moça recatada e tranquila em uma jovem fogosa e indomável.

Sabe como é: o movimento do... do "coisinha" feminino suavemente (ou não!) sobre o selim (assento) da bicicleta seria inevitável durante as pedaladas e só Deus saberia dizer o efeito disso sobre a personalidade de sua filha. Sim, sua caríssima filha educada em colégio de freiras! Anos e anos de educação rigorosa poderiam ser jogados ralo abaixo considerando que qualquer estímulo, mesmo no dedão do pé, é levado rapidamente para o cérebro por nervos fofoqueiros.

O corpo humano não passa de uma vila de Maricotas... Todo mundo sabe do que se passa mesmo nos cômodos mais reclusos do nosso corpo. Ninguém segura a informação, vou te contar!

Talvez isso explique a superpopulação nos países (e bairros) subdesenvolvidos, que é onde mais utilisam a bicicleta como meio de transporte. Já pensou nisso?

Talvez isso explique a frigidez dessas empresárias que só andam de carro e com uma pasta no colo. O dia inteio sem ninguém ativar o... "coisinha" delas!

É o que sempre digo: esses estudiosos deveriam sair de seus laboratórios assépticos e ter mais contato com o dia-a-dia. No barzinhos, nas bicicletas, nos seminários ("semin-nários"... muito sugestivo!) e atrás dos muros dos cemitérios é onde encontramos as respostas para as grandes questões da nossa sociedade.

Minha contribuição de hoje está dada. Não precisam me agradecer.

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