quarta-feira, 26 de agosto de 2009

As Bruxas de Eastwick, a Bíblia e eu


Há coisas estranhas no universo.

Tudo bem, não é nada original começar um texto com esse tipo de declaração mas que tal libertar-se de seu espírito crítico pelo menos quando lê o que Eu escrevo?

Certa vez assisti a este filme tolinho: As Bruxas de Eastwick. É tolinho ou não. Em um desses dias que acordei “tipo iluminada” achei que a película poderia não ser assim tão besteirol. Como dependendo da fase da lua eu encontro profundidade até em gilete, então lá vai:

Sinopse do site Adoro Cinema: “Em uma pequena e conservadora cidade da Nova Inglaterra, Alexandra Medford (Cher), Jane Spofford (Susan Sarandon) e Sukie Ridgemont (Michelle Pfeiffer), entediadas com a vida que levam, se reúnem todas as quintas-feiras para tomarem drinques e conversarem sobre vários assuntos. O principal deles é um homem ideal e, sem querer, invocam Daryl Van Horne (Jack Nicholson), um ricaço misterioso e carismático que se muda para a localidade e se envolve com as três, satisfazendo os desejos delas mas criando uma guerra dos sexos com conseqüências inesperadas.”

Segundo Eu: Pra começar, a história era sobre um grupo de amigas com a cabeça cheinha de fantasias. Frequentemente elas se reuniam para bater papo, tomar uns drinks, rir e compartilhar suas idéias. A partir do momento em que esse costume simples se tornou mais freqüente coisas estranhas passaram a acontecer. Elas demoraram muito a perceber que aquele ajuntamento de vontades possuía um poder cósmico. Elas não sabiam que tudo o que desejavam em conjunto acabava por se realizar, quisessem ou não. Era uma coisa sem controle. Custou até conseguirem canalizar aquela força para alguma coisa intencional.

Se bem me lembro a história era essa. Eram bruxas sem saber.

Quando ainda não tinham noção alguma do poder de seus desejos, desejaram inconsequentemente um homem. Queriam que fosse bom de sexo, encharcado de testosterona, que virasse com suas cabeças e exercesse sobre elas o poder de atração capaz de despertar a fúria primal feminina, o não-pensar, aquilo que todas querem e todas morrem de medo. Cê sabe.
Pensaram... riram... saborearam na noite, tomando vinho, aquela fantasia na qual todas estavam de acordo. Tão de acordo que o universo entrou em trabalho de parto. Perigo!

No dia seguinte apareceu na cidade um homem excêntrico, debochado, irritante, deselegante e vulgar. Do tipo impossível de ignorar. Elas o odiaram mas não conseguiram se livrar dele. Repeliram-no e ele ria consciente de que aquilo era um desesperado mecanismo de defesa. Ele dizia que ele era o resultado dos sonhos delas. Elas odiavam ouvir isso. Pra encurtar a história ele possuiu uma por uma em momentos de prazer delirante.

E a Bíblia com isso? Pois é. Ponho-me a pensar se o texto bíblico que citarei em seguida tem a ver com toda essa confusão hollywodiana. Fico a pensar se uma frase bíblica registrada há milênios esconde uma verdade que judeus e cristãos ignoraram e continuam solenemente a ignorar. Fico ainda a pensar se estou dando corda demais para a minha imaginação ou se eu estaria entrando precocemente naquele estado temido e indesejável chamado “senilidade”.

Se é, já foi. Ninguém me deterá.

Será que as pessoas que estudam a Bíblia realmente entendem e conhecem a Bíblia?
Onde quero chegar? Bem: a Bíblia condena a feitiçaria e igualmente condena a cobiça. Nenhuma novidade. O lance curioso fica por conta da frase usada : “... “porque a cobiça é igual ao pecado da feitiçaria e o porfiar é como o culto a demônios.” (ou evocar forças proibidas, ocultas, digamos assim).

O que é cobiçar? Nada mais é do que desejar ardentemente, com força. É querer com as entranhas, com o fígado e rim. Cobiçar é emitir energia, talvez mexer com alguma coisa misteriosa do universo. Está escrito. Atentai para isto, infiéis!

Será que isso quer dizer o que eu estou pensando que isso quer dizer?

Sempre fui uma pessoa de desejos fortes, até exagerados. Tenho mania de querer demais, de desenhar e construir cada detalhe do que quero, atribuir-lhe imagem detalhada, cheiro, sons, cenário completo, emoções ao redor, platéia, clima, tempo, todo um mundo paralelo e completamente detalhado. De fato tenho um mundo virtual sofisticado e ele tem força e sangue. Só falta criar um sistema eficiente de Imposto de Renda hehehe (piadinha infame...).

Meus desejos têm corpo e são fortes. Quando quero algo esse algo passa a existir em algum lugar. Eu dou à luz, entende? E passo o resto da vida tentando me conectar com aquilo que já existe. Nem sei se fantasio ou imagino. Minhas fantasias mais se parecem com tentativas de contato.

Claro que isso é mais uma esquisitice minha. Como pega mal dizer coisas do tipo, arquive esse texto na categoria “Contos”.

Continuando:

Os pensamentos e fantasias tomam forma em minha cabeça a ponto de (penso agora) assemelharem-se a algum tipo de evocação. É sem querer, eu juro! Mas sempre foi assim e todas as minhas células fazem parte desse “ritual de desejar”, que inclui visualizar, formular, trazer à existência, emitir energia, puxar energia etc. Não sei explicar o eticétera (seria um “gato do além?”).

Só sei de uma coisa: simplesmente acontece. Como no filme. E não estou brincando. Não exatamente com a rapidez daquela historinha mas simplesmente fun-ci-o-na. É só uma questão de tempo.
Tenho um certo pudor de contar as coisas que minha mente – não só a mente, mas algum “algo a mais” plantou no universo e acabou fazendo acontecer. Parece meio louco mas é como se eu tivesse poderes.

Caramba, não me internem!

Não funciona com tudo. Não funciona com sorvetes, sapatos, carro novo. Funciona com coisas mais significativas e envolve horas e horas, dias e dias de concentração e desejo (cobiça? Não, essa palavra é muito feia!) formulação e um minucioso esculpir do que eu quero. Funciona do gestar obsessivo, quase mágico, da mente.

É importante não ser intencional. É para ser natural, tipo conexão com o universo. É um tipo de “oração” mas não é um pedido feito a Deus, sacou? É um pensar no sentido de trazer a coisa à existência e querer com o útero, fixar os olhos no vazio – isso é fundamental – fixar os olhos no vazio, esquecer tudo, sair de tudo, de si mesma enquanto se vive de forma astral aquilo que quer. Tipo fazer amor sem esperar recompensa. Se não vira prostituição. Não entendeu? Deixa pra lá. Concentre-se e faça amor com seu próprio desejo várias vezes, muitas vezes. Vá para o mundo da lua. Tão certo como o dia segue-se à noite, a coisa vai acontecer. Cuidado.

(Cara, esse texto está esquisito... Será que vou ter que passar o resto da vida me explicando?)

É uma espécie de poder. Mas não sei se é exatamente isso que a Bíblia condena. Não sei se tem a ver. Se é isso o que ela condena, tem a ver com o filme: nossos desejos podem ser loucos e assustadores quando os tiramos do outro plano e os trazemos para essa vida. Mente é mente. O mundo da mente suporta o caos. Não se deve tentar trazer o caos da mente para cá. Entendeu ou estou falando igual ao Paulo Coelho?

O Criador queria nos livrar de nós mesmos. Tomara que eu não tenha feito nada de errado. Se fiz foi sem querer porque só saquei agora. De qualquer modo aqui por essas paragens só tem pintado uns lances do bem (Eu acho...Hi!...).

Quem sabe o mundo esteja do jeito que está por causa dos “bruxos desejadores” que trouxeram coisas estranhas para cá? Pensemos nisso – mas não muito, porque pode dar merda.

Só sei que sou uma desejante compulsiva. Ainda não consegui controlar minha mente. Lanço meus olhos sobre o Nada Aparente e as coisas simplesmente acontecem! Tem culpa eu?

(Pensando bem... arquive isso aqui na categoria “Comédia” e livre a minha cara.)

2 comentários:

  1. É, o Paulo Coelho deve ter uma explicação para isso...

    ResponderExcluir
  2. Entrei no seu blog pra ver o que tinha escrito sobre sua vinda e seus passeios em São paulo...rss, que sabemos foram meio prejudicados por forças superiores..rs, mas gostei mesmo foi desse texto.Concordo e tenho percebido que isso acontece comigo também.Comecei a desejar a algum tempo e algum tempo percebo que meu desejo acontece.Não preciso fazer muito, só desejar...Deseje, cobice e será atendido?Não sei se isso é bom.Mas seu conselho no texto é valiso:CUIDADO!Devemos ter cuidado ao cobiçar.Bju Selma

    ResponderExcluir

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

As Bruxas de Eastwick, a Bíblia e eu


Há coisas estranhas no universo.

Tudo bem, não é nada original começar um texto com esse tipo de declaração mas que tal libertar-se de seu espírito crítico pelo menos quando lê o que Eu escrevo?

Certa vez assisti a este filme tolinho: As Bruxas de Eastwick. É tolinho ou não. Em um desses dias que acordei “tipo iluminada” achei que a película poderia não ser assim tão besteirol. Como dependendo da fase da lua eu encontro profundidade até em gilete, então lá vai:

Sinopse do site Adoro Cinema: “Em uma pequena e conservadora cidade da Nova Inglaterra, Alexandra Medford (Cher), Jane Spofford (Susan Sarandon) e Sukie Ridgemont (Michelle Pfeiffer), entediadas com a vida que levam, se reúnem todas as quintas-feiras para tomarem drinques e conversarem sobre vários assuntos. O principal deles é um homem ideal e, sem querer, invocam Daryl Van Horne (Jack Nicholson), um ricaço misterioso e carismático que se muda para a localidade e se envolve com as três, satisfazendo os desejos delas mas criando uma guerra dos sexos com conseqüências inesperadas.”

Segundo Eu: Pra começar, a história era sobre um grupo de amigas com a cabeça cheinha de fantasias. Frequentemente elas se reuniam para bater papo, tomar uns drinks, rir e compartilhar suas idéias. A partir do momento em que esse costume simples se tornou mais freqüente coisas estranhas passaram a acontecer. Elas demoraram muito a perceber que aquele ajuntamento de vontades possuía um poder cósmico. Elas não sabiam que tudo o que desejavam em conjunto acabava por se realizar, quisessem ou não. Era uma coisa sem controle. Custou até conseguirem canalizar aquela força para alguma coisa intencional.

Se bem me lembro a história era essa. Eram bruxas sem saber.

Quando ainda não tinham noção alguma do poder de seus desejos, desejaram inconsequentemente um homem. Queriam que fosse bom de sexo, encharcado de testosterona, que virasse com suas cabeças e exercesse sobre elas o poder de atração capaz de despertar a fúria primal feminina, o não-pensar, aquilo que todas querem e todas morrem de medo. Cê sabe.
Pensaram... riram... saborearam na noite, tomando vinho, aquela fantasia na qual todas estavam de acordo. Tão de acordo que o universo entrou em trabalho de parto. Perigo!

No dia seguinte apareceu na cidade um homem excêntrico, debochado, irritante, deselegante e vulgar. Do tipo impossível de ignorar. Elas o odiaram mas não conseguiram se livrar dele. Repeliram-no e ele ria consciente de que aquilo era um desesperado mecanismo de defesa. Ele dizia que ele era o resultado dos sonhos delas. Elas odiavam ouvir isso. Pra encurtar a história ele possuiu uma por uma em momentos de prazer delirante.

E a Bíblia com isso? Pois é. Ponho-me a pensar se o texto bíblico que citarei em seguida tem a ver com toda essa confusão hollywodiana. Fico a pensar se uma frase bíblica registrada há milênios esconde uma verdade que judeus e cristãos ignoraram e continuam solenemente a ignorar. Fico ainda a pensar se estou dando corda demais para a minha imaginação ou se eu estaria entrando precocemente naquele estado temido e indesejável chamado “senilidade”.

Se é, já foi. Ninguém me deterá.

Será que as pessoas que estudam a Bíblia realmente entendem e conhecem a Bíblia?
Onde quero chegar? Bem: a Bíblia condena a feitiçaria e igualmente condena a cobiça. Nenhuma novidade. O lance curioso fica por conta da frase usada : “... “porque a cobiça é igual ao pecado da feitiçaria e o porfiar é como o culto a demônios.” (ou evocar forças proibidas, ocultas, digamos assim).

O que é cobiçar? Nada mais é do que desejar ardentemente, com força. É querer com as entranhas, com o fígado e rim. Cobiçar é emitir energia, talvez mexer com alguma coisa misteriosa do universo. Está escrito. Atentai para isto, infiéis!

Será que isso quer dizer o que eu estou pensando que isso quer dizer?

Sempre fui uma pessoa de desejos fortes, até exagerados. Tenho mania de querer demais, de desenhar e construir cada detalhe do que quero, atribuir-lhe imagem detalhada, cheiro, sons, cenário completo, emoções ao redor, platéia, clima, tempo, todo um mundo paralelo e completamente detalhado. De fato tenho um mundo virtual sofisticado e ele tem força e sangue. Só falta criar um sistema eficiente de Imposto de Renda hehehe (piadinha infame...).

Meus desejos têm corpo e são fortes. Quando quero algo esse algo passa a existir em algum lugar. Eu dou à luz, entende? E passo o resto da vida tentando me conectar com aquilo que já existe. Nem sei se fantasio ou imagino. Minhas fantasias mais se parecem com tentativas de contato.

Claro que isso é mais uma esquisitice minha. Como pega mal dizer coisas do tipo, arquive esse texto na categoria “Contos”.

Continuando:

Os pensamentos e fantasias tomam forma em minha cabeça a ponto de (penso agora) assemelharem-se a algum tipo de evocação. É sem querer, eu juro! Mas sempre foi assim e todas as minhas células fazem parte desse “ritual de desejar”, que inclui visualizar, formular, trazer à existência, emitir energia, puxar energia etc. Não sei explicar o eticétera (seria um “gato do além?”).

Só sei de uma coisa: simplesmente acontece. Como no filme. E não estou brincando. Não exatamente com a rapidez daquela historinha mas simplesmente fun-ci-o-na. É só uma questão de tempo.
Tenho um certo pudor de contar as coisas que minha mente – não só a mente, mas algum “algo a mais” plantou no universo e acabou fazendo acontecer. Parece meio louco mas é como se eu tivesse poderes.

Caramba, não me internem!

Não funciona com tudo. Não funciona com sorvetes, sapatos, carro novo. Funciona com coisas mais significativas e envolve horas e horas, dias e dias de concentração e desejo (cobiça? Não, essa palavra é muito feia!) formulação e um minucioso esculpir do que eu quero. Funciona do gestar obsessivo, quase mágico, da mente.

É importante não ser intencional. É para ser natural, tipo conexão com o universo. É um tipo de “oração” mas não é um pedido feito a Deus, sacou? É um pensar no sentido de trazer a coisa à existência e querer com o útero, fixar os olhos no vazio – isso é fundamental – fixar os olhos no vazio, esquecer tudo, sair de tudo, de si mesma enquanto se vive de forma astral aquilo que quer. Tipo fazer amor sem esperar recompensa. Se não vira prostituição. Não entendeu? Deixa pra lá. Concentre-se e faça amor com seu próprio desejo várias vezes, muitas vezes. Vá para o mundo da lua. Tão certo como o dia segue-se à noite, a coisa vai acontecer. Cuidado.

(Cara, esse texto está esquisito... Será que vou ter que passar o resto da vida me explicando?)

É uma espécie de poder. Mas não sei se é exatamente isso que a Bíblia condena. Não sei se tem a ver. Se é isso o que ela condena, tem a ver com o filme: nossos desejos podem ser loucos e assustadores quando os tiramos do outro plano e os trazemos para essa vida. Mente é mente. O mundo da mente suporta o caos. Não se deve tentar trazer o caos da mente para cá. Entendeu ou estou falando igual ao Paulo Coelho?

O Criador queria nos livrar de nós mesmos. Tomara que eu não tenha feito nada de errado. Se fiz foi sem querer porque só saquei agora. De qualquer modo aqui por essas paragens só tem pintado uns lances do bem (Eu acho...Hi!...).

Quem sabe o mundo esteja do jeito que está por causa dos “bruxos desejadores” que trouxeram coisas estranhas para cá? Pensemos nisso – mas não muito, porque pode dar merda.

Só sei que sou uma desejante compulsiva. Ainda não consegui controlar minha mente. Lanço meus olhos sobre o Nada Aparente e as coisas simplesmente acontecem! Tem culpa eu?

(Pensando bem... arquive isso aqui na categoria “Comédia” e livre a minha cara.)

2 comentários:

  1. É, o Paulo Coelho deve ter uma explicação para isso...

    ResponderExcluir
  2. Entrei no seu blog pra ver o que tinha escrito sobre sua vinda e seus passeios em São paulo...rss, que sabemos foram meio prejudicados por forças superiores..rs, mas gostei mesmo foi desse texto.Concordo e tenho percebido que isso acontece comigo também.Comecei a desejar a algum tempo e algum tempo percebo que meu desejo acontece.Não preciso fazer muito, só desejar...Deseje, cobice e será atendido?Não sei se isso é bom.Mas seu conselho no texto é valiso:CUIDADO!Devemos ter cuidado ao cobiçar.Bju Selma

    ResponderExcluir