Cara! Tive que rir. Rir de mim mesma e meu passado atarantado. Bateu assim um misto de saudade, e ternura cômica. E agradável sentimento de dever cumprido.
Acreditem se quiserem mas passei exatamente por isso que vocês estão vendo. Tem quem ache que tenho cara de dondoca mas as coisas SÃO SÃO BEM ASSIM! Dentro de mim jaz uma doméstica e babá.
Pois sim, vivi uma cena praticamente idêntica muitos anos (confesso) atrás. As únicas diferenças: nas mãos, além do bebê e da colher de pau, eu não equilibrava uma vassoura, mas um guarda-chuvas. Isso mesmo: um guarda-chuvas.
Era manhã, eu estava no maior sufôco preparando o almoço, o bebê (não lembro qual dos quatro) não parava de chorar e a comida tinha que ficar pronta, custasse o que custasse, para o marido que vinha do trabalho e tinha hora pra retornar. Chovia copiosamente e havia uma bendita goteira justamente perto do fogão, onde eu segurava meu lindo bebezinho. Não podia deixá-lo aos berros pois ele estava com fome (queria peito). O que fazer? Segurei o guarda-chuvas com o mesmo braço com que carregava o chorãozinho e com a outra mão mexia a panela.
Cena antológica. A outra diferença em relação à gravura é que eu era novinha, gatinha, tudo no lugar. Não estava acabadona como essa senhora aí, viu!
Gostoso lembrar. (Gente, como é que deu tudo certo?)
Valeu a luta. Valeu TUDO.
Obrigada Deus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário